Pokémon - Through a New Look escrita por Allen Isolet, Consigliere


Capítulo 19
Propenso ao despertar


Notas iniciais do capítulo

E aew, galera? Tudo beleza? = 3

Voltei mais cedo que o normal, mas não estranhem! Acho que nada ruim vai acontecer por causa disso. Assim espero... e.e'

Bom, nesse capítulo vai ter momento de destaque para todos os pokes para apresentar o Azin, le Golbat. E Alex por ser o mais introvertido foi bem difícil inclui-lo em alguma cena que mostrasse mais de sua personalidade e seu jeitinho chato de ser, mas espero que gostem do que fiz >.>

Boa leitura e nós vemos lá embaixo ~



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Final de tarde no jardim do Pokémon Center, os três jovens estão a decidir como será o treino deles com aulas inclusas para a mais despreparada do grupo. Enquanto isso, ela comenta o que encontrou sobre sua rival na rede. Quase nada. Parece que é tão novata quanto Marjorie nas apresentações Pokémon, ao menos em Kalos. O pouco que descobriu é que veio de Johto com a família numa típica viagem de negócios de seu pai, e que essa é, possivelmente, sua primeira jornada. Não tinha nada a respeito dos Pokémon da garota ou suas preferências, o máximo que viu em uma das fotos dela com seus pais foi somente dois Meowth perto da mulher. Supostamente sua mãe, claro, apesar de não haver muitas semelhanças.

Não saber nada da rival, mas ela saber mais que suficiente desanima muito. Em um dos bancos Marjorie está sentada com seus joelhos um de cada lado de seu rosto onde as pernas estão abraçadas fortemente por seus braços, enquanto balança para frente e para trás falando sozinha melancolicamente.

— Ai, se eu não fosse tão brigona nada disso estaria acontecendo...sempre fui de me meter em confusão e por isso Karl me quis numa jornada. Aprender a ser mais responsável... não fazer bagunça... — suspira inconsolável.

Os dois meninos ao lado só assistem sem saber muito bem o que fazer. Se entreolham esperando um do outro alguma solução, mas nenhum dos dois tem.

O Kirlia está sentado bem ao lado de sua companheira, com sua cabeça apoiada na garota a fim de conforta-la. Todos os outros Pokémon estão espalhados pelo jardim.

Você não é brigona, só age sem pensar as vezes... — Ralts numa tentativa de ajudar.

— Ralts está certo, você não é a vilã da história. Acho que... é tipo uma heroína atrapalhada. — Kaito lembra dos desenhos que as vezes assiste para a comparação.

— Acha mesmo que sou tipo uma heroína? — Ela para um pouco o seu balanço para prestar atenção do menor.

— Sim, salvou a Lonnie daquele homem horrível e está enfrentado uma menina que não bate bem da cabeça! — Seus olhos brilham de admiração pela amiga.

— Então não fiz nada errado? — Marjorie se empolga e ergue o rosto, aliviada.

— Sim, você fez ao comprar briga com, talvez, gente perigosa. — Aren corta o momento para mostrar o lado negativo, o que paralisa a garota com a direta. — Mas acho que é a mais sensata de nós nesses casos de injustiças... nem sei o que eu faria no seu lugar. Já deve ter ajudado muito gente mesmo se colocando em perigo.

— Mais me colocando em perigo que ajudando. — Ri bobamente, e depois de um suspiro volta a falar. — Obrigada, vocês me animaram muito. E está certo também, sou muito imprudente... — Ela se levanta e alonga o corpo a muito tempo parado na mesma posição. — Então, gente. Não podemos descansar o dia todo, me ensinem sobre os tipos com suas vantagens e desvantagens que prometo prestar atenção em tudo!

Sem esperar pelos dois ela volta para dentro do Pokémon Center para buscar por algum caderno ou bloco de notas que tenha em meio ao reboliço que é sua bolsa. Ralts vai junto de volta a sua alegria para ajudar.

— É tão bom ela ter essa rápida mudança de humor. — Aren comenta para Kaito que ainda se surpreende com o fato.

— Uhum.

Antes de começarem pelas aulas práticas, os dois rapazes iniciam no quadro branco emprestado do Centro dizendo a quais tipos cada Pokémon que eles têm pertence. E depois de separa-los por essas “tribos”, qual leva vantagem sobre quem só nesse quesito. A respeito de suas especialidades nos tipos de poderes usados, fica para aulas mais avançadas, especialmente porque nem Kaito sabe muito bem sobre isso.

Começam por falar de Ralts comparando ao restante. Uma fada psíquica que apenas com isso já tem muita vantagem sobre mais da metade do grupo.

— Então... se entendi bem, Ralts por ser fada leva vantagem sobre o Scare e o Alex? Mas não com o Ori por dividir seu tipo com o aço... e seu lado psíquico é sobre a Slime, Ivy e o morcego, né? — A garota dá leves batidas com a ponta de sua caneta no queixo enquanto raciocina lendo suas anotações e desenhos no quadro.

— Isso! — responde Aren satisfeito com o resultado.

— É um pouco confuso até para mim a parte de ter dois tipos. — Kaito comenta, pensativo. — E três tipos? É possível ter?

— Naturalmente? Até onde se sabe, não, mas existe capacidades especiais em alguns movimentos que mudam o tipo natural do Pokémon ou que incluem outro mesmo já pertencendo a dois, totalizando assim, três tipos diferentes.

— Uau! — Marjorie bate palmas cativada com as informações tão técnicas.

Kaito extasiado, acompanha o ritmo da garota também batendo palmas.

— E-ei, também não é para tanto... — Aren cora, movendo suas mãos espalmadas em negativo próximo do rosto. Como num aceno.

— Dá até um orgulho andar com alguém que saiba tanto dessas coisas. Você já viajou sua região inteira e até enfrentou a elite e campeão dela, né? Como foi? — pergunta Kaito, entusiasmado.

Sentando no banco com Marjorie, os dois esperam atentos por alguma história de aventura incrível. Aren fica sem jeito com tanta atenção e tenta explicar algo do que lhe aconteceu em sua terra natal.

— Bom, não foi assim grande coisa. Eu comecei como vocês dois, aprendendo aos poucos como funcionam capturas, cuidados e treino de Pokémon. Com certeza os ginásios foram a parte mais difícil... mas voltando várias vezes para o mesmo e conversando com os líderes fui aprendendo o sistema de batalhas e criando estratégias para cada um.

— Você fala de um jeito tão... sei lá, legal, que nem parece ter passado por dificuldades. — Marjorie encoraja.

— Mas passei, e muito. Mas é tão contagiante, a gente se sente mais vivo com toda essa ação. — Os olhos de Aren brilham ao lembrar da sensação.

— A gente sente isso, e os Pokémon devem sentir o mesmo também. Eles são tão energéticos. — Kaito fala mirando seus três Pokémon que estão junto dos outros, tanto da turma quando de outros treinadores por ali no jardim.

— Eei, e o seu morcego? Vai mostrar quando? — Marjorie pergunta intrigada.

— Ele não curte multidões, mas aqui está bem quieto. Vou chama-lo. — Aren pega sua Quick Ball da mochila e a joga para cima chamando o Pokémon pelo nome. — E aí, Azin?

O Morcego é realmente enorme comparado a sua pré e chega a ser medonho com sua boca sempre tão aberta. Mais de um metro e meio de corpo oval e, de uma ponta a outra, o dobro de asas inquietas e finas por serem só de pele. Todo azul marinho com a pele das azas mais para a cor púrpura. Olhos pequenos, curtas e pontudas orelhas e caninos bem, bem visíveis.

O Golbat fica na altura de Aren caso resolva tocar o chão, e isso assusta se sua larga boca está sempre ali para engolir alguém. Azin guincha balançando o corpo feliz com a volta numa jornada e parece ignorar qualquer olhar assombrado na sua direção.

— Ele dá um pouquinho de medo... — Vez de Kaito de se esconder atrás da Marjorie.

— Eu até que achei fofo — comenta Marjorie.

— Você tem um gosto muito estranho para fofo.

Marjorie sorri contente com sua aspiração à estranheza.

— Bom, se quiser pode ir falar com os outros. — Aren aponta os outros Pokémon para Azin.

Todos os monstrinhos foram passar as últimas horas que têm antes de ir jantar e dormir, fazendo qualquer coisa que gostem por ali na área. Brincar entre si, conversar com Pokémon diferentes, simplesmente andar pelo lugar inteiro ou até praticar algum movimento novo. Tendo também alguns arbustos frutíferos e lugares para investigar, eles ganham momentos de independência e incentivo para não perderem suas raízes primitivas.

E de qualquer jeito mesmo em casas de tijolos, as cidades continuam sendo uma selva, não?

“Esse lugar é tão grande, será que podemos rodear ele todo?” pergunta Ivy.

“Acho que sim, eles disseram para fazermos o que quiser.” Responde Slime.

“Verdade?” Ivy deixa sua cabeça de lado tentando lembrar. “Foi, né? Então vamos.”

As duas começam a contornar a praça-jardim do Centro se aproximando de Pokémon desconhecidos e passando por humanos distraídos demais para nota-las. Em passos lentos da Slime, não vão muito longe tão rápido. Ori se atenta ao afastamento das duas e as observa de longe, aparentemente o lugar é bem seguro para que aconteça algo de ruim com elas.

“Oi, Ori” cumprimenta Button. “O que tanto observa?”

Hã? Ah, só as duas ali. Tão pequenas que não confio muito quando se afastam assim.

“Acho que vão ficar bem, mas qualquer coisa posso vigiar do alto.”

Button faz algumas manobras sobre Ori para mostrar sua habilidade.

Nah, tudo bem. Parece que elas não vão mesmo sair daqui dessa parte.

Uma brusquidão de ventania afasta Button para alguns metros dali, é Azin se aproximando depois de ter avistado o Lucario. Um dos poucos que conhece.

“Cuidado, colega!” reclama Button.

Azin apenas dá uma pequena risada pelo mal entendido.

A quanto tempo. — Ori saúda o morcego e lhe é retribuído um aceno de cabeça.

“Quem é esse cara?” Button pergunta um pouco surpreso.

É Azin, outro de meus companheiros. Aren o pegou mais cedo com a Juniper.

“Ah...” Button observa desconfiado, algo no Azin o incomoda muito. Um arrepio passa por suas costas subindo para as asas ao olhar tempo demais para a enorme boca do Golbat.

Que foi?

“Quê? Nada não!”

Está com medo? — Ori provoca achando engraçado. — Sabe, ouvi dizer que morcegos gigantes comem insetos. Deve ser por isso que não está indo com a cara dele.

“Ele o quê?!” sobressaltado, se contem no mesmo instante para não ofender ou provocar o morcego que apenas observa curioso.

Azin olha direto para a borboleta e ri de um jeito no mínimo sinistro. Button empalidece e fica nervoso, tenta dizer algo, mas seu medo o deixa mudo.

Quieto, Azin. Ele não é comida. — Ori fala sério e Azin para de encarar. — Se está com fome procure por nosso treinador.

Azin revira os olhos, aparentemente estava apenas se divertindo com o medo do Butterfree. Alça voo para mais alto a procura de outros de seus velhos colegas.

“E-ele... é sempre assim? E outra, por acaso não fala?”

Ele só tem um jeito diferente de brincar, gosta de assustar. E fala, mas prefere quando não está batendo as asas ou com a boca tão aberta como quase sempre fica.

“Não quero ficar a sós com ele enquanto estivermos viajando juntos... pode acabar me comendo! Não confio muito em predadores.” Button suspira voltando aos poucos a se sentir seguro.

Ori acaba rindo da situação e Button, ofendido, dá um inútil tapa em uma das orelhas do chacal.

Do outro lado sob uma árvore está Lonnie e Ralts com algumas flores que colheram, poucas para se tentar fazer qualquer coisa. Ralts queria fazer um colar, mas com o que tem não dá nem para uma pulseira. Lonnie está satisfeita com uma só, tirando pétala por pétala, desatenta.

Lonnie me dá a sua para eu tentar fazer o meu cordão.

“Você tem várias aí, se vira com o que tem.”

M-mas você está apenas estragando a flor!

“Problema meu.”

Você nem precisa brincar de “bem-me-quer-mal-me-quer”, os dois já estão juntos! E nem me agradeceram por ter apoiado tanto. — Olha torto para a coelha que devolve do mesmo jeito.

“Apoiado nada, só queria se livrar da gente perto da garota seu ciumento!”

Mentira! Não, pera... foi isso mesmo. — Volta sua atenção para suas poucas flores e resmunga algo.

Scare observa a dupla um pouco chateado, queria que Lonnie não estivesse com o Kirlia. Não se sente confortável perto da fada que adora provocar e o constranger. Da última vez contou algo estranho como: com quem será que Lonnie vai casar. A parte final é a que menos faz sentido para ele, e nem o próprio Kirlia deve saber o significado.

“Quando não é um, é outro...” Scare suspira, dando-se por vencido.

Alex de uma das árvores observa a cena e se diverte um pouco, mas a graça acaba rápido quando o Cacturne desiste de se livrar da fada. Fora de estar lutando contra ele, não tem medo de Scare, e  as vezes o acha até pacífico demais.

A raposa desce da árvore e chama pelo espantalho, ganho sua atenção, se aproxima devagar quase desfilando.

“Como não tenho nada melhor para fazer e Kaito me pediu para ser mais social, vou te ajudar com a garota. Não me veja como amigo, está mais para uma troca de favores. Quando eu precisar de algo aí será sua vez de me ajudar. Ok?”

Scare pensa sobre a proposta e analisa a raposa como se tentasse ler sua mente. Alex não parece ser mal caráter, só rabugento e muito metido.

“Acho que está tudo bem. Desde que não seja abusivo quando for cobrar.” Ainda olha com certo receio para o Umbreon.

“Não seja tão desconfiado, daqui você é quem mais se parece comigo. E não serei abusivo, não sou desses. Só não gosto de fazer nada de graça.”

“Entendo seu lado, na verdade é comum de Dark, não?”

“É sim, mas para alguém que compartilha esse tipo comigo você é muito na sua, por acaso o corpo de planta é que te faz tão... hm... “bonachão”?”

“Não sei o que isso quer dizer, mas vou ignorar. E então?” cruza os braços, ou o mais próximo que normalmente chega.

“Vou lá me livrar da fada para você.” Dando de ombros anda tranquilo até a dupla das flores.

São apenas alguns metros e muita distribuição de arbustos tentando imitar uma zona mais natural para os Pokémon que separa a dupla Dark dos outros dois. Scare por ser inteiramente verde e Alex menor e negro tornam-se invisíveis nesse local, principalmente com a noite que se aproxima.

Terminado a travessia até a árvore, Alex chama por Ralts.

“Ei, seu papo chato com a coelha está me incomodando. Se eu te mostrar onde tem mais flores promete ficar quieto?”

Que cara grosso. Mas sim, eu fico! E é bom que seja verdade.

Se levanta tirando a poeira e capim do corpo com umas batidas de suas mãos. Pega suas flores para terminar o trabalho e sai acompanhado Alex.

Passando pelo Cacturne, Alex move a cabeça na direção da Lopunny para que vá falar com ela. Scare agradece pelo favor e caminha até a árvore.

“Oi, Lonnie.”

“Olá. Por onde estava?”

“Estava por perto... observando algumas coisas.” Se aproxima mais de Lonnie e senta ao lado dela. “Ué? Por que tirou as pétalas dessa flor?”

Antes de ter uma resposta Azin surge bruscamente se jogando da árvore entre os dois, está pendurado de ponta cabeça segurando-se em algum galho com uma das pernas. Grita para assusta-los e como reflexo Lonnie acaba por soca-lo com força no rosto. Ele cambaleia em pleno ar e cai pouco mais a frente deles, massageando o local atingido assim que de pé.

“Não sabe brincar, não brinca!”

“Quem é você?! Seu... doido!” Lonnie bufa muito irritada.

“A-azin! O que faz aqui?” pergunta Scare numa mistura de surpresa e raiva.

“Nada, só vim falar com um velho colega. Mas os dois pareciam distraídos e não resisti.”

“Claro...” Olha feio para o morcego. Sem ter mais o que dizer cruza os braços novamente e evita os dois ao seu lado.

Lonnie atira em Azin o que encontra por ali para expulsa-lo e tenta voltar a falar com o Cacturne. Ainda está cedo e têm o final da tarde toda até serem chamados (pouco menos de meia hora até anoitecer).

[...]

No dia seguinte de manhã como prometido o Lucario chama a atenção de Lonnie para início dos treinos. Ela reluta um pouco por ainda não estar pronta, mas seus pelos vão ter que ficar para depois. Para que se arrumar se depois vai bagunçar tudo de novo? Ori não entende desse tipo de vaidade e os dois discutem até entrarem em acordo.

— Pode pentear um pouco e depois termina, por agora é apenas um alongamento que quero ensinar. — Ori cruza os braços e fecha a cara.

“Você tem tantos pelos, deveria entender como é isso! Scare que não tem nenhum é muito mais compreensível! — Dá as costas enquanto desfaz alguns nós nos pelos de suas orelhas.

— Claro que é, ele é metade planta! Uma planta que se deixar fica um dia inteirinho imóvel e quando o faz é acompanhando o vento.

“Tá! Já fiz metade, agora vamos ao seu tal alongamento.” Olha feio para Ori que revira os olhos.

Só sendo muito zem para aguentar essa sua brabeza. E eu que não acreditava em “opostos se atraem” até vê-los juntos... — Suspira aliviando o estresse.

“Plantas precisam de alongamento?” Lonnie pergunta com o humor totalmente diferente de antes.

Você está ficando parecida com a Marjo...

Depois de alguns minutos de alongamento onde até Ralts fez questão de participar, os três jovens se aprontam para sair e conhecer um pouco da cidade. Os Pokémon estão a maioria em suas esferas, tirando os que não tem, apenas Ori e Button estão fora das suas para aproveitar a brisa matinal vindo da direção da praia ao longe. O resto está dormindo ou apenas não querem sair tão cedo, não são obrigados.

Planejam o dejejum num Café popular que viram no mapa, um lugar tranquilo onde deixam Pokémon, com certo limite de tamanho e/ou involuntariamente ser destrutivo (por exemplo: Pokémon que tenha parte do corpo literalmente em chamas não entram), adentrar e ficar pela loja.

Chegando no estabelecimento, Kaito, Marjorie e Ralts vão direto para a vitrine dos bolos, olhos brilhando e boca salivando só de imaginarem os sabores de cada um. Aren decide escolher a mesa enquanto espera pelo retorno da dupla, e Ori o acompanha. Button se interessa muito pelos sucos e Lonnie fica mais distante num banquinho de tecido para terminar de cuidar de seus pelos.

— Para onde vamos depois? — Marjorie pergunta depois de sentar-se à mesa.

— Estava pensando em passar na Tower of Mastery, o Professor Sycamore tinha falada dela e que lá eu encontraria mais da Megaevolução. — Responde um pouco pensativo tentando lembrar da conversa.

— Acho legal, e lembro do Professor ter olhado estranho para o Ori — comenta Kaito.

Pode ter ficado curioso comigo — Ori opina sem muito interesse.

— Ou gostado de você, cê é legal e tem o poder de se comunicar com a gente — responde Marjorie, singela.

— Só por isso? — pergunta Kaito um pouco surpreso.

Traçado o principal rumo da manhã, não tardam muito no Café e logo mais já estão na estrada. É uma boa pernada até o final da cidade onde ainda têm que atravessar um caminho de areia até a extensão de Shalour City.

Entram numa rua e subindo as escadas veem uma figura familiar saindo de uma lavanderia levando nas costas uma mochila que parece muito pesada. Uma moça de cabelos negros lisos com as pontas mais enroladas, pele clara levemente bronzeada e olhos heterocromáticos. Melizzana, a garota de nome mais peculiar que a própria aparência.

Assim que fecha a porta do estabelecimento ela avista o trio e acena, correndo na direção deles logo em seguida. Seu cabelo solto a deixa diferente e quase não a reconheceriam se não fossem os olhos.

— Não espera encontrar vocês por aqui! — Já inicia abraçando os três. —Não, na verdade até esperava, aqui tem um ginásio.

— Eu achei que não fosse te encontrar mais! — Marjorie fala emociona com o reencontro.

Eu sabia que a veria de novo! — Ralts, contente com sua certeza.

— Por onde tem andado? — pergunta Aren.

— Sabe como é, por aí me metendo em aventuras. — Responde jogando os cabelos para trás satisfeita com o que tem passado.

— E veio para Shalour atrás de algum esporte ou aventura? — pergunta Kaito, ansioso.

— Os dois. O ginásio daqui é do tipo Fighting, mas parece mais com um circuito para patinadores. Tem de tudo ali dentro! Aqui é tão bom quanto Cyllage ou até melhor!

— Parece muito empolgante! — Marjorie é contagiada e as duas festejam.

— Ei, a gente está indo visitar a Tower of Mastery. Quer ir com a gente? — pergunta Aren.

— Passei lá ontem, é bem legal. E tem uma coisa lá dentro que talvez os choquem. — Solta um risinho e com os olhos procura pelo Ori, sorrindo assim que o encontra.

De novo o mesmo enigma de mirarem o Lucario em silêncio, e com isso concretiza haver algo de fascínio na espécie de Ori. Uma Megaevolução?! Sycamore e Melizzana compartilham o mesmo gosto por mistérios e provocar os amiguinhos com isso.

— Por... acaso o segredo da Megaevolução inclui os Lucario? — Aren pergunta assombrado, e como resposta tem apenas um grande sorriso de Mel.

— Menos conversa e mais ação! — Mel dá seu jeito de agarrar os braços dos três e começa a arrasta-los na direção da torre. — Acho que o vovô que cuida de lá não está, mas podemos ficar à vontade olhando e conhecendo o lugar todo. Ou quase todo.

A caminhada antes tranquila megaevolui para uma corrida. Melizzana é bastante ansiosa e muitas vezes que se empolga perde noção do ser normal. Sai correndo, se pendura e se joga, balança ou afunda em lama, quando percebe já está voando ou numa queda livre. Seu sengue ferve mais que Pokémon durante uma batalha e só não evoluiu ainda por ser de espécie única.

As garotas são as mais rápidas do grupo e avançam facilmente pela calçada desviando dos obstáculos (maioria pessoas) com a maestria de não tirar nada de ordem. Kaito vai logo atrás com Button, é um pouco mais lento e tentando fazer os mesmo que as duas vai se atrapalhando pela rua. Aren é o mais comedido por não ser muito bom em corridas, e certamente seria um estorvo esbarrando e tropeçando diversas vezes nos obstáculos. Ori até correria se não preferisse acompanhar seu treinador, e Lonnie e Ralts vão andando normalmente atrás do Aren e Ori.

[...]

Tower of Mastery: A torre além do despertar.

Cortando a passagem de mar, adentram os muros que protegem a torre. Há uma espécie de vila ao seu redor só para quem cuida de sua manutenção, algumas casinhas e vegetação suficiente para os trabalhadores dali. É tanto lugar para se olhar que mal prestam atenção no caminho e quando se dão conta já estão lá dentro, e bem na entrada...

No salão principal dão de cara com uma colossal estátua de Lucario feita de concreto. Mas esse difere do natural de sua espécie, seus pelos são mais abundantes, principalmente na cauda que parece coberta por seus pelos do torso. Tem marcas serpenteando das partes negras de seus braços, pernas e máscara para o restante do corpo e seus quatro apêndices para sentir e ajudar no controle da aura estão com o dobro do normal ou até mais. Fora alguns outros detalhes como mais espetos saindo das costas de suas mãos, pés e novos nos ombros.

— Ta-dáá! — Melizzana apresenta a estátua e para comparação puxa Ori para a frente dela, deixando ele constrangido com a situação estranha de ser analisado por todos ao redor.

— Não pode ser! — Marjorie fica boquiaberta. — Ori ainda evolui? Megaevolui!

Aren gagueja tentando formular várias perguntas de uma vez, está mais intrigado que impressionado. Ou os dois juntos, mas sem saber qual mais.

— Se eu fosse mais desconfiado e menos cabeça cheia teria pesquisado sobre isso logo depois de conversar com o Professor! — Aren decepcionado consigo mesmo.

— Mas que eu lembre você queria surpresa até chegar nessa cidade, não é? — Marjorie tenta anima-lo.

— Foi... — fala admirando a estátua e imaginando Ori na mesma aparência.

— Será que um dos meus também pode Megaevoluir? — Kaito pergunta extasiado com as mãos em punho perto do rosto, parecendo a Lonnie.

— Será? Será? — Marjorie fala de um jeito brincalhão.

Um jovem aparece detrás da estátua. Porte atlético e pele bronzeada, é bastante alto, tem os cabelos castanhos de cumprimento até o pescoço e traja roupas simples para melhor conforto, tudo nas cores azul e branco. Uma bermuda de praia e camiseta branca.

— Oi. Posso ajuda-los?

— E aí, cara? — Melizzana estende sua mão para um toca aqui e é correspondida. — Voltei e agora trago alguns amigos. Posso eu mesma mostrar o lugar?

— Bom, por mim tudo bem. Mas vou acompanhar, beleza? — Ogora voltando-se para o trio. — Eu sou Netoady, trabalho como estagiário de criador Pokémon no ginásio daqui. E vocês são...

— Criador Pokémon? — Aren parece se interessar, mas se recompõe para as apresentações. — Eu sou Aren e o Lucario acuado é Ori.

Não estou acuado, só não curto muitos olhares sobre mim sem ser numa batalha... — responde aborrecido.

Então você é tímido? — pergunta Ralts.

Não.

— Eu sou Marjorie, mas pode me chamar só de Marjo. E o Kirlia bonitinho chamo de Ralts ainda.

— Kaito, e ao meu lado está o Button.

— Prazer em conhece-los. Agora, como o dono do lugar não está não serei muito informativo como guia, mas um passeio básico dou conta.

— E eu que já vim aqui antes ajudo deixando o passeio mais interessante. — Mel completa.


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Notas finais do capítulo

Huehuehue mais gosto do bullying com o pobre Cacturne! >XD

O.O' !
Pera, não me matem! *esquiva das pedras e o que mais jogarem* darei uma folga para ele... vixe, povo estressado que não sabe brincar e.e'

News ~
Mel voltou para adoçar nossas vidas! Aeee! o/
E o novo personagem pode não parecer, mas é esse outro aí de nome incomum. É um personagem menor, mas pode aparecer bastante dependendo de como eu conseguir encaixa-lo u.u

Para o próximo capítulo vai ter (ou pode ter):

Mel inclusa na turma temporariamente.

Nova captura (captura mesmo e não buscar com Professor). Agora para quem? Façam suas apostas! (apesar da resposta parecer meio obvia)

Talvez uma evolução comum de um dos Pokémon (hmmm... quem será?).

Nada de Mega por enquanto.
.
.
.
Acho que é só isso, comecei a pouco e ainda pode surgir novas surpresas ~
Até o próximo o/



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