Piratas do Caribe E o coração de Nirina escrita por Capitã Nana


Capítulo 19
Salvando o coração


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOOOIIIIIIIIIIIII

Pessoal perdoe-me pela demora, é capaz que voces nem queiram mais ler de tanto que eu demoro para postar :/

terminei esse cap. exatamente agora, e já vim postar pq se não seria mais uma demora kkk

neste teremos muita informação junta, estabeleci um limite de 21 cap. para essa fanfic, sendo assim teremos apenas mais 2 capitulos para entendermos todos os misterios e conhecer o desfecho de cada personagem.

Eu tinha tanto pra falar, mas esqueci kkkkkkk

vamos a leitura.



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— E então, qual a sua decisão ? Lembre-se que quanto mais exitar, menos tempo tem para impedi-los – Smee a pressiona com um sorriso discreto.

    Não era uma escolha fácil, Moira sabia das consequências de cada uma, e o quanto seria doloroso conviver com aquilo caso o pirata deixado para trás, ficasse para trás. Entretanto, ao fitar os olhos de Brook e ver sua ambição, a garota encontrou forças para tomar a decisão que ela considerava cabível ao momento.

      –  Acho que não lhe disseram algo muito importante pirata… – Moira abriu sorriso ao ver Brook arquear a sobrancelha confuso – Eu confio no Daniel.

      A jovem de maneira rápida conectou a caixinha de música no local destinado. Os desenhos e escritas na parede começaram a brilhar e se moverem,um som de correntes sendo arrastadas se fez presente. A entrada começou a se abrir e  uma forte ventania surgiu lá de dentro.

     – Vadia! O que você fez?! – Smee exclamou tentando manter o equilíbrio.

    –  O que devia ser feito! – Exclamou a jovem protegendo seu rosto do vento. Notou que Smee iria atacá-la, então em rampante se virou e foi surpreendida com uma espada cruzada com a do bucaneiro – Will?!

      –  Vai! Estarei logo atrás de você! – Turner forçou sua espada contra a de Brook, o fazendo recuar alguns passos mas ainda permaneceu em posição de batalha.

     – Jack, Elizabeth e os outros estão a mercê do Corsário Morgan lá em baixo!

    – Certo, quando eu acabar aqui irei até eles, será rápido! – Ele provocou seu adversário que irritado novamente deu início ao peleja.

       Enquanto os dois se enfrentavam, Moira adentrou ao templo correndo, não via nada por conta do breu em que se encontrava o local, fez uma parada brusca assim que ouviu um ruído, estremeceu pois nada tinha para se defender além dos punhos.

        Para sua surpresa tochas de fogo se acenderam pelas paredes, mostrando o caminho a dentro, então ela olhou para baixo e viu que por muito pouco não cairia em um abismo. Estava em uma espécie de ponte mas sem acesso ao outro lado, o templo era infinitamente maior por dentro do que ela poderia imaginar. Moira olhou para os lados a procura de algo que a ajudasse a atravessar a vala, mas não obteve sucesso algum.

    – Maldição… – Brodbeck voltou alguns passos para traz afim de ganhar impulso, saltar era sua única opção, e mesmo  temendo não poderia se dar por vencida e recuar. –  Calipso eu sei que estou aqui para tomar oque é seu, mas o motivo é nobre acredite – Após suas palavras, a garota correu o máximo que pôde e saltou rumo ao outro lado da ponte.

     – – –

      As mãos calejadas e retalhadas escorriam sangue, assim como seu ferimento no tórax que naquele instante já se encontrava exposto. A visão turva de Daniel já não o deixava esquivar-se das investidas de Hector, entretanto, o jovem mantinha um sorriso vitorioso no rosto. O velho capitão cambaleava exausto, tentava manter-se de pé a todo custo, mas tinha que admitir que havia subestimado o rapaz, estava com vários cortes, uns mais profundos que outros, e um acima do olho esquerdo que consequentemente escorria sangue, o obrigando a usar apenas uma visão. Em suas inúmeras batalhas, jamais havia chegado a tal estado deplorável, não era atoa que foi considerando um dos capitães pirata mais sanguinário que já existiu nos mares, mas Daniel, o tratador de cavalos de Port Royal conseguiu fazer oque todos seus inimigos almejavam. Barbossa chegou a pensar que em uma batalha final, somente um pirata poderia fazê-lo chegar aquele nível, seu nome era Jack Sparrow.

    Hector involuntariamente foi ao chão, em seguida viu seu adversário acompanhar-lhe,  fitou o sorriso que Daniel esboçava e ficou curioso.

    – Por quê esse maldito sorriso menino? – O capitão iniciou ofegante – Ainda estou vivo e é evidente que entre nós dois já há um vencedor – riu irônico.

    – O senhor é um tolo capitão… confesso que a princípio não achei que seria facilmente enganado, mas vejo que a ambição é capaz de cegar alguns homens – Daniel abriu ainda mais seu sorriso.

     – Do que está falando? – O mais velho parecia ainda mais intrigado.

      –  Do colar,  o tão almejado coração de Nirina… quantos de nós morreram em busca dessa joia, e quantos ainda irão… mas no fundo me pergunto se ela permitirá que homens como você tenham tamanho poder em mãos… – Daniel arrastava-se tentando ficar de pé novamente – Se o capitão Morgan matou a senhorita Brodbeck, o colar já não tem ninguém digno a pertencer… devemos isso ao senhor, que a entregou aos braços da morte por não notar que ela era a única pessoa capaz de nos levar até ele – Ele se levantou trêmulo e pálido, usando a energia que lhe restara para um momento decisivo entre ele e o velho capitão. – É com imenso prazer, que lhe apresento a história real, não sou nada além de um pirata a beira da morte… tudo que fiz foi proteger Moira de todos vocês… em algum momento o meu plano foi falho, mas nada me faz mais feliz do que saber que o senhor fracassou Hector Barbossa.

    Os olhos do pirata estavam vidrados procurava no rosto de Daniel algo que o denunciasse, mas sua mente claramente o mostrava a verdade, cada detalhe, cada persuasão, tudo que foi feito não apenas por Daniel, mas por Jack para deixar a presença da garota menos notável possível. Barbossa se lembrou da misteriosa ponte de água do mar que os salvou da queda livre a caminho da baía, da batalha com Órion e da estádia de Moira no baú ao invés de ter sido transformada em serpente como todas as outras vítimas da criatura amaldiçoada. Mais uma vez Jack Sparrow havia o passado para trás e com ajuda, o capitão apenas  não tinha certeza se tudo havia sido em conjunto ou cada um agiu por conta própria. Entretanto, isso tão pouco importava   naquele momento, todo seu ser apenas desejava acabar com aquele duelo e ir até os confins da terra se fosse preciso para acertar suas contas com o maldito Sparrow.

      O homem também se levantou com dificuldades apoiando-se em sua espada e logo a segurando em modo de combate. A veia em seu pescoço saltava acelerada de acordo com os batimentos de seu coração, Hector estava certo de que um movimento errado e seria dele o corpo estirado em meio a mata.

     – Pode vim capitão Barbossa… – Provocou o rapaz empunhando sua espada.

    – Maldito!– Os dois partiram para o golpe decisivo, onde somente o melhor sobreviveria.

      – – –

   – Você! – Morgan exclamou assim que avistou a figura do peculiar pirata, apontou sua pistola para ele enquanto o mesmo olhava para trás e em seguida voltava sua atenção  ao bucaneiro com um sorriso largo – É muita audácia sua aparecer assim Sparrow!

     – Sim para o primeiro, sim para o segundo, mas...– Jack descia a pequena ladeira de onde estava quando escorregou e rolou até onde todos se encontravam. Quieto de bruscos e com o rosto enfiado na grama, ele levantou a curiosidade dos marujos.

     – Capitão? – Pintel o chamou com cautela e logo viu Jack levantar a mão.

     – A caso de curiosidade amigos... quero que saibam que eu estou bem – O pirata respondeu enquanto de maneira desajeitada se punha de pé, retirando a terra do rosto.

     O bucaneiro semicerrou os olhos e logo ficou mais próximo de Jack com sua pistola apontada para a cabeça do mesmo.

    –  Já terminou o seu espetáculo? – Disse Morgan. Jack fez uma careta ao notar o cano da pistola tão próximo de si

     –  Na verdade corsário, minha presença nada tem de fortuita, vim para salvar a sua vida, a sua e de todos os cavalheiros aqui presentes, excerto por Elizabeth que é uma dama – Jack fitou a mulher e esboçou um leve sorriso.

      – Salvar-me? Não escapará dessa vez Sparrow, sua morte é a minha prioridade – Morgan respondeu inflexível as palavras do outro.

      – Vejo seu fervor e empenho para me matar Morg  e até admiro isso, de verdade,mas prefiro interpretar as suas ações ao invés das suas palavras. – Disse Jack. O pirata por sua vez estava certo, Morgan não mais  pretendia matá-lo tão facilmente, tinha em mente torturá-lo até que o próprio  implorasse para ser morto.

         O bucaneiro desconfiado das artimanhas de Sparrow, ficou em silêncio alguns segundos apenas o fitando de cima a baixo. Embora Morgan fosse um homem destemido, dono de uma lista vasta de aventuras inimagináveis, estar dentro de uma ilha submersa em meio ao oceano não era algo que pudesse julgar comum em sua rotina, porém, Jack não era alguém ao qual podia-se confiar.

     – Então você volta até o homem que o persegue para salvá-lo? … me diga Sparrow, caso eu estivesse disposto a considerar, do que estaríamos fugindo?

     – Da mais feroz e indomável divindade do mar… – Nesse instante o pirata mudava seu tom de voz para um som mais leve como sempre fazia durante suas persuasões.

     –  Órion nunca foi um problema para meus homens, se quer permanecer vivo é bom que tenha algo melhor em mente, embora tudo que disser será em vão para o seu julgamento – Morgan riu.

       – Órion nada se compara ao poder esmagador de Nirina – Jack abriu um leve sorriso ao notar que havia prendido a atenção do bucaneiro como desejava. – Ela está viva Morg, e aqui, bem próximo a nós… Aguardando o melhor momento –    Elizabeth era a única mulher em meio aos piratas, assim se tornando vítima de olhares curiosos de Morgan e seus homens – Ela não está entre nós.

      – Onde está a senhorita Brodbeck? – Joshamme questiona.

      – Não está entre nós… – Elizabeth respondeu logo notando que Jack poderia está usando a garota em seus planos.

      – Quer me fazer acreditar que aquela víbora de olhos azuis é nada mais nada menos do a tão poderosa semi-deusa da lenda pagã? Ora, não me subestime! – Morgan soou sarcástico.

     – Sei que a essa altura já não crê mais ser apenas uma lenda, mas se acha que tudo que disse aqui é apenas uma mentira, mate-nos e tente sobreviver a ela. Dou minha palavra do que virá de lá será algo que jamais imaginou presenciar….savvy? – Jack apontou para o caminho de onde a pouco havia caído.

     O momento para  uma nova indagação por Morgan foi  interrompido pela imagem de dois homens descendo exatamente como Jack a minutos atrás, eles rolavam agarrados como se ainda lutassem. Há princípio ninguém os reconheceram, mas assim que chegaram ao chão todos notoram os rostos familiares.

     – William?! – Exclamou Jack surpreso.

     – Will! – Elizabeth sorriu ao ver seu amado na ilha.

       – Brook, já estava na hora – Morgan disse com um sorriso de canto.

       Os homens do bucaneiro renderam Will antes que ele pudesse agir. Smee se levantava ainda zonzo.

   – Tinha razão Sparrow, eu realmente não imaginaria algo assim. – Morgan e seu bando gargalhavam.

     –   Se não conheço os mapas,
escolho o imprevisto:
qualquer sinal é um bom presságio amigo – Indagou o pirata. Morgan não sabia, mas para Jack quanto mais se estendesse o diálogo, mais tempo seria dado a Moira para encontrar de vez seu colar.

      – Capitão! A garota, ela encontrou a entrada para o templo, está lá dentro agora! – Smee alertou seu superior, em seguida Morgan fitou Jack e seu sorriso descontente.

      – Vamos homens! Se esse colar existe ele será meu, e a vadia e eu temos muito oque acertar. E levem Sparrow e seus homens, vamos ver se eles nos serão úteis –Morgan tomou a liderança, seguido dos outros.

    Todos subiam para a entrada do templo,  ainda rendidos caminhavam de mãos atadas, sob a mira de várias pistolas.

     – Como chegou aqui ? – Elizabeth perguntou ao marido assim que se aproximou dele.

    – Quando vi a ilha submergindo pulei no mar. Onde está o meu pai e o Daniel?

     – Não sabemos, muita coisa aconteceu… – Elizabeth e William se fitaram sérios, ela sabia o que seu amado temia e isso a preocupava.

       – Calem a boca seus miseráveis e andem logo! – Smee empurrou o casal para frente.

        – – –

  Os obstáculos dentro do templo pareciam infintos, dentre abismos, labirintos, morcegos e armadilhas, Moira se via cada vez mais dentro de um caminho sem volta, talvez nem se lembrasse mais como sair do templo, entretanto, não pretendia falhar com seus amigos, e por uma razão que não conseguia explicar sentia que o colar estava perto. Ela parou frente a uma porta dourada e novamente viu o desenho semelhante ao da caixa de música, a porta se abriu sem qualquer estímulo da jovem, revelando assim uma sala  iluminada por vários candelabros, o teto com desenhos que a jovem não compreendia, nas paredes frases em escritas desconhecidas,porém oque mais chamou a atenção da garota foi o grande círculo no chão com vários símbolos e frases desconexas.

     Com cautela, ela seguia para o centro da sala onde havia um pedestal esculpido em forma de uma bela sereia, e em seu pescoço reluzia o colar de pingente azul, com laterais de diamantes. Moira cambaleou ao sentir uma energia diferente envolve-la, uma aura intensa e voraz. A cada passo que dava o som das ondas era ouvido, o som que a anos a chamava. Ela então tocou no objeto e o azul do pingente se tornou um mesclado entre o céu é o mar, assemelhando-se as suas orbes. Brodbeck suspirou e então retirou o colar da sereia, logo se sentiu zonza e flashs de um determinado momento apareceram em sua mente, via o misterioso homem no baú entregar-lhe a caixa de música, se via o abraçando e ele acariciando seu rosto. A garota então notou que de alguma forma estava ligada aquele colar porém, antes de concluir seu raciocínio foi surpreendida por toda a extensão onde havia o círculo, se partir em várias partes, ela pulou de onde estava para uma rocha maior, permaneceu abaixada para não perder o equilíbrio enquanto as pedras giravam. Uma nova passagem foi aberta no lado oposto a entrada da sala, Moira novamente pulou para outra pedra no intuito de seguir pela novo portão, mas o chão novamente começou a se juntar e deixar evidente as frases que antes eram impossíveis de se compreender.

  – Nascida para dominar, filha do mar, sangue pirata, indestrutível, metade deusa metade humana… Nirina. – Moira assustada lia todas as frases. – Meu Deus…

       “ Moira…Nirina.”

    A voz de Calipso surgiu docemente ao ouvidos da jovem.

     – Senhorita Brodbeck! – Gritou um dos subordinados de Turner.

     Moira virou-se para a entrada ao qual havia chegado aquela sala, viu Jack, Will e os outros, acompanhados por Morgan e seus patifes.

   – O destino sem dúvidas é imprevisível não é mesmo? Quem diria que nosso encontro em Tortuga nos traria até aqui… mas nossa areia não para de escorrer,portanto, passe para cá o colar – Morgan cautelosamente avançava alguns passos até ela.

    – Não! Liberte os meus companheiros primeiro! – Moira mantinha-se firme.

   – Um pedido simples, mas minha resposta é não.

   – Se não fizer isso pode dar adeus a esse maldito colar! – A jovem ameaçou quebrar o objeto e todos se agitaram.

    – Está bem! Farei o que me pede, os libertarei, mas você irá conosco – O bucaneiro propôs. Jack fazia sinal para Moira não aceitar a barganha, porém ela o ignorou – Contramestre! – Morgan assentiu e os bucaneiros soltaram as amarras de todos – Estão livres senhorita, agora cumpra a sua parte.

    Ela caminhou até Morgan e o olhou em seus olhos, o capitão notou a intensidade aos quais se encontravam.

     – Jack! – Moira exclamou jogando o colar na direção do pirata que o pegou rapidamente.

  – Sua puta!

    Morgan iniciou a batalha contra a garota enquanto sua tripulação enfrentava os marujos do Pérola e Holandês.  Ela se esquivava da espada do bucaneiro o quanto podia. Em outro canto, Jack já se encontrava em combate.

    – Gibbs! – Sparrow jogou o colar para seu imediato, ele por sua vez não poderia pegar o objeto por conta da peleja com Smee, então com sua espada o rebateu para o aliado mais próximo.

      – Elizabeth! – Ela pegou o colar e começou a correr na tentativa de fugir do bando inimigo. Mas foi pega por um bucaneiro, e novamente jogou a joia para outro.

     – Will!    

     Enquanto mantinha-se na defensiva por está desarmada, Moira avistou uma de  suas espadas sendo usada por um marujo, fez um sinal para que um de seus aliados a cobrisse e então começou a correr até ele, o marujo duelava com Jack, o pirata logo notou que a jovem se aproximava, com exatidão golpeou o homem na  mão o fazendo soltar a espada. A jovem ainda correndo se abaixou pegou a espada e apunhalou a garganta do rival.

    –  Sentiu saudades? – Jack indagou derrubando outro inimigo.

    – Como poderia não sentir? Espadas são de muita utilidade. – Moira respondeu desviando-se da pergunta que o capitão havia feito. Ele por sua fez apenas sorriu, sendo retribuído em seguida.

     No fervor da batalha todos se distanciavam, aos poucos as frases escritas no chão desapareciam em meio ao sangue derramado de todos envolvidos. O colar continuava a ser passado uns para os outros e novamente Moira tinha seu poder em mãos, ela bravamente enfrentava os bucaneiros  até ver alguém adentrar ao recinto.

    – B-Barbossa… – Suas lágrimas começaram a escorrer em seu rosto, por fim o peso de sua decisão havia sido revelado.

    – Moira atrás de você! – Jack tentou alertar a moça que havia ficado estática na presença do velho capitão, entretanto havia sido tarde, a espada de Morgan havia atravessado o coração da jovem.

     – Tudo seria mais fácil se tivesse sido uma boa menina – Disse o bucaneiro sorrindo,retirando a espada de dentro da garota.  A cena causou impacto em todos presentes. Morgan pegou o colar e caminhou vitorioso em direção a saída. – Matem esses vermes e vamos embora homens!

       Moira olhou para suas mãos cheias de sangue, um frio apoderou-se de seu corpo e sua visão começava a escurecer. Will correu ate a garota tomando-a em seus braços a impedindo de cair. Os olhos dela estavam escuros e o sangue não parava de manchar sua roupa.

    – Will…

        Jack observava tudo um pouco distante, segurava com toda força o cabo de sua espada.

        – Jack oque vamos fazer? – Disse Gibbs

       – O colar… ele pode salvá-la… – Sparrow respondeu e logo rumou atrás de Morgan que estava rente a saída. Alguns bucaneiros tentavam impedir o capitão, mas a habilidade dele era muito maior.

   – Um momento capitão Morgan! – Iniciou Barbossa – Está com algo que me pertence e não seria nada agradável afundar o seu navio por ele – Hector sorriu. Estava muito ferido, nem ao menos sabia onde encontrou forças para chegar ao templo, mas a vida que escolhera era aquela e jamais desistiria de seu propósito, mesmo que ele o levasse a morte.

     –  Sabe o que eu faço com os rastos que roem meu queijo capitão? Eu os aniquilo!

         O combate continuava, todos dispostos a dizimar a tripulação do Carmen para sempre. Os piratas estavam furiosos com o golpe que Moira havia sofrido, e estavam dispostos a não deixar qualquer um sair impune daquele templo. Quando Sparrow rumou para atacar Morgan, Brook anulou seu golpe, tomando a luta para si.

        Will e Elizabeth levaram a garota para longe da peleja, ela agonizava enquanto seu corpo ficava gélido, tentava dizer algo aos amigos mas já não tinha forças.

    –  Por favor resista Moira… – Elizabeth segurou sua mão e sentiu os dedos de Moira tentar retribuir o toque.

       –D-Daniel… – Em um fio de voz  ela chamou pelo amigo. O casal se entreolhou em silêncio, não sabiam que fim havia tomado o rapaz, e a aquela altura não tinham qualquer expectativa sobre ele.

      A disputa entre capitães continuava acirrada, Morgan já sangrava pelo nariz e lábios mas sua força e habilidades não foram abaladas, seu adversário era aquecido pelo calor da batalha e tão pouco baixava a guarda.

      – Desista Barbossa! Quem sabe lhe terei clemência! – Morgan exclamou investindo vários golpes.

      – Não me insulte! De que vale ser um pirata se não fazemos valer o suor de nossas testas?! – Hector segurou a investida do corsário e na sequência socou o rosto do homem e chutou-lhe no estômago. Morgan cambaleou sentido faltar-lhe o ar, então Barbossa novamente o chutou, fazendo com que o bucaneiro fosse ao chão, na sequência puxou sua pistola e apontou para ele.

        Naquele instante as paredes começaram a ruir e um grande tremor se espalhou por toda ilha. Elizabeth sentiu Moira soltar sua mão, tentou reanimar a amiga mas sem resposta. Todos ficaram afoitos com o tremor, excerto Hector, ele atirou em Morgan sem qualquer pré aviso, o tiro não foi fatal pois pouco lhe interessava matar o corsário, apenas pegou o colar e deu as costas.

       – O templo vai desabar! – Os piratas nervosos começavam a gritar

      –  Saiam todos! – Turner ordenou. Mais uma vez a batalha era interrompida, mas era evidente que aquela seria a última vez.

     –  Hora de ir –  Jack derrubou Smee e correu para impedir Barbossa de fugir.

    Antes do velho capitão atravessar, a passagem foi bloqueada por um desmoronamento, criando uma névoa de pó tomar conta do local. Contrariado ele se virou dando de encontro com a pistola de Jack apontada para si.

     – Não posso deixar que fique com ele – Sparrow estava com o semblante sério, Barbossa podia ver nos olhos do capitão toda sua determinação.

    – E o que vai fazer Jack? Me matar? – O velho gargalhou em desdém.

    – Não é mais imortal Hector, e Calipso não o trará de volta a vida, pense bem.

    – Jack, Jack, quando descobri que mais uma vez me enganou pensei em mata-lo, mas acho que deixar você conviver com a culpa de deixa-la morrer será o suficiente – O capitão também sacou sua pistola e apontou para o outro.

      Nesse meio tempo Smee ajudou Morgan a se erguer e saírem da sala que cada vez mais se destruía.

       – Jack! –  Elizabeth chamou a atenção do pirata, pois o tempo estava acabando.

      – Vamos capitão, essa bala  não é para o senhor – Sparrow engatilhou sua pistola.

       –  Adeus amigo – Barbossa estava pronto para atirar, mas recuou quando ouviu o disparo da pistola de Jack. O homem notou que o mais novo olhava além de si, então virou-se e viu um dos homens de Morgan baleado cair a seus pés.

     Novamente ele ouviu o som da pistola ser engatilhada, e logo voltou sua atenção ao capitão de dreads. Barbossa percebeu que Jack realmente relutava em tirar sua vida, o velho capitão não entendia os motivos que o levava a exitar já que via o quanto a vida de Moira era importante para ele. Indisposto a continuar aquela situação e com planos futuros em mente, ele apenas revirou os olhos e jogou o objeto para Jack. Claro que  Sparrow desconfiou do ato do rival, porém não havia tempo para mais uma indagação, logo  virou-se para ir ao encontro da garota, mas não antes de novamente  fitar o capitão.

    – Esse dia será lembrado como o dia em que o senhor quase foi morto pelo cap-  – O  tiro que o mais velho disparou próximo a Jack foi o bastante para ele engolir suas palavras fazendo mais uma de suas expressões estranhas e correr até os companheiros.

     O pirata chegou até Moira e a viu inconsciente nos braços de Will.

      – Creio que já é tarde…

       –  Oque aconteceu com o discurso sobre não há causa perdida? — Jack retrucou enquanto colocava o colar no pescoço da garota.  Moira em seguida começou a se debater e a destruição se intensificou – Vamos embora!

       – Não podemos deixá-la aqui! – Disse Elizabeth

      Os piratas notaram então a água azul turquesa escorrer por todos os cantos do recinto.

      – Ela não está sozinha, vamos!– Sparrow finalizou.

      Ele e os demais seguiram pela passagem aberta, o caminho era repleto de armadilhas mortais, no trajeto viram vários corpos presos em espinhos ou simplesmente estirados no chão, algumas perdas consideráveis outras nem tanto já que quanto menos bucaneiros sobrevivessem seria melhor a caso de um novo ataque. Quando conseguiram sair a tempo do templo, estavam em uma região inexplorada,entretanto não estavam livres, a ilha inteira estava se desintegrando, e não havia para onde fugir pois ainda estavam presos pela barreira em volta da baía criada por Calipso.


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Notas finais do capítulo

Sinto que perdi um pouco a essencia de Jack nesse cap. me desculpem,


espero que tenham gostado.

bjkas