Piratas do Caribe E o coração de Nirina escrita por Capitã Nana


Capítulo 17
A Deusa


Notas iniciais do capítulo

Hey piratas!

Ai que saudades de postar novos capìtulos, tenho estado ocupada na vida off nos ultimos tempos por conta disso já não posto mais com frequencia. me desculpem.

como prometido, eu nunca vou abandonar essa fanfic, e também não faria sentido, não agora que está em contagem regressiva kkkkk

Nesse cap teremos uma revelação que acredito já ser esperada por alguns leitores, e também teremos uma escrita mais "forte" já que ando mais aprofundada na realidade pirata,coisa que os filmes Disney não abordam.

bem, boa leitura!



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     Ao longo dos anos a Baía das lamentações vinha sendo mencionada em varias histórias assombradas. Os homens do mar que foram corajosos o suficiente para aventurar-se rumo ao local estavam mortos ou loucos, alimentando a imaginação daqueles que optaram por manter distância da ilha e seus perigos. Vários relatos eram contados, mas ninguém jamais havia dito qualquer coisa sobre a água tóxica ou até mesmo sobre a ilha submergir, talvez porque todos que haviam permanecido na ilha haviam morrido ou sobreviver aquele fenômeno era apenas uma dádiva concedida a Jack e os demais ali presentes.

         Ao abrir os olhos Jack parecia não acreditar no que presenciava. Em seus milhares de sonhos com aventuras que marcariam época, o pirata de dreads jamais cogitou a hipótese de  sobreviver no fundo do mar.  Toda a ilha estava dentro do mar, entretanto, podia-se respirar normalmente pois o grande pedaço de terra estava protegido por uma energia que não podia ser vista mas sentida. Moira olhou para o lado e viu uma baleia passeando pelas águas e logo depois um cardume de mais variadas cores. Não havia como não se impressionar com a bela visão fornecida a eles.

       – Jack... – Moira procurava palavras para aquele momento mas não conseguia expressar nada além do nome do pirata.

     Ele desfez o contato com a jovem e desceu alguns rochedos, tudo estava escuro como a noite, mas com um brilho todo especial, a água azul que tanto impressionou os piratas agora brilhava como luzes neon, iluminando os caminhos.

      – Preciso diminuir o rum  – Jack comentou atônito.

      – Creio que não seja uma quimera capitão... – A garota também desceu e se juntou ao pirata – Estamos mesmo no fundo mar... Jack, nós temos que encontrar Daniel, Elizabeth e a tripulação.  – Moira evitava pensar no pior mas a incerteza de que seu amigo tivera a mesma sorte que ela de está vivo assolava sua mente. Deu alguns passos e parou de repente chamando a  atenção de Jack.

     – O que foi? Vamos lá buscar o seu namorado – Ele pegou na mão da garota e a sentiu gelada como uma escultura de gesso. Confuso ele balançou a mão frente ao rosto da jovem, mas os olhos dela continuavam imóveis. Jack logo detectou que Moira estava enfeitiçada e que aquilo só poderia significar uma coisa.

       Partículas de água flutuavam no ar violando as leis da gravidade. Jack sentiu um calafrio então fez uma careta virando-se de costas para a garota. A água turquesa começou a se reunir em um determinado ponto quase em um tornado, de repente a água começou a criar forma, ele arqueou a sobrancelha observando a silhueta feminina aparecer, com um vestido  arrastando pela vegetação e cabelos longos e flutuantes, tudo formado pela água.

     – Jack. Sparrow...

      –  Tia Dal...Calipso...

          A deusa caminhou de forma sedutora até o pirata, ficando bem próximos.

       – Como eu disse uma vez; Sabia que os ventos o traria de novo para mim – O tom de voz da deusa era sereno e Jack abriu um largo sorriso mostrando seus dentes amarelados. Porém o sorriso se apagou quando ela o segurou pelo pescoço erguendo-o do chão. – Você  me aprisionou!

     – T-tecnicante...foi a pri-primeira corte d-da irmandade e não eu... – A voz de Sparrow saia rouca e pausada.

     – Mas você é um dos nove lordes piratas, você é mais um dos malditos  gananciosos que querem tomar  oque sempre foi meu! – Ela jogou Jack sobre uma árvore. Ele tentou se erguer tossindo bastante com as mãos no pescoço.

     – cof,cof... Moira tinha razão, isso dói – Sparrow sussurou para si mesmo. – Calipso eu intendo que está furiosa conosco mas...

       – Por que Jack?! Você estava lá, você sabe qual seria o destino dela e o seu caso ousasse me trair e mesmo assim você a trouxe... – A água que constituía o corpo de Calipso entrou em ebulição a medida que sua raiva aumentava.
       
         – Perdão vossa divindade mas quem a trouxe até a Baía foi o garoto e Barbossa, principalmente Barbossa.– Jack em passos estranhos novamente se aproximava da deusa – Mas, quando encontrei a donzela a deriva ela disse ser vítima de um naufrágio, oque não poderia ser verdade já que não chovia naquela região a dias, a menos que alguém com os poderes de controlar os ventos e a maré tivesse causado uma festinha particular.

      Calipso se sentiu acuada pelo pirata e talvez esse era o motivo de ter se afeiçoado ao homem desde que ele era apenas um garoto. O fato é que agora Moira já sabia demais e nada podia ser feito a respeito.

      – Naquela noite em Port Royal ele estava lá, na praia, transtornado, procurando uma razão para viver. Daniel estava em prantos, e ficou assim até  adormecer... Pobre menino, fadado de uma vida de ilusões...

   Jack semicerrou os olhos interessado em cada palavra ouvida naquele momento.

       – Então você o corrompeu...

       – Eu não usaria esse termo capitão, digamos que eu o ajudei a me ajudar... – Ela abriu um sorriso enigmático – Entrei em seus sonhos e o convenci que o mar era seu destino. Dezoito anos...dezoito anos observando Nirina crescer cada vez mais distante de mim, quando criança vez ou outra ia ao cais, mas depois... – Calipso fitou Jack –  Essa era a minha chance, pela primeira vez minha pequena desejava o mar...

     – Não seria o jovem rapaz metido a pirata?

    – A mesma história com versões diferentes mas todas verdadeiras. Ela queria encontrar  Daniel, mas para isso precisava do mar...  – A Deusa começou a caminhar lentamente pelo ambiente – A tempestade foi apenas um modo de controlar os meus sentimentos, mas ela caiu no mar... – Ela tocou em uma rosa branca e a flor escureceu, tornando-se murcha em seguida – Quando tentei me aproximar descobri que nem todo o poder de Nirina havia sido retirado. Ela criou uma barreira que me impediu de tocá-la, um poder tão forte e esmagador que fez a tempestade cessar como mágica.  Então você apareceu, como um toque do destino... – Ela pegou a rosa e a  esmagou, soltando seus pedaços lentamente.

      O pirata estava certo a respeito da tempestade, mas havia pecado em não ter colocado em seus cálculos que Calipso teria induzido Daniel a fuga. A Deusa conhecia bem os sentimentos da filha então estava certa que a garota tentaria ajudar o amigo.

     – Reconhece que sou inocente, devo entender que não vai me transformar em um lagarto gigante comedor de piratas ? – Jack novamente caminhava até a Deusa.

    –  Muita coisa você é Jack Sparrow, menos inocente. – Ela caminhou até onde Moira estava congelada – Eu sei que reconheceu Nirina no momento em que a viu... – Ela tentou  acariciar  o rosto da filha, porém por conta da magia que usou para retirar os poderes da garota, não conseguiu – Esses olhos tão marcantes jamais passariam despercebidos...

   – Deveras, mas jogar a moça novamente no mar não me pareceu uma boa atitude, a menos que o capitão do navio fosse Barbossa – Sparrow indagou sorridente, notando a atenção da mulher voltada para si.

          – Levou minha filha para Tortuga! – Calipso empurrou o pirata com jato de água jogando-o contra as rochas

      – Está...está subestimando a pequena deusa amor – com dificuldades o pirata novamente se pôs de pé.– Moira tem uma coragem e determinação invejável, e ao que me lembro ela seria caçada pelas companhia das índias orientais e assassinada por Beckett, mas o maldito  agora está queimando no inferno, e ela está aqui... viva. Em outras palavras, ela é uma pirata está no sangue talvez devesse deixar Nirina ser quem realmente é.

   – Esse é o motivo de ainda está vivo capitão – Novamente ela mostrou um sorriso, porém dessa vez deixando um ar macabro a sua volta – Vai garantir que Nirina desperte... Ninguém mais deve ter o poder, ninguém mais pode reinar sob os mares e oceanos. Se não há outro jeito, que seja esse então. – Calipso finalizou. A água começou a desfazer aquele corpo perfeito.

     – Espere! Já que vou morrer porque eu ajudaria a moça?

      – Não faça perguntas as quais você já tem a resposta...

       Após suas últimas palavras, a deusa desapareceu junto a toda água que escorria para algum lugar ao qual Jack supunha ser o rio. O feitiço sobre Moira foi desfeito e sem notar nada incomum ela continuou a caminhar, percebeu que Jack a fitava parado onde estava anteriormente.

     – Algum problema capitão? – Ela observou ele se aproximar e em seguida entregar-lhe a bússola.

     – Vamos lá querida, ache esse maldito  coração antes que seja  tarde demais savvy? – Sparrow parecia aborrecido.

     – Jack eu não posso… o coração de Nirina não é o que mais desejo, nunca foi e você sabe disso. – Moira devolveu a ele o apetrecho – Se está tão interessado nele acho que é hora de você usar isto. – Ela deu as costas para o pirata retomando o seu caminho.

       O pirata puxou sua pistola e apontou para ela, mas logo recuou guardando-a novamente. Amaldiçoava-se por não deixá-la em uma ilha qualquer como no plano inicial, desde que Moira havia voltado a sua vida, Jack perdera o controle em todas as situações e isso o frustrava.

   
       – – –

       Acreditar no que viam parecia impossível, o mar sempre foi cheio de mistérios inimagináveis,porém está a vários metros da superfície era um fenômeno inacreditável.

   – E-estamos dentro do mar? – Elizabeth fitava o "céu" boquiaberta.

   – Deus, onde nos metemos? – Gibbs olhava para cima fazendo um sinal religioso.

    – Moira... – Daniel virou-se rapidamente para dar novas ordens quando se deparou com Smee a sua frente com sua espada apontada para ele.

    – Não importa onde estamos, nos ainda não acabamos – Smee iniciou a luta e logo todos estavam novamente em combate.

           A batalha não daria vantagem a nem um dos bandos, porém os homens de Morgan não poupavam ninguém, costumavam ser cruéis por puro deleite, sendo assim, as tripulações rivais não teriam outra opção que não fosse o combate. Aos poucos Daniel via os homens de Sparrow serem mortos sem qualquer contenção, então tentava ajudar os marujos mesmo com Smee em seu encalço. Brook era muito eficiente ao manejar sua espada, seu reflexo era rápido assim como seus golpes.

     – Com mil infernos! – Exclamou Daniel atacando o imediato de Morgan.

     – Enquanto não atacar para matar não vai conseguir me atingir – Brook defendeu o ataque e com a mão livre socou o rosto do rapaz – Que tipo de pirata é você ?!

     Daniel cambaleou com a investida do bucaneiro, mas logo voltou a atacar-lo. Novamente foi atingido por Brook que agora o feriu no peitoral, criando um corte grande e profundo. Aquele era o primeiro ferimento grave do rapaz, o sangue tingia sua camisa encardida, mas ele não se intimidava, nem tão pouco investia com golpes fatais e como resultado deixava Brook intrigado.

      Um bucaneiro com o rosto repleto de cicatrizes arremessou Elizabeth entre as pedras. Ela com dor tentava se erguer, entretanto, algo havia chamado sua atenção. As lianas próximo a ela começaram a se movimentar e a pirata seguiu com os olhos o deslocamento até entender o que viria a seguir.

        – Trepadeiras! – Elizabeth alertou a todos.

       Os cipós impiedosamente agarravam os piratas e os arremessavam no ar, os largando a própria sorte em seguida. Com a queda livre somente um milagre poderia salvá-los. A batalha novamente foi cessada por motivos maiores, e os piratas e bucaneiros se uniam para salvarem suas vidas.

     Smee foi surpreendido por uma trepadeira enquanto combatia outra, ela o agarrou pela perna e o arrastou. Quando estava prestes a erguer-lo Daniel interviu cortando a parte da planta que prendia o bucaneiro. Ainda confuso ele fitou o rapaz.

      – Eu tenho um jeito novo de ser pirata – Daniel estendeu sua mão para ajudar Smee a ficar de pé. Ele aceitou a ajuda e os dois voltaram para a batalha.

        Todos correram para o mais longe que podiam dos cipós, entretanto, não era apenas as lianas que haviam criado vida, algumas plantas desconhecidas moviam-se soltando um gás, os bucaneiros e piratas que inalaram o ar tóxico perdiam a visão e logo eram atacados por plantas carnívoras.

     – Corram homens! Corram para a cachoeira! – Daniel ordenou. Talvez a ideia não fosse favorável para eles, mas aquela região estava condenada, e ficar ali era como assinar a sentença de morte.

       " Ahaá  morte a vista, morte a vista"

     – Daniel, não vamos sobrevi... – Elizabeth notou o quão o rapaz estava sangrando – As suas chances são menores do que as nossas!

      – Eu vou ficar bem, assim como vocês, mas se eu não ficar... – Ele olhou para as trepadeiras que retornaram ainda mais rápidas – Diga a Moira que eu a amo – Eles se encararam por alguns segundos – Agora!

           Sem mais delongas, todos pularam no rio, a correnteza forte os levou para a queda d'agua de aproximadamente quinze metros. Por sorte haviam sobrevivido e minutos depois da colisão com a outra parte do rio, eles emergiram. Elizabeth procurava pelo garoto entre os homens mas não o encontrou.

        – Daniel! – Exclamou – Daniel!

        – Ele não está aqui, o garoto foi reclamado pelo rio! – Comentou Gibbs.

          – Não pode ser...

      – – –

          O som de cigarras,corujas entre outros insetos e animais noturnos invadia os ouvidos do rapaz, tudo parecia tão calmo como a noite em que passou naquela ilha após sobreviver ao ataque da serpente do mar. Porém, lembranças assolaram sua mente o acordando em seguida. Abriu os olhos, notando que estava escorado em uma árvore e com o sumo de algumas folhas sobre seu corte coberto com uma bandagem improvisada. Atônito ele tentou se levantar.

     – Ei vai morrer muito mais rápido desse jeito – O som da voz do bucaneiro fez o rapaz recuar e em seguida procurar pelo homem – Brook Smith, mais conhecido como Smee – Ele ergueu a mão para Daniel, imitando o gesto feito pelo o outro horas antes. O rapaz aceitou a ajuda e logo ficou de pé.

        – Achei que boas ações era uma dádiva desconhecida pela tripulação misteriosa – Daniel sorriu irônico.

      – Carmen de La Rosa. Você me salvou, odeio dever favores – Brook respondeu já caminhando pela trilha.

     – Me deixar morrer não seria a maneira mais fácil de lidar com isso? – O rapaz seguia logo atrás do bucaneiro.

     – Quer mesmo que eu me justifique ?

     – Não, mas oque é exatamente essa coisa? – Ele puxava a bandagem sentindo um certo incômodo. – E onde está Gibbs e os outros?

      – Uma erva medicinal que encontrei aqui, quanto a sua tripulação... Eu não faço ideia, quando acordei estávamos sozinhos a margem do rio...

        De repente sons de passos foram ouvidos por eles. Imediatamente pegaram suas espadas e aguardaram a aproximação dos passos. Logo Barbossa apareceu junto a Bootstrap e Ragette.

     – Barbossa? – Os piratas estavam feridos, suas roupas rasgadas e manchadas de sangue.

      – Calipso irá fazer desta ilha nossa cova – Hector mencionou a deusa com uma expressão de desprezo.

      – Onde estão os outros? – O rapaz procurava os companheiros com os olhos.

       – Mortos.

        – E a senhorita Brodbeck e o Sparrow ?

        – Mortos. Acredito que o capitão deste homem não foi nem um pouco misericordioso – Barbossa abriu um sorriso, deixando o rapaz atordoado.

      – Oque. está. Dizendo...

     – Meu capitão, Joseph Hernandez Morgan, barganhou com esse pirata a moça, e Sparrow já estava sobre nosso poder – Smee dizia calmamente, sem notar a expressão raivosa que surgia no rosto de Daniel.

      – Não me interprete mal menino, mas que utilidade aquela garota teria comparado a esse mapa? – Barbossa gargalhou vitorioso.

      – Trocou a vida dela por um maldito mapa! – Daniel partiu para o ataque –  vou matar você seu maldito!

      Ragette sacou sua arma para interferir mas Barbossa o interrompeu, já defendendo-se com sua espada.

     – Não ouse me atrapalhar sr. Ragette! Está na hora de terminar oque começamos hahaha!

    Hector e Daniel travaram uma luta onde estavam dispostos a ir até o fim, Barbossa por seu orgulho e o rapaz por ódio. O velho pirata acreditava que não precisava mais do “semi-deus” para seus planos, então ignorou qualquer outra razão para não matá-lo. Daniel estava cansado do capitão e sua ambição, acreditando que Moira poderia está morta, seu maior objetivo aquela noite era aniquilar o capitão Hector Barbossa.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam desse capitulo?

para quem me perguntou oque aconteceu com a tripulação do Real Ocean, ta ai a resposta kkkk todos vivos graças a Moira ;D

aguardo voces nos comentários.

Bjkas!