I'm Here Again escrita por TahRodriguess


Capítulo 2
1. I'm Back - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura (;

*Capitulo revisado!



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Eu estava tão cansada da viagem que nada podia me acordar, com exceção da minha barriga que parecia virar do avesso de fome. Levantei de susto, cabelo todo desarrumado e minha cara toda amassada, pois é, dormi muito, e bem. Lavei o rosto e prendi o cabelo em coque com ele mesmo, depois desci as escadas me arrastando e bocejando – uma vez – procurando meus pais.

– Mãe, cadê o papai? – a encontrei na cozinha, mexendo em várias caixas, organizando coisas de cozinha.

– Até que enfim acordou, em! Ele foi ver o que deu lá no carro, quando vamos poder pegar.

– Ah... to com fome.

– Menina esfomeada.

– Chato, né? Mas ainda estou com fome – ela riu.

– Pior que nem tem nada para comer, acho que hoje iríamos sair para jantar até. Saia e compre alguma coisa – ela tirou o dinheiro do bolso e me entregou. Bocejei mais uma vez.

– Já vou.

– Não demora.

– Já volto, então – ela riu.

Saí correndo porta a fora antes que a minha barriga voltasse a roncar.

Fechei a porta e lembrei que deixei o celular no quarto, mas, eu não iria voltar e subir as escadas para pegar. Tinha acabado de acordar o que me dava muita preguiça, sem contar que eu estava com fome, era só ir comer e depois voltava, simples.

Fome!

– Uau! Vou por vídeos no youtube para ver se consigo comprar um carro desses – fui até Ele sorrindo, o tal estava distraído trancando a Ferrari e me olhou surpreso quando comecei a falar.

– Lua – ele abriu os braços para me abraçar e eu fiz o mesmo colocando os meus entorno do seu pescoço –, saudades.

– Pois é. Eu também – era diferente poder abraçá-lo de novo. Sentia que era melhor separar logo, por mais que eu não quisesse, antes que... pois é, antes. Sem contar que estávamos no meio da rua.

– Senti muito a sua falta. Sério.

– Sei – fiz um tom desconfiada –, com isso tudo que está acontecendo com você, Justin, duvido que sentiu a minha falta.

– Eu senti, poxa, e vai dizer que não sentiu a minha? – me soltei, mas deixei as minhas mãos em seu ombro.

– É... – olhei o lado depois olhei para ele e sorri. Ele riu.

– Desculpa, eu iria ao aeroporto, mas tive alguns imprevistos com a gravadora.

– Acho que foi até melhor você não ir. Imagina: todos iriam te ver me esperando... melhor não! – ele pareceu imaginar o mesmo que eu, uma multidão envolta dele, pedindo autógrafos e tirando fotos, depois, tirariam fotos de nós e seria um inferno para sair do aeroporto. Pessoas e mais pessoas em volta, fotos e gritos, sem contar que seriamos a manchete das noticias dos famosos no dia seguinte. Ele negou com a cabeça sorrindo.

– A onde você estava indo?

– Onde estava não, onde estou. Preciso comer alguma coisa.

– Esfomeada!

– Para! Primeiro a minha mãe agora você? – riu. – Estou sem comer tem tempo, ok?

– Você e isso de ficar sem comer há tempo! A última vez...

– Não lembre.

– Ok. Bom, de qualquer maneira você estava, também estou com fome, vamos lá em casa. Minha mãe vai adorar te ver.

– Não quero incomodar, vou a qualquer lugar comer.

– Você nunca foi e nunca será um incomodo.

– Outcha! Minha barriga está queimando! Fome! Fome! – ele riu.

– Vem – ele sorria. Dei de ombros e passei por ele, andando para frente do carro de um jeito engraçado. Parei na frente da Ferrari e ameacei bater no capô. – Não... Lua... Não! – dei dois tapinhas no carro, olhei para trás e sorri. – Você não tem jeito!

– Já não tinha há um ano.

– Você não mudou nada!

– Quem sabe? Você acabou de me rever! A propósito, adorei o corte de cabelo – voltei a andar em direção a casa dele enquanto ele me seguia.

Enquanto caminhava, ele me alcançou, o tempo inteiro com um sorriso no rosto e eu também estava, era incontrolável. Entrei na casa que mantinha a aparência externa exata que eu me lembrava, a mesma casa branca, a mesma porta vermelha.

Pattie me recebeu com um sorriso e um abraço – também com um “que bom que está de volta” – chegava a ser engraçado como tudo parecia não ter mudado, mas calma minha querida Lua, lembre-se que acabastes de chegar, então sorria enquanto não te fazem chorar. Isso ai! Sorria, não pense, apenas sorria.

– Mãe, estamos com muita fome – tinha me distraído então esqueci da tal fome, acabou que, quando Justin falou, meu estômago voltou a queimar. Eu precisava comer.

– Imagino. Você, senhor Bieber, aposto que não comeu nada com pressa de pegar o voou. Você, meu anjo, não deve ter comido desde quando saiu de Manhattan.

– Acertou! – sorri.

– Espera aí!? Eu recebo um “Senhor Bieber” como sermão e ela um “meu anjo”? Como assim? – Pattie e eu rimos, ela virou as costas e seguiu até a cozinha com Justin e eu atrás.

– Eu posso – sussurrei para ele.

– Sempre foi a preferida – e ele revirou os olhos sorrindo.

Justin e eu estávamos mais para amigos, é, e eu não queria mais nada além, mas, eu não sei, a fome me impedia de pensar.

Sentei na cozinha e Justin se sentou ao meu lado, ficamos conversando sobre muitas coisas, depois de um ano, assunto é o que não se falta.

Contei sobre Manhattan, sobre a Harper e o meu colégio, já o Justin me humilhou contando sobre as várias viagens pelo mundo, shows, fãs... e ficou bravo quando fiquei de bico e dizendo que ele estava se aparecendo. Ok, eu estava de criancice e ele sabia disso. No final nós três rimos.

– Opa! Jornal – me levantei do banco e fui me estiquei para pegar o jornal no finalzinho da bancada.

– Desde quando você lê jornal?

– Quando se vive em um lugar onde a única coisa que se têm para fazer é compras, você cria hábitos que nunca imaginou adquirir – abri a primeira página e comecei a passar o olho pelas notícias. O ruim do jornal, é que sempre tem muita coisa de ruim, cadê as noticias boas? Nem tudo é mau.

– Achei que vivendo em Nova York você ia criar um gosto por isso, pelo menor que fosse.

– Se não gostava com 16 não é com 18 que eu vou gostar, né espertinho?

– Sua mãe que deve gostar, né querida? – Pattie começou a falar enquanto encarava a geladeira pensando no que mais fazer –, ela vive no shopping e sei que lá não foi diferente.

– E não foi mesmo, Pattie! Cansei de brigar com a minha mãe por causa disso, ela ia ao shopping e eu para a biblioteca, era quase sempre assim.

– E a sua amiga? Harper? Isso mesmo? – assenti. – Não te ajudava a fugir da sua mãe? – Justin perguntou.

– Não! Eu não podia ficar em casa se não era briga, tinha sempre que dizer para minha mãe que iria sair, ou se não eu tinha que ir as compras com ela, no caso, eu ia para a biblioteca. E não dava para ir a casa da Harper, era tipo, em caso de emergência mesmo!

– Por quê?

– Quer mesmo saber? – ele assentiu. – Então ta. Eu não ia, porque ela é fã de um certo astrozinho do momento e as coisas dela é repleto dele.

– Vou entender isso como uma indireta.

– Bingo.

– Quer saber? Vou fazer um sanduíche para vocês.

– Ai meu Deus Pattie, um sanduíche? Já comemos salgado, torta, biscoito, acho que um sanduíche nem entra mais em mim – mentira.

– Mas para mim pode fazer, mãe!

– Justin! Eu não acredito! Eu tentando demonstrar toda a educação que a minha mãe tentou me dar e você vai ter a coragem de comer um sanduíche ao meu lado sendo que ainda estou com fome?

– Você acabou de dizer que não queria – ele deu de ombros.

– Você não sabe o que é educação!? – fiz uma cara forçada de ofendida, demonstrando que tudo o que eu estava falando era brincadeira, caso eles não tenham percebido pelo meu tom de voz. Ele apenas riu, assim como a mãe.

– Eu vou fazer um sanduíche para os dois – Pattie se virou ainda rindo e começou a procurar as coisas que ela queria para um sanduíche.

– Mãe, cadê o Scooter?

– Não sei Justin, deve estar lá em cima.

– Ain... o Scooter está aí? – fiz uma careta.

– Ele veio comigo.

– Droga. Por que o Scooter, em?

– Porque ele foi o primeiro a me descobri e a única condição dele acabou acontecendo, lembra? Você foi embora.

– É – isso ficou embaraçoso. Droga, por que ele tinha que lembrar?

– É melhor mudarmos de assunto, antes que isso fique mais constrangedor – ele logo se redimiu.

– Que bom que você ainda tem bom senso.

– Vamos ver um assunto... – ele olhou para cima pensando. – Ah! Eu lembrei de você esses... – ele parou.

– Esses?

– É melhor não continuar, sem contar que eu não sei qual vez te contar, sempre lembro de você – por que ele não para?

– É melhor eu mudar de assunto. Você não sabe fazer isso muito bem – ele riu. – Vamos ver... Ah! Qual é a do carrão lá fora?

– Ganhei de presente.

– Uma Ferrari de presente? Uau – ele riu, provavelmente da minha expressão de besta.

– Sim. Meu padrinho me deu, Usher.

– Ah, claro! Ah eu com um padrinho desse para me dar uma Ferrari de presente de 17 anos. Nem precisava ser a Ferrari, poderia ser outro carro esporte, eu não me importaria – ele riu e eu apenas sorri.

– O que o meu prodígio ri tanto... Ah! Você – Scooter sorria até me ver, depois fez uma cara desanimada. Graças a reforma da cozinha, que até agora, foi a única parte que mudou, quem descia as escadas não veria ninguém a não ser quem estaria no primeiro banco da mesa de granito branco que agora atravessava toda a área deixando apenas dois espaços na lateral.

– Scooter, que desprazer em vê-lo.

– Pela primeira vez e única eu concordo com você.

– Vocês se viram uma vez e já se odeiam. Como pode isso?

– Ele que logo de cara não gostou de mim, Justin, você sabe disso. Não vou nem ao menos fingir gostar de alguém que todos sabem, inclusive eu, que esse alguém não gosta de mim.

– Ela está certa – Justin encarava a frente, talvez olhasse o jardim interno pela báscula da cozinha.

– Mas...

– Isso era evidente Scott, nem adianta dizer que não. Você disse que iria me representar, mas com a condição que eu terminasse com ela – ele o olhou.

– Ok, pelo menos eu não preciso ao menos fingir que gosto dessa garotinha.

– Garotinha? Eu vou fazer 18 anos! Ok, ano que vem, mas mesmo assim 18. “Garotinha” não dá mais para mim.

– Garotinha – ele repetiu. Apenas revirei os olhos e voltei a ler o jornal. – Justin, nós temos um ensaio...

– Temos nada! Você pode ter, eu não. Estou livre das atividades de astro pop teen, pelas duas primeiras semanas de aula. Com exceção de amanhã, claro.

– Desculpa bancar a intrometida, mas, o que tem amanhã?

– Falta uma música para gravar, para enfim montar o CD novo, mas teve alguns problemas em Atlanta e eu não consegui fazer a última música, só que eu precisava vir então, alugamos um estúdio fora da cidade por um dia para poder gravar a música. Quer vir?

– Não, Justin! Ela não pode! – Scooter se intrometeu.

– Por que não? Chris vai! E é justo ela ir já que sabe a música.

– Sei? – o olhei incrédula. Como assim eu sei a música? Não é nova?

– Sabe – ele não me olhava –“Don't shed a tear whenever you need me I'll be here, I'll never let you go” (Não derrame uma lágrima sempre que você precisar de mim eu estarei aqui, eu nunca vou deixar ir) – ele apenas falou.

– Sei. Você fez disso uma música? – ele me olhou como se quisesse dizer “qual o problema?”. – Tudo bem.

– Então, você vai?

– Vou sim.

Justin disse tais palavras quando fui embora, ainda no aeroporto, que droga, não quero ficar lembrando disso, mas mesmo assim irei amanhã.

– Depois combinamos os horários então – assenti e voltei a ler o jornal.


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Notas finais do capítulo

Amanhã posto a última parte do capitulo! Tentei fazer porque os caps são beeeeeeem extensos, aí vou dividir.
Espero que tenham gostado (;



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