I'm Here Again escrita por TahRodriguess


Capítulo 19
6. The California Sun - Parte 4


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura (;



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Pov's Bieber

– Chris! Anda!

– Calma, calma! Parece que você não vê a Lua há horas.

– Uma hora e meia, sendo mais exato.

– Eu disse “horas” não “hora”, na escola não aprendeu singular e plural?

– Se você não andar logo vai ver o plural é na sua cara.

Abri a porta e ouvi a voz da minha irmã e da Lua, na mesma hora fechei. Não bem fechei, deixei uma brecha aberta e fiquei olhando Jazzy no colo da Lua, não sabia que elas se conheciam e mesmo assim, já pelo que eu vejo se deram bem.

– Mas brigamos e quando ficamos de bem de novo eu tive que ir embora, por isso ele ficou triste.

– E você ficou tiste? – é triste Jazzy, tris-te.

– Fiquei.

– Mas você gostava dele?

– Uhum.

– Então por que você foi emboia?

– Essa é uma pergunta que eu me faço até hoje.

– Mas você não gosta mais dele não?

– Gosto Jazzy, você não faz ideia do quanto.

Puque não? Papai disse que eu sou uma menina muito inteligente!

– É, você é muito espertinha mesmo para idade que tem.

– Então puque eu não ia entender?

– É porque nem eu tenho ideia do quanto.

– Então você voltaia a ser a namoiada dele? – minha irmãzinha sorriu.

– Irmão, você poderia me dar aquele boné azul marinho, você não usa mesmo – o Chris falou alto o suficiente para que a Lua ouvisse, tanto que ela olhou para o lado e iria notar que eu estava escutando se eu não abrisse a porta fingindo estar saindo dali.

– Quem sabe, Chris? – olhei para ela. – Oi Lua! Jazzy!

– Justin! – ela saiu do colo da Lua e eu pus metade do meu corpo para dentro da sala onde o Chris estava.

– Não adianta nem rezar, dessa vez eu te mato, Christian Beadles – saí completamente da sala e peguei a minha irmã no colo. Chris saiu confuso e Lua se levantou olhando encantada para a Jazmyn. – E aí? Conversou muito com a sua cunhada?

– O que é cunhada? – ela perguntou na inocência.

– É uma coisa que o seu irmão vai ter daqui há uns 10 anos ou menos, se você seguir o exemplo dele – Lua respondeu para a Jazzy.

– Prefiro uns 20.

– Enfim, quando você namorar.

– Eu nunca vou namoiar!

– É assim que eu gosto! Minha garota – eu a abracei e ela devolveu o abraço ainda no meu colo.

– Quem sabe Justin, quando ela tiver dezesseis, não encontre um garoto fofo, que ela se prenda de um jeito que ninguém pode entender.

– Não, eu não quero isso para ela – nos olhávamos nos olhos, Lua e eu.

– Por quê?

– Por dói, você sabe como dói.

– E como dói? – Jazzy perguntou.

– É como se um garoto mau, rasgasse seu desenho favorito que você teve um trabalhão para fazer – eu não entendi porque Lua disse isso, mas a Jazmyn pareceu entender.

– Então não queio isso! Justin, você não vai deixar, né?

– Não Jazzy, nunca – ela sorriu animada.

– Eba! – e bateu palmas. Acabamos rindo.

– Ok! Chega disso tudo. Justin, você não tem o que fazer, não?

– Chris, você consegue ser pior do que o Scooter, o Ryan, meu pai e minha mãe juntos, sabia disso? – pus a minha irmã no chão. – Mas, apesar disso, você tem razão – assumi. – Chris, leva a Jazzy para o papai.

– Deixa que eu levo – Lua se ofereceu.

– Não. Você fica. Quero conversar contigo.

– Conversar? Comigo? – ao invés de responder, eu agachei ficando na altura da Jazmyn.

– Jazzy, Chris vai levar você até o papai enquanto eu to ocupado, depois a gente se vê e se quiser te levo para tomar sorvete, ta? – ela abriu um sorriso de atravessar o rosto e concordou. – Então, Chris...

– Claro que levo ela, Jazzy? – ele estendeu a mão e ela pegou. – Vamos, sei bem que tipo de conversa eles vão ter.

– Que tipo? – ela perguntou inocente.

– Melhor não saber, não agora, depois te conto, ok? Agora vamos! – está aí algo que eu gostaria de ver, Chris tentando explicar a Jazzy que tipo de “conversa” eu pretendia ter com a Lua.

– Se era despachar a sua irmã e o Chris, para começar a conversar comigo que queria, bom, pode começar.

– Aqui não.

– Onde então? – a peguei pela mão e puxei para dentro da sala que eu tinha saído.

E pelo jeito a surpreendi de novo com um beijo, sei lá, não estava muito para “discursos”. Falar não estava adiantando muito com a Lua ultimamente já que sempre dava um jeito para fugir e isso não me agradava em nada.

Diferente da vez do elevador, ela me correspondeu sem demorar muito, nada de distancias entre nossos corpos, isso era bom, realmente bom. Minhas mãos estavam entorno de sua cintura, seus braços estavam entorno do meu pescoço e seus dedos se embolavam em meu cabelo o embaraçando todo, mas e daí? O que realmente incomodava era o fato de zanzarmos pelo espaço vazio, até ela bater no sofá da sala onde eu tinha provado as roupas, e acabar com esse problema. Ela se jogou no sofá me puxando pela camisa, separando nossos lábios por alguns segundos enquanto caiamos para depois voltarmos a nossa sincronia perfeita de sempre, um pouco mais quente, inevitável. Era nessas horas que nos esquecíamos do oxigênio e que precisávamos dele.

Desci um pouco e lhe dei um beijo demorado no pescoço, só para que nós dois – já ofegantes – pudéssemos recuperar um pouco de ar, mas sua boca era convidativa demais para que perdesse o meu tempo em seu pescoço, mas esse pouco tempo, infelizmente, foi o suficiente para ela recuperar a consciência – se é que tivesse perdido, como eu. Lua me fez recuar, me obrigando a sentar, então ficamos frente a frente.

– Feliz agora?

– Me atrevo a responder que sim – ela perguntou sorrindo e eu respondi do mesmo modo.

– Por um inocente minuto eu achava que queria, realmente, conversar comigo.

– Eu poderia até tentar, mas conversar com você ultimamente não estava dando muito certo.

– Então faça isso, tente.

– Ok – ficamos nos encarando por alguns segundos, aqueles olhos castanhos ainda me deixavam perplexo, paralisado, encantado, entorpecido e tudo mais o que tem a ver com isso. – Eu te amo – a beijei de novo – Eu. Te. Amo. – a cada palavra era um beijo. – Eu te amo, eu te amo, eu te amo, eu te amo – e mais beijos a cada “Eu te amo”, que foram mais do que quatro. Eu amo isso, nunca iria me cansar. Nem de dizer, nem de beijá-la.

– Eu já entendi! – ela me parou com as mãos e se inclinou um pouco para trás, rindo.

– Você disse para conversar, ué.

– Isso não é bem conversar, é algo que eu sei desde quando cheguei, você não me deixou esquecer isso.

– É, eu lembro – ela abaixou a cabeça com um sorriso menos radiante.

– Que foi? – pus uma mexa do seu cabelo para trás, aproveitando para acariciar seu rosto que ela levantou olhando para o lado, mas não deixei de acariciar.

– É errado.

– Ah não... – abaixei a mão e olhei para o mesmo lado que ela olhava no exato momento que me olhou.

– Justin, você falou com a Caitlin?

– Vai me dizer agora que se importa com a Caitlin? – a encarei.

– Não! Você sabe que ela não me importa, mas eu me sinto até meio idiota falando isso, sei lá, parece àqueles casos de novelas que a amante fica com o cara casado achando que ele vai largar a esposa, mas ele nunca vai fazer isso, e ela vai sendo enganada até dar um problema mais sério.

– Eu não estou te enganando! Eu não gosto da Caitlin e você sabe disso.

– É, sei. Mas Justin, para milhões de pessoas lá fora ela que é a sua namorada!

– Mas essas mesmas milhões de pessoas, sabem que meu coração é de outra garota, no caso, seu. Sempre foi! Nunca menti sobre isso.

– Essa não é a questão agora. Justin, por que você não falou com ela? – fechei os olhos e respirei fundo.

– Eu tentei – os abri –, mas ela não quer ouvir. E não foi uma vez, é como se eu tivesse terminado com ela, mas ela não terminou comigo.

– Tenta de novo?

– Eu já estou cansado disso...

– Não acho certo! Prefiro que as pessoas pensem que você está solteiro quando está comigo do que namorando a Caitlin, sei lá, me sinto a “outra” – a última palavra saiu com dificuldade ela balançou a cabeça tentando afastar o pensamento.

– Pretendo tentar de novo, assim que voltarmos para casa, não quero terminar com ela aqui, vai ser estranho. Tenho que ser cauteloso o máximo possível – ela respirou fundo.

– Acho melhor sairmos daqui, você realmente deve ter o que fazer – ela se levantou e eu me levantei em seguida, segurando seu pulso a fazendo parar de andar.

– Desculpa – sussurrei.

Ela deu um sorriso fraco, mas do tipo “deixa para lá, vai acabar ficando tudo bem”.

Lua sempre foi do tipo que mudava de humor fácil, e se estava triste, dez minutos depois passava, sua cabeça vivia a mil e pensamentos mudavam o tempo todo fazendo com que o problema – ás vezes – não fosse tão problema assim. Bom, foi o que me explicou pelo menos.

Saímos da sala e começamos a zanzar por aí, primeiro com um clima tenso pesando, mas as coisas foram se soltando e logo estávamos as gargalhadas.

– Justin! Eu estava te... o que ela está fazendo aqui?

– Vim dançar La cucaracha em Long Beach – Lua respondeu com um sorrisinho de “essa realmente foi uma pergunta muito idiota” e eu me controlei para não rir da resposta.

– Não perguntei a você, garotinha.

– Mas se referiu a mim, acho que isso me dá o direito de responder – ao invés de responder a ela, ele se virou para mim.

– Por que você não me disse que ela viria? – Scooter me perguntou irritado.

– Porque você iria reclamar, e fazer de tudo para que ela não viesse. Preferi a surpresa.

– E que surpresa desagradável!

– Relaxa Scooter, também não estou feliz em te rever.

– Vocês poderiam, por favor, não tentar se matar? São apenas mais dois dias – pedi.

– Diz isso a ele, oras! Eu só devolvo o que recebo sabe... – ela deu de ombros.

– Você tem meu desprezo e a minha vontade de que suma, então porque não desaparece?

– Pelo mesmo motivo que você, seu projeto de produtor.

– Lua! – a repreendi.

– Sua garotinha detestável, marrenta, ignorante... – ela apertava o maxilar quando podia, estava furioso, isso era notável.

– A última coisa que você vai querer é trocar de elogios comigo, Scooter – ele riu em desdém.

– Ah ta, e o que a garotinha vai dizer além de “projeto de produtor” – ele não deveria ter provocado.

– Seu estúpido, sem talento...

– Consegui fazer o Justin chegar onde está e você me chama de sem talento ainda por cima?

– Justin tem muito talento e se não fosse você, viria outro que teria a sorte de trazer ele a essa nova fase que viria de um jeito ou de outro, caso contrário, você não conseguiria nem erguer uma formiga do chão! Seu fraco, pre...

– Lua! – repreendi de novo antes que os apelidos piorassem ainda mais e eu sabia que ela era capaz disso.

– Melhor ficar quieta ou se não... – ele apertava os dentes tão firmes que pareciam trincar.

– Se não... o que? Vou morrer? – ela fez uma notável falsa expressão de aterrorizada. – E quem vai me matar? Você? – e agora de surpresa.

– Some com ela da minha frente – agora ele falava comigo – ou os seus queridos paizinhos – falava entre dentes, literalmente – terão que vir a Califórnia enterrar a filhinha.

Lua iria revidar, mas apertei seu pulso em alerta e ela se calou.

– Já vou para a passagem de som – foi a última coisa que eu disse antes de deixar o Scott bufando de ódio e praticamente arrastar a Lua para o mais longe possível dele. – Vocês não conseguem ficar um segundo sem discutir? – perguntei zangado, mas ela não me respondeu, apenas me olhava com vontade de rir.

Acabei relaxando e rindo aos poucos também, ela o respondeu bem, e que história foi aquela de “dançar La cucaracha em Long Beach”?

– Desculpa Jus, mas não consigo não revidar. Foi mal mesmo – ela ainda soltava risadinhas.

– Ta, esquece. Só me faço o favor de tentar ficar longe do Scooter durante esse tempo aqui, ok? – ela assentiu sorrindo e mais risadinhas. – Agora vai lá para a plateia. Meu pai, Chris e Jazzy já devem está lá, afinal, já era para eu estar no palco passando o som.

– Tudo bem, ela se virou na direção oposta que eu deveria ir para o palco.

– Er... Sem nem um beijinho? – fiz bico e ela sorriu.

– Sua cota esgotou por hoje – depois se virou e foi embora.


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Notas finais do capítulo

Calma aí que ainda tem mais 4 partes! Vou tentar reduzir isso em menos partes, mas veremos o que vai rolar.



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