Efeito Cinderela escrita por Connor Hawke


Capítulo 32
Quem mexeu com o tempo?


Notas iniciais do capítulo

Olá! Esse é o capítulo 5 original de Efeito Cinderela que eu resolvi trazer na íntegra para cá, pois eu gosto desse capítulo.

Boa leitura!



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Danielle apresenta Jules a Kyndel e Terry na seção de roupas.

—Kyndel, Terry, eu gostaria de lhes apresentar meu pai, Jule Peters — disse Danielle abraçada em Jules.

Kyndel e Terry seguravam pilhas de roupas que haviam escolhido para eles. Eles colocaram as roupas no carrinho de Danielle e cumprimentaram Jules.

— Muito prazer — Kyndel sorriu e abraçou Jules que se soltara de Danielle.

— Muito prazer — disse Jules se separando de Kyndel— Sabe, olhando para você, você é muito parecida com a minha filha, Danielle.

— Obrigada, eu acho...eu só não tenho os poderes dela...— disse Kyndel fazendo beiçinho.

Jules olhou para Terry por um momento.

— Quem é esse rapaz,mesmo?

— Esse é o Terry Peyton, pai. Ele é o pretendente de Kyndel — comentou Danielle.

— Olá! Tudo bem? — Terry estendeu a mão para Jules —Muito prazer, meu nome é Terry Peyton.

— Muito prazer, Terry — Jules apertou forte a mão de Terry.

Jules soltou uma risada gostosa.

— Qual é a graça? — indagou Terry confuso.

— É que eu estava escolhendo vinho e de repente encontrei minha filha aqui nesse lugar — disse Jules.

— Entendi.

— Desculpa a pergunta, mas...nós conhecemos você de algum lugar? — indagou Kyndel.

— Na verdade, Jules é outro dos imortais como eu, ele é Zeus, o "deus da sabedoria" — Explicou Danielle.

Aquilo era demais para Kyndel processar. Ela começara a surtar.

— Outro deus grego? Cara, quem mais falta aparecer? Então você nos dá o poder de inverter os papéis e como conseqüência, vários deuses aparecem assim de repente? Que presente de grego! — vociferou  Kyndel.

— Bem, o meu pai está do nosso lado. O que vem por ai é muito pior. E nós vamos precisar da ajuda dele — disse Danielle.

— Para quê?!

Terry se aproximou de Kyndel, segurou nos ombros de Kyndel e tentou acalmá-la.

— Querida, se acalme. Está bem? Está tudo bem. Não precisa surtar desse jeito — disse Terry consolando-a.

Kyndel ficou bufando que nem um touro raivoso. Seu rosto todo estava vermelho de raiva. Ela passou a mão nos cabelos e ficou a refletir sobre aquilo.

—Ok. Eu preciso de um tempo — disse Kyndel para Terry.

— Tudo bem. Eu te amo, Kyndel — Terry deu um beijo na testa de Kyndel.

— Eu vou no banheiro.

—Tudo bem. Eu vou ver se eu acho um McDonald's por ai. — disse Terry.

Kyndel e Terry se separaram e foram em direções opostas. Jules e Danielle ficam a olhar para os dois saindo juntos.

— Esses dois são tão adoráveis — disse Jules.

— Eu concordo. Eles foram feitos um para o outro...— disse Danielle.

Jules deu um beijo na testa de Danielle.

— Eu te amo, filha.

— Eu também te amo, pai. A propósito, você não me falou sobre a mamãe.

— Helena Troy? a sua mãe? Eu nunca mais a vi depois que nós nos separamos. Você sabe como ela é ciumenta e desconfiada...

— Sim, eu sei. Mas ela ainda é minha mãe.

Helena Troy: A personificação da deusa Hera. Ela é botânica e farmacêutica  e  também mãe de Danielle, foi casada com Jules por 80 anos em bodas de carvalho. Ela era muito ciumenta, desconfiada e agressiva, então Jules se separou dela.

— Sua mãe é tão...complicada, Danielle...— suspirou Jules.

Então, com uma rajada forte de vento, surge um borrão preto que vibrava na velocidade da luz e para na frente de Jules e Danielle.

— Olá, querido irmão! — disse Criss com um sorriso maquiavélico.

— Criss! O que você está fazendo aqui? — vociferou Jules.

— Relaxe, irmão. Eu só vim aqui atrás daquele que usou a minha magia.

— E esse poder, como você conseguiu? — indagou Jules.

— A minha super-velocidade? Eu a roubei de Herman Hale, mais conhecido como Hermes.

— E porque você fez isso com um dos nossos? — questionou Jules.

— Porque com a força da velocidade de Hermes, eu posso voltar no tempo e alterar toda a linha do tempo, e ainda escapar sem ser notado. Não é genial isso?

— Pai, acho que é melhor ele saber da verdade — disse Danielle assustada.

— Não, Danielle, eu não vou deixar que ele toque na minha filha. — rosnou Jules.

— Então a sua filha andou usando a minha magia? — deduziu Criss.

— Fique longe da minha filha, Criss! Eu estou te avisando!

— E você vai fazer o quê? Deus do trovão! — Criss provocou.

— Não me provoque. Você não sabe do que eu sou capaz!

Jules começou a ficar bastante tenso. Ele suava bastante naquele terno e de repente, as luzes do supermercado começaram a oscilar em sincronia com o estado dele.

Jules fechou a cara e seus olhos de castanho ficaram azuis. As luzes continuavam a oscilar e ele começou a ranger os dentes.

— Pai, o que está acontecendo? — indagou Danielle preocupada.

— Fique fora disso, filha! — disse Jules com uma voz estrondosa como um trovão no céu.

Das mãos de Jules raios elétricos começaram a se formar e logo envolveram o corpo de Jules como um campo eletro-magnético.

— Venha me pegar!

Jules disparou um relâmpago na direção de Criss e ele se esquivou usando a sua super-velocidade.

— Você é muito lento, irmão! — falou Criss em tom de deboche.

— Cale a sua boca!

Danielle estava bastante assustada com os dois imortais se enfrentando.

— Deuses! O que eu devo fazer? Se eu usar meu poder do amor neles, eu vou acabar fazendo o meu pai e Criss se apaixonarem — Danielle ficou pensando no que fazer.

— Já chega dos seus joguinhos, Criss! — vociferou Jules.

Criss que estava correndo como uma bola de um jogo de Pinball para de correr por um tempo.

—Eu posso voltar no tempo e você não!

— Cala a boca, Criss!

Jules se voou na direção de Criss impulsionado pelos raios nas mãos e agarrou Criss pelo pescoço e o segurou. Criss começara a se engasgar com a falta de ar.

— Eu vou acabar com isso AGORA!

Com a outra mão, Jules disparou uma rajada elétrica no abdômen de Criss, fazendo um enorme buraco.

— Bye,bye, irmão!

O corpo de Criss começou a se deteriorar e virou uma pilha de cinzas.

Jules ficou arfando e as luzes logo voltaram ao normal.

»

No estacionamento do supermercado, Herman Hale que havia estacionado o seu carro e ia entrar no estabelecimento começou a sentir o seu corpo todo vibrar. Ele olhou para as mãos vibrando e ficou chocado.

— O que está acontecendo comigo? — Herman disse surpreso.

Faíscas surgiram em seus olhos e então desapareceram. Herman desceu do carro e então se viu correndo na velocidade da luz.  Ele entrou no supermercado e passou sem ser notado pelas pessoas que faziam compras e foi na direção de Jules.

Ao se aproximar de Jules ele freou e seu corpo parou de vibrar.

— Caramba! Isso foi rápido! — disse Herman surpreso.

Já mais calmo, Jules se aproximou de Herman.

— Quem é você? — indagou Jules.

— Eu? Eu sou Herman Hale, mais conhecido como Hermes.

Danielle correu de alegria ao ver Herman.

— Herman! Você está bem?

— Danielle! É tão bom te ver! — Herman abraçou Danielle.

— Também é bom te ver — respondeu Danielle.

Jules olhou para Herman e Danielle abraçados.

— Quem é esse cara?

Danielle se virou para Jules e apresentou Herman.

— Pai, esse é Herman Hale, meu segundo marido.

Herman olhou para Jules e estendeu a mão.

— Muito prazer. Você pode me chamar pelo meu nome verdadeiro, se quiser. Eu sou Hermes.

— Ah! Hermes! Meu falecido irmão Criss me falou sobre você.

— Cara, eu estava vindo para cá para comprar umas novas ferramentas para jardinagem e coisa do tipo, quando de repente eu senti meu corpo vibrar...

—Isso? O meu irmão falou que roubou a sua super-velocidade. Eu peço desculpas por isso.

— Não tem problema. Pelo menos agora eu não tenho que usar um carro. — Herman começou a rir.

Jules e Danielle acabaram rindo junto com Herman.

— Parece que você escolheu bem depois do Holt.

—Obrigada.  Mas Herman e eu nos separamos.

— Eu vou te dizer uma coisa, Danielle. Eu posso mudar se você voltar para mim. Eu prometo que as coisas serão diferentes.

— E quanto a Galeana? Você vai amá-la?

— Sim. E eu dou minha palavra quanto à isso.

— Parece bom, mas...eu já tenho o Eros e Galeana já sabe se cuidar.

— Então eu serei um novo pai para o Eros.

— Parece ótimo!

— Eu vou me separar da minha esposa e então nós poderemos ficar juntos, Danielle.

— Fantástico! — disse Danielle mordendo o lábio inferior.

»

Com a magia do tempo quebrada, Kyndel e Terry haviam voltado a suas formas normais.

De repente, gritos surgem no banheiro feminino do supermercado e Kurt sai do banheiro com várias mulheres batendo nele.

— Calma, senhoras! Deve haver um engano aqui! — exclama Kurt.

— Tarado! — xinga uma das mulheres.

— Calma, senhoras!

Kurt vai até Alexis que estava sentada em uma mesa com dois pratos do Giraffas, Sirloin Grill Platter, e um Brutus Burguer.

— Ei amor, o que aconteceu com você? — indagou Alexis assustada vendo que Kurt vestia roupas femininas e estava com o rosto vermelho dos tapas que tinha levado das mulheres no banheiro feminino.

— Ahn...é uma longa história — respondeu Kurt.

— Faça um resumo para mim.

— Bem, eu de repente me vi usando essas roupas femininas e ai esse bando de mulheres me agrediu no banheiro dizendo que eu não podia estar lá, pois eu sou homem e...você conhece esse argumento.

— Entendo. Eu passei por algo parecido. Eu me vi usando essas roupas masculinas quando eu estava saindo do caixa e me sentei aqui.

— Eu não sei o que está acontecendo, mas...isso é muito estranho.

Alexis então olhou para as roupas que Kurt estava usando e começou a gargalhar.

—Do que você está rindo, Alexis?

Ela continuava a rir de Kurt naquelas roupas.

— Alexis! Para de rir e me conta!

— Desculpa, eu não consigo parar de rir — disse Alexis rachando de rir.

— Alexis!

— Meu Deus! Você está tão fofa nessa roupa. A blusa e a saia cairam muito bem em você, querida — disse Alexis tirando sarro.

Kurt olhou para si e entendeu o motivo de Alexis estar rindo dele.

— Eu só queria ser uma garota e eu acabo vestindo isso?

Alexis não conseguia parar de rir.

— E pra você tudo bem usar roupa de homem, não é?

— Desculpa.  Olha, Kurt...eu...eu não ligo para a maneira que você se veste, de verdade. — disse Alexis tentando se acalmar depois de um ataque de risos.

— Sério? Eu não estou ridículo nessa roupa?

— Não. Você está bem melhor nessa roupa do que eu, eu odeio saia — disse Alexis desmunhecando a mão e dando uma piscadinha de olho para Kurt.

— Hmm...a saia é bem confortável, agora a calcinha...

— Kurt, eu te amo.  Venha aqui se sentar comigo, gata!

— Está bem.

Kurt puxou uma cadeira da mesa e se sentou do lado de Alexis.

— Eu comprei esse lanche para você e esse prato para mim. É de um fast - food brasileiro, parece. O nome é "Giraffas". Eu resolvi experimentar. Parece ser muito bom.

Alexis e Kurt começaram a comer até que Alexis se lembrou de algo.

— Eu acabo de me lembrar de uma coisa! Eles tem até um jingle que é mais ou menos assim...

"Vem pro Giraffas, gira,gira, Giraffas" — Alexis cantou com o sotaque carregado.

Kurt deu uma mordida no lanche e começou a mastigar saboreando aquela delícia.

— Cara, isso é ótimo!

Alexis começou a comer a comida dela, provou um pouco do arroz com o feijão e simplesmente amou.

— Meu deus! Feijão e arroz! Que combinação! Acho que os mexicanos tem isso também, mas o sabor é diferente. Experimenta um pouco, Kurt.

Alexis pegou um pouco da comida com o garfo e deu na boquinha de Kurt como uma mãe faz com o filho pequeno e tirou o garfo.

— O que você acha?

— Nossa! Muito bom! — disse Kurt com a boca cheia.

[...]

Então,  Jules, Danielle e Herman surgem com os carrinhos e os estacionam perto de onde Kurt e Alexis estavam. Eles já haviam terminado as compras.

—Ai estão vocês! — disse Danielle.

— Quem são eles? — indagou Jules — Eu só me lembro do Terry e da Kyndel.

— Eu estou bastante impressionado. Eles formam um belo casal — disse Herman.

— Jules, Herman, esses são Kurt Blake e Alexis Devon. Eles são...

— Nós somos primos do Terry e da Kyndel — disse Alexis.

— Sim, isso mesmo. Por favor, cumprimentem eles — disse Danielle.

Jules e Herman se aproximaram da mesa de Alexis e Kurt e se apresentaram para eles.

— Olá! Meu nome é Jules Peters. Eu sou o pai da Danielle — Jules estendeu a mão para Alexis.

— Muito prazer — Alexis apertou a mão de Jules.

Jules foi até Kurt e se apresentou para ele.

—Oi! Meu nome é Jules Peters. Prazer em conhecê-lo.

Jules estendeu a mão e Kurt a apertou.

— O prazer é meu.

Herman se apresentou para Alexis como um cavalheiro.

— Herman Hale — Ele então beija a mão de Alexis— Enchanté, mademoiselle.

— Nossa! Você fala francês! — Alexis ficou com os olhos brilhando.

— Francês é a língua do amor, linda.

Herman então foi cumprimentar Kurt.

— Muito Prazer, Herman Hale...— Ele estendeu a mão.

— Eu sei quem você é. Você estava no meu sonho! — disse Kurt surpreso.

— Você me viu em um sonho? — indagou Herman curioso.

—Sim. Foi bem estranho. Você estava lá em um casamento junto com outras pessoas, e de repente Jaken e a irmã, Verbena Holt começaram a causar discórdia no casamento...

— Bem, eu não sei quem são Jaken e Verbena Holt. Mas esse seu sonho...é bastante curioso — Herman abriu um sorriso.

Herman e Jules foram se sentar nas cadeiras vagas ali na mesa.

— Vocês se importam? — indagou Herman.

— Não. Pode sentar — disse Alexis.

—  Obrigado — agradeceu Herman.

Herman e Jules se sentaram enquanto Danielle levou os carrinhos de compras para perto deles e ficou de pé ao lado deles.

— Bem, você estava falando que sonhou comigo, Kurt..— Herman puxou o assunto.

—Sim. É engraçado, por que nós nos encontramos com Galeana, a sua filha...

— Ah sim, minha filha Galeana...— disse Herman com um pouco de desgosto ao ouvir o nome da filha...

— Herman! Você disse que havia mudado! — Danielle deu uma bronca em Herman.

— Desculpa, querida. Eu ainda estou tentando processar isso...

— Continuando, você e os outros estavam lá assistindo a cerimônia, quando Verbena Holt e o irmão, Jaken invadiram o casamento.

— Você não me falou sobre isso, Kurt — disse Danielle surpresa.

— Desculpa, mas eu ainda estou confuso sobre isso.

— Entendo. E o que acontece depois?

— Bom, a presença de Verbena ali faz com que todos comecem a discutir e então Verbena lança um iphone e todos ficam loucos para pegá-lo. Basicamente é isso. E o casamento é arruinado por causa disso.

— Interessante...

Danielle ficou pensando naquilo por um momento.

— Bem, agora que eu derrotei o meu irmão,  as coisas voltaram ao normal — disse Jules.

— Obrigado, Jules! As coisas voltaram ao normal e por causa disso eu estou aqui vestindo essa roupa e até levei surra das mulheres no banheiro — disse Kurt irado.

— Eu fiz isso para proteger a minha filha.

Kurt evitou continuar argumentando sobre aquilo.

— Se meu irmão não fosse derrotado, coisas muito piores poderiam acontecer. A magia do tempo é muito perigosa, filho. — Jules continuou.

— Sabe, Kurt. Eu acho que isso veio em boa hora. Digo, talvez nós nem devemos nos casar, nem nada do tipo. — disse Alexis.

— Vá por mim, Kurt. Escute a Alexis,  não se case. Olhe para mim! 80 anos casado com uma mulher que era um verdadeiro pesadelo. Nós nos separamos e eu agradeço a Deus por isso.

»

Enquanto isso, em um beco escuro da cidade, iluminado apenas por um latão de lixo com fogo dentro queimando, os capangas de Jaken Holt, dois brucutus que vestiam uma camisa preta colada no corpo, uma uma calça preta e sapatos pretos, com anéis dourados nos cinco dedos das mãos e usando um óculos escuro, traziam puxando pelos dois braços um homem de cabelos preto curto, vestindo um moletom cinza da GAP, uma calça jeans, e um tênis branco. Ele se debatia.

— Me soltem! Me soltem! Me soltem! — vociferou o homem.

Das sombras no local saiu Jaken Holt fumando um cigarro Marlboro, vestindo uma jaqueta de couro preta, uma camiseta cinza, uma calça preta e sapatos pretos.  Ele tirou o cigarro da boca e o segurou.

— Ora, ora, mas o que temos aqui?

— Por favor, deixe ir! — implorou o homem.

— Senhor, nós pegamos esse homem tentando denunciar o seu esquema para a polícia — disse um dos seguranças com uma voz grossa e macia.

— Isso é verdade? — indagou Jaken ao homem.

— Não, eu juro. Eu não fiz isso! Por favor!

— Ele fez a ligação do celular dele — continuou o segurança.

— Então nós temos um rato...interessante — disse Jaken levando o cigarro à boca.

— Não, por favor! Não me mate! Por favor! Eu lhe imploro!

Jaken então tirou um soco inglês de titânio da calça e o colocou nos dedos.

Ele então se aproximou do homem e acertou o abdômen dele com o soco inglês. O homem cuspiu sangue na roupa de Jaken.

— Você viu o que você fez? Você manchou a minha roupa, desgraçado! — disse Jaken bastante irritado.

Jaken então desferiu um golpe no rosto do homem com o soco inglês e ele cuspiu mais sangue.

Em seguida, Jaken desferiu um gancho no queixo do homem.

— Isso é para você aprender a não se meter em assuntos que não são da sua conta — disse Jaken.

— Eu não fiz nada. Eu sou inocente...

— Você delata o meu esquema e ainda se diz inocente?

— Mas é verdade! — diz o homem com a boca toda cheia de sangue.

— Verdade? E eu tenho cara de juiz? — questionou Jaken sem paciência.

Foi então que o celular de Jaken que estava no bolso interno da jaqueta começou a tocar e vibrar. Ele pegou o celular e atendeu.

— Alô? — disse tirando o cigarro da boca.

Ele então ouviu a voz de sua namorado no telefone e ficou bastante contente.

— Penélope! Como está indo ai em Tóquio?

Penélope Strauss: A personificação da deusa Perséfone.  Ela era modelo da Victoria Secret, mas se drogava escondido. Jaken mandava remessas de drogas para ela pelo correio em ursinhos de pelúcia.

— Que bom. Você recebeu o Rufus?

Rufus: Um dos tantos ursinhos que Jaken mandava para Penélope. Cada um tinha um nome para diferenciá-los, mas todos carregavam drogas nas costas que tinham zíper.

— Certo. Quer que eu te mande mais? Não? Tudo bem.

Enquanto isso o pobre coitado ficava vendo Jaken falando tranquilamente no celular.

— Eu também sinto a sua falta, querida. Eu te amo muito.

...

— O que eu estou fazendo? Nada. Eu estou aqui bebendo uma cerveja com os amigos em um bar.

Penélope se despede.

— Tchau, até mais. Eu te amo, querida!

Jaken desliga o telefone e o guarda no bolso interno da jaqueta.

— Então, devemos continuar ou você acha que já aprendeu a sua lição?

— Você é insano! Eu não fiz nada!

— Tem razão. Você não fez nada além de estar no lugar errado e na hora errada.

Jaken jogou o cigarro dando um peteleco nele, fazendo-o cair no chão ainda aceso.

— Deixe-me olhar para você.

Jaken se aproximou do homem, levantou a cabeça dele com a mão e olhou para os hematomas no rosto dele.

—  Cara, acho que ainda não está bom...

— Não, por favor! Pare!

— Parar? Eu só estou começando, garoto!

Jaken começou a gargalhar do homem.

— Você me faz rir...

O celular de Jaken toca outra vez e ele atende.

— irmã! Que bom falar com você!

— Sim, os negócios estão indo muito bem.

— Então, por que você está me ligando?

— Um casamento? É claro que eu vou! Eu gosto de uma festa.

—Quando vai ser? No sábado? Eu vou.

O que Jaken e Verbena não sabiam é que o casamento talvez não fosse acontecer. Mas, como Verbena adorava estragar uma cerimônia do tipo, eles não estavam nem ai.

— Pode deixar. Eu cuido dos preparativos. Ok, até mais.

Jaken então desligou e guardou o telefone.

— Quer saber? Eu acho que você está com sorte hoje. Vá para casa e descanse, rapaz. Mas só um aviso.

— Qual?

— Fique longe da minha área. Se eu pegar você de novo no meu território, eu não vou ser tão piedoso assim. Você compreendeu?

— Sim, senhor. Eu prometo ficar longe do seu território.

— Bom garoto. Rapazes, soltem o garoto.

— Como quiser chefe — disse um dos seguranças.

Os seguranças soltaram o homem e ele saiu correndo do beco.

— Ratos!


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado^^

Até mais!



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