Efeito Cinderela escrita por Connor Hawke


Capítulo 15
Bem - Vindo à Selva


Notas iniciais do capítulo

Olá! Novo capítulo de Efeito Cinderela. Esse capítulo é sobre a Hera.

Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/657891/chapter/15

Helena Troy

 

Congo

 

 Helena Troy estava com seu assistente Izaak Birch próximos de uma tenda verde que eles haviam montado no meio da floresta com suas coisas. Um tripé estava armado perto da barraca deles.

Helena Troy tinha cabelos castanhos e olhos castanhos, um rosto quadrado, uma cara de mau humorada. Ela vestia uma regata branca, uma calça jeans, e botas de couro marrom. Ela olhava os arredores.

O assistente dela, Izaak Birch, um homem de cabelo preto curto, olhos cinza escuros, vestindo uma camisa branca aberta com uma camiseta preta por baixo, uma calça cargo verde escuro, e sapatos pretos estava checando a câmera no tripé.

— É, parece que está tudo ok. Você quer gravar agora, Helena? — indagou Izaak.

— A câmera está pronta? — indagou Helena.

— Sim. Ela está esperando por você.

— Tudo bem, Izaak. Vamos fazer um Video Log sobre o nosso primeiro dia aqui — disse Helena se virando e posando para a câmera com uma mão solta e a outra na cintura.

— Está certo. Eu estou pronto quando você estiver.

Helena puxou o cabelo para trás e o prendeu em um coque com uma presilha que ela guardava no cós da calça e soltou as mãos do cabelo.

— Pronto.

— Pronto em 3...2...1! Gravando! — disse Izaak sinalizando um "positivo" com a mão.

— Meu nome é Helena Troy. Esse é o primeiro dia de minha expedição pela selva do Congo...— Helena começou a narrar.

— Helena, diga para a câmera um pouco mais sobre a expedição...— disse Izaak pagando de cinegrafista.

—Ok. Nós estamos aqui à procura de um tipo raro de orquídea conhecido como "Orquídea da luz". Basicamente é uma espécie diferente de Orquídea que durante a noite brilha intensamente ao ser exposta a luz do luar — Helena fez uma pausa.

Izaak observava a gravação rodando.

— Continue, Helena. Você está indo bem.

— Está bem. Olhando no mapa que temos é difícil dizer onde essa variação de orquídea se encontra. Nós ainda estamos estudando...mas, eu pretendo documentar e fotografar essa nova espécie de orquídea.

A carga da bateria da câmera ficava piscando, alertando que ela estava chegando no fim.

— Nós ainda temos 30 % de bateria — Izaak avisou.

— Você recarregou a bateria hoje, certo? — indagou Helena olhando para a câmera.

— Sim, Helena.  Acho que deve ser o campo eletromagnético da atmosfera que parece estar afetando a bateria, fazendo-a descarregar rápido — deduziu Izaak.

— Izaak! Que diabos de explicação é essa? — vociferou Helena.

— Eu não sei, Helena.  Isso foi a primeira coisa que me passou pela cabeça — respondeu Izaak.

— Deuses! Nós não somos cientistas!

— Desculpa, Helena — Izaak se desculpou.

— Está certo. Corta! — disse Helena fazendo um sinal de cortar a garganta com os dedos estendidos.

— Está bem.

Izaak parou a gravação e desligou a câmera.

— O que foi isso, Izaak? Droga!

— Desculpa, Helena. Eu sinceramente amo a sua pesquisa e tudo mais... — argumentou Izaak.

—Eu sei, que você ama. Agora, vá trazer uma garrafa de água, porque eu estou com sede — ordenou Helena.

— Sim, Helena.

Izaak foi até a tenda deles, abriu a fivela da mochila de lona de Helena e pegou uma garrafa de água que estava em um dos compartimentos, fechou-a, e foi levá-la para Helena.

— Aqui está a sua água — Izaak entregou a garrafa de água que estava com água pela metade para Helena.

— Obrigada.

— De nada.

Helena começou a beber a garrafa de água, gole por gole.

Izaak olhou para o horizonte.

— Nós precisamos nos preparar para essa noite. Vamos montar uma fogueira e assar o nosso jantar e depois tentar dormir — disse Izaak.

Helena parou de beber e olhou para o horizonte.

— É, logo estará escuro... — Observou Helena.

[...]

Logo, a noite caiu. Izaak e Helena começaram a montar a fogueira.

Izaak amontoou algumas pedras que estavam no chão, formando um círculo.

— Nós precisamos de lenha para o fogo. Vá... — Helena interrompeu já sabendo a resposta de Izaak.

— Eu vou buscar lenha para a fogueira — disse Izaak se levantando.

— Está bem.

[...]

Helena estava sozinha perto da fogueira. Ela se sentiu um pouco sozinha, então resolveu ir para a tenda pegar o seu diário e escrever um pouco.

Ela foi até a mochila, a abriu, e tirou o diário que estava com uma caneta presa, de dentro de um compartimento.

Tirou a caneta do caderno, abriu ele, se sentou no chão da tenda com as pernas cruzadas e começou a escrever no diário.

"Estou aqui no meio dessa selva, pesquisando, pesquisando...o tédio está me matando e ainda não encontrei nenhuma pista sobre a "Orquídea da luz"..."

 

Helena parou de escrever no diário e o jogou em um canto da tenda.

Ela suspirou.

"Que tédio! Deuses! Eu preferia estar na cidade do que ficar nessa selva entediada, cheia de mosquitos e insetos tentando me comer, e...o Izaak que não trás logo essa madeira para fazer o jantar ..." — Ela pensou.

Então, ela ouviu barulho de passos perto da barraca. Os barulhos iam se aproximando cada vez mais da barraca. Ela se levantou do chão e lentamente foi andando na direção dos passos quando de repente ela levou um baita susto e caiu sentada no chão.

Era Izaak com uma pilha de gravetos nos braços.

— Eu fui buscar a lenha que você pediu — disse Izaak com a pilha nas mãos.

—Que inferno, Izaak! Você me assustou! — vociferou Helena já bufando que nem um touro.

Helena se levantou do chão e tirou a sujeira da roupa.

—Ótimo! Eu me sujei por sua causa! Agora eu vou ter que trocar de roupa — esbravejou Helena.

— Eu te ajudo a se trocar — disse Izaak.

— E não pense em olhar para os meus peitos! — frisou Helena.

— Como se eu fosse hétero... resmungou Izaak.

— Está bem. Monte logo essa fogueira que eu estou com muita fome! — disse Helena enfezada.

— Está bem.

Izaak colocou a pilha de gravetos no chão e começou a arrumar a fogueira. Ele amontoou os gravetos fazendo uma pirâmide e depois colocou os outros gravetos ao lado do monte com um graveto no meio como espeto.

— Agora precisamos de fogo — disse Izaak.

Izaak pegou alguns gravetos que haviam sobrado e começou a tentar fazer fogo com eles, esfregando um no outro até iniciar a chama.

Helena ficou um pouco irritada com aquilo.

— Você está fazendo fogo com isso? Estamos no tempo das cavernas, por acaso?

— Mas, é assim que se faz fogo na floresta.

— Ah, por favor! Nós temos coisa melhor!

Izaak continuou tentando fazer fogo com os gravetos. Helena foi na tenda bufando, foi até a mochila e pegou o seu isqueiro que ela sempre levava consigo, pois fumava muito, em torno de uns seis ou oito cigarros por dia, e foi até onde Izaak estava.

Irada, ela riscou o isqueiro e tacou fogo nos gravetos, que foram queimando e passando calor um para o outro.  Izaak ficou surpreso com aquilo e parou de mexer com os gravetos.

— Assim também dá certo, eu acho.

— Bem melhor!

A fogueira se acendeu e Helena tampou o isqueiro e o guardou no bolso da calça.

— Agora precisamos da comida — disse Izaak.

— Ok. Vou pegar o feijão, a panela, os pratos e os talheres.

Helena e Izaak estavam comendo o feijão esquentado no fogo.

— A comida está ótima — disse Izaak.

— Bem, é só isso que eu sei fazer.

[...]

Algum tempo depois, Helena e Izaak haviam pego no sono e seus corpos caíram ao redor da fogueira.

O fogo da fogueira ainda estava aceso. As chamas brilhantes estalavam.

Então surgem barulhos de passos no meio do mato que iam se aproximando do acampamento dos dois.

De repente, seis figuras misteriosas vestindo capas pretas com capuz cobrindo parte do rosto surgem andando perto do acampamento.

Helena e Izaak de repente acordam com os barulhos e se vêem cercados pelas seis figuras misteriosas.

— O que está acontecendo? Quem são essas pessoas? — exclamou Helena.

— Eu não sei.

Helena e Izaak fitaram aquelas estranhas figuras ao redor dele.

As figuras misteriosas cochicharam algo entre elas e então uma delas se aproximou de Izaak e desferiu um soco no rosto dele que o deixou nocautedo.

O restante das figuras misteriosas nocautearam Helena e a levaram arrastada pelos braços, junto com Izaak.

[...]

Helena e Izaak de repente acordam em um vilarejo no meio da floresta, com casas feitas de palha e bambu. Eles olham ao seu redor e notam que algo estava errado.

— Eu estou olhando para o chão, ou seria o teto? — indagou Izaak.

— Eu também estou achando a mesma coisa. — respondeu Helena.

Ambos estavam pendurados de cabeça para baixo e amarrados por cordas em troncos de árvores perto das casas do vilarejo.

— Santo Deus! Nós estamos mesmo de cabeça para baixo! — exclamou Helena.

— Isso é ótimo! E agora, eles vão comer a gente?

— Eu não sei.

Helena e Izaak se debatiam tentando se soltar das cordas, mas balançavam como pêndulos de um lado para o outro.

As figuras misteriosas ficaram olhando para os dois, até que uma delas cochichou algo no ouvido da outra, e a mensagem foi passando de uma para outra.

— O que elas estão dizendo?

— Eu não sei. Como se ver de cabeça para baixo fosse adiantar muito.

Então, uma das figuras misteriosas resolveu soltar Helena.  Ela espalmou uma das mãos e as cordas se soltaram magicamente do corpo de Helena que caiu no chão que nem um saco de batata.

— Droga! Eu acho que eu quebrei a perna.

Então, as figuras misteriosas se reuniram perto de Helena, abaixaram o capuz revelando seus rostos. Eram garotas de peles pardas, brancas e negras. Elas todas tinham cabelos pretos e olhos de verdes a castanhos. Pareciam Amazonas, mas não eram guerreiras.

Uma delas se abaixou e usou um poder de cura na perna de Helena, curando-a com uma energia verde muito brilhante em questão de segundo.

Helena se levantou se sentindo melhor e então uma das figuras femininas foi até Helena e olhou de cima abaixo.

— O que você está olhando?

Então, a figura falou com Helena.

— Por que você está aqui, forasteira? — perguntou a que parecia ser a líder daquele culto.

— Ahn...eu estou procurando pela "Orquídea e Luz", é uma espécie rara de planta —respondeu Helena.

— Uma planta? Para que você a quer? — indagou aquela que parecia ser a líder.

— É para minha pesquisa — respondeu Helena.

— Hmm...nós temos uma planta. Não sei se é o que você procura...

— Você pode me levar até ela?

— Para você destruí-la, forasteira?

— Não, eu já disse, é para pesquisa.

— Eu entendo o seu "para pesquisa".

— Por favor!

Então, uma das garotas do culto se rebelou.

— Eu posso te levar até ela e você poderá pegar quantas desejar — disse a garota com um sorriso malicioso.

— Almarah! Isso é contra as regras!

— Que se dane as regras! Venha, moça!

Almarah pegou a mão de Helena e a guiou até a planta.

—Almarah! Pare!

[...]

Almarah guiou Helena até uma plantação com muitas daquele tipo raro de planta que Helena procurava.

— Aqui, pegue o quanto quiser.

— Obrigada.

Então,  quando Helena tocou no caule de uma das flores, uma energia branca envolveu todo o corpo dela e as roupas dela se rasgaram todas. Os olhos de Helena ficaram com um brilho branco.

A luz do luar daquela noite atingiu todas as plantas e elas defletiram os raios de luz branca para Helena e criaram um vestido branco cintilante com a parte de baixo similar as pétalas da Orquídea.

O brilho nos olhos de Helena desapareceu. Ela gesticulou e as raízes das plantas ganharam vida e começaram a cercar Almarah.

— O quê?! Achei que nós tínhamos um acordo! — exclamou Almarah.

— Nós não temos nenhum acordo.

Helena gesticulou e as raízes amarraram Almarah como cordas.

Helena saiu dali e voltou para o vilarejo.

[...]

Helena chegou no vilarejo e se deparou com as outras garotas do culto esperando por ela.

— Morram! — Helena bradou.

Helena gesticulou e fez as raízes da planta que saiam debaixo do vestido atacaram as garotas do culto incluindo a líder.

Todas as garotas do culto foram amarradas com as raízes que as espremiam.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Esse capítulo é bem cliché de filme de ação que começa na selva.

Helena Troy: O nome civil da Hera aqui é uma referência a rainha Helena de Tróia. Eu resolvi pensar em um nome que começasse com "H" e soasse como "Hera". Aqui, Helena teria se separado de Jules, que é o Zeus, e mantido o nome de solteira dela, Helena Troy. Helena faz de Jacinto um verdadeiro "capacho", e ele não se importa de ser "pisado" por ela, pois ele ama o trabalho dela e tudo mais, e também acredita na visão dela. E..sobre Jacinto, o nome original dele é "Hyacinth", e eu achei que era algum nome com "J", então resolvi adaptar o nome dele pra Izaak Birch.

Espero que tenham gostado^^

Até o próximo!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Efeito Cinderela" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.