Armadilha escrita por PCHolmes


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Essa fic foi baseada em um sonho que tive, ela é curta, mas achei que ficou bonitinha.

Comentários são bem vindos!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/657782/chapter/1

Era final de tarde. O céu estava cinza, nublado e ameaçava chover. Era um bom dia, com certeza, para estar em casa, debaixo das cobertas, mas isso seria impossível para Dean e Castiel.

Ambos estavam no meio de uma floresta, seguindo uma pista. Dean xingava alguma coisa que Cas não prestava atenção. O anjo estava com os sentidos alertas, pois sentia que algo se aproximava, mas não conseguia definir ao certo o que.

As folhas balançavam e com isso os sons se tornavam mais claro para Castiel. Dean para de andar, pega uma garrafa de água e a bebe, alheio ao turbilhão de sons que Cas consegue captar. Entretanto o anjo entendeu o que os sentidos queriam lhe mostrar.

Castiel olha ao redor enquanto Dean guarda a garrafa de água. Caçador recomeça a andar, mas não é seguido por seu anjo.

- O que foi Cas? – o loiro pergunta, estranhando a postura de moreno

O que o anjo poderia dizer? Que eles foram enganados e estavam bem no centro de uma armadilha? Que possivelmente eles iriam morrer, pois eram mais inimigos do que talvez ambos possuíam a capacidade de lidar? Que toda essa andança foi em vão? Que se a graça dele estivesse mais forte, poderia até ser mais útil, mas com ele fraco, a chance de ambos saírem com vida era pequena? Afinal, o que poderia ser dito?

Então, antes que Dean perguntasse mais uma vez, Cas resolve lhe dizer adeus, mas de uma forma que não parecesse isso. Como se, por estar mais uma vez face a face com a morte, despertasse um gatilho no anjo, que o encorajasse a fazer o que a anos sente vontade.

Cas fecha os olhos e se permite suspirar. Quando abre os olhos e encara Dean, o caçador engole seco, tamanho o brilho que esses olhos transmitem. Antes que o caçador pudesse dizer alguma palavra, sua boca é tomada de forma gentil por um beijo doce do anjo. O contato é retribuído, fazendo com que as línguas se encontrem, que um abraço seja formado, enquanto caçador e anjo experimentam da gostosa sensação de um beijo. Beijo este apaixonado e muito desejado por ambos.

Dean não diz nada e se deixa levar. É como se Castiel o houvesse hipnotizado, fazendo com que o loiro apenas se entregasse e se permitisse sentir a felicidade que os lábios do anjo lhe proporcionavam.

Não sabem dizer quanto tempo passou, apenas se separaram quando o ar se fez necessário.

- Eu te amo Dean – o moreno diz, com um timbre de voz jamais ouvido pelo caçador. E antes que o loiro pudesse dizer algo, Cas coloca dois dedos sobre os lábios de Dean – Por favor, não diga nada. Eu sei Dean.

Ambos se afastam o suficiente para que o anjo coloque a mão gentilmente sobre o rosto de Dean. Sem por nenhum segundo desviar o olhar. Caçador por sua vez, está tão perdido no olhar de seu anjo, que não percebe a real intenção do mesmo e o que aquele beijo significou.

- Te amo Dean Winchester e sempre vou te amar – Castiel sorri ao dizer essas palavras.

Mas com essa declaração, o caçador também ouve barulhos que se aproximam de ambos. E o anjo, com um sorriso triste em seu rosto, leva sua mão até a testa de seu protegido.

- O que pensa que está fazendo Cas? – Dean pergunta em um tom desconfiado.

- Me perdoe Dean.

Os dedos do anjo tocam a testa de Dean e fazendo isso o teletransporta para longe daquela floresta. Exatamente onde haviam deixado o amado impala do caçador.

- Cas, o que foi que você fez?

Um clarão branco chama a atenção de Dean. Branco... como a graça de Cas. O loiro não quer acreditar... Instintivamente leva a mão aos lábios, que outrora estavam sendo beijados pelo moreno. Desespero começa a se apoderar do caçador. O que aquele anjo desgraçado havia feito? Percebeu bem antes que estavam em uma armadilha, o beijou, se declarou e o afastou? Quem era ele para tomar essa atitude?

E após se perguntar, era como se ouvisse a voz do anjo lhe dizendo que o que fez era para protege-lo, pois essa também era a função de Castiel. Proteger Dean. E quando os pensamentos se formam e chegam a essa conclusão, o caçador nem percebe quando diz em voz alta:

- Proteger-me do que, seu maldito?!

A ficha cai: protege-lo de morrer! Não! Cas não poderia estar morto, poderia? Não depois de beija-lo. Não depois de se declarar.

Dean corre como um louco para o lugar em que estava antes de ser expulso educamente por seu anjo. Não se importa com sua vida, nem com os perigos. Ele vê um rastro de diversos corpos e atentamente procura por quem está querendo encontrar.

O dono do sobretudo está desmaiado e mortalmente ferido. Sangue em volta do corpo. Dean cuidadosamente o pega no colo, não se importando em se sujar. Nem a si, nem seu carro. Leva o anjo ao primeiro quarto de motel que encontra. O coloca na cama e começa a tratar de seus ferimentos.

- Você não vai morrer Cas. Eu não permito isso! – o caçador fala com raiva em sua voz – Se morrer, vou dar um jeito de te reviver, só para eu poder te matar de novo!

Caçador e anjo. Dean não se importava se esse esforço sobre-humano tivesse custado toda a graça de Castiel. O loiro não deixaria que Cas, o seu Cas, perdesse a vida, ainda mais por lhe proteger. Não importa quantas horas de sono iria perder velando o anjo. Não se incomodando em se sujar com os ferimentos, quantas vezes fosse necessário. Ele tinha um objetivo e iria atingi-lo: não perderia Castiel!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Armadilha" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.