Radioactive -interativa escrita por Skywalker


Capítulo 4
Ele


Notas iniciais do capítulo

Hey !
Então vamos as xplicações. Então gente, eu ainda to mal, no final não era uma simples gripe e....e dai por isso que tá meio muito ruim para ficar no computador, mas to me virando. Eu posso demorar enquanto tiver mal, mas não abondei a fic.

Estou respondendo os comentarios, mas devagarzinho.



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Alastor C. Ward

Poderia passar algum tempo explicando o que aconteceu comigo e com Amanda depois que o prédio veio a baixo, mas não chegou a ser alguma coisa incrível e nem mesmo interessante. Na verdade não foi nenhum desafio nos defender daquilo, para falar a verdade podia parecer alguma coisa um pouco patética, claro que no começo um pequeno pânico tomou conta de mim, mas por sorte aquela pequena planta que nascia em meio ao concreto foi bem útil para assim criar uma cúpula. Infelizmente Amanda havia se machucado quando bateu sua cabeça no chão.

Por isso que aqui estou eu, uma semana depois do ‘’ataque terrorista’’. Deveria estar em meu consultório resolvendo algumas coisas, por sorte Annie tinha tempo de resolver isso, porém estou atravessando os corredores tingidos de branco de um hospital, apenas esperando Amanda receber alta.

Infelizmente não era uma coisa normal um homem como eu entrar em um hospital carregando uma garota completamente desconhecida e ferida, por esse motivo foi preciso inventar algumas mentiras. Todos dentro do hospital acreditavam que Amanda era minha filha, claro que era preciso manipular a mente alheia, mas era melhor do que ser alvo de suspeitas desnecessária.

Um breve suspiro saiu de meus lábios, estava regressando ao quarto que Amanda se encontrava. Em minha mão esquerda havia um pequeno copo com café, por culpa daquela garota estava perdendo algumas noites de sono, tinha que interpretar um pai preocupado com a filha. Minha aparência deveria estar um pouco repulsiva, já tinha simplesmente desistido de manter a pose de sempre. Algumas pensei seriamente em ir embora a deixando ali, estaria bem cuidada, mas seria questão de dias para alguém entrega-la ao governo. Enquanto estou por perto posso ajudar a manipular as pessoas para que ignorem os resultados dos exames de sangue, mas no momento que todos voltarem ao normal.

–Tsc... Você me dá trabalho demais Amanda. –resmunguei em um tom baixo para não ser escutado por ninguém.

Tinha meu olhar focado no liquido escuro que refletia um pouco de minha imagem no copo de plástico. Tinha conseguido ficar tanto tempo longe de problemas grandes e assim do nada um desses problemas entrar na minha frente e sou obrigado a ajuda-la. Pelo menos é uma boa causa.

Estava tão distante em meus pensamentos que só percebi que havia outras pessoas cruzando aquele mesmo corredor quando acabei por esbarrar em alguém. Com o pequeno impacto algumas gotas de meu café acabaram indo de encontro contra a roupa da pessoa que esbarrara.

–Sinto muito por isso. Eu estava distraído demais... Sinto muito. –Me desculpava enquanto erguia minha cabeça para ver a pessoa que havia sujado.

Ela tinha um sorriso amigável em seus lábios avermelhados, realmente não parecia brava, mesmo tendo uma mancha enorme de café sobre seu suéter azul. Seu cabelo possuía um tom loiro, quase branco, seus olhos eram azulados e me fitavam de uma forma amigável. A mulher deveria ter uns 30 anos ou menos, mas ainda tinha uma face doce e amigável, de certa forma parecia até uma princesa de conto de fadas. Uma pequena cicatriz no seu lábio inferior e sua mão esquerda estava enfaixada.

–Está tudo bem. –dizia à mulher que passava sua mão sobre a mancha e depois me olhava sorrindo. –Isso acontece bastante por aqui. É normal as pessoas ficarem mais distraídas em hospitais. Além de que você não foi o único culpado disso. Também peço desculpas.

Sua voz era calma e doce, além de que aquele sorriso nunca saia de seus lábios, mas a coisa que mais chamava atenção em si eram os olhos que possuíam certo olhar dissimulado, se tornava praticamente impossível entende-la.

–De fato as pessoas se distraem com mais facilidade quando estão em hospitais. Mas se quiser, para não sair por ai com a blusa assim, posso emprestar uma blusa que minha assistente esqueceu noite passada.

–Não é necessário. –respondia a mulher com o mesmo sorriso de antes.

–Eu insisto.

Ela não hesitou mais. Na verdade eu nunca insistiria tanto com alguém, mas tinha alguma coisa nela que chamava muito minha atenção, era como se eu precisasse saber todos os segredos que aquela mulher estava escondendo.

–Aproposito, me chamo Alastor. –me apresentei enquanto abria a porta do quarto de Amanda

Felícia. –respondeu a mulher que adentrava o quarto alguns segundos após de mim. Seus olhos na mesma hora focaram em Amanda, que já estava acordada sentada na cama. –Oh! Ela é sua filha?

Amanda mantinha seus olhos focados nos de Felicia, ambas faziam um pequeno confronto visual. A menor nem respondia minha perguntas se estava tudo bem, simplesmente continua com seus olhos focados aos da loira.

–Quem é ela? –rosnava Amanda.

–Me chamo Felícia. –dizia à mulher que permanecia no mesmo lugar, o único movimento que fez foi jogar uma de suas mechas loiras para trás do ombro.

Não era uma reação normal para uma criança, mas Amanda ágil da mesma forma quando me encontrou.

–Felícia, essa é minha filha Amanda, ela ainda está meio assustada com tudo que aconteceu a uma semana. –apresentava e criava uma desculpa para o comportamento da menor.

–Eu a entendo muito bem. –respondia Felícia que se aproximava um pouco mais. –Você tem um belo nome, Amanda.

–Seu nome também é bonito. –Amanda praticamente cuspia aquelas palavras e ao mesmo tempo forçava um sorrisinho amigável.

–Bom, aqui está à blusa. –contava o contato visual de ambas me colocando na frente de Felícia.

–Como farei para devolvê-la? –questionava a loira pegando a blusa com certo cuidado.

Entreguei um cartão do consultório.

–Estarei lá, senão, Annie vai estar. Qualquer coisa ligue.

Felícia agradeceu mais uma vez e só saiu do quarto depois de se despedir de Amanda, claro que a menor não sorria para ela, mas se forçava naquele momento. Amanda pareceu aliviada ao ver a loira ir embora.

xXXXx

Felícia Carter

Segurava a blusa com um pequeno sorriso de satisfação em meus lábios. Tinha sido mais fácil do que o esperado.

Caminhava para fora do hospital em passos lentos e permanecia com o sorriso de satisfação, mas ele se desfez por um breve segundo quando pude escutar a melodia que vinha de meu celular.

Puxei o aparelho para ver quem era naquele momento, claro que não foi nenhuma surpresa ver que era um número que não podia ser rastreado. Estava prestes a sair do hospital quando me deparei com um rosto familiar no hall do hospital. Seus lábios se contorceram em um sorriso a me ver. A garota veio de encontro a mim para me abraçar com certa força.

–Felícia! Estou tão feliz de vê-la bem. –dizia a garota com um largo sorriso.

–A senhora tem muita sorte por ter uma irmã tão preocupada. –dizia a recepcionista que olhava para mim. –Ela não saiu daqui até ter certeza que estava bem.

–Realmente uma grande sorte minha. –resmungava enquanto afastava a menor de mim. –Vamos embora... Irmã.

–Claro.

Aquela que se dizia minha irmã na verdade era Brooke Samuels. Uma garotinha de 18 anos que tinha um rosto angelical. Seu sorriso era realmente lindo e capaz de alegrar qualquer um. Sua pele era negra e seus cabelos longos e completamente cheios de cachos, ela era realmente uma garotinha fofa e o que a deixava mais frágil era sua altura baixa, mas não era preciso muito para ver seus olhos negros, não importava a situação sempre havia algo doentio em seu olhar.

Algumas pessoas achavam que eu era uma aranha, que tinha paciência para tecer minhas teia e atacar minhas vitimas no momento certo, Brooke pode ser vista como uma loba, mas uma loba muito bem escondida na pele de ovelha.

–O que faz aqui? –perguntei em um tom baixo enquanto saia do hospital e parava a poucos centímetros do meio-fio.

–Me mandaram ver se você tinha conseguido achar a garotinha. Ele começa a achar que uma criança é uma missão muito difícil para você. –zombava Brooke que olhava ao redor como se esperasse por alguma coisa.

Minha única resposta foi permanecer olhando para frente com o sorriso amigável em meus lábios. Joguei a blusa que Alastor havia me dado sobre a cabeça da menor.

–O que é isso? –perguntava enquanto retirava a blusa de cima de si.

–Eu achei a garota. Ela está recebendo alta hoje, mas infelizmente um telepata a achou primeiro, tenho certeza que Ele teve que se esforçar mais que o normal para impedir que aquele cara invadisse minha mente. Realmente Alastor parece ser poderoso.

Brooke olhava para a blusa e depois para mim.

–Vai rastreá-los pelo cheiro? –questionava Brooke. –O farejador ainda demostra resistência, acho que Ele não vai gostar nenhum pouco disso.

Revirei meus olhos e me permiti ri um pouco baixo. Mostrei o cartão que Alastor havia me dado.

–A blusa foi uma mera desculpa. Eu sei onde achar Amanda. –respondia fazendo sinal para um táxi para parar. –Agora me faça um favor e leve um recado para Ele. Eu vou capturar a garota e além dela estou levando dois telepatas poderosos... Oh! E como brinde ainda tem altas chances de levar Bill também.

Brooke me observava com aquele sorrisinho infantil de sempre. Ela fez um sinal positivo com sua cabeça.

–Saiba que se falhar Ele não será tão bonzinho.

–Eu sei muito bem. –resmungava enquanto fechava a porta do táxi, após entra.

Disse o enderenço para o motorista e comecei a passar a mão por cima de meus machucados.

–Eu sei muito bem que ele vai me matar... -murmurava em um tom inadiável.

Virei meu rosto para janela, realmente teria sido muito mais fácil se todos esses machucados fossem culpa de Bill.


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