Potens Summi escrita por Samantha
Notas iniciais do capítulo
Muitíssimo obrigada a Alice Prince por ler e mandar reviews lindos e gigantes ♥ Boa leitura!
— Que vergonha. – sussurrou Peter, ao entrarem no salão.
— Para com isso, Pete! O que é melhor do que uma entrada triunfal para começar bem o ano? – disse Lupe, exibindo um grande sorriso por onde passava.
Os olhares dos alunos caíram sobre os três, afinal, estavam prestes a passar pelo Chapéu Seletor com crianças de onze anos. Atravessaram o salão com passos apressados. Astrid e Peter olhavam para o chão, tímidos. Lupe caminhava charmosamente, olhando para todos os lados: Só faltava distribuir abraços...
Após Minerva Mcgonagall selecionar todas as crianças – o que para eles pareceu uma eternidade – finalmente falou:
— Black, Astrid. Transferida da A.M.B.
Podiam-se ouvir vários alunos prendendo a respiração com o sobrenome. Alheia aos sussurros, jovem respirou fundo e caminhou até o centro. Sentou-se no banquinho e colocou o chapéu na cabeça.
— Hm... Difícil. Sua mente é complexa até mesmo para mim, um sábio chapéu, diga-se de passagem. É corajosa e faz de tudo para ver os amigos felizes, porém tem uma mente ambiciosa e um dom de persuasão sobre as pessoas, e um... Segredo? – Trid engoliu em seco, franzindo a testa - Interessante. Você pode ser poderosa, sabia? – e o chapéu parou por um instante, refletindo – E a casa que vai ajudá-la a alcançar esse poder é a Sonserina!
Trid congelou por um instante. Olhou para os amigos da Grifinória um tanto desapontada. Eles sorriram tristemente, mas não pareciam bravos. Harry deu um sorrisinho desapontado, mas piscou para a garota.
Pelo menos eles não me odiarão para sempre, pensou, tentando se conformar.
Saiu do banquinho e caminhou desanimadamente até a mesa da Sonserina, em meio aos aplausos. Sentou-se ao lado de uma garota ruiva que suspirava de tédio.
— Black, Peter. Transferido da A.M.B.
E mais sons de surpresa surgiram. Afinal, um filho de Black é estranho, mas dois? Astrid revirou os olhos ao ouvir o que alguns sonserinos cochichavam.
— Hm... Fascinante. Sua mente é grandiosa e funciona de maneira organizada e rápida... Sinto as engrenagens de seu cérebro se mexendo, meu jovem. É um tanto ambicioso, mas sua maior virtude é a inteligência. Você se dará bem na... – o chapéu fez uma pausa – Corvinal!
Peter foi até a mesa da Corvinal, sendo aplaudido pelos novos colegas. Astrid se sentia sozinha; olhou em direção a Peter como quem pede ajuda. O irmão lançou lhe um beijo. Ela pôde ler o movimento de seus lábios, que diziam: “Vai ficar tudo bem, idiota”.
Lupe tinha que ir para a Sonserina... Era sua última chance.
— Gomez, Maria Guadalupe. Transferida da A.M.B.
Lupe foi andando decididamente até Minerva, e colocou o chapéu na cabeça, sem rodeios.
— É doce e meiga como uma rosa, todavia sabe mostrar seus espinhos... Você não leva desaforos para casa, não é, mocinha? Gosta de mostrar que tem talento e que pode ser a melhor no que faz. Sem dúvidas, sua casa será a Sonserina!
Todos aplaudiram e Trid deu um suspiro aliviado. Guadalupe saiu do banquinho e foi sentar-se ao lado da amiga.
— Graças a Merlin, achei que fosse ficar sozinha! – disse a loira, sorrindo.
— Pois é, quem diria que os meus maravilhosos dons para o mal me trariam para cá? – ela comentou – E eu não esperava mais, afinal, meus pais foram dessa casa.
— Sério? – perguntou Astrid – Você nunca me contou. Sua mãe não é do México?
— Sim, mas se mudou para a Inglaterra quando criança. Estudou aqui e conheceu meu pai, e os dois se mudaram para o Brasil depois do casamento. Minha mãe é tranquila, mas meu pai... – Lupe soltou uma risada sarcástica – é meio preconceituoso com essa coisa de nascidos trouxas.
A duas olharam para o centro do salão, onde Dumbledore, que se levantou calmamente, começaria o seu discurso.
— Bem vindos, alunos novos! Bom retorno, alunos antigos! Tenho algumas palavras a dizer antes de nos deliciarmos com o delicioso banquete que nos espera. Deem as boas-vindas a Professora Grubbly-Plank de Trato das Criaturas Mágicas, enquanto o professor Hagrid está de licença temporária. E também a nossa nova professora de Defesa Contra as Artes das Trevas, Dolores Umbridge.
Todos aplaudiram sem entusiasmo. Grubbly-Plank tinha os cabelos negros, os olhos da mesma cor e um semblante sério.
Astrid franziu a testa ao olhar para a outra professora: Era uma mulher extremamente baixa e totalmente vestida de rosa, com um laço da mesma cor enfeitando a cabeça. Tinha feições de sapo. Parecia a mesma mulher de quem Harry havia comentado da audiência.
Lupe riu pelo nariz, comentando algo ofensivo sobre a roupa da mulher.
Dumbledore continuou dizendo:
—O nosso zelador, o senhor Filch, me pediu para lembrar a vocês que...
Rem Rem. Uma risada irritante ecoou pelo salão, interrompendo o diretor.
— Obrigada diretor, pelas doces palavras de boas vindas. É tão bom ver tantas carinhas radiantes sorrindo para mim. Estou certa de que seremos muito bons amigos. – disse Umbridge, se levantando e dando um belo sorriso para os alunos.
— Visando os anos anteriores foi possível perceber que o ensino de vocês realmente não foi dos melhores, mas isso será resolvido se... Utilizarmos e aprimorarmos a teoria da defesa para termos um melhor aprendizado. O progresso pelo progresso não será encorajado. Vamos preservar o que deve ser preservado. Aperfeiçoar o que for possível aperfeiçoar. E cortar práticas que devem ser... Proibidas. Rem Rem.
Lupe e Trid se entreolharam, confusas. Os alunos permaneciam calados com expressões entediadas.
— Obrigada, Srta. Umbridge. Foi um discurso muito esclarecedor. – disse Dumbledore, sorrindo para a professora que se sentava – E bom, como eu ia dizendo, o Sr. Filch pediu...
— Esclarecedor? – perguntou Lupe – Pois eu não entendi uma palavra sequer que tenha saído da boca dessa cara de sapo.
— Eu também não entendi muito, mas deve vir merda por aí. – disse Trid, pensativa.
—... E se quiserem participar dos testes para o Quadribol, é só falar com o capitão do time de sua casa. Bom, já tomei muito o tempo de vocês, meus alunos. Bom apetite!
Logo, a mesa se encheu de pratos salgados e guloseimas e Lupe se serviu de tudo que estava em seu alcance. Astrid deu uma olhada rápida nas pessoas de sua casa e seu olhar se deparou com olhos cinzentos familiares.
Draco acenou discretamente e a moça retribuiu com um sorriso.
— Está certo, Srta. Black... Quem é o bonitinho que acenou? – sussurrou Lupe, fazendo a amiga pular no banco.
Ela desviou o olhar, se servindo de batatas fritas e peru assado.
— Draco Malfoy. Conheci no Beco Diagonal. – disse a loira calmamente.
Guadalupe olhou discretamente da direção do garoto, dando uma cotovelada na amiga com um sorriso malicioso nos lábios.
— Ele ainda estava olhando, sabia? Você devia investir...
— Silêncio, Maria Guadalupe. Não se meta na minha vida amorosa, falou? – disse Astrid, colocando o garfo na boca.
— Não vou me meter, porque tenho que cuidar da minha. É bom estar em Hogwarts... – disse Lupe, dando um sorrisinho para um rapaz da corvinal que a olhava.
— Desculpa aí, pegadora. Vai lá. – debochou Astrid, apertando as bochechas da morena.
— Vai se danar, magrela. – resmungou Guadalupe, terminando o seu pudim.
Após se deliciarem com o banquete (Trid teve a certeza de que se todas as refeições fossem assim, teria que acordar cedo para fazer caminhada nos jardins ou viraria uma bola), a mesa começou a esvaziar e o jantar a sumir.
— Com licença! Sou Liam Winston, o monitor chefe da Sonserina. Alunos do 1º ano, façam o favor de me seguir. – disse um garoto alto de cabelos negros e olhos cor de mel, com um distintivo no uniforme.
As garotas seguiram os passos do monitor, procurando não se perder no enorme castelo. A entrada do salão comunal ficava próxima às masmorras. Foram até um quadro, onde Liam disse a senha em bom tom:
— Mentes ambiciosas. – e o quadro virou, dando passagem para os alunos.
Ao entrarem, Astrid e Guadalupe ficaram boquiabertas. Uma enorme sala decorada em verde e prata, com poltronas, mesas de estudo e prateleiras com livros. Era possível ouvir o crepitar do fogo aceso na lareira. Os tapetes eram bonitos e pareciam ser muito antigos.
Subiram as escadas rapidamente. Entraram no quarto: era bem organizado, bonito e, como o resto da sala comunal, decorado com verde e prata. Duas das camas já estavam ocupadas com pertences.
— Suas camas são aquelas ali no canto. – disse uma garota alta e extremamente magra, de cabelos castanho-escuros e olhos negros. – Sou Rachel Darling.
— Ei, Isabelle! Colegas de quarto novas. – disse Rachel, batendo na porta do banheiro.
Uma garota loira saiu de lá. Era baixinha, magra, e possuía persuasivos olhos verdes. Tinha uma aparência angelical, contudo, uma postura relaxada, como quem não liga para as pessoas ao redor. Olhou para as novatas da cabeça aos pés.
— Vocês parecem ser gente decente. Finalmente nos livramos da Amber e da Sophia-da-p... – ouviu-se a voz melodiosa da loira.
— Menos, Belle. – repreendeu Rach, revirando os olhos.
— Não enche, Darling. – ela disse. E se virou para as novatas – Sou Isabelle Lawrence.
— Sou Astrid Teles Black, me chamem de Trid. – disse a loira, sorrindo.
— Maria Guadalupe, se quiserem me chamar de Lupe, beleza. – disse a morena.
— É um prazer conhecê-las. – disseram Rach e Belle juntas, como se tivessem ensaiado durante horas para dizer aquilo.
— Você é filha de... Sirius Black? – perguntou Rachel, com um fio de medo na voz.
— Sou, com muito orgulho. – disse Astrid, sentindo o rosto esquentar.
— Me desculpe se ofendi, Trid. – falou a garota, levando as mãos ao rosto.
— Tudo bem. – murmurou a loira, olhando para o chão.
— O papo está bom, maravilhoso e tal, mas me deem licença que eu vou me encontrar com o Blaise. – disse Belle, arrumando os cabelos.
— Há quanto tempo você está com ele? – perguntou Rach, sentando-se na cama.
— Duas semanas. – falou Belle, se olhando no espelho.
— Merlin! Isso é um recorde! – debochou a amiga, rindo.
Isabelle revirou os olhos, passando batom vermelho nos lábios.
— Não sei por que está passando batom, sabemos que ele vai ficar borrado rapidinho. – disse Rach, com um sorrisinho.
— Vá arranjar uma vida social e pare de me amolar. – disse Belle, saindo do quarto.
A garota fez uma careta, deitando na cama e virando o corpo para a parede.
— Vou dormir, quero acordar bem cedo amanhã. – Rachel Darling bocejou - Boa noite.
— Boa noite. - disse Trid.
— Eu estou exausta... – Lupe se jogou na cama de uniforme e tudo.
Astrid arrumou a cama, colocou o pijama e se deitou, cobrindo com os edredons.
— Boa noite, Lupe. Bons sonhos...
Não obteve resposta, a morena já havia caído de sono. A loira fechou os olhos e adormeceu também.
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