Bad Girl escrita por kuriyamanyah


Capítulo 1
Único


Notas iniciais do capítulo

HELLOU!
Pf, vim avisar q eu não revisei então pode ter erros.
MAS APROVEITEM OUGHSUDHGFS
Antes q eu me esqueça, PRESENTE PRA JEJÉ
Atrasado
DE ANIVERSÁRIO XD



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Único

Juvia Lockser

Fairy Tail – 09h00

Aquele idiota do Natsu, vive me colocando em encrenca. Onde já se viu entregar o melhor amigo para a ex? Afe, levei um tapa só porque traí aquela puta quando namoravamos?

— Quando eu pegar aquele desgraçado… — eu praguejava baixinho, andando pelos corredores da escola mais famosa em Magnólia, Fairy Tail.

— Senhor Fullbuster — droga o inspetor me pegou. Reviro os olhos e olho em direção ao namorado da minha irmã adotiva mais velha, Jellal Fernandes.

— O que quer, Jellal? — pergunto me apoiando em um dos armários.

— Terei que te dar um advertência — disse pegando seu bloquinho.

Tsc, eu só queria fugir da idiota da Milliana e ir pra praia.

— Essa é sua terceira, depois da aula terá que ir pra detenção — me entregou o papel e eu ri baixinho.

Jellal e Erza estão brigados por culpa do Jenny… Posso tirar vantagem disso.

— Que tal eu te ajudar com a Erza? — falei assim que ele deu as costas e se colocou a andar.

Jellal tinha 19 anos, havia chegado atrasado. Ele e minha irmã adotiva, Erza Scarlet, namoravam há seis meses. Erza já tinha 23 e fazia faculdade de Design, os dois haviam brigado há uma semana por culpa da ex do Jellal, Jenny Sei Lá Do Que, e com isso os dois haviam terminado

— Er.. Se-senhor Fullbuster… — ele com certeza ia dizer que não seria subornado, se envolver a Erza no meio duvido muito disso.

— Querido cunhado, — corou, hihi que idiota

— Não sou mais seu cunhado.

— Estou bem informado, obrigado pela informação inútil. Continuando…você está perto de perder minha irmã depois de muito sacrifício… — “E coloca muito nisso” — não quer perder minha querida irmãzinha para o ex dela quer? Soube que Simon está na cidade.

Provoquei e pude ouvir um: “Aquele desgraçado…”, como resmungo, sorri de canto.

— A Erza gosta de rosas apesar de não admitir, Simon sabe disso e mais um pouco — ele ouvia cada palavra minha, é acho que eu e a Erza temos algum parentesco distante. — Ele a convidou pra jantar eu posso falar para onde eles vão se…

Se…?

Ele caiu.

— Se fingir que não me viu cabulando aula e… — ele bufou já com o papel que tinha me dado em mãos e o rasgando — ajudar na festa de Halloween.

— O diretor disse que não ia ter festa esse ano — falou irritado — e se eu ajudar poderei ser suspenso.

— Humm — sorri — a Erza pelo que me lembro gostava muito de badboys, e aí feito, querido cunhado?

— Tsc! — apertou minha mão que eu havia estendido. — Onde eles vão?

— No restaurante da Mira, Satã, Coffe & Cake — ainda não entendo o porque desse nome, vai entender, também o Natsu que escolheu o nome.

— Ok. Até mais, Gray — disse e se virou para ir embora, possivelmente para o Grêmio. Ainda quero saber onde eu estava com a cabeça quando ajudei esse cara a ficar com minha irmã.

Me direcionei ao muro que já dava em direção a rua. Pulei o muro e fui pra praia encontrar o Lyon e a Ultear como combinamos.

§§

Praia da costa de Magnólia – 10h00

Eu estava jogando uma partida de vôlei com a Ultear a um bom tempo, ô guria teimosa! Não aceita logo a derrota!

— Aceita logo que perdeu! — falei com um tom de voz mais alto enquanto jogava a bola para o outro lado.

— Nunca!

— Vocês não cansam? — perguntou Meredy, ela era irmã mais nova do Natsu, porém ela estudava na mesma escola que a Ul e a morena trouxe ela junto.

— Não até ele(a) admitir a derrota! — falamos juntos

— Que seja — ela observava o jogo com uma gota na cabeça

. . .

Depois de algum longo tempo jogando eu e a Ul ficamos empatados depois de ganharmos um cascudo da Meredy. Lyon logo chegou com os picolé e com a água de coco que Meredy havia pedido.

— Obrigada, Lyon-kun — disse Meredy sorrindo para Lyon que ficou vermelho, ri baixinho com isso e Lyon se irritou. Realmente mais um idiota apaixonado. — Ah? Não sabia que Juvia estava aqui.

— Juvia? — perguntei olhando para a rosada que olhava para o mar

— Sim, a prima do Jellal — Kami-sama eu não me livro desses idiotas? Se ela for que nem o Jellal…

Olhei para onde Meredy estava olhando…

Kami-sama… — murmuro ao ver a azulada saindo da água — Mano, que gostosa!

A azulada estava saindo da água com um sorriso no rosto — um sorriso sensual até —, a água escorrendo pelo aquele corpo, e que corpo! A mesma usava um biquíni azul escuro e uma blusa social branca de homem, combinando com o cabelo e os olhos…

Céus!

— Cuidado para não babar, Fullbuster — provoca Ul e eu bufo em irritação.

— Tsc! — olho novamente para ela e a tal de Juvia estava vindo em nossa direção

— Lyon-sama — chamou a azulada sorrindo e o albino olhou para ela um pouco nervoso.

— Ju-Ju-Juvia-chan? — Meredy ficou emburrada e Ultear começou a rir

— Juvia agradece por me emprestar sua blusa do uniforme — agradeceu e se sentou ao lado de Meredy, ou seja, ao meu lado também.

— Eu não sabia que ia usar minha blusa pra isso — disse Lyon com a blusa molhada que Juvia havia entregado nas mãos.

— Juvia usou para outras coisas também — piscou maliciosa e voltou a seu jeito de garota boa.

A azulada estava com uma perna dobrada mostrando a tatuagem azul do símbolo da Fairy Tail, mostrando que já fora estudante de lá, depois que terminamos na Fairy Tail, ou tempo em família como o diretor chama, fazemos um tatuagem com o símbolo da escola. Isso era uma longa tradição feita pela fundadora. E a outra perna esticada pela toalha e areia

— Há quanto tempo, Meredy!

— É bom te ver, Juvia — resmungou e a azulada riu de sua reação

— Juvia não tem interesse no Lyon, Meredy-chan — sorriu e Meredy ficou vermelha junto com Lyon, eu e Ultear gargalhamos com isso.

— Ju-Ju-Juvia-chan, esses são Gray Fullbuster e minha irmã de outra mãe, Ultear Milkovich — a rosada gaguejou enquanto fazia as apresentações

— Prazer, — Ela se virou para mim e a Ul sorrindo e estendendo a mão.

Me perdi naquele sorriso, mas eu queria que ela estivesse fazendo outra coisa com aquela boca pálida.

— Juvia Lockser.

Mal eu sabia que esse nome era uma maldição.

§§

Casa dos Fullbuster – 13h00

Eu estava deitado na minha cama escutando Goya no Machiawase do Hello Sleepwalkers enquanto jogava Tomb Raider, até que Erza entrou no meu quarto se apoiando no batente da porta.

— Cabulou aula de novo? — assenti

— Sabe como é, né?

— Tsc! — jogou o pequeno relógio que estava na comoda próximo a porta — Não, não sei!

— Você vivia namorando caras como eu no ensino médio — rebati

— Mulherengos?! — pegou pesado agora — Se for… me diga três.

Como meu pai adotou ela entre todas as crianças daquele orfanato?

— Teve aquele… e…

— Nenhum! Agora se repetir… — rosnou e eu me encolhi, apesar de amar Erza ela me dava um puta medo.

— Tá bom, mamãe — falei tirando os fones — Não vou repetir, irei estudar bastante

Voltei atenção ao jogo…

Como posso ser mais idiota?

Logo senti um taco de beisebol na minha cabeça, e adivinha quem jogou ele! Isso mesmo, Erza Scarlet!

— ITAI, BAKA! — reclamei

— Como…? — sua voz já estava assustadora assim como sua expressão.

Logo…

— O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI?! — perguntou meu pai, Silver, ao chegar com tudo no meu quarto.

— Essa idiota está me batendo com um taco de beisebol! — reclamei enquanto puxava o cabelo de Erza e a mesma puxava o meu.

— Vocês parecem duas crianças — suspirou meu pai e tirou a Erza de cima de mim — Agora será que dá pra parar de brigar?

— Essa idiota jogou um taco de beisebol em mim!

— Esse puto cabulou aula de novo! — meu pai segurava Erza

— Erza isso é pouca coisa e eu posso resolver — disse Silver

— Eu sei… MAS ESSE FILHO DA MÃE ANDOU SE ENVOLVENDO NA MINHA VIDA!

Estremeci e assim que Erza se soltou fiquei atrás de Silver

— Eu ia ser suspenso — eu disse tentando me desviar da fúria da ruiva — Tinha que subornar o Jellal.

— Falando pra onde eu vou?!

— Perai… como descobriu? — perguntei assim que ela se acalmou

— Não sei… deve ser a merda da briga que teve com o Jellal e o Simon no Satã Coffe & Cake! — esbravejou — Ninguém da FT sabia disso além de você!

— Olha Erza… — eu comecei, ela odiava ser usada já que mais nova um dos cara que ela gostava a usou para se dar bem com o Grêmio da escola quando ela estudava na Fairy Tail e com isso ela saiu do Grêmio.

— Não quero saber! — esbravejou e foi para seu quarto, já não é a primeira vez que eu uso a relação dos dois pra me safar.

— Idiota! — Silver me deu um cascudo, na Erza ele não faz isso por um simples motivo…

Preferência? Não! Medo.

Depois dele sair do meu quarto eu me senti meio mal, já que entre as brigas que os dois tiveram essa foi a mais feia.

Era madrugada e eu havia acabado de chegar da casa de mais uma garota que eu havia transado, eu encontrei ela em mais uma das festa da Cana — outra com quem já transei, mas estávamos bêbados e depois viramos amigos —, logo depois de chegar assim que eu ia fechar a porta, Erza entra chorando e vai pro seu quarto.

Eu ia deixar, mas… eram raras as vezes que eu via a Erza chorar.

Fui para seu quarto depois de fechar a porta de casa, meu pai não estava, ele ia trabalhar mais tarde com um caso.

Sim o poderoso detetive, Silver Fullbuster, era meu pai e tinha medo de sua filha mais velha.

— Me diga quem foi o idiota — pedi acariciando seu cabelo, ela fungou

— Jellal Fernandes — falou com desprezo

— E dessa vez é por que…? — me deitei ao seu lado

— Você está cheirando a bebida — falou com a voz embargada e abafada devido a suas mãos que cobriam seu rosto que já estava vermelho e ao choro

— Mas só estou bêbado 85% — ela riu — E aquela transa já levou minha energia fora, fale antes de você ter seu querido irmão bêbado dormindo na sua cama depois de uma foda.

— Idiota — bateu de leve no meu peito

— Ei! Estou tentando de consolar aqui e assim que você retribui? — me fingi de ofendido e ela riu.

— Jenny, estava dando em cima dele.

— Aquela puta que não tem sobrenome? — perguntei

— Ela tem idiota! Você que tem uma memória de merda!

— Me respeite — me fingi de ofendido de novo e ela continuou.

— Ela estava chamando ele pro armário do zelador.

— Vocês não estavam no restaurante da Mira?

— O idiota havia me dito que transava com as “namoradas” dele no armário do zelador — fez aspas ao pronunciar “namoradas”

“Moleque idiota” — pensei

— E depois que eu reclamei começamos a brigar, e ele ficou defendendo ela dizendo que ao menos ele não teve que ficar com um braço quebrado pra ficar com ela. Daí eu disse que ele que insistiu em tentar um lance comigo, aí brigamos mais ainda quando ele mencionou a vez que Azuma havia quebrado o braço dele pela segunda vez.

— Ele devia agradecer — disse Lucy saindo do banheiro — Vocês começaram a namorar nesse dia.

— Você está aqui desde de quando? — perguntei

— Desde que essa ruiva teve uma crise “do que vestir” — respondeu a loira e se deitou atrás de mim e ficou na mesma posição que eu tava quando eu deitei minha cabeça no travesseiro assim como ela pediu.

— Continuando… Ele disse que estaria melhor se eu não fosse tão ciumenta.

“Por que eu ajudei aquele merda mesmo?”

— Então terminamos. — ela finalizou tristonha

— Amiga, estamos aqui pra você. — Disse Lucy

— Na verdade eu estou aqui porque eu moro aqui — ironizei e recebi travesseiros em minha cara — Tchau, meninas — disse indo em direção a porta — Não fiquem acordada a noite toda, se é que vocês me entendem — pisquei malicioso e recebi mais travesseiros, fechei a porta antes do último me acertar.

Suspirei e acabei pegando no sono depois.

“— Pensando em mim, Gray-sama?” — ouvi a voz de Juvia no beco escuro.”

§§

Fairy Tail – 8h45

Já havia passado uma semana desde meu acordo com Jellal, o mesmo ainda não conseguiu voltar com minha irmã, mesmo que os dois estejam mega chateados com isso, Jellal vai ter que insistir mais um pouco.

Essa era a semana em que Jellal conseguiu fechar o ginásio com a ajuda do Grêmio — ainda não sei como ele fez isso — para fazer a festa de Halloween que havia prometido ajudar.

Talvez ele não fosse tão idiota assim, o mesmo estava fazendo grande parte da festa pra reconquistar Erza, então… espero que ele fique um pouco mais inteligente depois dessa.

E Juvia? Todos os dias eu a vejo, não conversamos nem nada, mas toda vez que eu a vejo na escola — mesmo ela não estudando mais aqui a mesma fica bastante tempo aqui — ela manda olhares sugestivos e sorrisos um tanto maliciosos. Isso era estranho, pois quando nós tínhamos um minimo diálogo ela era doce e gentil igual a primeira vez que a vi.

Sequei o suor na testa com as costas da mão que estava desocupada, a minha sala junto com o professor Scorpio estava usando essa aula pra enfeitar o salão, Jellal estava de “guarda”. No ginásio havia duas portas para entrada a que Jellal havia fechado era a mais usada, e a outra ninguém usava mesmo só alguns alunos da sala que havia descoberto a porta que fora coberta pelo papel de parede há alguns meses como eu.

Depois da chegada de Juvia… tudo na cidade ficou estranho.

Mesmo gostando de histórias de assassinatos e serial killers parece que nessa cidade há um, e mata pela simples diversão. Só espero que meu pai fique bem.

Senti meu celular vibrar e vi mais uma mensagem que tinha recebido de um número desconhecido.

“Pensando em mim, Gray-sama?”

Mesmo não ouvindo a voz do dono ou da dona eu pude sentir que não era uma voz em um tom gentil.

Mas… por que é sempre a mesma coisa?

“Isso pode te matar, Gray-sama”

Engoli em seco.

— Silêncio! — disse Jellal e assim ficamos e esperamos se ele ia dar o sinal para nós irmos correndo para a sala de aula. Quando ele fez o sinal de que podíamos seguir normalmente, continuamos.

— A ruiva deve valer a pena não é, Gray? — perguntou Juvia me ajudando a enfeitar o palco com as aranhas falsas

— Sim… — respondi sendo sincero, realmente mesmo sendo a definição de bipolar ela era a melhor — O que faz aqui, Juvia?

— Juvia acha que essa é a curiosidade de todos — falou sem graça, o que era até… fofo — Juvia sente saudades da Fairy Tail.

— Ah — peguei as teias

— Juvia prefere as verdadeiras — murmurou a azulada colocando a última aranha pequena pendurada no fundo palco, a mesma usava uma calça jeans, uma blusa azul escura listrada e botas de gótico.

E o que não podia faltar em seu estilo:

O chapéu russo azul escuro.

— Por que você sempre usa esse chapéu?

— O ushanka? — perguntou e eu a olhei confuso — Juvia é russa, Gray…sama.

Por que isso parece tão proposital?

Por que eu corei ao notar que eu estava passando tempo demais observando seu rosto?

Por que eu recebo aquelas mensagens?

Por que eu não devia me envolver com ela?

E por que… eu não consigo escutar a voz dela direito?

— Gray-sama! — exclamou Juvia, com sua voz distante e se aproximando de mim como se eu estivesse caindo no chão.

“—Pensando em mim, Gray-sama?” — e isso foi a última coisa que se passou pela minha cabeça antes de tudo escurecer.

. . .

Esse assassino está atrás de meu filho! Eu não posso deixar ele assim! — escutei de longe a voz de meu pai, possivelmente ele estava falando de mim.

Fullbuster, o filha da mãe não está tentando nada contra seu filho. Não por agora e devemos deixar assim — escuto a voz do chefe do meu pai.

Mas… — meu pai já estava irritado.

Juvia acha que o assassino está mandando uma mensagem — pude escutar a voz de Juvia. Todas as vozes estavam distantes, mas depois de ouvir a voz de Juvia fui abrindo os olhos e fui piscando para ver se minha visão parava de ficar embaçada.

— Como? — agora eu já podia ouvir as vozes mais presentes.

— Juvia acha que se ele está atrás de Gray é pra te atingir. Juvia acha melhor Silver-san deixar a investigação parada por enquanto.

— C-C-Como? — meu pai deveria estar ficando mais irritado

— Ela tem razão, Silver. Como amigo eu lhe aconselho a ficar parado e ver o que ele faz.

— E meus filhos, Igneel?!

— Se ele quer te atingir é porque sabe que você está perto de descobrir seu paradeiro.

— Okay — suspirou vencido

Talvez não totalmente…

Eles não haviam visto que eu acordei, ainda bem não estou com saco para ouvir as típicas perguntas: “Você está bem?”, “O que aconteceu?” e entre outras.

Assim que eles foram, Juvia se aproximou de mim e colocou seu rosto perigosamente perto do meu, ah como eu queria beijar ela agora. Eu conseguia sentir sua respiração, os lábios dela nos meus e algumas pontas de seu cabelo em meu rosto.

— Juvia sabe que você está acordado, Gray… — mexeu sua boca para um lado e para o outro lentamente — sama

— Ju-Ju-Juvia — me amaldiçoei por ter gaguejado

— Gray… — murmurou e me beijou calmamente, mas eu não queria a calma.

Eu queria ela de quatro para mim agora!

Maldita dor de cabeça!

Ela riu fraquinho.

— Humm, querido Gray, — começou, logo ela me olhou nos olhos, encantadores aqueles olhos azuis…

Até mudarem para o vermelho sangue.

Sua boca era tentadora, os dentes brancos e alinhados

Até as presas crescerem.

Sua voz era doce e delicada, hora sensual, mas agora…

Cortante e desafiadora.

Suas expressões fofas e delicadas, hora sensuais como se quisesse me provocar, porém agora…

Debochada e desafiadora, como se eu fosse só uma peça inútil de xadrez.

— Conte para alguém o que está vendo agora e eu irei te matar — ameaçou, engoli em seco, ela não era uma boa garota?

— Vo-Vo-Você não…

— Sim… não sou uma boa garota — respondeu minha pergunta não feita — Já viu como eu deixo os corpos que seu pai encontra? — neguei nervoso — Ótimo, não queria que você recebesse spoiler de como ele vai te achar se contar pra ele que eu sou o serial killer.

— O que?! — me levantei rapidamente e ela se sentou no meu membro.

— Ele estava perto de me achar então eu tive que dar um perdido — disse como se fosse óbvio — Eu estou aqui pelo Jellal, queria ver se ele achou alguém que preste. Sabe eu não gosto muito de vocês humanos, mesmo que Misaki e minha tia tenha dado continuação a minha família.

Eu estava trêmulo, a mesma continuava com os olhos rubros e as presas consideravelmente… grandes.

— O que… o que… o que é você?

Helloou! Nunca leu, viu ou assistiu sobre vampiros?! Tsc! Pensem que você fosse ao menos um pouco inteligente — falou com deboche — Agora continuando… Eu gosto do Jellal… e ver como aquele moleque é burro…

— E como… — interrompi

—…em conseguir namoradas, achei que quebrar o braço por ela a fizesse valer a pena. E eu amo Halloween, eu tinha que estar na festa da minha antiga universidade, né?

— Universidade?

— Sim… Em 1864 a Fairy Tail era uma universidade, eu havia me formado quando o Gajeel me transformou.

— Ga-Gajeel?

— Sim, eu moro com ele na Rússia. — senti uma pontada de ciúmes — O mesmo continua bem fiel a Levy. Como eu amo ver aquela anã com raiva — sorriu — Bom tenho que ir.

Se levantou e quando aproximou seu rosto novamente no meu, os olhos e as presas tinham voltado a sua naturalidade.

— Normalmente eu apago a memória de vocês, mas acho que captou o recado — riu — Não conte a ninguém o que viu, certo?

— H-H-Hai — assenti

E ela foi embora deixando o seguinte bilhete em cima das minhas pernas.

“Ou você e sua irmã morrem”

§§

Fairy Tail, 31 de Outubro – 21h00

Eu estava na festa bebendo depois de pegar uma morena com olhos roxos, não lembro do seu nome. Como a festa não é da escola, Cana teve a permição de encher a festa com bebidas alcoólicas, até alguns dos professores — Scorpio, Aquarius e Taurus — ajudaram nesse tópico, e até Erza estava nessa festa (depois de muita insistência do Jellal).

Desde aquele dia que eu desmaiei as mortes pararam e eu não vi mais Juvia.

Não até agora.

Tocava música eletrônica e a luz brilhava de diversas cores, os alunos dançavam e bebiam, outros estavam chegando, havia uma banda no palco, mas por hora eles não cantariam.

A música parou quando Jellal apareceu no palco e pegou o microfone, eu olhei ao redor procurando por Erza, até ver ela na arquibancada conversando com Cana.

— Er… Bom, espero que estejam se divertindo e que não contem a nenhum dedo-duro — alguns riram — Bem, estou aqui interrompendo a continuação de umas das minhas músicas favoritas — pude escutar Erza rir baixinho, eu estava perto da arquibancada, então nada melhor ver se ele vai ter algumas chance — e mega nervoso, mas eu tenho que me desculpar com a minha namorada —

Erza parou de rir enquanto conversava com Cana e olhou fixamente para o palco, outras meninas soltaram exclamações por conta do gesto e outras reclamaram sobre ter concorrente, reviro os olhos e volto a atenção para Jellal .

— Erza, me desculpa, eu sou um idiota. E sei que você tinha muitas coisas para fazer hoje, mas eu tinha que arranjar um jeito de me desculpar sem que eu amarelasse na hora — olhou para baixo sorrindo nervoso e a luz foi de encontro a ruiva e todos se viraram para vê-la — Então…senhorita Scalet, você desculpa esse grande idiota que nunca ficou tão feliz por quebrar um braço?

Todos aplaudiram e começaram a gritar a favor de Jellal para a ruiva o perdoar e logo Scorpio tomou a voz:

— EAE, TITÂNIA?! PERDOA ESSE MANÉ DE CABELO AZUL? — gritou e eu não pude deixar de rir

— SEM ELE EU NÃO VIVO MAIS, SCORPIO-KUN! — Jellal ficou surpreso e atônico e todos aplaudiram os dizeres da ruiva, até mesmo eu. Minha irmã riu para o azulado e foi em direção ao palco, quando chegou abraçou o pescoço dele com os braços. E continuou — Agora, por favor, faça-me não me arrepender depois.

Os alunos começaram a gritar e Jellal atendeu o pedido dela a beijando como se estivesse em um cinema. Gritaram mais alto ainda, e pude ouvir a exclamação de Erza ao ver o professor Scorpio pegando o microfone.

— AH, MAIS EU DAVA!

Ri, e o sensei começou a falar.

— Muito lindo, muito tocante. — Fez expressões debochadas — Mas chega disso que eu quero escutar minhas músicas, baby! PSYCHO KILLER, SEUS PUTOS!

Os alunos gritaram e a música começou, comecei a andar pelo ginásio sem ter nada demais para fazer aqui. Logo, vi a cabeleira azulada de Juvia, fui atrás me escondendo na multidão para ela não perceber que eu a seguia.

— Inútil… — pensei, ou pensei que tinha falado. Afinal, ela já estava atrás de mim sussurrando em meu ouvido. Tomei um susto e me virei dando de frente com a azulada. — Por que me segue?

— Eu.. er… — tentei formar uma resposta, mas acabei trombando com alguém com os passos que eu recuava. Suspirei, ela sendo vampira ou o caralho que for eu só quero sexo. — Me siga.

Pedi e ela assentiu me seguindo até a sala onde guardavam as bolas de basquete ou vôlei. Me virei para ela e a beijei com todo o desejo que eu sentia por ela, ela deu um pulo para mim a pegar no colo. A peguei e a prensei na parede sem pudor, comecei a tirar a blusa que ela estava usando quando ela me ficou de pé e o empurrou.

— Até que você beija bem, Fullbuster — me elogiou e sorri de canto — Mas eu não quero transar com você no momento.

Meu sorriso se desfez.

— Como? Eu sou o mais gostoso daqui! E você me deve pelas quantas vezes me ameaçou!

— Você? — riu debochada

— Eu sou o melhor cara que você vai pegar aqui, Lockser!—acho que eu não devia ter dito isso.

— Você o melhor cara que tem aqui na festa? — assenti, e ela se aproximou e colocando a mão em um lugar onde não deveria naquele momento, mordi o lábio inferior. Ela aproximou o rosto até roçar nossas bocas e sussurrou — Quem disse que eu também não prefiro mulheres?

E saiu.


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Notas finais do capítulo

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