Doces Conflitos escrita por Safferena


Capítulo 22
Capítulo 23 - Bruxa má


Notas iniciais do capítulo

Olá, meus caros. Quanto tempo, né nom? * se esquiva de um machado * Vamos com calma, amores. Não vamos partir pra violência, somos todos da paz. Heheh
Eu sei que faz 7 fucking meses que não atualizo a fanfic, me perdoem por isso. Eu agradeço do fundo do meu coração as mensagens que me mandaram, me incentivando/ameaçando a continuar a fic, pois vocês sabem que eu estou bem desanimada com ela. Por que? Porque ela não está como eu queria, parece que está faltando algo. Sei lá, não está do meu total agrado. E também estou sem um pinguinho sequer de criatividade. Escrevi esse capítulo na luta, por vocês. Pois fazia tempo que não postava nada. Mas acalmem os coraçãozinhos, eu não irei abandonar a fic! Posso demorar a atualizar, mas não abandonar. Quero agradecer também aos comentários e favoritos, nossa isso me ajudou muito e não estou falando da boca pra fora! Irei atualizar a fic com mais frequência, e agora é de verdade.
Bem, já falei demais. Vamos ao que interessa! Boa leitura.
Até as notas finais



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/655782/chapter/22

 

Acordo-me com o sol em meu rosto. Esfrego meus olhos e me espreguiço, jogo as cobertas para o lado e me preparo para me levantar. Mas um braço se enrosca em minha cintura me puxando para a cama novamente. 

— Acordada tão cedo? – pergunta enquanto passa seu nariz em meu pescoço. – Fica mais um pouco.

—  Tenho coisas para fazer – respondo enquanto me levanto de novo – Não posso fazer nada se você é um desocupado. 

Ele solta uma risada e larga minha cintura. 

— Hoje é sábado. Tenho o dia de folga. 

— Que bom para você. – pego sua camiseta no chão para eu vestir, mas a largo um segundo depois. Decido ir para o banheiro assim mesmo. 

Levanto e me dirijo para o banheiro, ciente que ele olhava cada centímetro do meu corpo nu. Rio internamente. 

De mais uma última olhada nessa perfeição, pois vai ser a última vez. 

Fecho a porta do banheiro e ligo o chuveiro.  Termino o banho e me enrolo na toalha. Paro na frente do espelho e encaro o meu reflexo. Meus cabelos voltaram a ser pretos,  e estava na altura da minha cintura, minha pele estava mais clara e lisa, graças aos cosméticos que eu usava da Inari. Meus lábios fartos estavam vermelhos e meus olhos de um azul cobalto. Eu tinha mudado durante esses meses que vim para o Japão, eu estava com a aparência mais madura. E eu não tinha nenhum detalhe que lembrasse minha mãe. Eu era totalmente diferente dela. Enquanto ela tinha cabelos castanhos ruivos, olhos castanhos esverdeados, baixa e delicada. Ela emitia um ar inocente e gentil. Parecia uma boneca de porcelana. Eu era o oposto, alta, curvilínea, olhos azuis e cabelos pretos, e emitia um ar de sarcasmo e indiferença, quase hostil. 

Ninguém acreditava quando falávamos que éramos mãe e filha. Ela podia passar por minha amiga, já que sua aparência não demostrava sua idade. Acho que eu herdei mais do meu pai do que eu gostaria. Mamãe sempre murmurava inconscientemente que eu era parecida com ele, que minha personalidade era igual a dele. Mas não falava da minha aparência, acho que deve ser difícil para ela olhar pra mim e se lembrar do cretino que a abandonou com uma criança.

Balanço minha cabeça para despertar dos meus devaneios. Saio do banheiro e começo a catar minha roupa que estava espalhada pelo chão do quarto e começo a me vestir. Depois pego minha bolsa e tiro minha escova de cabelo e começo a pentear meus cabelos na frente do espelho. Enquanto me arrumo ele fica me observando ainda deitado na cama. Sinto seus olhos seguirem cada movimento meu. Quando estou quase terminado de passar o rímel, ele sai da cama e me abraça por trás e apoia seu queixo na curva do meu pescoço e me encara pelo espelho. 

— Você é linda. – diz depois de um segundo. 

— Eu sei. – falo indiferente e começo a guarda meus pertences na bolsa.

Me desvencilho dos seus braços e me dirijo para fora do quarto. 

— Quando vamos sair de novo? – Pergunta. 

Lanço um olhar de ironia para ele. 

— Quando vamos transar de novo? – reformula a pergunta e me lança um sorriso safado.

Me limito ao um sorriso de escárnio e dou as costas para ele. 

***

Saio do metrô e passo em uma cafeteria. Faço meu pedido e sento em umas das mesas ao lado da janela e espero meu pedido. Tiro meu celular de dentro da bolsa quando ele começa a tocar. 

— Alô? – atendo a chamada. 

— Ah, você me atendeu! – exclama Ukyo aliviado. 

— O que houve? 

— Nada. Você está aonde? – pergunta e ouço alguns barulhos de talheres no fundo. 

— Em uma cafeteria aqui do centro. 

— Você poderia ir buscar o Wataru para mim, por favor? Estou ocupado agora e o Masaomi está de plantão. E ninguém mais está em casa.

— Posso, claro. Onde ele está?

— Na casa de um amigo dele. Obrigado! – Ele me passa o endereço e desliga. 

Guardo meu celular na bolsa novamente. 

— Aqui está seu café, senhorita. – diz a atendente e coloca meu café na mesa.

— Obrigada. – digo e ela sai.

Pego meu café e saio da cafeteria. 

Natsume Pov's 

— Ok. Entendi. – respondo e encerro a ligação. 

— Ei, Natsume. – Yuki me chama. – Soube que a reunião foi cancelada? 

— Sim. Acabaram de me ligar para avisar. – respondo e saímos da sala de reuniões.

— Está livre hoje? – balanço a cabeça que sim - Vamos sair para beber? 

— Beber à esse hora do dia? Não está muito cedo? 

— Já é 10hrs! 

— Vamos! – digo com uma risada. 

Paramos em frente ao elevador. 

— Sr. Yuki. – uma secretária chama meu amigo. 

Ela para em nossa frente e faz uma reverência. 

— Sim? – responde meio receoso. 

— A diretora o chama na sala dela agora. 

— Já estou indo. – Ela se curva e vai embora. 

— Agora? Mas o que ela quer dessa vez?! – ele fala contrariado.

— Ela anda pegando no seu pé nesses últimos dias. – solto uma risada.

— Aquela mulher é louca. Não me deixa em paz por um momento. – ele me olha meio aborrecido – Vamos ter que sair uma outra hora. 

— Está bem. Faz as coisas certo dessa vez. – digo e o ouço me xingar. Solto uma risada. 

Saio da empresa e passo em frente a cafeteria que tem ali perto. Uma moça esbarra em mim quando sai apressada da cafeteria.

— Oh, desculpe-me! – exclama assustada. 

— Está tudo bem. – respondo. 

Ela se abaixa para pegar a minha pasta que tinha caído. Ao se levantar eu vejo seu rosto. 

— Bella! – exclamo surpreso. 

— Ah. Oi. 

— O que está fazendo aqui? 

— Comprando café. – ela me olha como se fosse óbvio. 

Eu reviro os olhos. 

— Tinha esquecido da sua personalidade desagradável. 

— Fico feliz em fazer relembrá-lo. – ela ajeita o cabelo – Bom, eu tenho um compromisso agora. Até outra hora. 

Ela me dá as costas. Fico olhando ela se distanciar, tendo uma briga interna de deixar ela ir ou não. 

Bem, nunca penso com razão quando se trata da Bella.  

— Posso lhe perguntar qual o grau de importância desse compromisso que fez você me deixar sozinho? – pergunto quando a alcanço.

— Tenho que buscar o Wataru na casa de um amigo dele. 

— Garoto de sorte. Nunca pensei que sentiria inveja do meu irmão caçula. 

Bella dá uma risada. 

— Você não tem nenhum compromisso hoje? 

— Não. Estou com o dia livre, então vou ir junto com você buscar o Wataru. Posso?

— Claro. 

 Vamos até onde meu carro estava estacionado. Bella me passa o endereço do amigo do Wataru.  

— Você anda bem pensativa ultimamente. Houve algum problema? – pergunto depois de um tempo em silêncio.

— Nem eu sei explicar o porquê de eu estar assim. – responde. 

— Parece que você está incomodada com algo.

— Minha mãe parece que está escondendo algo de mim. – ela desabafa. 

— Por que ela agiria assim?

— Sei lá. Ela está muito estranha, quase não liga pra mim, e suas conversas são sempre evasivas. 

— Ela deve estar ocupada com o trabalho. – digo e a vejo suspirar – Falo por experiência própria, minha mãe também é assim. 

— Eu tenho que arranjar alguma coisa, um emprego. Tenho muito tempo livre. 

— Não acho que agora seja a hora certa para você encontrar um emprego. 

Bella me olha confusa. 

— Por que não?

— Você deve focar sua atenção nos estudos – explico – Tens que estudar para o vestibular. 

— Ah, isso. – Ela faz um gesto de desdém com a mão. – Eu não sou a aluna número um, mas estou na média. Minhas notas estão boas. E eu quero arranjar um emprego. 

— Se você diz. – dou de ombros. 

Chegamos na casa do amigo de Wataru. Logo que o pequeno vê a Bella, ele se joga nela e não solta mais sua cintura. Nem fez a costumeira birra de não querer ir embora. 

— Quem vê isso, pensa que não nos vimos a um bom tempo – fala Bella em tom divertido – E não ontem a tarde. 

— Eu estava morrendo de saudades da Onee-chan. – Wataru faz manha – Eu quase não consegui dormir a noite sem as suas historias.

— Hoje eu tenho uma ótima historia para lhe contar. Dessa vez é de um menino muito corajoso e especial que conseguiu derrotar uma bruxa muito má só com suas palavras sinceras. 

— Como isso é possível? Ele não pode derrotar uma bruxa má só com palavras. – Wataru indaga curioso. 

— Mas ele conseguiu. Você vai saber como, hoje a noite. 

— Mal posso esperar. – Wataru pula de alegria. 

Bella faz carinho em seus cabelos e o olha com ternura.  É a primeira vez que a vejo demonstrar sentimentos para outra pessoa sem ser indiferença ou sarcasmo. O pirralho realmente consegue conquistar até a pessoa mais fria. Será que ele poderia me contar como conseguiu conquistar o coração dessa bruxa má?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam? Comentem meus amores, necessito saber suas opiniões!
Obrigada por não desistirem dessa fanfic. Prometo que irei escrever cada vez melhor para vocês!
Beijos de Nutella e até a próxima.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Doces Conflitos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.