Nossa Primeira Série escrita por Matthew McCarty


Capítulo 9
Primeiro Dia do Passeio!


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde!

Desculpem-me por não postar por dois dias, eu estava na casa dos meus pais - eu moro com minha vó, por causa da faculdade.

Para recompensá-los, postarei dois capítulos hoje e dois amanhã.

Boa leitura!



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A professora os mandou banhar-se pouco depois do sol se esconder atrás das colinas verdes da fazenda e isso era muito adequado, foi o que Seitarou pensou ao se desvestir no vestiário masculino. Primeiro porque todos estavam cansados: o dia começara cedo e eles caminharam pela fazenda toda, aprendendo sobre animais e sobre os afazeres, parando apenas no almoço e na hora do lanche. E segundo porque o banheiro era, na verdade, ao ar livre. Águas Termais, foi o que sua professora dissera, onde a água era quentinha mesmo estava frio. Um banho para garotos e um banho para garotas, como devia ser.

Masaki demorou-se em tirar a roupa e enrolar a toalha na cintura, como Momoi-sensei tinha ensinado antes de ir com as meninas. Não tinha nenhum complexo com seu corpo pequenino, mas, logo ao seu lado, Noa e Seitarou estavam nus e isso destacava que eram maiores do que ele. Agora que notava, todos seus amigos eram mais altos que ele. Quantos anos ele parecia ter? Quatro? Com as bochechas coradas, tirou por fim a cueca que vestia e se cobriu com a toalha.

– Waw! Gente! Este lugar é demais! - exclamou Noa, saindo pela porta corrediça. Os demais garotos o seguiram e mesmo aqueles que já tinham ido nas águas termais se surpreendeu. Era um lugar pacífico, feito sobre medida para crianças, o vapor da água se espalhando como se de um sonho se tratasse, algumas plantas deixavam o lugar mais cômodo e se olhassem para cima... O céu estrelado que em Tóquio não conseguiam ver. Não demorou para os meninos se divertirem ali: alguns com água até o pescoço, outros se banhando perto de uma parede que continha torneiras e sabão para seu uso. Kouta se encolheu, sentado nas águas quentes, até que seu queixo estivesse debaixo da água.

– Delicioso - sussurrou ele. - Agora entendo porque mamãe ficou tão feliz em seu aniversário.

– Seu pai levou ele nas águas termais? - perguntou Yoshiki, sentado numa beirada, com apenas as pernas dentro da água.

– Sim! Eles dois voltaram muito contentes e agora sei porquê - o de cabelos pretos suspirou, aproveitando da água quentinha e relaxante.

– Só não vá dormir ai, Kouta - avisou Seitarou, a água mal cobrindo seus ombros. Resultado de ser mais alto do que as crianças da sua idade eram. Sempre fora o mais alto, até conhecer Noa. Esse o superava por alguns centimetros e parecia um ou dois anos mais velho, mesmo que só tivesse cinco míseros anos.

– Hika-chin, você está bem? - perguntou Noa, quando passava perto dele. O menor olhou para ele com o rosto corado.

– Eu estou me sentindo um pouco tonto... - foi a resposta dele.

– Então saia da água! - replicou Masaki, sentado em um dos banquinhos, mais afastado do grupo. - Yoshiki, leva o Hikaru a tomar um pouco de ar fresco?

– Sim! - o de cabelos claros segurou seu amigo pelo braço e o levou para fora. Noa entrou na água e afundou nela o máximo que pôde.

– Masa-chin, a água está boa. Não vai entrar? - perguntou o mais alto.

– Não, eu prefiro tomar banho normalmente e ir dormir - claro que era mentira e claro que Noa percebeu. Então o maior se levantou, sem se importar com os olhares curiosos de seus colegas, e agarrou Masaki pelas costas.

– Não precisa ter medo, Masa-chin. Não é fundo - o pequeno se debatia, mas era inútil: Noa era bem mais forte que ele. Quando notou, já estava com a água cobrindo-lhe a boca, apenas seus cabelos vermelhos e olhos bicolores podiam ser vistos acima da água. Muito pequeno se comparado a Noa, em quem a água batia no peito. Foi Kouta quem se aproximou dele com um banquinho e levou um olhar mortal por causa disso. Mesmo irritado com o fato de ser tão pequeno, agradeceu pelo banquinho e se sentiu um pouco melhor quando a água bateu em seus ombros. Kouta, por sua vez, se afastou o máximo que pôde do ruivo e de Noa. Aquele olhar bicolor dava muito medo.

– Kouta - ouviu, antes de sentir alguém passando o braço por suas costas. - Se continuar nadando pra trás, vai bater nas pedras.

– Seitarou... Obrigado! - o de olhos verdes apenas assentiu e se afastou, aproveitando da água. Enquanto isso, Yoshiki entrava no vestiário com um copo d'água para Hikaru.

– Você devia ter dito antes que estava tonto! - reclamou o de olhos azuis escuros.

– Desculpe - o menino de olhos azuis mais claros pegou o copo e tomou um gole. -Estou me sentindo bem melhor agora. Obrigado, Yoshiki.

– Fica quieto e toma sua água - respondeu Yoshiki, coçando a nuca, sem jeito. Hikaru sabia muito bem que ele fazia isso sempre que estava envergonhado, então apenas sorriu e tomou um pouco mais de água. A professora entrou ali, sorrindo para eles e gritando dali que era hora de se vestir com yukatas e ir pro quarto, que o jantar seria servido lá. E foi nesse momento que as crianças se sentiram completamente perdidas.

– Como se coloca isso? - perguntou Noa, completamente perdido com seu yukata. Nunca tinha vestido nada daquele tipo.

– Eu não consigo amarrar meu obi! - reclamou Kouta.

– Mamãe sempre coloca meu yukata... - sussurrou Hikaru.

– Papai prefere yukatas sem mangas! - foi a afirmação de Yoshiki. E por alguns minutos, os garotos daquela sala ficaram perdidos. Como raios iriam se vestir? Estavam por chamar a professora quando notaram que Seitarou e Masaki estavam com seus yukatas perfeitamente colocados.

– Como... - perguntou um dos meninos.

– Papai gosta de ir rezar em templos, então eu e mamãe sempre vamos com ele de yukata - explicou o de olhos verdes.

– Eu gosto de me vestir sozinho - foi a explicação de Masaki. Logo, duas filas de garotos se formou na frente deles para que os yukatas fossem colocados. Dez minutos depois, a porta do dormitório se fechou e, numa longa mesa, estava o jantar: pães, doces, embutidos, chá, café, leite, biscoitos caseiros, geleias... Um jantar tipicamente camponês. Como era de se esperar, as crianças atacaram aquele banquete.

– Esses biscoitos são deliciosos! - exclamou Noa, colocando dois biscoitos de uma vez em sua pequena boca.

– Noa, tenha modos - repreendeu Seitarou, incrivelmente calmo. Embora normalmente fosse animado, ele se tornava muito sério em alguns momentos. Um deles era a hora de comer. Passou com cuidado geleia em uma torrada e logo notou o olhar encantado de Yoshiki. - O que foi?

– Isso ai parece delicioso... - o garoto estava quase babando.

– Pode pegar então - afirmou o pequeno Midorima, deixando Yoshiki mais do que feliz. Logo depois, o de cabelos claros foi para o lado de Hikaru, pedindo-lhe o pedaço de bolo que este estava comendo. O muito esperto estava pegando a comida dos outros em vez de se servir! - Yoshiki é um folgado.

– De fato ele é - confirmou Masaki, se sentando perto de Seitarou para comer. Pegou uma fatia de pão, passou geleia de morango e a levou até a boca. Masaki nunca descobrira o sabor daquilo: pouco antes de conseguir morder seu pão, um bolinho com creme atingiu seu rosto.

Desnecessário dizer que todos os meninos se calaram de imediato e ficaram olhando para o ousado bolinho deslizar cremosamente pelo rosto do ruivo. Sem abrir os olhos, Masaki pegou o guardanapo sobre suas pernas e começou a limpar seu rosto. Nem sequer uma mosca interrompeu o silêncio. Quando Masaki sorriu e abriu os olhos, um desespero recorreu o corpo do culpado.

– Quem. Foi? - pausadamente, o ruivo perguntou. Seus olhos passaram para os quase 20 meninos presentes e detectaram de imediato o responsável. - Bom, não importa - dando de ombros, Masaki dispersou a tensão no ar e voltou a falar com Seitarou. Os meninos, poucos segundos depois, voltaram a fazer a baderna de sempre. Yoshiki deu uma cotovelada nas costelas de Kouta.

– Se safou por pouco! - sussurrou o Aomine.

– Cala a boca, Yoshiki! E se ele ouvir? - o menino tremia só de imaginar.

– Ele tá longe! Ele não é um monstro... - olhos azuis escuros se fixaram no pequeno ruivo que, no outro lado da mesa, se dedicava a comer os biscoitos que Noa lhe entregava. - Ou é?

– Meu pai me contou que o pai do Masaki dava muito medo com esses olhos de cores diferentes. Ele conseguia derrubar até o grande Murasakibara sem sequer tocar nele - contou Hikaru.

– Mas o pai do Masaki é muito menor que o pai do Noa! - replicou Kouta, sem acreditar.

– Masaki também é - foi a resposta do Kagami e Kouta teve que assentir. Noa irritado era um anjo perto de Masaki irritado.

– Isso mesmo - a voz da professora os surpreendeu, especialmente quando ela se sentou pertinho dos três. - Akashi-kun sempre foi assustador, mesmo quando tinha olhos de cores iguais. Masaki puxou isso dele.

– Momoi-senpai parece saber muito sobre meu pai - comentou Masaki, do outro lado da mesa e fazendo Kouta e Yoshiki estremecerem. Então o ruivo conseguia sim ouvir daquela distância.

– Eu estudei com os pais de vocês - confessou ela e os meninos ficaram surpresos. Os seis se sentaram perto dela, enquanto comiam. - Akashi-kun era o capitão da nossa equipe de basquete, quando estudamos na Teikou. Sempre foi muito rígido e acabava castigando muito o Ki-chan e o Dai-chan, que aprontavam mesmo quando tentavam ser corretos. Midorin era calmo e muito competente, talvez por isso nunca brigaram com ele por causa de seus objetos da sorte incovenientes. Mukkun gostava muito do Akashi-kun e o obedecia sem pestanejar. Era muito preguiçoso também e vivia comendo doces. Tetsu-kun... Bom... - a professora corou e Hikaru riu.

– Mamãe me contou que você gostava dele - completou o ruivo de olhos azuis claros.

– Exato.

– Conte-nos mais, Sa-chin - pediu Noa, curioso sobre os adultos e chamando-a da maneira que ouvira seu pai chamá-la certa vez. A professora assentiu e passou quase uma hora conversando com os seis, dando risadas e lembrando de bons tempos. Mas logo chegou a hora de dormir.

– Muito bem, cada um pro seu futon - ela esperou todos se acomodarem e depois apagou a luz. - Boa noite.

Não demorou muito para a maioria pegar no sono. Mas dois garotinhos não dormiram. O menor deles se levantou, silencioso como um gato.

– Masa-chin? - chamou Noa, deitado perto dele.

– Achou mesmo que eu não me vingaria de Kouta? - perguntou o ruivo e Noa apenas sorriu. Não tinha acreditado naquilo nem de longe.

– O que vai fazer?

– Amanhã você verá, vá dormir - o mais alto assentiu e fechou os olhos, abrindo-os novamente ao ouvir Masaki voltar a se deitar. - O que houve, Noa? Não consegue dormir?

– É a primeira vez que durmo longe da minha mãe - explicou o de olhos violetas. Logo sentiu como o futon de Masaki ficava mais perto do seu e o outro se deitava, entendendo a mão e segurando a de Noa.

– Não se preocupe - disse ele. - Eu estou aqui com você.

Noa sorriu, agradecido por Masaki estar de fato ali com ele. Acalmou-se com o calor da mão do ruivo e logo adormeceu.


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Notas finais do capítulo

Essas crianças são muito fofas!

Agradeço a todos que leram este capítulo, e também aos que acompanham e comentam a fanfic.



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