Nossa Primeira Série escrita por Matthew McCarty


Capítulo 1
O encontro de Noa e Masaki


Notas iniciais do capítulo

Voltei! E desta vez com um projeto de Long-Fic. Vou me dedicar para conseguir conclui-la o antes possível -já que se eu demorar, vou entrar em Bloqueio e já era fanfic-

Tive esta ideia com as imagens do artista da capa, por isso as personalidades das crianças serão como eu imagino. Ah! E também deixo claro que nesta fanfic, a Geração dos Milagres e seus pares já são adultos, então certas coisas mudaram.

Obs: Aqueles que deram a luz às crianças são chamados de "mãe" por estes. É algo que não consigo escrever diferente, desculpem por isso.

Boa Leitura!



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Para ele, Noa Himuro, tudo naquele país era novo. Sua mãe, Himuro Tatsuya, tinha nascido ali e, pelo que sabia seu pai também era daquele lugar. Japão. Era a primeira vez que visitava esse país tão longe dos Estados Unidos, onde nascera e vivera seus primeiros cinco aninhos. Bom, na verdade, não estava ali só de visita: eles tinham se mudado há poucos dias e sua mãe decidiu leva-lo ao parque perto do apartamento deles para que o pequeno se divertisse um pouco. Ficar procurando uma escola nesse período era complicado, mas Tatsuya não queria preocupar seu pequenino, por isso passear era o uma boa distração. Para ambos.


Mal pisaram na grama verde do parque, Tatsuya começou a acenar para alguém e Noa olhou naquela direção. Um moço de cabelos castanhos e um sorriso bonito se aproximou deles.


– Himuro-san! – exclamou o moço, fazendo Noa olhar para sua mãe. Ele conhecia aquele castanho?


– Furihata-kun. Que surpresa vê-lo por aqui, pelo que me lembro você morava a algumas quadras da Seirin, que não fica aqui por perto – comentou o moreno maior abraçando o castanho.


– Me mudei há alguns anos atrás, para uma casinha aqui perto – Furihata então se agachou e sorriu para Noa, que sem perceber tinha se escondido parcialmente atrás das pernas de sua mãe. – E quem é esta criança linda?


– Furihata-kun é meu amigo da escola, bebê. Pode se apresentar – a mão do maior encorajou o garotinho a falar.


– M-Meu nome é Himuro Noa – disse ele, sorrindo logo depois ao perceber que o castanho parecia amável. – E você?


– Sou Furihata Kouki, muito prazer pequeno. Quantos aninhos você tem? – Noa olhou para sua mão e pensou um pouco antes de mostrar cinco dedinhos. – Cinco? Você é só um ano mais novo que...


O castanho se interrompeu ao ouvir uma voz familiar soar alta. Ele suspirou e sorriu amável para o pequeno, antes de se levantar e sinalizar que o seguissem. Alguns passos adiante havia uma quadra enorme, daquelas de basquete que sua mãe ás vezes jogava com ele. Nela, um grupo de crianças maiores encarava um menino ruivo que era menor do que ele, mas que parecia proteger uma garotinha que estava caída no chão.


– Vá embora. Você machucou ela de propósito – a voz do ruivo não condizia com seu tamanho.


– Ela que não sabe jogar e ficou no meu caminho – o garoto maior fazia cara de valente, mas por algum motivo não se aproximava do ruivinho.


– Se você não sabe brincar com todos, não é bem vindo aqui – o pequeno deu um passo a frente e Noa ficou surpreso ao ver o grandão recuar. – Vá embora daqui e não apareça para brincar conosco de novo.


– Eu brinco onde eu quis... – outro passo para frente e o menino grande deu mais alguns passos para trás assustado.


– Desapareça deste parque – logo após um pouco de silêncio, as demais crianças começaram a gritar e expulsar o garoto grandão dali. Ele hesitou, mas saiu correndo, com medo de acabar apanhando. Noa ainda olhava para a figura de cabelos vermelhos enquanto ele ajudava a garotinha a se levantar.


– Masaki – chamou Furihata e Noa ficou surpreso quando o pequeno ruivo olhou para ele. Com um sorriso, se despediu das outras crianças e foi até onde o castanho estava. Ao chegar perto, ficou ao lado dele, fitando ambos os Himuros com seus olhos estranhos. Um era castanho e o outro era vermelho! Noa nunca tinha visto olhos tão belos em sua vida. – Himuro-san, Noa. Este é meu filho, Masaki Furihata.


– Muito prazer – disse o ruivinho, com um sorriso contido e encantador, até focar seu olhar em Noa. Ambos ficaram se encarando por alguns segundos até o menor fazer um biquinho.


– Que foi? Eu não sou uma garota – Noa disse, sem parecer convincente. Sua aparência era, de fato, mais delicada que a de muitas meninas de sua idade e sempre achavam que ele era menina. Mesmo com roupas de garoto, seus cabelos pretos um pouco arroxeados, olhos roxos e uma pintinha bonita perto do olho esquerdo o deixavam encantador ante os olhares alheios.


– Nem sequer pensei nisso – afirmou Masaki, lançando um olhar para o castanho maior e decidindo dizer algo diferente ao que estava pensando. – Você se parece muito com Himuro-san - elogio fez ambos os morenos corarem, mas Noa sorriu abertamente. A pessoa que mais amava no mundo era a mamãe. Ser parecido com ele era algo maravilhoso para o pequenino. – Gosta de brincar no balanço?


Noa assentiu e os dois saíram correndo até os balanços. O castanho os observou correr e, quando já estavam brincando e não conseguiam ouviu suas palavras, olhou para Himuro.


– Foi por isso que desapareceu?


– Essa era minha pergunta, Furihata. Masaki...


– Sim, é filho de Akashi – sem rodeios, o castanho contou logo o que o moreno queria saber, sentando-se num banco ali perto. – Antes que pergunte, não. Akashi não sabe da existência de Masaki... Provavelmente nem da minha ele se lembre.


– Furihata... – Himuro não soube como continuar. Pelo visto, a relação de ambos foi superficial para o ruivo e por isso Furihata parecia sentir dor ao falar sobre ele.


– Não se preocupe. Masaki é meu tudo agora, não preciso de nada além do sorriso do meu pequeno para ser feliz. Você entende isso, não é? – o castanho não precisava de palavras que confirmassem: Noa era filho de Murasakibara, seus olhos roxos e sua altura incomum para um pequeno de cinco anos eram provas suficientes. Masaki também percebera aquilo, já que conhecia o arroxeado e fizera bem em não comentar sobre. Himuro agradeceu com um sorriso que o outro não fizera mais perguntas, então a partir dali ambos começaram a conversar de coisas banais e de seus filhos.


Enquanto isso, Masaki e Noa também conversavam.


– Furihata-kun é seu pai? – perguntou Noa, enquanto empurrava o balanço para Masaki.


– Não, ele é minha mãe. E Himuro-san?


– Mamãe também. A gente se mudou pro Japão esses dias – contou o moreno, parando de empurrar e indo para o balanço ao lado.


– Por isso nunca te vi aqui. Onde você morava?


– Estados Unidos.


– Que legal! Quando eu crescer, quero conhecer lá!


– Ne, Masaki.


– Sim?


– Você tem papai? – os olhos roxos estavam fixos no chão quando ele perguntou isso e Masaki parou seu balanço.


– Não – confessou este, sorrindo. – Mamãe já quis me dizer sobre ele, mas eu não quero saber.


– Não quer saber? – Noa olhou surpreso para o ruivo.


– Eu amo minha mamãe. E ele me ama também. Ele canta pra que eu durma e faz minhas comidas favoritas quando me comporto bem. Brinca comigo e me ensina muitas coisas. Me abraça se tenho medo e me leva para brincar com as crianças do trabalho dele – Masaki sorriu daquele jeito bonito de novo. – Eu gostaria de ter um papai, mas não fico triste por não ter. Eu sou muito feliz com a mamãe e mamãe é muito feliz comigo. É suficiente pra mim. Você não se sente assim?


Noa pensou um pouquinho mais antes de sorrir. Era verdade. Mamãe sempre cuidara dele tão bem e o amava tanto. Agora que parava para pensar, nunca tinha de fato precisado de um papai.


– Mamãe é suficiente.


– Mamãe é muito mais que suficiente – ambos se olharam e riram, saindo do balanço e correndo até a gangorra. Ao longe, sem que nenhum dos quatro percebesse, um carro preto dava partida depois de vários minutos parado na frente de uma loja de conveniência. Os olhos heterocromáticos se voltaram para seu celular e enviaram uma mensagem rápida.


Atsushi, depois do trabalho venha até minha casa”.


Após receber um simples “Ok” de resposta, o ruivo fez um sinal para o motorista dirigir. Com o carro em movimento, mais uma mensagem foi enviada, mas não para seu amigo arroxeado.


Himuro Tatsuya, Furihata Kouki e as duas crianças. Os quero em minha casa as sete em ponto”. Apenas alguns segundos depois, a resposta foi recebida.


Sim, Akashi-sama”.


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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram? Vou postar o próximo capítulo assim que terminar de escrevê-lo. Obrigado por lerem!



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