Supernatural: Segunda Temporada escrita por Mabel_Cullen


Capítulo 5
Capítulo 5: Simon Disse


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!!! Aproveitem...^.^



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De manhã, pela rua, um homem negro, de cabelos grisalhos e paletó anda calmamente com um sorriso estampado no rosto.

- Oi doutor. – cumprimentam as pessoas que passam ao seu lado. Seu celular toca, ele pára de andar e atende.

- Alô? – diz ele. – Sim.

De repente sua expressão muda, fica séria. Imagens vem em sua mente. Imagens de que ele vai matar alguém.

- Está bem. – continua ele e desliga o celular em seguida. Um ônibus com o nome Blue Ridge passa na rua ao seu lado. O doutor o olha por um instante, o sorriso volta em seu rosto e ele recomeça a andar. Ele entra em uma loja de armas. O vendedor, um homem de cabelos castanhos, calvo lê uma revista.

- Boa tarde, Dennis. – diz ele ao vendedor.

- Olá, doutor. – diz o homem.

- Eu gostaria de ver uma arma. – diz ele.

- Ah, tá. – diz Dennis sem acreditar. O doutor o encara. – Sério?

Ele confirma com a cabeça. O vendedor vai para trás do balcão, onde estão as armas.

- Aquela. – diz o doutor apontando para a igual das imagens em sua cabeça.

- Está bem. – diz Dennis e a pega. – Esta é para caçar Peru. Calibre doze. Ação Explosiva. Não deixa nenhum peru para trás se você quer saber.

- Que tipo de munição ela usa? – pergunta o doutor enquanto dá uma boa olhada na arma em sua mão. Dennis pega uma caixinha cheia de balas.

- Essas aqui. – diz ele mostrando-a ao doutor. – Eu levarei as crianças para a cabana nesse fim de semana. Se você acha que vai pegar gosto pelo esporte...

O doutor coloca algumas balas na arma e dá um sorriso para o vendedor.

- Dennis, não. – diz ele. – Você sabe que armas me deixam nervoso. Sempre me deixaram.

Dennis dá um sorriso para ele e em seguida o doutor destrava a arma.

- Uou, doutor. Você não pode carregar uma arma na loja. – diz Dennis surpreso. As pessoas na loja olham para eles. – É ilegal.

- Está tudo bem, Dennis. – diz ele com um sorriso. – Tudo ficará... Bem.

Em seguida ele aponta a arma para o vendedor.

- Doutor! – grita Dennis, mas ele atira e o vendedor cai morto no chão com sangue espirrando na parede atrás.

- Meu Deus! – gritam as pessoas na loja, assustadas.

- Não... Não. – começa o doutor calmamente. – Está tudo bem. Tudo bem. Tudo ficará... Bem

Em seguida ele põe a arma em seu próprio queixo e atira. Sangue é espirrado para cima, junto com seus miolos estourados.

...

Em um hotel, longe dali, Jane e Sam se beijam na cama, quando têm juntos a visão dessas duas mortes. Os dois afastam seus lábios e se olham assustados. Em seguida, Dean entra no quarto e vê suas expressões.

- O que foi? – pergunta Dean. – O que aconteceu?

- Vamos arrumar nossas coisas. – diz Jane se levantando e pegando sua mala. – Explicamos no caminho.

Sam concorda com a cabeça e também arruma suas coisas. Os três põem pé na estrada. Sam e Jane explicam a visão que tiveram a Dean.

- Eu não sei. – diz este último depois que eles terminam. – Vamos esfriar a cabeça e pensar nisso.

Sam desliga o rádio.

- O que há para pensar? – pergunta ele.

- Ainda não sei se ir na Roadhouse é a melhor idéia. – responde Dean.

- Dean, foi outra premonição, nós sabemos. – diz Jane. – Mas eu, por algum motivo,  não pude identificar aonde que vai acontecer e Ash pode nos ajudar.

- É, mas... – começa Dean.

- E pode ter conexão com o demônio. – diz Sam. – Minhas visões sempre tem.

- Esse é o meu ponto. – diz Dean. – Haverá caçadores lá. Não sei se chegar lá e anunciar que você é uma aberração sobrenatural, com uma conexão com o demônio é a melhor coisa, ok?

- Agora eu sou uma aberração? – pergunta Sam nervoso.

- Você sempre foi uma aberração. – diz Dean batendo na perna do irmão com um sorriso. Sam dá um sorriso sarcástico.

...

No bar Roadhouse, Helena joga em um fliperama contra um caminhoneiro.

- Caramba, moça. – diz ele depois que ela acerta todos os alvos. – Esse era o dinheiro para o meu quarto.

- Acho que terá que dormir no caminhão essa noite. – diz Helena pegando a grana dele com um sorriso e em seguida se afastando.

- Melhor checar o ranking dela antes de apostar. – diz Helen se aproximando do caminhoneiro. Este vê que Helena é a primeira colocada no ranking do jogo. – Foi enganado, não é?

Em seguida, Dean, Jane e Sam entram no bar. Eles se deparam de cara com Helena.

- Não consegue ficar longe, não é? – pergunta Helena a Dean com um sorriso.

- É, é o que parece. – responde ele com outro. – Como vão as coisas?

- Onde está o Ash? – pergunta Jane a ela.

- No quarto dele, nos fundos. – responde Helena. Jane e Sam vão até lá enquantoDean conversa com ela. – E eu estou bem... Obrigada.

- Desculpe, estamos meio que em cima da hora. – diz Dean. Helena concorda com a cabeça. Em seguida ele vai atrás dos outros dois.

Jane bate na porta do quarto de Ash.

- Ash! – chama ela. Ele não responde. – Ash?!

- Ei, Ash! – chama Sam também. Dean se aproxima e bate na porta com mais força.

- Ei, doutor fodão. – chama ele. Em seguida, Ash abre uma fresta da porta completamente pelado. De seu quarto sai uma luz brilhante. Os três olham para o outro lado rapidamente.

- Sam... Dean... Jane? – pergunta Ash com cara de quem acabou de acordar. – Sam, Dean e Jane!

- Ei, Ash. – diz Sam ainda sem olhá-lo. – Precisamos da sua ajuda.

- Aguentem aí. – diz ele e dá um sorriso. – Acho que precisarei da minha calça.

Depois de se vestir, Ash vai até eles com seu laptop.

- Procura alguma coisa relacionada com Blue Ridge. – diz Jane. Ash começa a pesquisar.

- É o logotipo de uma compania de ônibus. – diz ele em seguida. – Em Guthrie, Oklahoma.

- Por favor, procure em Guthrie por sinais de demônios, agouros ou coisas assim. – pede Sam.

- Vocês acham que o demônio está lá? – pergunta Ash.

- Talvez. – responde Jane.

- Porque vocês acham isso? – pergunta Ash pesquisando.

- Apenas procure, está bem? – pede Sam.

- Nada... Nenhum demônio. – diz Ash não encontrando nada.

- Certo. – diz Sam. – Então tente outra coisa para mim. Procure por uma casa incendiada em 1983. O incêndio teria origem no quarto de um bebê, no dia que ele faria 6 meses.

Ash o encara por um instante. Helena e Dean também.

- Certo, isso é muito estranho. – diz Ash. – Porque diabos eu estou procurando por isso?

- Porque há uma Pabst Blue Ribbon para você. – diz Jane colocando uma garrafa de cerveja na mesa à sua frente.

- Me dêem 15 minutos. – pede ele com um sorriso.

Enquanto Ash pesquisa, Dean vai tomar uma cerveja sentado no balcão. Helena coloca uma música calma no rádio do bar. Ele a olha enquanto ela limpa alguns copos.

- O que? – pergunta ela o olhando agora.

- REO Speedwagon? – pergunta Dean sobre a música.

- Sim. – concorda Helena. – Kevin Cronin canta com o coração.

- Ele canta com o cabelo, há uma diferença. – diz Dean. Helena revira os olhos.

- Aquele perfil  que vocês pediram para o Ash procurar... – começa ela. - Sua mãe morreu do mesmo jeito, não é? Um incêndio no berçário do Sam.

- Olha, isso é meio que uma coisa de família. – diz Dean.

- Eu posso ajudar. – diz Helena.

- Tenho certeza que pode. – diz Dean com um sorriso. – Mas temos que resolver isso sozinhos.

Helena olha para os lados decepcionada.

- Além disso, seu eu fugisse com você, sua mãe me mataria. – continua ele. Helen os olha e Dean lhe dá um sorriso.

- Está com medo da minha mãe? – pergunta Helena.

- Acho que sim. – responde Dean. Helena dá um sorriso.

- Odeio interromper vocês. – diz Jane se aproximando. – Mas... Achamos algo Dean... Temos que ir.

- Certo. – diz Dean olhando Helena. – Te vejo depois.

Em seguida, eles saem do bar. Helena os olha partir.

- And even as I wonder, I’m keeping  you in sight. – canta Dean enquanto dirige. Sam e Jane se olham surpresos. – You’re a candle in the window on a cold dark winter’s night. And I’m getting closer than I ever thought I might.

- Você está brincando, não é? – pergunta Sam. Jane dá um sorriso. Dean os olha.

- Ouvi a música em algum lugar e acho que ela ficou na cabeça. – explica ele envergonhado. – Não sei... O que vocês conseguiram com o Ash?

- Andrew Gallagher. – diz Jane. – Nascido em 83, como eu e o Sam. Perdeu sua mãe em um incêndio no berçário, exatamente seis meses depois.

- Vocês acham que foi o mesmo demônio? – pergunta Dean.

- Parece que sim. – responde Sam.

- Como vocês sabem que tem algo a ver com esse cara? – pergunta Dean.

- Todas as premonições que o Sam teve, não foram sobre o demônio. – começa Jane. – Foram sobre as crianças que o demônio visitou.

- É. – concorda ele. – Como o Max Miller, lembram dele?

- É, mas o Max era um psicopata. – diz Dean.

- Mas ele mata pessoas e o Sam tinha o mesmo tipo de premonição com ele. – diz Jane. – Agora pode estar acontecendo tudo de novo com esse tal Andrew.

- Como o acharemos? – pergunta Dean. Sam olha para Jane.

- Eu não consigo rastreá-lo com meus poderes. – diz ela. – Já tentei. Ele com certeza não quer ser encontrado. Mas se eu o vir, saberei que é ele.

- Sem endereço, nem emprego fixo. – diz Sam. – Ainda está devendo suas contas, telefone, cartões de crédito.

- E os cobradores das taxas das agências? – pergunta Dean.

- Não consta o sistema. – responde Sam.

- Deixaram ele sair andando? – pergunta Dean surpreso.

- Parece que sim. – diz Jane.

- Mas... Tem um endereço de trabalho de uma empresa de consultoria de cerca de um ano atrás. – diz Sam.

- Vamos começar por lá, então. – diz Dean e acelera o carro.

...

No dia seguinte, na empresa de consultoria, uma mulher serve café a eles.

- Vocês não vão conseguir nada do Andy. – diz ela aos três. – Desculpe, mas eles nunca conseguiram.

- Eles? – pergunta Sam.

- Vocês são cobradores, não são? – pergunta a mulher. – De vez em quando aparecem. Eu não sei o que o Andy diz, mas eles nunca voltam.

- Na verdade, somos advogados. – diz Dean. – representamos sua tia-avó Lita. Ela faleceu. Que Deus tenha sua alma.

- Ela deixou para o Andy uma fazenda de tamanho considerável. – continua Jane.

- Você é amiga dele? – pergunta Sam.

- Eu era sim. – responde a mulher. – Não vejo mais o Andy.

- Andy? – pergunta um rapaz sentando na mesa com eles, animado. – Andy é o cara.

- Mesmo? – pergunta Jane.

- Andy pode conseguir o que você quiser. – continua o rapaz. – Ele até me conseguiu um passe para os bastidores do Aerosmith uma vez... Foi lindo.

- Que tal você ir arrumar outra mesa, Webber? – pergunta a mulher.

- Claro, claro. – diz o rapaz e sai da mesa com as xícaras de café já vazias.

- Olha. – continua a mulher. – Se vocês querem encontrá-lo, tentem a Rua Orchard. Procurem uma van com uma rainha bárbara pintada na lateral.

- Rainha Bárbara? – pergunta Dean.

- Ela está cavalgando num urso polar... Difícil não notar. – diz ela.

Um tempo depois na Rua Orchard, eles encontram a van que a mulher descreveu. Esperam dentro do carro.

- Desculpem, mas estou começando a gostar desse cara. – diz Dean amando o desenho. – Aquela van é show.

Jane e Sam o olham.

- O que foi? – pergunta Dean.

- Nada. – respondem os dois juntos.

- Vocês estão com cara de quem chupou limão. – diz Dean. – O que foi?

- Esse Andrew... É o segundo cara que achamos. – diz Sam. – O demônio veio atrás deles quando eram crianças e agora estão matando pessoas.

- Você não sabe como esse Andrew é, está bem? – diz Dean. – Ele pode ser inocente.

- Dean, as visões do Sam não se enganaram ainda. – diz Jane.

- Qual o ponto? – pergunta ele.

- Nosso ponto é... Eu e a Jane somos iguais a eles. – diz Sam.

- Não... Não são. – diz Dean rapidamente.

- Dean, o demônio disse que tem planos para mim e crianças como eu e Sam. – diz Jane.

- Talvez esse seja o plano dele. – diz Sam. – Afinal, somos aberrações com poderes sobrenaturais. Talvez nós apenas sejamos...

- O que? – pergunta Dean nervoso. – Assassinos?

- É. – concorda Sam. Jane olha para suas próprias mãos.

- Então o demônio quer que vocês saiam matando com seus poderes? – pergunta Dean. – É isso?

Sam não responde.

- Dá um tempo. – diz Dean. – Vocês não são assassinos, Sam. Vocês não têm esse instinto.

- Não? – pergunta Jane. – Você não se lembra o que eu fiz com aquele vampiro? Eu o matei a sangue frio. Eu me senti muito forte fazendo aquilo.

- Você só fez aquilo para nos proteger. – diz Dean. – Só... Vocês não são assassinos e pronto.

- Da última vez que eu notei eu matei todo o tipo de coisa. – diz Sam.

- Elas estavam pedindo para morrer. – continua Dean impaciente. – Tem uma diferença.

Ele olha para os lados desconfortável com o assunto. Sam olha para o chão e Jane se vira rapidamente para o apartamento de Andrew. Este sai pela porta no momento seguinte.

- O pegamos. – diz ela. Sam e Dean olham para Andrew, que acena para uma garota só de roupão na janela. Os três se olham desconfiados. Em seguida, o rapaz começa a falar com um cara qualquer na rua que lhe dá seu copo de café sem nada em troca. Ele dá um sorriso e recomeça a andar, cumprimentando outro homem que passa ao seu lado.

- Jane. – diz Sam olhando bem para o homem com Andrew. – É ele. Aquele cara mais velho. É ele que vai atirar.

- Eu sei. – diz ela também olhando para o doutor.

- Vocês dois o seguem... Eu vou atrás do Andy. – diz Dean. Sam sai do carro.

- Tem certeza? – pergunta Jane.

- Eu vou ficar bem, se é isso que você quer saber. – diz Dean com um sorriso. Jane revira os olhos com um sorriso e sai do carro em seguida.

Ela e Sam seguem o homem da visão, enquanto Dean vai atrás da van que Andy entra e começa a dirigir. Dean o segue por um tempo pelas ruas, até que o rapaz pára em uma rua sem saída e desce da van. Dean pega sua arma e esconde no casaco. Andy vem até ele e pára na janela se apoiando nela.

- Ei. – diz Andy.

- Ei. – diz Dean.

- Que coisa linda. – diz Andy olhando por todo o Impala.

- Obrigado. – agradece Dean.

- Cara, um 67. O melhor ano do Impala se quer saber. – diz Andy animado. – Esse é um clássico!

- É... Sabe, eu acabei de reconstruí-la também. – diz Dean. – Não se pode deixar um carro desses para lá.

- Pura verdade! – concorda Andy com um sorriso e dando um tapa amigo no ombro de Dean. – Posso ficar com ele?

- Claro, cara! – diz Dean e sai do carro.

- Demais. – diz Andy com um sorriso enorme.

- Entra aí. – diz Dean e o rapaz entra no Impala e o liga. – Aí está. Pega leve.

- Tá certo. – diz ele e sai dirigindo. Em seguida Dean olha para os lados sem entender.

...

Jane e Sam continuam seguindo o doutor.

- Está acontecendo. – diz Jane quando vê o celular do homem tocar. – Vamos.

Os dois vêem o ônibus Blue Ridge passar pela rua, mas atravessam antes que ele o faça. Os dois entram na loja de utensílios para caça.

- Já sei. – diz Sam e aciona o alarme de incêndio. O doutor que ia entrar na loja, parece acordar de um transe e se vira começando a andar para o outro lado. Sam e Jane se olham aliviados. – Você acha que acabou?

- Eu não sei. – responde ela sentindo algo estranho. – Talvez.

De repente Andy passa dirigindo o Impala na rua à frente deles. Sam olha surpreso. O celular do doutor toca novamente.

- Alo? – pergunta ele. Sua expressão muda. – Certo. Está bem.

Ele desliga e recomeça andar com outro sorriso.

- Dean, Andy está com o Impala. – diz Sam no celular.

- Eu sei! – diz ele nervoso. – Ele meio que me pediu e eu o deixei levá-lo numa boa.

- O que? – pergunta Sam.

- Ele fez igual ao Obi-Wan. – continua Dean.

- É controle da mente. – diz Jane ouvindo a conversa deles. Sam a olha.

- Só pode ser controle da mente cara! – diz Dean em seguida de dela.

De repente o mesmo ônibus da Blue Ridge passa pela rua novamente. O doutor atravessa a rua no mesmo instante. Sam abre a boca de espanto, olha para o lado, mas Jane não está mais ali. Esta vai até a frente do ônibus com uma velocidade impressionante e o pára apenas com o olhar. Em seguida ela olha para o doutor.

- Você vai viver sua vida normalmente e nunca mais será controlado por Andrew Gallagher. – diz Jane. Em seguida o homem sai do transe e a olha. – Senhor, cuidado ao atravessar a rua, quase foi atropelado.

- Oh meu Deus! – diz o doutor. – Muito obrigado. Eu não sei o que deu em mim.

Jane lhe dá um sorriso e sai andando, vai até Sam que lhe dá um sorriso.

- O que eu seria sem você? – pergunta ele a puxando em um abraço.

- Normal? – responde ela e ri.

- Nem assim seria possível. – diz ele dando risada também.

...

Depois de um tempo, os três se reúnem novamente.

- Era para ele estar morto agora. – diz Dean.

- É, mas nós temos a Jane, então... – diz Sam. – Ele vai ficar bem.

- Nós temos que impedí-lo. – diz Jane séria. – Ele não vai parar. Esse controle da mente se tornou um vício para ele.

- É... Eu quero meu Impala de volta. – diz Dean nervoso. – Acabei de ter minha belezinha de volta.

Sam e Jane o olham.

- O que? – pergunta Dean.

...

Naquele mesmo instante, Andy entra na empresa de consultoria que os três estavam antes.

- Andy! E aí, chapa? – pergunta Webber, levantando o braço para Andy bater em sua mão. Mas ele passa reto.

- Andy? O que está fazendo aqui? – pergunta a atendente.

- O doutor Jennings... Está morto. – responde ele com uma expressão triste.

- Oh, não... Eu sinto muito. – diz a mulher com uma expressão triste.

- Eu não sei... – começa Andy. – Eu só estava chateado e queria te ver.

- Estou feliz que tenha vindo. – diz ela pegando nas mãos dele. – Estou mesmo. Senti sua falta.

Andy lhe dá um sorriso e ela lhe devolve outro.

- Ah é... Umas pessoas vieram procurar por você de manhã. – avisa ela.

- Quem? – pergunta Andy sério.

...

Do lado de fora da empresa, Dean, Jane e Sam vêem o Impala estacionado.

- Graças a Deus. – diz Dean atravessando a rua. Sam e Jane vão atrás dele. – Desculpe querida, nunca vou te deixar de novo.

- Pelo menos ele deixou a chave. – diz Sam.

- É... Um verdadeiro samaritano. – diz Dean. – Parece que ele não consegue fazer a mágica dele apenas torcendo o nariz.

- Ele tem que dar as ordens falando. – diz Jane. – O doutor Jenning falou por um instante no celular e quase morreu atropelado por aquele ônibus. Com certeza foi o Andy. Quando a gente o viu no Impala à nossa frente na rua, ele estava falando no celular também.

- Talvez. – diz Dean. Sam e Jane o olham. – Talvez seja só coincidência.

- Como é? – pergunta Sam sem acreditar.

- Eu ainda não sei se ele é o nosso cara. – diz Dean confuso. – Ele não parece ser o tipo assassino a sangue frio, só isso.

- De qualquer forma, vamos pegá-lo. – diz Jane.

- Certo. – diz Dean a olhando. – Sem problema.

Em seguida, os três vão até a Van de Andy.

- Não é extamente uma volta não-respeitável. – diz Dean. – Vamos dar uma olhada.

Jane coloca sua mão na maçaneta, mas a retira em seguida.

- O que foi? – pergunta Sam. Jane olha para Dean.

- Você trouxe... Quer saber? Abre a van, Dean. – diz ela. – Eu acho... Não, eu tenho certeza que é bem mais normal.

Dean lhe dá um sorriso e tira de dentro do casaco, um fero com pontas duplas. Ele as coloca em uma abertura da porta e a destranca rapidamente. Dean abre as portas e olha para o interior boquiaberto.

- Qual é. – diz ele com um sorriso. Dentro da Van há um globo de discoteca pendurado no teto, as paredes são pintadas, há dois tigres, um em cada parede. Um pano vermelho com rendas brancas, como os de uma cigana cobrem o ‘’chão’’. – Isso é magnífico. Não é exatamente a toca de um serial killer, certo?

- Não mesmo. – concorda Jane.

- Não há pinturas estúpidas de palhaços na parede. – continua Dean. – Nem tesouras enfiadas em fotos de pessoas. Gostei dos tigres.

Sam pega uns livros escondidos debaixo do pano.

- Hegel? Kant? Wittgenstein? É uma leitura bem pesada. – comenta ele. Dean e Jane se olham.

Em seguida, os três entram no Impala e esperam Andy ir até a van.

- Sabe, um dia eu queria sentar e comer algo que não foi requentado em um mercadinho. – reclama Dean, acabando de comer um sanduiche e o jogando no banco de trás ao lado de Jane.

- Ei! – diz ela.

- Foi mal. – se desculpa ele.

- O que eu não entendo é... O médico não fez nada. – diz Sam olhando uns papéis. – Porque o Andy o mataria?

- Se é o Andy. – diz Dean.

- Cara, chega. – diz Sam.

- Por quê? – pergunta Dean.

- A mente do médico foi controlada para ele se atirar na frente de um ônibus... – começa Sam. – E Andy por acaso tem esse poder de controlar mentes. Faça as contas.

- Talvez... Talvez o Dean esteja certo. – diz Jane olhando para os lados. – Eu não sei, é a primeira vez que me sinto confusa, tem alguma coisa rolando aqui e não é boa. Minha mente nunca falhou antes e agora ela está confusa? Isso não é estranho?

- É sim. – diz Dean. – Você sempre faz a coisa certa.

- Mas, ele é o único que tem esse poder, só pode ser ele. – diz Sam.

- Eu não acho que tenha sido ele. – insiste Dean.

- Ei! – diz Andy parando na janela de Sam. – Vocês acham que eu não vi vocês três? Por que estão me seguindo?

- Somos advogados. – diz Sam. – Um parente seu faleceu.

- Digam a verdade. – diz Andy nervoso. Sam dá um sorriso.

- É isso... – insiste Sam.

- Nós caçamos demônios. – responde Dean de repente.

- O que? – pergunta Andy. Sam e Jane olham para Dean nervosos.

- Dean! – diz Sam o repreendendo.

- Demônios que seus piores pesadelos desconhecem. – continua Dean. – O Sam aqui é meu irmão. A Jane é...

- Dean, pára. – pede Jane calmamente e Dean pisca os olhos como se acordasse de um transe.

- O que aconteceu? – pergunta ele sem entender nada. Andy olha para Jane que também o olha. – Eu fiz alguma coisa errada?

- Quer saber? Me deixem em paz! – diz Andy se afastando nervoso. Sam revira os olhos e sai do carro com Jane atrás. – O que estão fazendo? Eu disse para me deixarem em paz.

Sam e Jane não param, continuam andando na direção dele.

- Saiam daqui, comecem a dirigir e não parem. – diz Andy, mas nada acontece.

- Não funciona com a gente, Andy. – diz Jane.

- O que? – pergunta ele confuso.

- Você pode fazer as pessoas fazerem coisas, não é? – pergunta Sam. – Você pode dizer a elas o que pensar.

Dean sai do carro e também se aproxima.

- Isso é loucura. – diz Andy.

- Isso começou a cerca de um ano, não é? – pergunta Jane. – Depois que você fez 22 anos. Coisas pequenas no começo, mas depois você foi controlando melhor.

- Como vocês sabem tudo isso? – pergunta Andy a eles.

- Por que a mesma coisa aconteceu comigo e com o Sam. – responde Jane.

- Minha mãe morreu em um incêndio também. – diz Sam. – Eu e Jane temos habilidades como você. Apesar de as habilidades dela serem as mais superiores possíveis e... Impossíveis... Nós estamos ligados a você.

- Só saiam daqui! – pede Andy ainda sem entender nada.

- Por que você disse ao médico para se atirar na frente do ônibus? – pergunta Sam.

- O que? – pergunta Andy surpreso. De repente imagens vêm na cabeça de Sam. Fogo em um carro estacionado e uma mulher loira.

- Sam? – pergunta Jane pondo a mão em seu ombro, mas continua olhando Andy. – Porque quase o matou?

- Eu não o matei. – responde ele.

- É... Se não fosse pela Jane, ele teria sido atropelado por você. – diz Sam com a cabeça doendo.

- Como assim? – pergunta Andy. – Aquele médico morreu sim.

- O que? – pergunta Jane.

- Ele morreu atropelado, mas não fui eu. – diz Andy. – Eu juro.

...

 Em um posto, uma mulher loira estaciona o carro para por gasolina e seu celular toca.

- Alô? – atende ela. Imagens de fogo vem em sua cabeça. – Claro. Eu posso fazer isso.

Em seguida ela desliga indo até a gasolina e passando por todo o seu corpo. Em seguida ela vai até o carro e liga o acendedor de cigarro.

- Ei! – grita um dos funcionários que a vê. – Espere, o que você está fazendo?

- Está tudo bem. – diz ela com um sorriso e pega o acendedor.

- Não moça, não! – grita o rapaz, mas é tarde, ela taca o acendedor de cigarro no corpo e pega fogo na hora. O funcionário olha tudo aterrorizado enquanto a mulher cai no chão.

...

Sam segura a cabeça com dor.

- Sam, o que foi? – pergunta Dean correndo até ele.

- Eu não fiz nada com ele. – diz Andy recuando.

- E nem poderia. – diz Jane sentando Sam no asfalto.

- Uma mulher vai se queimar viva. – diz ele com os olhos fechados.

- O que mais conseguiu? – pergunta Jane.

- Você não viu a visão comigo? – pergunta Sam.

- Não. – responde ela. – Por que?

- Estão ficando mais nítidas... Eu posso ver tudo agora. – diz ele. – Em um posto de gasolina, uma mulher vai se suicidar.

- O que quer dizer com vai... – começa Andy confuso.

- Cala a boca. – manda Dean o interrompendo.

- Ela recebeu uma ligação no celular? – pergunta Jane.

- Sim. – afirma Sam.

- Quando? – pergunta Dean.

- Não sei. – responde Sam se levantando e olhando para Andy. – Enquanto mantivermos nossos olhos em você, não fará nada com ela.

- Eu não machuquei ninguém. – diz Andy assustado.

- Ainda não. – diz Sam nervoso.

- É tarde demais – diz Jane de repente e olha para a rua atrás deles.

- O que? – pergunta Sam. Em seguida uma ambulância e um carro de bombeiros passa apressadamente.

- Vá. – pede Jane a Dean. Este sai correndo e entra no carro para seguir a ambulância. Jane olha para Andy. – Você fica com a gente.

- Ok. – diz ele sem se mecher.

...

Dean ao ver a ambulancia e o carro de bombeiros parar em um posto, liga para o irmão.

- Ei, sou eu. – diz ele. – Ela está morta. Queimada, como você disse.

- Quando? – pergunta Sam nervoso.

- Antes de eu chegar aqui. O fedor nem se purificou. – responde Dean. Sam olha para Jane que também ouve a conversa. – Se fosse visões, cara... Isso nem poderia ter acontecido.

- Não sei. – diz Sam. – Não consigo controlar, não sei o que está acontecendo.

- Escute, vocês estavam com o Andy quando tudo aconteceu. – diz Dean. – Então não pode ser ele, deve ser outra pessoa.

- Mas não tem sentido algum. – diz Sam.

- Nada tem. – diz Dean. – Eu vou ficar por aqui mais um tempo para ver se acho alguma coisa.

Em seguida eles desligam. Sam, Jane e Andy se sentam à espera de Dean.

- Você tem essas premonições de pessoas prestes a morrer? – pergunta Andy.

- Tenho. – afirma Sam.

- É impossível. – diz ele surpreso.

- Muitas pessoas falariam a mesma coisa. – diz Jane.

- Visões de morte? – pergunta Andy novamente.

- É. – afirma Sam.

- Cara, que merda. – diz Andy. Sam dá um sorriso. – Quando eu consegui meus poderes foi com um presente para mim. Sabe... Como ganhar na loteria.

- Mas você ainda vive em uma van. – diz Sam. Andy olha para o chão. – Não entendo, digo... Você pode ter tudo o que quiser.

- Eu tenho... Tudo que eu preciso. – diz Andy um pouco triste, mas dando um sorriso em seguida.

- Você não é o assassino. – diz Jane a ele.

- Era o que eu estava tentando dizer. – diz Andy mais calmo.

- Ótimo. – diz Sam.

- Então... Porque eu via você como o assassino? – pergunta Jane. – Minha cabeça nunca ficou confusa desse jeito.

- Sua cabeça? – pergunta Andy sem entender. Ele olha para Sam. – Ele tem premonições de mortes... E você, tem habilidades como nós?

- Tenho... Até demais. – diz Jane com um pequeno sorriso. – Mas eles não são um presente para mim.

- Que tipos de coisas você pode fazer? – pergunta Andy animado.

- O que você quer que eu faça? – pergunta Jane a ele.

- Jane, você não tem que fazer isso. – diz Sam pegando em sua mão.

- Está tudo bem. – diz ela. – Bom... Eu não tenho visões como o Sam, mas quando eu encosto nele enquanto ele está tendo uma, eu posso ver junto.

Andy arregala os olhos.

- É, eu sei isso é mesmo loucura, mas não é impossível como você pode ver. – diz Jane. Andy arregala mais os olhos.

- Como...? – começa ele.

- Eu li sua mente. – responde Jane.

- Sem chance. – diz Andy dando risada.

- Ok, pense em qualquer coisa então. – diz Jane. Andy começa a pensar ‘’ Por que temos esses poderes?’’. – Sinceramente... Nem eu sei por que temos esses poderes.

- Uau! – diz Andy de boca aberta para ela.

Em seguida o carro de Dean para na frente deles.

- O nome da vítima era Holly Becket. – diz ele saindo do Impala. – 41 anos, solteira.

- Você a conhece? – pergunta Sam a Andy.

- Nunca ouvi falar. – responde ele. Sam olha para Jane.

- É verdade, Sam. – diz ela com um sorriso.

- Eu liguei para o Ash a caminho daqui. – diz Dean. – Ele descobriu algo. Aparentemente , Holly Becket deu a luz quando ela tinha 18 anos em 1983, o mesmo ano em que você nasceu Andy.

- Você foi adotado. – diz Jane olhando para ele.

- Fui. – afirma Andy.

- Porque não mencionou antes? – pergunta Dean nervoso.

- Não o culpe. – diz Jane. – Eu deveria saber disso, mas agora que você mencionou essa mulher, coisas vieram na minha cabeça.

Dean e Sam se olham preocupados com a situação dela. Jane olha para Andy.

- Você nunca conheceu seus pais biológicos. – continua ela. – Sua mãe adotiva morreu quando você era um bebê.

- Você acha que essa mulher Holly... – começa Andy.

- É... Ela era sua mãe biológica. – completa Jane e se vira para Dean e Sam. – Precisamos ir ao escritório de jurisdição para ter certeza... Minha mente aqui não quer cooperar.

- Que merda. – diz Andy olhando para os lados.

...

Em seguida eles vão até o escritório e entram.

- O problema é que eu não posso deixar vocês entrarem aqui. – diz o segurança já idoso.

- Ficaremos bem. – diz Andy a ele. – Porque não vai tomar um café?

- Certo. – concorda o segurança e sai do escritório em seguida.

- Incrível. – diz Dean com um sorriso para Andy.

- Consegui. – diz Sam lendo uns arquivos.

- Sério? – pergunta Andy se sentando ao seu lado.

- É. – afirma Sam. – Andy é verdade, Holly Becket era sua mãe biológica.

- Alguém aqui tem algum analgésico? – pergunta o rapaz com as mãos suando.

- O Dr. Jennings era o médico dela também. – continua Sam. Jane olha para os lados. – Ele resolveu a adoção, havia até uma conexão entre os dois.

- Eu não os matei. – diz Andy.

- Acreditamos em você. – diz Jane andando de um lado para outro da sala. Sam e Dean a olham.

- É. – concorda Sam.

- Mas, quem matou? – pergunta Dean.

- Bom... Não tem mais nada para se saber. – diz Sam.

- Como assim? – pergunta Andy.

- Alguém já veio aqui e rasgou o resto dos arquivos. – diz Sam.

- Merda. – diz Dean. – O que faremos agora?

- Jane... O que foi? – pergunta Sam quando a vê parada, olhando para o chão fixamente. Dean e Andy a olham um pouco assustados.

- Eu acho que sei o que está acontecendo comigo. – diz ela de repente.

- E o que é? – pergunta Dean.

- Minha mente está sendo controlada. – responde ela. – Não controlada do jeito que o Andy consegue fazer. É como se tudo estivesse sendo apagado e eu não conseguisse saber de nada, é por isso que eu não conseguia descobrir as coisas antes, por isso que eu ficava confusa em relação a Andy ser o assassino.

- Do que está falando? – pergunta Sam se levantando preocupado. Em seguida, Jane vai até Dean, pega uma faca que ele guarda no bolso. – O que vai fazer com isso?

Em seguida Jane fecha os olhos, se concentra e os abre novamente.

- Uau! – diz Andy vendo os olhos de Jane. – Mudaram completamente.

Em seguida para a surpresa de todos, Jane enfia a faca no próprio coração.

- Não!!! – grita Sam correndo até ela. Jane faz uma expressão de dor e cai de joelhos no chão. – Jane!!!

Dean e Andy permanecem paralisados no chão enquanto os olham.

- Porque fez isso? – pergunta Sam a segurando em seus braços.

- Está tudo bem, olhe. – diz Jane e ele olha a ferida da faca no coração dela se fechar em seguida. – O que?

Em seguida Jane se levanta voltando ao normal.

- O que foi isso?! – pergunta Dean boquiaberto.

- Foi incrível! – diz Andy com um sorriso a ela. – Você é imortal.

- Não completamente. – diz Jane. – Minhas feridas podem se curar rapidamente, mas ainda sim eu posso morrer.

- Ok, agora estou completamente perdido. – diz Andy.

- Esquece. – diz Dean impaciente.

- Por que você enfiou uma faca em seu coração? – pergunta Sam a ela ainda sem entender.

- Porque eu consegui que quem estivesse me controlando, sentisse a mesma dor. – responde ela. - Tenho certeza que não me incomodará mais.

- Você é completamente maluca. – diz Sam a abraçando e ela lhe dá um sorriso. –

- Eu sei, vai ter que se acostumar com isso. – diz Jane. – Não se preocupe você não vai me perder... Não tão cedo.

Em seguida ela o beija.

- Sério, arrumem um quarto? – diz Dean revirando os olhos.

- Sério. – diz Andy. – Isso tudo é insano.

- É, com certeza não teria como você ser o assassino. – diz Dean. – Você é muito bobão.

Jane vai até os arquivos que Sam estava lendo e os toca, olhando para Andy em seguida.

- Holly Becket deu à luz a gêmeos. – diz ela de repente. Os três a olham.

- O que?! – diz Andy boquiaberto.

- Então... – começa Dean.

- Eu tenho um irmão gêmeo malvado. – completa Andy pondo as mãos na cabeça, preocupado.

- Holly colocou você e seu irmão para a adoção. – continua Jane. – Você entrou para a família Gallagher, obviamente e seu irmão entrou para a família Weens, em outro Estado.

- Ei, cara. – diz Dean a Andy que olha para o nada sem acreditar. – Ainda está conosco?

- Estou. – responde ele perturbado. – Como é o nome dele? Do meu irmão?

- Anson Weens. – responde Jane. – Ele tem um endereço local.

- Ele vive aqui?! – pergunta Andy.

- Vamos dar uma olhada. – diz Sam.

- Bom... Tem mais uma coisa. – diz Jane e eles a olham. – Nós já o vimos antes.

- Como assim? – pergunta Dean por todos.

...

Na empresa de consultoria.

- Ei, Trace. – diz Webber.

- Sim? – pergunta ela.

- Você e o Andy... Estão juntos a um tempo, não estão? – pergunta ele.

- Sim, por quê? – pergunta ela sem entender o rumo da conversa.

- Eu não sei, estive apenas pensando. – continua ele. – Eu estava pensando como você estava se sentindo por ele nesses dias. Digo, quando eu os via junto parecia que rolava algo no ar. Vocês estão levando isso a sério?

- Ah... Não. – responde ela confusa.

- Qual é, Trace? Diga a verdade. – pede ele se pondo em sua frente impaciente.

...

No Impala, enquanto Dean dirige, eles falam com Andy.

- Andy, o que você sabe sobre ele? – pergunta Sam.

- Ele apareceu um dia, há oito meses. – começa ele. – Eu achava que ele era meu melhor amigo do mundo inteiro. Era estranho, ele se esforçava demais, sabe?

- Ele deve saber que vocês são gêmeos. – diz Dean. – Porque ele mudou de nome? Porque ele não fala logo a verdade?

- Sei lá. – responde Andy.

De repente Sam sente uma forte dor de cabeça e todos o olham.

- Sam? – diz Jane se pondo mais para frente e o tocando. Ela absorve sua dor e vê imagens junto com ele.

...

 Uma mulher sai do carro parado em cima de uma ponte, ela vai até a grade de proteção e olha para baixo com medo. A ponte fica em cima de uma eclusa que fica protegida por uma comporta de aço. É muito alto. A mulher sobe na grade chorando, abre os braços e depois de um tempo pula.

...

A visão termina, Sam dá uns gemidos de dor, mas Jane as absorve para ela.

- Jane! – grita Dean parando o carro. Ele desce e vai até ela e o irmão do outro lado. – Ei! Ei!

- Nem que eu implore você não vai parar de fazer isso consigo mesma, não é? – pergunta Sam com a respiração ofegante.

Jane ainda com dor faz que não com a cabeça.

- O que vocês viram? – pergunta Dean preocupado com eles.

...

 Webber leva Trace com seu carro até à mesma ponte da visão.

- Eu trago minhas garotas aqui. – diz ele passando de leve sua mão na perna dela. – Elas gostam. Por um minuto eu gosto, então elas gostam também, é claro.

Trace começa a chorar.

- Por favor. – pede ela. – Eu só quero ir para casa.

- Pare de chorar. – manda Webber e as lágrimas dela secam. – Ei... Eu entendo, eu sei o que você viu no Andy. Ele é um gênio. Os livros que ele lê... Ele vai se tornar um grande homem um dia, mas ele é minha família e não sua. Você não pode tê-lo, você não terá nada depois dessa noite.

...

Dean pára um pouco afastado da ponte um tempo depois. Ele, Jane e Sam descem do carro.

- Dean, você não deveria ir. – diz Jane. Ele a olha. – Você sabe bem o porquê.

- Sem argumentos aqui. – diz ele sem lhe dar ouvidos. Jane revira os olhos nervosa. – Já mexeram demais com a minha mente por um dia.

Sam pega uma arma no porta-malas.

- Eu vou com vocês. – diz Andy a eles.

- Andy, não. – diz Sam.

- É a Trace que está lá. – diz ele. – Eu vou.

...

Trace começa a abrir a própria camiseta.

- Certo. – diz Webber animado. – Devagar.

Trace o obedece.

- Trace. – diz ele. – Quero que me escute com bastante atenção, entendeu? Quando acabarmos aqui... Quero que você suba naquela grade.

- Certo. – concorda Trace com medo.

- E quando você estiver lá... – continua Webber. - Você poderá pensar que pode voar. Preciso que dê um passo a frente. Você pode voar, não pode?

- É, eu acho que sim. – diz ela.

- Você pode ficar assustada. – diz ele. – Mas quero que você diga que está tudo bem. Diga a você mesma. Tudo está bem.

Trace o olha. De repente o vidro ao lado de Webber se quebra.

- Saia do carro! – grita Sam. – Agora!

- Você realmente não quer fazer isso. – diz Webber olhando para ele. Sam lhe dá um soco na cara.

Andy abre a porta do carro do lado de Trace.

- Trace, venha aqui. – diz ele a pegando pela mão.

- Andy! Não consigo. – diz ela apavorada. – Não consigo me controlar.

Sam põe Webber no chão e a arma em sua cabeça.

- Não se mexa! – grita Sam para ele. Andy vai até o irmão, tampa sua boca com fita adesiva e lhe dá um soco. – Não, não Andy.

- Eu vou matá-lo. – diz ele com raiva.

- Deixe que nós cuidemos disso, ok? – diz Jane.

De repente Trace pega um galho bem grosso de uma das árvores ao redor. Jane a pára antes que ela bata com o galho na cabeça de Sam.

- Trace, pára! – grita Andy para ela. A mulher começa a chorar. – Eu disse para parar.

Em seguida ela larga o galho. Webber se levanta rapidamente e tira a fita da boca. Andy o olha nervoso.

- Como você fez isso? – pergunta Andy a ele.

- Prática, mano. – responde Webber. – Se você praticasse, saberia. Às vezes não é preciso usar a voz e sim... A mente. Às vezes a dor de cabeça vale a pena.

- Seu maldito filho da puta! – grita Andy o pegando pela camisa.

- Para trás, Andy. – manda Webber. – Ou a Trace vai dar um pequeno vôo.

Os outros a olham. Trace sobe na grade da ponte prestes a pular.

- Não é Trace? – pergunta Webber com um sorriso. – Sou mais forte do que você, Andy. Eu consigo fazer isso.

- Certo... Certo. – diz Andy o largando com as mãos para cima como se se rendesse. – Tudo bem, só não a machuque.

- Não fique zangado comigo, ok? – pede Webber ao irmão. – Eu sei, está tudo errado. Eu não queria que isso acontecesse.

- Você não pode detê-la de pular? – sussurra Sam para Jane.

- Poderia se eu conseguisse olhar nos olhos dela. – responde ela.

- Só que a Trace, ela estava tentando ficar entre nós. – continua Webber.

- Você está louco. – diz Andy nervoso.

- Ela é lixo... Todos eles são. – diz Webber. – Nós podemos manipulá-los, podemos fazer o que quisermos.

- Voc é realmente... Estúpido. – diz Andy. – Quando se descobre que tem um gêmeo, você liga para ele, sai para beber com ele. E não... Sai matando as pessoas.

- Eu queria te contar isso a muito tempo, mano. – diz Webber. – Mas ele não deixou. Ele disse para esperar a hora certa.

- Quem? – pergunta Andy. Jane arregala os olhos.

- O demônio de olhos amarelos. – diz ela. Webber e Sam a olham.

- Demônio? – pergunta Webber. – Você está certa sobre o olho dele ser amarelo, mas era um homem normal... Como assim demônio?

- Do que vocês estão falando? – pergunta Andy.

- Ele veio até mim, em meus sonhos. – continua Webber. – Ele disse que eu era especial. Disse que tem grandes planos para mim. Para nós dois, Andy. Foi ele quem me falou que eu tinha um irmão gêmeo.

Webber toca no rosto do irmão com as duas mãos. Dean vai para trás de uma árvore com uma de suas armas. Webber olha para a árvore que se move um pouco.

- Por que você matou nossa mãe? – pergunta Andy. – Porque matou o Dr. Jennings?

- Porque eles nos separaram. – responde ele olhando novamente para Andy. – Eles arruinaram nossas vidas, Andy. Podíamos estar juntos todo esse tempo ao invés de ficarmos sozinhos. Não podia deixar eles se livrarem assim, não podia deixar que eles se safassem. Não...

Dean destrava sua arma e aponta para Webber. Este olha para baixo e em seguida para a árvore novamente.

- Eu vi você. – diz ele com um sorriso. – Tchau, tchau.

Em seguida Dean recolhe a arma e aponta para o próprio queixo.

- Dean! – grita Sam. Jane vê que Webber olha para Dean e começa a levantar os braços para ele, mas de repente Andy aponta uma arma para o irmão e atira sem pensar duas vezes. Trace, na ponte, olha para trás assustada.

...

 No dia seguinte de manhã, uma ambulância leva o corpo de Webber. Policias falam com Andy.

- Ele atirou em si mesmo. – diz ele controlando a mente dos policias. – E todos vocês viram acontecer.

- É. Vimos. – concorda um dos três policiais, enquanto os outros dois concordam com a cabeça.

- Olhe para ele, está melhorando. – diz Dean. Em seguida, Andy passa em frente a ambulância onde Trace está sentada com um cobertor que a cobre. Ele dá um pequeno sorriso e ela vira o rosto.

- Você vai ficar bem, moça. – diz um dos médicos a ela.

- Ela nem olha para mim. – diz Andy se aproximando de Sam, Jane e Dean.

- Ela está bem chocada. – diz Jane.

- Eu nunca tinha usado o controle da mente com ela antes. – diz Andy. – Ela está com medo de mim agora.

- Ei, eu odeio fazer isso, mas... – começa Sam. - Nós três temos que ir embora daqui... Aqui, eu anotei meu celular.

Sam entrega a Andy com o número do seu celular.

- Você não tem que ficar sozinho nisto, certo? – diz Jane. – Se alguma coisa aparecer... Ligue.

- Certo. – diz Andy.

Em seguida, os três começam a andar na direção do Impala.

- O que eu faço agora? – pergunta Andy os fazendo se virar para ele novamente.

- Seja bom, Andy. – responde Dean.

- Ou voltaremos. – completa Jane com um sorriso. Andy lhes dá outro e eles recomeçam a andar.

- Acho que eu estava certo. – diz Sam.

- Sobre o que? – pergunta Dean.

- Andy, ele é um assassino apesar de tudo. – responde ele.

- Não exatamente. – diz Jane. – Ele salvou a namorada, salvou o Dean.

- Mas ele matou uma pessoa ontem. – continua Sam.

- Porque foi forçado. – diz Dean.

- O irmão também foi forçado de alguma forma. Max foi forçado, lembra? – diz Sam. - Eu também.

- Pela morte da Jessica? – pergunta Jane.

- É. – concorda ele.

- Onde quer chegar, Sam? – pergunta Dean.

- Em certas circunstâncias, qualquer um é capaz de cometer um assassinato. – responde Sam. – Qualquer um. Talvez seja isso que o demônio esteja fazendo...

- Nos forçando. – completa Jane olhando para o chão.

- É, achando formas de nos corromper. – continua ele. – Como ele fez com Jane, confundindo sua mente.

- Não sabemos o que ele quer de verdade. – diz Dean. – Não se peocupe, Sam.

- Sabe, te escutei antes Dean. – diz Sam. – Quando você quase contou tudo para o Andy. Você está tão apavorado como eu estou.

- Eu fui mentalmente controlado. – diz Dean. – É como ser hipnotizado e isso não conta.

- O que? – pergunta Sam.

- Eu quero revanche. – diz Dean e Jane o olha.

- Você tem o que? 7 anos? – pergunta ela.

- Não importa. – diz Dean. – Vamos fazer o que fazemos, achar aquele demônio maldito e matá-lo.

- É, eu acho. – concorda Sam depois de um tempo e entra no carro.

- A Ellen quer falar com a gente. – diz Jane.

- O que? – pergunta Dean sem entender. Em seguida o celular dele toca e ele atende. – Ellen? O que houve?

Sua expressão fica séria.

- Sim, já estaremos aí. – diz ele e desliga.  Em seguida olha para Jane. – Você precisa para de fazer isso... Sério.

Jane lhe dá um sorriso e os dois entram no carro também pondo o pé na estrada.

...

No bar, Hellen limpa os copos e Helena limpa o balcão.

- Helena, vá pegar uma caixa de cerveja. – pede Hellen.

- Mãe... – começa ela.

- Por favor. – pede Hellen. A garota vai até a despença. Em seguida Hellen se vira para Dean, Sam e Jane sentados nos bancos do balcão. – Então... Vocês vão me contar sobre essa última caçada de vocês?

- Não, na verdade não. – diz Dean. Hellen o olha impaciente. – Sem ofensas, mas foi só coisa de família.

- Não é mais. – diz Hellen colocando uns papéis em cima do balcão. – Ash me contou. A casa de Andy Gallagher pegou fogo no sexto mês de vida dele... Assim como a casa de vocês. Vocês acham que foi o demônio em ambos os casos, não é? Vocês acham que ele foi atrás da família Gallagher.

- É, achamos que sim. – concorda Jane.

- Jane. – diz Dean.

- Por quê? – pergunta Hellen.

- Não é da sua conta. – diz Dean.

- Olha como fala comigo, garoto. – diz Hellen nervosa a ele. – O interesse de vocês é essa guerra. Tem algo grande e mal vindo... E rápido. Temos que usar nossas cartas. Agora, o melhor é fazermos isso juntos, sem segredos ou meias verdades aqui, entenderam?

Os três se olham.

- Há pessoas como Andy Gallagher por aí. - começa Sam de repente. – Como eu.

- E eu. – diz Jane. – Mas eu... Sou mais um caso especial.

- E todos nós temos algum tipo de habilidade. – continua Sam.

- Habilidade? – pergunta Hellen.

- É. – concorda ele. – Habilidade psíquica.

Dean revira os olhos.

- Digo... Eu tenho... – exita Sam. - Tenho visões, premonições, eu não sei.

- É diferente para todos. – continua Jane. Hellen a olha. – O demônio disse que tinha planos para pessoas como nós.

- Que tipos de planos? – pergunta Hellen.

- Não temos certeza. – responde Sam.

- Essas pessoas psíquicas lá fora, são perigosas? – pergunta Hellen.

- Não. Nenhum deles. – responde Dean.

- Alguns são. – discorda Sam. – São muito perigosos.

- Certo, como vamos achá-los? – pergunta Hellen.

- Nós rastreamos alguns padrões até agora. – responde Dean. – Em todos os casos, a casa queima no dia que a criança faz 6 meses.

- Não é verdade. – diz Jane. Dean e Sam a olham.

- O que? – pergunta Dean sem entender.

- O irmão do Andy, a casa dos pais adotivos dele não foi incendiada quando ele fez 6 meses. – responde Jane. – Não tem nada fora do normal.

- Isso quebra o padrão. – diz Hellen. – Então, se há outros como eles... Não estão no sistema... Não terá como rastreá-los.

- Então... Quem saberá quantos assassinos haverão por aí. – diz Dean. – O demônio não deixa que Jane os rastreie.

- Só se eu estiver perto deles que eu consigo sentir. – diz ela.

- Helena? – diz Hellen em seguida.

- Sim? – pergunta a garota os olhando.

- Melhor cancelar a cerveja e trazer whiskey. – diz Hellen séria.

...

Fim do Quinto Capítulo da Segunda T. de Supernatural


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Notas finais do capítulo

Reviews??? Bjsss.. Continuem lendo, por favor.



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