Capítulo V: Será que você é o outro lado da minha moeda?

   — Sakura... Eu estou apaixonado por você — Ele entregou o jogo.

   — Eu também, Sasuke.

   Voltamos a nos beijar. De vez em quando ou eu ou ele falávamos alguma coisa. Paramos para respirar quando ouvimos alguém chegar. Quem seria? Ninguém viria em casa hoje! Sai na janela, Era meu tio.

   — Sasuke! Vai se esconder! Meu tio está aqui!

   Ainda vi quando Sasuke entrou no quarto de meu Onii - san, Hiroshi. Abri a porta para meu Oji – san, Kenji.

   — Cadê o Shin e a Miyuki, Sakura – chan?

   — Meu Otou – san e minha Okaa – san saíram, respondi nervosamente. E se ele pegasse Sasuke ali? 

   — Tudo bem então. Venho aqui depois, Sakura! Ah! Diga para meu Otouto que eu vim, tudo bem?

   — Tudo bem, Kenji – san.

   — Arigatô, minha florzinha!

   — Doitashimashite!

   — Eu já vou! Tchau.

   — Tchau!

   E dizendo isto caminhou rumo à rua. Vi – o desaparecer após virar a esquina.

   Quando retornei para dentro de casa Sasuke saiu de dentro do quarto de Hiroshi e sem dizer nada me beijou antes que eu pudesse reclamar. Eu não retribuí do modo que ele esperava. Ele notou que havia alguma coisa errada.

   — O que houve Sakura?

   — Eu acho melhor você ir embora, Sasuke – kun.

   — Por quê? O que aconteceu? Me responde por favor!

   Eu me negava a responder. Primeiro que eu não queria estragar aquele “Paraíso” e depois porque eu não saberia explicar.

   — Sasuke – kun! Eu só estou cansada. Quero me deitar um pouco.

   — Tudo bem. Mas eu posso ficar? Por favor!

   — Tá tudo bem. Mas não tente nada, ok?

   Eu não queria ser desmancha prazeres, mas ele tinha que respeitar quando eu estava exausta.

   — Nem um beijinho nanico?

   — Nem um beijinho naniquinho. Eu quero descansar, Sasuke, é sério!

   — Ah! — Ele fez beicinho. Eu balancei a cabeça sinalizando um não.

   — Tudo bem, tudo bem... Só aceito se meu colo for o seu travesseiro, ok?

   — Tá bom. --- Me rendi. Os afagos dele eram muito bons.

   Nos dirigimos ao meu quarto. Era espaçoso. Tinha um guarda roupa de seis portas, dois balcões pequenos e uma cama de solteiro. Por todos os cantos do quarto podiam – se ver livros e mais livros, de vários autores, editoras, assuntos e páginas,

   Caminhamos até a cama. Ele se sentou primeiro, eu sentei depois colocando minha cabeça em seu colo. Ele começou a afagar os meus cabelos, e eu, que já estava cansada, cochilei.

   Não dormi por muito tempo, apenas uns trinta minutos. Só acordei porque ele me deu um selinho após ter se levantado, Ele se virou em direção a porta, não tinha me visto acordar. Segurei a barra de sua camiseta. Ele se voltou para mim.

   — Está melhor?

   — Estou sim. Só estou com fome! E você?

   — Eu também!

   — Vamos fazer pipoca e Nescau! Você gosta?

   — Gosto sim!

   — Tá, a gente faz, mas antes eu tenho que lavar a louça,

   — Vamos lá! Eu te ajudo a lavar, Enquanto escorre a gente faz as coisas pra comer, Aí nós guardamos a louça e depois comemos. Assim está bom?

   — Tá sim!

   Fizemos de acordo com o combinado. Quando fomos comer já eram 16:43 e eu estava morta de fome e ele também! Comemos tanto que parecia que nunca tínhamos visto comida na vida!

   Depois de incharmos de tanto comer deitamos no tapete na sala do meio. Passou – se dez minutos para o telefone tocar. Atendi.

   “Alô?”

   “Quem é?”

   “Oi, Sakura. Eu vou chegar em casa em cinco minutos. Vou passar na padaria. Quer que eu pegue algo?”

   “Oi, Otou – san, pode ser um pudim. Obrigada!”

   “Tudo bem. Até daqui a pouco!”

   “Até!”

   — Sasuke – kun, eu acho que é bom você ir embora! Meu Otou – san chega em cinco minutinhos, Acho bom você correr!

   — Tá! Já estou indo! Ah! Deixa um pedaço de Pudim pra mim, ta?

   — Tá bem, ta bem! Vai logo!

   — Então me dá um selinho!

   Eu dei o selinho nele e o moreno se foi, Exatamente cinco minutos depois meu Otou – san chegou,

   Transmiti o recado de que meu Oji – san havia estado ali, comi um pedaço de Pudim e caminhei rumo ao meu escritório particular fazer minhas tarefas.

   No dia seguinte e no outro Sasuke não se encontrava em casa, Era estranho, Ele não tinha avisado de que ia sair ou viajar,

   Estava morrendo de saudade, mas ainda me perguntava por que, involuntariamente, eu recusei o seu beijo naquela tarde há dois dias,

   Tinha certeza que descobriria por que.