O que o destino aprontou dessa vez? escrita por Aquariana


Capítulo 34
Capítulo 34 - Noite quente


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores, como vão?
Eis que trago um capítulo pra lá de gostoso. Levem no sentido que quiserem.
Boa leitura!



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Luana ouviu o interfone tocar. Atendeu-o sem muita apressa, e assim que terminou de faze-lo, voltou para o quarto onde a amiga a aguardava.

— Ele chegou.

— Então você tem que ir.

— Certo. Como estou? – A outra a analisou de cima a baixo. Ela trajava um vestido branco, pouco justo, que terminava um palmo antes dos joelhos. Também usava uma discreta pulseira dourada e tinha os cabelos meio presos.

— Está muito bonita, mas tem certeza que vai de pantufas? – Ellen disse rindo, enquanto olhava para seu pés.

— Bem... não. – Luana foi mais que depressa até o porta sapatos e tirou de lá um salto 10 cm, azul royal.

— Agora sim está pronta! Vai logo, antes que ele morra de velho de tanto esperar.

— Sem drama. - As duas saíram do quarto e foram para a sala. Luana pegou a bolsa de alças longas que estava sobre o sofá, esta que provavelmente já tinha tudo o que precisaria. – Tá, agora eu vou.

— Vai, boa sorte. – A outra afirmou com a mão e saiu, fechando a porta.

Logo que desceu todos os andares, ela avistou o barbixa que a esperava escorado no carro, como na maioria das vezes. Ele trajava uma calça jeans, uma jaqueta escura e uma blusa preta com um nome que ela desconhecia, provavelmente de alguma banda. Não tinha como não acha-lo impecavelmente lindo e bem vestido. Luana passou pelo porteiro e acenou com a cabeça, para não dizer um “Boa noite”. Aproximou-se de Daniel e de seu belo carro, com um sorriso nos lábios, que logo foi retribuído.

— Boa noite. – Daniel a cumprimentou com a voz excepcionalmente seduzente.

— Boa noite. – Luana poderia pensar que ele a beijaria, mas muito pelo contrário, ele a abraçou, podendo sentir o gracioso e adorável cheiro que tinham as suas vestes. E sim, um abraço é a mais verdadeira forma de demonstrar um sentimento afetivo, que vale muito mais que um beijo doce e que uma prazerosa noite de amor.

— Saudade? – Perguntou ainda abraçado a ela.

— Huhum.

— Desculpa eu ter me ausentado por esses dias. Tinha que pôr as ideias em ordem. – Eles enfim desfizeram o abraço, porém continuaram a centímetros de distância um do outro. Ela apenas sorriu em sinal de compreensão. – Eu... trouxe uma coisa pra você. – E tirou do bolso da calça, uma pequena caixinha preta. Luana, pressionando os lábios, abriu a caixinha e viu o lindo e delicado colar que havia dentro dela.

— É pra mim?

— Pra quem mais? – Ele a fitava com brilho nos olhos, enquanto ela tirava o presente da embalagem. Era lindo, realmente. Prata, com um pequeno topázio azul. Na caixinha preta, o nome “Monte Carlo” escrito em dourado. Sem dúvidas, aquela joia não havia custado nada barato. – Você gostou?

— Eu amei. É muito lindo. Obrigada.

— Quer que eu coloque em você? – Ela acenou com a cabeça, lhe entregando o colar enquanto afastava os próprios cabelos, para que ele o colocasse delicadamente em seu pescoço. – Ficou perfeito em você. Vamos?

— Vamos.

Cerca de uma hora depois, ambos chegaram a um restaurante nobre da cidade. O lugar era maravilhoso. Parte dele era aberto, o que permitia que tivessem uma visão privilegiada do céu, por mais que não houvessem astros para se apreciar. Em cada parede haviam um ou dois quadros com paisagens deslumbrantes. A decoração baseava-se basicamente em branco e vermelho.

— Mesa para dois, por favor. E se puder ser uma mesa mais afastada das demais, eu agradeço. – Daniel dirigiu-se a recepcionista.

— Claro, por aqui, por favor. – A bela mulher disse gentilmente enquanto os encaminhava para uma das mesas que ficava em local aberto. – Pode ser esta?

— Sim, obrigado.

— Pois não, fiquem a vontade e tenham um bom jantar. – Disse ela afastando-se.

— Já veio aqui? – Ele indagou enquanto dava uma leve arrumada nos cabelos.

— Só duas vezes.

— Ouvi dizer que hoje tem rodízio de pizza. Digo... você quem sabe. – Ele a olhava como um cachorro de rua abandonado, fazendo-a cair no riso.

— Tudo bem, entendi. Rodízio de pizza, lá vamos nós. – Ele apenas comemorou aplaudindo discretamente, fazendo-a rir ainda mais.

Os minutos se passaram. Pizza vai, pizza vem, e assuntos também.

— Lua.

— Hm?

— Então... talvez... – Ele dizia sem jeito. Tropeçava nas próprias palavras. – ...talvez você entenda que aquele cara, o Lucas...

— O Lucas? – Luana o cortou. – É sério que quer falar do Lucas agora?

— Hora ou outra, tínhamos que falar sobre isso. – Ela respirou fundo e gesticulou para que ele prosseguisse. – Então, você sabe que ele está se intrometendo muito no nosso namoro, não sabe?

— Até onde eu sei, ainda não namoramos.

— Você me entendeu.

— Entendi, mas o que quer que eu faça?

— Que tire ele do nosso caminho e principalmente, que deixe ele de lado de vez. – Ele a encarava com seriedade. E quanto a ela, deixou de comer e pôs os talheres sobre o prato raso, para dar-lhe mais atenção.

— Tudo que eu pude fazer, já fiz. Já dei muitos foras nele, já deixei de me comunicar com ele e já não moramos mais no mesmo prédio. O que mais você quer que eu faça?

— Eu não sei, Lua, mas está impossível. De tempos em tempos ele aparece do nada e volta com as conversas de sempre, dizendo que eu não sou bom o bastante pra você, que quem devia estar namorando com você era ele...

— Mas eu não dou a mínima atenção pro que ele diz, eu não ligo.

— Então por que o abraçou? – Sua voz soou mais solene e calma de repente.

— Você não acha que se eu quisesse ele, eu já teria desistido de você há muito tempo?

— Eu te fiz uma pergunta.

— Certo, você quer saber porque eu abracei ele.

— Sim, responda.

— Porque eu ainda tenho saudades dele. – Luana respondeu cabisbaixa.

— Saudade? Como saudade? Depois de tudo o que ele te fez passar, depois de ter de forçado a uma coisa que você não queria, depois de socar a minha cara e me deixar de olho roxo por semanas, você ainda diz que sente saudade? Ah faça-me o favor.

— Tá. Agora me diz uma coisa.

— O que?

— Vamos supor: Você não ficaria mal se o Elídio ou o Anderson, sem mais nem menos, te decepcionassem e se distanciassem de você? Porque você conviveu com eles por anos e agora teria que acabar tudo e viver como se eles nunca existissem. Me diz se você não ficaria mal com tudo isso.

— Sim, eu ficaria.

— Então deve imaginar como é difícil.

— Lua, eu só... não queria que ele atrapalhasse a gente. Só isso.

— Eu também não quero. Descobri um lado do Lucas que eu não conhecia, e não gostei nada disso, mas ele não vai nos atrapalhar se ficarmos juntos nessa, certo? – Ela pôs sua mão sobre a dele, quente e macia, e o pegou levemente pelo queixo para que ele olhasse diretamente em seus olhos, esperando ser correspondida.

— Certo. – Ele sorriu fraco para ela, inseguro. Daniel sabia que Lucas era obsessivo e que não desistiria facilmente, porém Luana tinha razão: se tivessem confiança e companheirismo, nem Lucas nem ninguém os afastaria.

— Este é o momento clichê em que o casal se beija?

— Este mesmo. – Inclinaram-se e selaram os lábios. Um beijo bom, que logo teve que ser cessado, visto que estavam em um lugar público.

Pouco tempo depois, resolveram pagar a conta e ir embora.

— Mas antes de te deixar em casa, vou te sequestrar um pouco. – Ele disse maliciosamente, quando já estavam dentro do carro, e certamente cheio de segundas intenções.

Logo mais chegaram em seu lar, limpo e bem arrumado, como sempre. Daniel era daqueles que dava atenção aos detalhes. Luana já sabia disso, porém surpreendeu-se ainda mais com a organização do barbixa quando reparou nos livros da estante organizados por ordem alfabética.

— Você não tem TOC, ou tem? – Perguntou ela diante da estante, observando-a atentamente. Daniel aproximou-se, parou ao seu lado, e se pôs a observar também. Pôde enfim entender o porquê da pergunta, e sorriu.

— Não, não chega a ser doença. Mas então, eu lhe trouxe aqui pra passar a noite comigo ou pra ficar olhando estantes de livros e dar diagnósticos de doenças compulsivas? – Ele a abraçou por trás, enquanto ela ainda observava quieta.

— Quem sabe possamos virar a noite falando de distúrbios semelhantes. – Fez graça, fazendo-o sorrir. Virou-se, ainda em seus braços, e lhe deu um beijo caloroso e excitante.

Daniel a encaminhou até o quarto, onde em um gesto rápido, pôs a mão em sua coxa, apertando-a e subindo sua mão cada vez mais. Levantou todo o vestido, até alcançar o que queria: seu sutiã. O abriu em questão de segundos, enquanto beijava e mordia levemente o colo da outra, que gemia fraco. Ao ouvir seus sussurros, ele sorriu, aumentando ainda mais a vontade de prosseguir o que já havia começado.

O barbixa tirou a própria jaqueta e a blusa, enquanto ela desafivelava seu cinto. O choque de temperatura de seus dedos gelados contra seu abdômen quente, o causava inquietação. Em pouco tempo se desfizeram dos sapatos e demais acessórios, como a tal colar, que foi deixado de lado neste momento.

Com malícia, o homem a desproveu do vestido, deixando-a somente de lingerie, também branca de rendas. Foi beijando seu pescoço e descendo cada vez mais os lábios até alcançar seu busto, quando pôde sentir o suor de sua pele e seus batimentos acelerados.

Aproximava a boca de sua orelha, dando-lhe mais um beijo e proclamando em voz baixa, quase em sussurros, palavras doces que findavam-se em vulgaridade. Luana passava os dedos por entre o cós de sua calça, até enfim tirá-la, deixando-o apenas com a cueca box, que logo percebeu ser preta. Como resposta, Daniel desceu-lhe o sutiã que já estava aberto, e fez as alças caírem pelos ombros e braços da ruiva, deixando seus seios livres de qualquer veste.

Em pouco tempo estavam um nos braços do outro, sob as cobertas grossas e quentes. As mãos exploravam os dois corpos pressionados, o suor percorria o abdômen dele e logo juntava-se ao dela. Sentiam o calor do hálito um do outro, enquanto agarravam e puxavam os lençóis. Excitante era o ardor de sentir as unhas dela cravarem-se em sua pele e serem puxadas para baixo, arranhando suas costas enquanto transpirava intensamente.

Os dois amantes tinham a mais pura certeza do que queriam naquele momento, e isso era esquecer qualquer problema, esquecer o mundo e as preocupações que os cercavam. Só queriam ter o prazer de amar-se veramente naquela noite quente.


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Notas finais do capítulo

Por algum acaso pensaram outra coisa quando a caixinha foi citada? Hahaha! Aliás, essa joia realmente existe. Eu pesquisei.
Quem me dera ganhar uma dessas!
Obrigada por lerem e até a próxima.



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