O que o destino aprontou dessa vez? escrita por Aquariana


Capítulo 29
Capítulo 29 - Em meio a suspiros e trocas de olhares


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores, como vão?!
C-H-E-G-U-E-I.
E, Jesus! Como eu estava ansioooosa pra esse capítulo! (Que cá entre nós, entra pra lista dos meus favoritos)
Mas enfim chegamos e aqui está ele.
Lindo, maravilhoso e pronto pra ser apreciado por vocês. Lembrem-se que sempre tento fazer o meu melhor, porém se não ficou bom o suficiente, só me resta lamentar.
Sem mais enrolação, acomodem-se e boa leitura!



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O tempo estava nublado, assim como nos dias anteriores. A brisa era calma e fria, e as nuvens moviam-se lentamente a medida em que o tempo se passava.

Daniel tinha combinado de buscar Luana em seu apartamento às 19:30 e como em todas as vezes, estava atrasado. Já eram 20:08 quando enfim o porteiro anunciou sua chegada. A ruiva desceu pelo elevador e o encontrou escorado em uma das laterais do carro.

Ele vestia uma calça jeans escura, juntamente com uma jaqueta clara, também jeans, e uma blusa branca por debaixo. Tinha os cabelos levemente bagunçados e penteados para o lado. Isso sem falar no perfume que exalava de longe. Simplesmente deslumbrante. Ela, usava um vestido roxo escuro, um sapa tênis azul desbotado e tinha o cabelo totalmente solto, que balançava levemente enquanto andava até ele.

— Belo como um cortês. – Disse ela com malicia no olhar.

— E você, linda como uma donzela. – Retrucou, e ainda escorado na lateral do carro, puxou-a pela cintura com umas das mãos e a trouxe para si, dando-lhe um beijo delicado. – Podemos ir?

— Claro. – Ele, praticamente um cavalheiro, abriu a porta do carro para que Luana entrasse. Ela o fez e ele também logo em seguida, quando enfim puderam sair. – Você não me disse onde íamos.

— Até por que eu também não sei ainda. Então estou aberto a sugestões.

— Hm... você curte cinema?

— Sim. Você quer ir?

— Seria bom.

— Então próxima parada: cinema. Eu conheço um bom que não fica muito longe daqui. Se o trânsito ajudar, chegamos lá em 45 minutos. – Dito e feito. Em meio a conversas, piadas e risadas, eles chegaram pouco mais que 45 minutos depois. Era um shopping não muito movimentado, porém nobre e pouco conhecido.

— Eu não costumo vir aqui.

— Eu sim. Aqui tem menos movimento que os outros shoppings, então acho melhor.

— Por quê? – Ela perguntou enquanto ele procurava uma vaga no térreo.

— Bem, assim eu evito coisas do tipo “Oh meu Deus! É o Daniel Nascimento dos Barbixas!”. – Disse ele com um grito abafado e histérico. Ambos riram bobamente de sua imitação, enquanto finalmente encontravam uma vaga. Saíram do automóvel e se dirigiram ao terceiro andar, onde ficava o cinema.

De fato o lugar não era tão movimentado, havendo apenas algumas pessoas que andavam calmamente, conversando e olhando vitrines.

— Que filme vamos ver? – Perguntou ele olhando para os filmes em cartaz.

— Prefiro esse aqui. – Disse ela apontando para um dos pôsteres.

— Já eu prefiro aquele.

— E como vamos decidir?

— Vamos de joquempô. – Exclamou já posicionando a mão para iniciar a disputa. Luana teve uma crise de risadas espontânea. – Que foi?

— Então é dessa forma que vamos decidir qual filme veremos? Jogando joquempô?

— É. – Disse ele com uma expressão óbvia.

— Tá. Vamos fingir que essa é a opção mais madura de se decidir. – Ela rendeu-se, também posicionando a mão.

— Uma, duas, meia e... já!

— Rá! Ganhei! – Ela exclamou relativamente alto, chamando a atenção das pessoas ao redor.

— Droga! Mas parece ser bom filme. Vamos em frente. – Ele conformou-se, olhando para o pôster.

Ambos foram para a bilheteria e compraram os dois ingressos. Visto que faltavam apenas 15 minutos para começar a sessão, eles decidiram comprar logo um lanche.

Em seguida, foram para a sala 4 e lá procuraram seus respectivos lugares. Enquanto o filme não começava, se ouvia a música de fundo. Daniel então começou a jogar pipocas para o alto, tentando acertar em sua boca.

— O que está fazendo? – Ela riu ao ver todas as suas tentativas falhas.

— Me divertindo. – Esta última pipoca acertou seu olho. – Ai! – Ela começou a rir mais ainda. Aliás, já não ria, e sim gargalhava.

— Olha só o que você fez, seu bobo.

— Meu olho está ardendo. – Tentando não rir, Luana soprou o olho dele na tentativa de ajudar, porém teve outra crise de risadas e no lugar de soprar, acabou cuspindo. – Ah! Meu Deus! Agora além de estar ardendo tem baba! – Eles riam loucamente, enquanto as outras pessoas os olhavam como se fossem duas crianças completamente idiotas.

— Desculpa.

— Tudo bem. Além do que você já deve ter aprendido que pra andar comigo, tem que ter um parafuso a menos. – Nesse instante, a música de fundo parou, as luzes apagaram-se, os traillers foram apresentados e enfim o filme teve início.

Foram várias lutas, tiros e diversas outras cenas de ação. Ao final do filme, as luzes voltaram a acender e começaram a aparecer os créditos no grande telão. Ambos saíram da sala e decidiram dar mais uma volta no shopping.

— Adorei o filme. – Disse ele enquanto tirava algumas mechas de cabelo do rosto dela.

— Idem. – Sorriu enquanto pegava o punho dele, levando-o a sua cintura, propondo que ele a abraçasse.

— Hã... Lua... – Disse tirando o braço lentamente enquanto andavam pelos corredores do lugar.

— O que foi? Algum problema?

— Não acho que seja uma boa ideia.

— O que não é uma boa ideia?

— Andarmos assim. Você sabe, mesmo que aqui o movimento de pessoas seja pouco, alguém pode...

— Ah claro. Desculpe. – Logo que entendeu do que se tratava, ela o interrompeu e virou o rosto timidamente.

— Mas olha, não fica chateada.

— Não estou chateada. Eu entendo.

— Mas sabe...

— O que?

— Eu sei de um lugar em que podemos ficar a sós sem ninguém nos preocupar.

— Onde?

— Na minha casa.

— Sei... – Ela disse desconfiada.

— Não quer ir comigo? – Ele sugeriu mais diretamente ao ver que ela não deu uma resposta clara.

— Adoraria. – Formou-se um simpático e brilhante sorriso em seu rosto, que foi retribuído logo depois.

Foram para o clichê de estacionamento, pegaram o carro e foram para a casa do barbixa. Eles não pareciam ter pressa para chegar. Já eram 23: 15 da noite quando enfim avistaram a residência.

— Vamos. – Disse ele ao saírem do carro, que foi posto na garagem. Entraram na sala escura, que foi acendendo luz por luz depois que o moreno ligou os refletores e puderam enxergar o lugar com mais nitidez. – Meu celular está descarregando.

— Então bote pra carregar.

— O carregador está no quarto. – Baixou a cabeça, indo até o corredor, enquanto ela ainda estava parada no meio da sala. – Vem comigo. – Pediu solenemente andando lentamente até o cômodo, seguido dela, que assim fez.

Quando chegaram, ele procurou pelo carregador na primeira gaveta do criado mudo e não demorou muito para achar. Conectou à tomada ao lado da cama e voltou seu olhar para ela. Sorriram.

— A Lua está linda hoje. – Disse ao aproximar-se da ruiva.

— É... está mesmo. – Daniel passou por ela, abraçando-a por trás.

— Mas eu estava falando de você.

— Pelo visto a Ellen não é a única a fazer trocadilhos com o meu apelido. – Ele começou a depositar beijos em seu pescoço perfumado. Luana fechou os olhos lentamente, usufruindo do momento.

— Porque não dorme aqui de novo? Só que... – Ela já podia imaginar o que ele queria, e sem dúvidas queria tanto quanto ele. – ...desta vez estou disposto a mais. – Ela virou-se, ficando frente a ele em meio aos beijos e cheiros que recebia, pegou delicadamente seu queixo pela barbicha e selou seus lábios aos dele. Um beijo suave, porém ímpar. Certamente isso seria um “sim”.

Aos poucos ele foi pressionando-a contra a parede, quando enfim alcançou a tomada de luz. Apagou os refletores e o quarto ficou iluminado apenas pela fraca e amarelada luz do abajur. Cravou uma das mãos em seus cabelos ruivos e com a outra pressionava sua coxa, guiando-a até a cama. O desejo já tomara conta dos dois, enquanto agarravam-se e beijavam-se com voracidade. Sentaram-se na cama, ela sobre suas coxas, beijava e mordia seu pescoço, este que por sua vez já estava totalmente arrepiado.

Luana se desfez de sua jaqueta e sua camisa, arremessando-as para longe. Como réplica, o homem tirou-lhe o vestido, deixando-a desprovida de qualquer roupa, e tendo a deslumbrante oportunidade de vê-la apenas de lingerie. Seu corpo era admirável e seu busto ainda mais. Pouco tempo depois, em meio a suspiros e trocas de olhares, finalmente ficaram completamente despidos.

Só então, sem interromper o momento, ele tirou um preservativo de dentro da última gaveta, que alcançou ao esticar o braço.

Nunca que a sincronia entre romantismo e indecência rolaria tão bem. A selvageria e o romance entravam em perfeita harmonia naquele instante.

A única coisa que os dois desejavam agora era desfrutar de tudo o que o outro tinha a oferecer. Palavras, beijos, cheiros, calor e suor, gemidos, arranhões e prazer. Traçava-se ali, mais uma linha de destino. Era um passo a ser dado, uma paixão a ser vivida, e cada momento valeria a pena, dependendo não só do destino, como de ambos e de tudo o que os cercava.

A lua alta escondida entre as nuvens e uma garoa fina que insistia em cair, presenciavam a tão esperada noite de amor que há tempos foi escrita para acontecer, naquele dia, naquela noite, naquele quarto e naquela cama quente e aprazível.


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Notas finais do capítulo

Eu tava que tava no dia em que escrevi isso, hein? Caramba!
Espero do fundo do coração que tenham gostado! De verdade!
Podem esperar que ainda temos muitos capítulos pela frente, e inclusive, alguns nesse estilo.
Então só me resta dizer: obrigada por lerem e até a próxima!



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