Sob o Luar escrita por Lawliette


Capítulo 8
07 — Epílogo


Notas iniciais do capítulo

*bota fake you out pra tocar*' Dan da dan dan dan dada dan da dADARARAN

EU ESTOU DE VOLTA TRAZENDO O EPÍLOGO PRA VOCÊS COM MAIS EXPLICAÇÕES!

ha, alguém aqui realmente achou que eu não faria um epílogo pra fic que eu achava que seria uma oneshot daí virou um one com 5 capítulos e ganhou mais dois para explicações. Estão enganados. Esse é o capítulo que eu realmente estava querendo mostrar, que estava me coçando pra simplesmente postar logo de uma vez *o*'

Confesso, eu escrevi enquanto estava ouvindo uma música super feliz e repetia ode to sleep várias e várias e várias vezes. Talvez tenha combinado, eu não sei, mas é, vamos logo para o fim das coisas, mon amoures.

*já preparando os lencinhos*



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Ernst morreu a primeira vez com três anos. Algum tipo de hemorragia interna depois de uma surra, meio que os homens na casa de seu tio arranjaram para fazê-lo falar. Acusado injustamente de traição, Heiss não pôde fazer nada além de assistir o sobrinho sendo surrado até a morte.

Ernst morreu a segunda vez com cinco anos, com uma flecha atravessando-lhe o peito. Obra de um assassino contratado para matar o rei e errara o golpe, ele ouvira falar. O garoto estava brincando no jardim quanto aconteceu.

Ernst foi envenenado com oito anos. Mais uma vez um ataque contra o rei. Um veneno bem escolhido foi posto no jantar daquela noite, e quando alguém percebeu que algo estava errado, já era tarde demais para salvá-lo. Somente Eruca saiu viva.

Com nove, foi jogado da varanda do quinto andar do castelo. Ele e a irmã mais nova brincavam, e por um acidente, um empurrão foi o suficiente para fazê-lo cair e deixar a irmã chorando copiosamente depois. Foi apenas um acidente, ela continuava repetindo aos pais.

Com onze, o castelo foi atacado mais uma vez e seu corpo foi reduzido a chamas. Doze, e dessa vez ele corria pelo jardim, gritando enquanto as chamas em seu corpo eram a única coisa que podiam iluminar seu caminho.

Vinte, e dessa vez sua vida foi tirada quatro vezes em sua primeira batalha após receber a White Chronicle. Uma tentativa de salvar os amigos. Acabou recebendo um ferimento no abdômen, e quando finalmente conseguiu voltar no tempo e deixá-los vivos novamente, ele havia perdido sangue o suficiente e fora demais para aguentar.

Stocke morre por uma flecha novamente, tentando proteger um informante que lhe fora designado para proteger. Morre por uma explosão na Alma Mines. Soterrado.

Um ataque de Granorg contra a Sand Fortress. Tentando proteger Kiel. Trinta anos, desmaia por usar muito de sua força ao voltar no tempo para tentar mudar a história mais uma vez.

Ernst morre com catorze anos, e Lippti e Teo não fazem nada. Teo estava preocupado demais tentando encontrar forças para continuar e recomeçar aquilo tudo mais uma vez.

Stocke morreu outra vez com vinte e cinco anos, esfaqueado por suas próprias mãos.

Bastou um único golpe para que Teo impedisse Stocke de abrir a porta.

Ele viu o homem paralisar por um momento. Viu-o parecer confuso, e quando ele tentou se virar, Teo fez questão de enterrar a lâmina ainda mais fundo contra sua pele. Stocke caiu próximo a porta, jogado aos seus pés. Ouviu Lippti sussurrar alguma coisa. Quando sentiu sua mão ser apertada pela irmã, foi quando ele parou e se permitiu desviar o olhar.

— Essa... — Ele ouviu Lippti começar, aproximando-se um pouco mais de Teo. Em pouco tempo, seu braço havia sido tomado pelo corpo assustado da irmã. Ela tremia, ele pôde notar. — É realmente a melhor coisa a se fazer...?

— Espero que seja — murmurou Teo em resposta, a voz baixa. — Ele provavelmente iria tentar de novo mesmo com nossos avisos.

— Sim, mas... Talvez ele pudesse parar se tivéssemos feito algo... Ele poderia entender como estávamos nos sentindo, ele...

— Não, Lippti. Ele estava completamente cego pelos próprios sentimentos. Não havia mais nada a ser feito.

A menina se calou mais uma vez. Estava tremendo, assustada e com medo de olhar para a poça de sangue que provavelmente manchava o seu vestido e os seus pés, mas em algum lugar dentro de si, ela podia ver o ponto que Teo estava tentando lhe mostrar.

Stocke provavelmente nunca pararia. Stocke provavelmente nunca consideraria que Teo e Lippti estavam sofrendo com aquilo tanto quanto ele, sempre tentando fazê-lo ter a plena certeza de que já não havia mais nada a ser feito para salvar sua relação, e muito menos Rosch. No fim, os dois apenas teriam que observá-lo tentar de novo e de novo, até que ele morresse tentando ou o próprio Teo tentasse fazer alguma coisa sobre o assunto.

E agora, ele havia feito. Teo havia feito, e ela estava aterrorizada demais para olhar o resultado.

— Devíamos limpar a bagunça antes de voltar e tentar de novo? — Teo perguntou, sem desviar os olhos do que fizera.

— Eu... Prefiro não olhar por enquanto — respondeu apenas. — Estou cansada.

— Não está sozinha nisso — ele quase riu. Houve apenas um sorriso ao invés do riso de fato. — Mas temos que voltar e recomeçar de novo. Pelo bem do mundo. Pelo nosso bem.

Limitou-se a assentir. Deixou que o irmão a guiasse, descendendo as escadas na frente dela. A cada vez que ele pisava em um degrau, Lippti podia ver uma mancha de sangue ser deixada no chão, e ela se perguntou se também estaria deixando manchas ao caminhar.

Teo parou por um momento na plataforma, agora pegando a maior das escadas que havia ali. No topo, podia ver a construção flutuante com as portas fechadas, quase como se esperasse pelo regresso deles. Quem sabe aquele mundo distorcido não estivesse feliz por estarem voltando a subir aquelas mesmas escadas e recomeçar?

Por um momento, sentiu o aperto nas mãos de Lippti cessar, e ela quase se viu livre dos dedos do irmão. Ela quase teve a impressão de que Teo estava se sentindo tão irritado com a aparência das portas que os levariam de volta para o começo de tudo quanto ela. Um ódio crescente sobre aquele mundo distorcido, a situação em que se encontravam, talvez até Stocke e do fato de serem os guias de Historia, fadados a recomeçar e guiar o dono da White Chronicle para alcançar seu objetivo.

Mas no fim de tudo, não era como se eles pudessem fazer alguma coisa. Não era como se eles ou Ernst — Stocke — tivessem escolha.

Na realidade, eles nunca tiveram.


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Notas finais do capítulo

Eu espero que se a Leila ler, ela entenda agora porque Earnest desire of Grey. q

Also, caso não tenham notado, Ernst foi usado para quando Stocke não tinha recebido a White Chronicle e ainda morava no castelo do Victor com a irmã e o Heiss, enquanto Stocke para depois.

E agora vamos as explicações que só vão fazer sentido se você tiver jogado o jogo! Sim, desde o começo nós já vemos sinais que não é só o Stocke que está lidando com as coisas de voltar no tempo várias e várias vezes. No final também vemos que tem um terceiro se contarmos Lippti & Teo como um só, mas é, a verdade é que Lippti e Teo estão voltando no tempo várias vezes só para que o Stocke acabe fazendo o mesmo. O caso é que o fardo e salvar as porra toda é jogado pra cima do Stocke porque ele é o único que pode fazer isso diretamente. Lippti & Teo literalmente só vão guiá-lo pelas bodegas todas e serão obrigados a voltar e fazer o Stocke recomeçar sempre que dá errado.

Oh well... Tirando o sofrimento de lado, eu confesso que adorei ter matado o Ernstocke tantas vezes HAUAHAUAH Sério, eu realmente adorei ter feito essa primeira cena até mostrar o Teo ali. Até agora estou encarando ela com uma enorme vontade de abraçar e simplesmente levar pra casa, apesar de tecnicamente já estar em casa... Erm, vocês entenderam.

Enfim, eu realmente fiquei bem feliz em ter terminado essa segunda fic pro DeLiPa. Agora que já estamos acabados, eu posso dizer que o tema que tirei foi Insensível, e eu simplesmente não pude deixar de escrever essa história quando troquei com a Mari. Inicialmente era um outro que eu estava com dúvidas de escrever, covarde, acho? Nem sei. Mas é que eu gostei de ter escrito isso, realmente. Estou mais feliz ainda que eu sinto como se esse fosse um trabalho inteiramente meu.

Eu vou deixar aqui meus agradecimentos a Altaria, por ter me ouvido quando estava em dúvidas ao escrever o quarto capítulo. Ao Kurono, porque eu enchi ele só pra saber de lemon ou não lemon e por outras coisas ao Gil e a todos que eu enchi o saco quando estava quase acabando. Eu estou feliz, e espero que tenham gostado tanto da minha participação do DeLiPa quanto eu.

*limpa lágrima*' Verei vocês na próxima, quem sabe? Seja como for, estarei esperando vocês todos lá.



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