Sob o Luar escrita por Lawliette


Capítulo 5
04 — A confusão


Notas iniciais do capítulo

TÔ POSTANDO SEM REVISAR, podem me bater. Mas é que eu acabei de escrever a fic e levei junto o NaNo e estou muito feliz e mal posso esperar pra dividir com vocês a coisa toda çwç

Não, sério, eu acabei ficando com dificuldades nesse capítulo aqui. Não sabia muito bem se era bom por monólogos, how to Angst e cosias do tipo, especialmente porque ele tem umas aparições bem irrelevantes aqui e eu não sabia também o que fazer com o final. É, gente, foi difícil. Mas eu estou feliz. Estou feliz e quero postar tudo logo pra ir editando depois arrumando os erros e tudo o mais. Por enquanto não vejo muito para se arrumar, mas né aushaushua

Enfins, até lá embaixo~~

Oh sim, temos alguns poucos spoilers aqui também. Cuidado aos que não gostam de spoilers u_u



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Sair dali foi um pouco mais fácil do que Stocke pensara. Como a quantia de soldados com ele e Rosch já não era tão grande assim, eles não tinham tantas condições ou audácia o suficiente para manter tantos soldados de guarda. A maioria estava disposta na entrada ou numa estrada completamente diferente, e nenhuma dessas seria a rota que Stocke pegaria.

A que ele pegaria requeria uma volta um pouco maior do que ele gostaria, pequeno cuidado para não ser visto e descoberto tão rápido, e em compensação, era muitíssimas vezes mais perigosa do que todas as outras rotas para Granorg.

Uma quantia admirável de monstros costumavam passar por ali, a maioria perigosos o suficiente para que Stocke se lembrasse de ter um cuidado a mais nas horas de descanso ou quando fazia o acampamento, novamente em lugares escondidos o suficiente para ninguém poder encontrá-lo. Vez ou outra, porém, podia ter um vislumbre de uma pelagem esverdeada, e ele sabia que pertencia a um tigre de dentes de sabre e que se ele não tivesse cuidado, provavelmente seria a próxima presa do animal.

Outro motivo para aquela rota ser bastante deserta vinha do fato de que o lugar também era conhecido por mais ter mortes por ataques de monstros e animais selvagens, e Stocke viu isso ser colocado à prova assim que o terceiro dia de viagem chegou. Assim que teve de parar para o almoço e procurar um lugar razoável para ficar (o que sinceramente estava começando a se tornar uma tarefa difícil), ele teve mais um vislumbre de pelagem esverdeada. Stocke até tentou ignorar e simplesmente se afastar, mas algo a mais chamou sua atenção.

Mais especificamente, a alguns metros dele, ele pode ver um par de tigres deixando a mata, desinteressados demais nele para notar sua presença. Aparentemente, havia uma coisa muitas vezes mais próxima e mais interessante para se preocuparem. E quando ele notou o que era, o cenho se franziu e ele estremeceu.

Uma garotinha. Uma garotinha de prováveis nove ou dez anos pela altura, ele não tinha certeza daquela distância. O que dava para ter certeza mesmo era que a garotinha estava sendo encurralada pelo par de tigres, e que mais um terceiro estava se juntando a festa.

O loiro crispou os lábios. Ah sim, mais uma coisa para atrapalhá-lo quando Stocke estava tão perto do seu objetivo. Por que aquilo não tinha que ocorrer em algum outro momento, de preferência quando ele já estivesse bem longe dali? Assim não teria que se preocupar com o peso que invadia sua consciência só de pensar em deixá-la se virar por si mesmo. Ou ao menos, porque a garotinha tinha que ser uma garotinha que Stocke poderia muito bem fazer algo para ajudar? Assim Stocke podia simplesmente ir embora e fingir que anda havia acontecido, e ainda assim não se sentir mal em fazê-lo.

Oh, mas ele se sentiria caso continuasse ali só observando a cena. Ele sempre se sentiria, e foi por isso que Stocke tratou de se aproximar da pequena confusão que em breve se seguiria ali.

Os pensamentos pareceram simplesmente não importar mais quando ele estava próximo o suficiente. Tudo o que ele fez foi erguer um dos braços na frente do corpo, único movimento que bastou para que uma parede de chamar se erguer ao redor da garotinha.

Ele ouviu um grito seguido por um par de rugidos. Diante do súbito fogo e da proximidade, os três felinos rugiram tanto de dor quanto de medo, e foram forçados a recuar dali, deixando a garotinha em paz. Isso foi bom porque perderam o interessante nela assim que a coluna de chamas se desfez, e ruim porque o interesse agora estava voltado na nova presença.

Certo, agora Stocke tinha três tigres enormes e com dentes tão afiados quanto sua espada para cuidar. Perfeito.

O primeiro avançou contra Stocke, e ele só teve tempo de desviar antes do segundo também avançar. Felizmente, os três tigres não pareceram inteligentes o suficiente para encurralá-lo tão fácil, apenas impedi-lo de tirar a espada da bainha. Mas Stocke ainda tinha a magia, e ele sabia muito bem como usá-la em situações como essa.

Mais um dos tigres avançou contra ele, e Stocke ergueu a mão novamente. Uma coluna de chamas se ergueu diante dele, e Stocke apenas ouviu o conjunto de rugidos de dor, além de quase ser uma falha na parede de chamas que o felino havia tocado.

Depois disso, veio mais um movimento, e lá estava a coluna de labaredas vermelhas se lançando na direção dos três tigres, para que enfim pudessem queimar sua nova fonte.

Com apenas um único comando de dedos do rapaz, o fogo se tornou forte o suficiente para reduzir seus corpos em chamas em questão de poucos minutos.

Stocke enfim suspirou, sentindo o cansaço tomar conta de seu corpo. Pareceu que ele desviou dos tigres por muito mais tempo do que o real, suficiente para sentir os membros pesados e a respiração se tornar um pouquinho mais difícil. Ainda assim, ele acabou ignorando sua condição para procurar pela garotinha garotinha que havia acabado de salvar.

Encontrou-a no mesmo lugar de antes, onde as chamas haviam formado um círculo ao seu redor, a única falha em meio a tanta vegetação. Agora que estava mais próximo dela, Stocke pode confirmar que de fato era uma garotinha de nvoe anos, encolhida no lugar. O rosto moreno, os olhos esverdeados e uma cabeleira azul contribuíam para dar beleza á sua figura, além da jovialidade.

Ele só não podia dizer o mesmo das orelhas pontudas e o par de chifres no topo de sua cabeça.

Olhando melhor, podia na verdade ver que a parte inferior da menina também não era exatamente humana. Com a pelagem marrom e as pernas levemente curvadas, dificilmente seria.

Mais importante que o fato de Stocke estar encontrando uma sátira, era o fato de que essa sátira em especial ele conhecia. E que Aht continuava ali com praticamente o mesmo acontecimento que os levara a se conhecer da última vez, possivelmente com o mesmo destino e fazendo a mesma coisa. Stocke teria cruzado as barreiras que separavam esses acontecimentos um do outro, talvez?

A menina o encarou durante mais alguns momentos. Stocke esperou que ela dissesse algo, e Aht esperou que Stocke tomasse essa iniciativa por ela. O loiro confessava que havia esquecido como lidar com a garotinha, considerando que, tecnicamente, Aht não fazia ideia de quem ele era.

— Uhm... — A menina tentou. O rosto corava, e ela parecia incerta quanto a se levantar ou não.

— Você está bem?

— Uh... Sim... — respondeu. Hesitou por um momento, e diante da expressão indecifrável do homem, finalmente se levantou. — Você é um cara bem legal.

Ele ergueu uma sobrancelha.

— Muito obrigada — ela continuou do mesmo jeito, a animação invadindo seu rosto em forma de um sorriso. — Você é realmente um cara muito legal.

O rapaz a encarou durante alguns segundos a mai, desconcentrado e mais para dizer qualquer coisa. A sátira ainda parecia animada, ainda mais quando se aproximou dele e levantou o queixo em sua direção, como que para encará-lo melhor.

— Qual seu nome?

— ...Stocke. — E fez um sinal de cabeça para perguntar, de forma silenciosa, qual o dela.

— Stocke — murmurou ela, como que para testar como seu nome soava ao deixar-lhe os lábios. Meneou a cabeça em seguida, e continuou: — Eu sou a Aht. Que é que Stocke estava fazendo aqui por esses lados? São bastante perigosos.

Ele teve de ergueu a sobrancelha mais uma vez.

— Estava seguindo para Granorg. Mais especificamente procurando um lugar pra almoçar. Você?

— Viajando com meus tios. Não pra Granorg, na verdade, mas é mais ou menos por aqui.

— E onde estão eles?

— Lá no acampamento. Está procurando por um lugar também, certo? — Ela pareceu ainda mais eufórica. Stocke limitou-se a assentir. — Pode vir com a gente, se quiser. Vamos ficar a noite porque, como pode ver, não parece se rum bom dia para viajar.

Oh, a mesma proposta também. Isso era bom, de certa forma, mas Stocke teve de hesitar diante de sua proposta. Ao menos já sabia que viajar com Aht não tinha lá seus problemas, tirando o fato de estar perdendo um pouco de seu tempo, coisa que ele certamente não tinha o luxo de desperdiçar. Quem sabe os preciosos minutos que gastara há pouco não haviam ajudado Rosch a descobrir para onde havia ido? Três dias já haviam se passado. Ele sabia muito bem que Rosch não descansaria até encontrá-lo, e quem sabe ele não o tentasse pela noite também.

Stocke suspirou. Bem, de qualquer forma não havia muitas opções a serem consideradas agora. O uso da magia havia desgastado seu corpo, então ou ele parava para descansar por pelo menos algumas horas, ou ele não conseguiria continuar viagem.

Aceitou a proposta da sátira com um acenar de cabeça. A animação pareceu enchê-la ainda mais, e a Aht não demorou a correr para longe, pedindo para que o seguisse e fosse forçado a utilizar suas forças para acompanhar seus passos. Ela parecia extremamente ansiosa em mostrar para os tios o cavaleiro gentil que a havia ajudado e ainda mais animada em contar-lhes sobre como suas roupas vermelhas chamavam a atenção.

Stocke se perguntou como foi que ele aguentou a presença de Aht e as pessoas que deixara de ver havia um tempo. Ainda lhe parecia estranho elas agirem como se não o conhecessem e ainda mais que ele tivesse de se apresentar novamente e repetir as cenas ocorridas há tantos dias. Parecia quase com uma lembrança pela surrealidade das coisas.

E ele às vezes até pensava que fosse. Não só isso, como a situação toda em que havia sido colocado. Claro, eram pensamentos irrelevantes, e que ele provavelmente não deveria estar pensando agora considerando a situação em que havia se colocado e o que deveria fazer a partir de então. Uma vez tendo paz no acampamento dos sátiros e de Aht (talvez as palavras de Rosch sobre sua presença ser sombria demais para conseguirem interagir com ele fossem verdade, certamente conveniente agora), Stocke tratou de pensar no que fazer agora.

Segundo as palavras da carta, o que ele deveria fazer era simplesmente ir até Granorg e encontrar um grupo de soldados designados para atacá-los na Sand Fortress dentro de algumas semanas. Se fosse rápido e furtivo o suficiente, conseguiria encontrá-los e matá-los em tempo, e então se explicar para Rosch não seria um grande problema. E considerando que os sátiros disseram que ele não estava muito longe de Granorg e muito provavelmente chegaria no dia seguinte, ele se permitiu ficar um pouquinho mais confiante com a possibilidade.

Não estava muito longe. Essas palavras não só traziam uma esperança a mais, como também traziam a Stocke o assustador fato de que ele tinha percorrido uma grande distância em todos aqueles três dias de viagem. Ir para Granorg gastava o que, uma semana? Dez ou doze dias? Talvez não tanto, mas uma quantia maior que quatro ele tinha certeza de que era.

E isso tinha um significado bem grande.

Significava que não demoraria muito para calar as preocupações de sua mente sobre não chegar lá a tempo. As matariam e assim que pisasse no território inimigo, ele poderia mostrar a Lippti e Teo que seu ultimato não valia nada.

Salvaria Rosch. Permitiria que seu tempo juntos se estendesse um pouco mais, e ainda assim estaria fazendo a coisa certa, como aqueles malditos elfos sempre avisaram para fazer.

Usou disso como sua maior motivação para continuar com Aht e seus tios no acampamento pelo restante do dia. O cansaço realmente o estava incomodando, o que fez com que Stocke fizesse uma pequena nota mental para se lembrar de não usar tanta magia assim para incinerar um trio de tigres maiores que ele e que certamente demorariam muito mais a queimar que de costume.

Agradeceu como pôde pela ajuda, para compensar o trabalho a mais que estava dando ao novo acampamento, e até se viu disposto a conversar um tanto a mais com Aht e seus tios (Liese e Vanoss eram os seus nomes? Não se lembrava). Afinal, Stocke nunca se esforçara para ser uma pessoa agradável e ele sabia muito bem que era por seu silêncio constante que as coisas haviam chegado a um clima desconfortável.

Protegido pelos três sátiros, Stocke se viu capaz o suficiente de descansar por mais uma noite. Só mais alguns dias, só mais alguns quilômetros para percorrer, e ele poderia resolver aquilo tudo.

Por que, então, ele se sentia tão nervoso?


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Notas finais do capítulo

DUDUDUDUDUDUDU FIM DE CAPÍTULO! E LÁ ESTAMOS EU AQUI DE NOVO PRA ENCHER O SACO NO FIM DAS NOTAS!

Ai, gente, que amor a Aht. Eu juro que queria dar uma fic especialmente pra ela (tecnicamente é a wandering Soul que é uma Stocke/Aht não no sentido de ship porqUE A CRIATURA TEM A PORCARIA DE NOVE ANOS but a Wandering Soul é uma coisa que não estaremos comentando por aqui. Ninguém sabe da existência dessa fic, so shhh u_u). Ela literalmente fica seguindo o Stocke por aí dizendo que ele é legal porque salvou ela. :v Acho que é mais ou menos aí que o Stocke ganha aquela Mana Sight? Probably.

ENFIM, agora é a hora dos spoilers do jogo por conta de explicações. Tome cuidado você ao ler as próximas linhas.

Basicamente o que aconteceu aqui não foi que o Stocke acabou juntando as duas linhas do tempo e bugou a porra toda. Ele simplesmente acabou indo para um lugar que, an história original, não era suposto de ele ir e uma cena semelhante à outra estava ocorrendo. Sem a ajuda do Stocke aqui, Aht se salvou sozinha com os motherfucking powers dela.

Aht s2 Eu ainda te faço uma fic em que você é uma principal, minha limds. Adoro você e os seus tios, especialmente o Elm porque ele tem nome de professor Pokémon e ARE YOU A BOY OR A GIRL? AUSHAUSHAUHU mentira, gosto mais da Liese. Ela sim é daorinha e tem uma sidequest bem legalzinha, já que tecnicamente ela não está com o Elm e pá

É hora de postar o próximo. Até lá /o/



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