Os Eternos escrita por Richard


Capítulo 2
Rosengard


Notas iniciais do capítulo

Darios Kelthalar viajou para Rosengard, a terra das mulheres, em busca de informações sobre o paradeiro de sua antiga amiga Eterniana. Mal sabia ele o que ela estava fazendo. Espero que gostem! Boa leitura! Ajude com um comentário! E um favorito se realmente gostou! =)



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Enquanto andava em meio as pessoas nas ruelas do reino de Rosengard, naquela tarde, pétalas de flores caiam sobre nossas cabeças. "Rosengard é muito tranquilo." — Pensei comigo. Só estava curioso com o quanto esta tranquilidade iria durar. Eu estava indo encontrar uma antiga amiga. Uma Eterniana. Uma das poucas que ainda vivem além de mim. Continuei andando e olhando ao redor, acabei que percebi algo comigo. As soldadas reais estavam cobrando os impostos do povo. Elas que vestiam uma armadura prateada, com detalhes em vermelho no elmo. O símbolo no coração gravado em suas armaduras representa uma rosa.

Deveria estar tudo certo. Nenhum reles plebeu poderia ir contra as guerreiras de Rosengard, mas uma mulher parecia estar sendo oprimida por uma delas.

— Mas isto é tudo que eu tenho, senhora! — Disse a mulher a soldada.

— Acontece querida, que isto não é o suficiente! — A guarda respondeu.

A mulher esbelta de estatura mediana, logo de cara não parecia ter muito dinheiro, usava trapos velhos e seus cabelos negros eram mal cuidados. A guarda parecia não ligar para nada disso. Nem pelo fato de ser uma mulher, nem pelo fato dela não ter ouro.

— Já disse! Isto não é o suficiente! Se não tem o ouro, então irá presa! — Ameaçou a que estava no meio das três soldadas, aquela que parecia ser a capitã.

— Não! Espere! Por favor! Deixe-me resolver de alguma forma senhora! — A pobre mulher gritava enquanto era agarrada pelo braço, e começava a ser arrastada por uma das guardas.

Não pude ficar sem fazer nada, vendo uma mulher sendo arrastada daquele jeito, mesmo que fosse por outras mulheres. Então sem pensar em um impulso, eu disse:

— Ei! Isto não é exagero, guerreiras? — Perguntei as soldadas.

— Hã...? E quem é você? — Respondeu a que parecia ser a capitã.

— O nome não importa. Se é ouro que vocês querem, eu posso pagar o que resta da quantia da mulher. — Tentei resolver tudo pacificamente. Acontece que estas mulheres adoram brigar... Eu também não tinha que me meter, apesar de ser sábio eu jamais pude controlar meus sentimentos. Eu sempre me senti obrigado a ajudar as pessoas por ser um Eterniano. Foi assim que me foi ensinado.

Rosengard é conhecida no mundo todo, por ser a terra das guerreiras. O exército de Rosengard é composto apenas por mulheres, as mais fortes do mundo. Apesar de soar estranho neste reino, são as mulheres que protegem os homens, e as mulheres que não são guerreiras, acabam sendo oprimidas pelas que são. As guerreiras se tornaram arrogantes a ponto de se sentirem superiores a outras mulheres comuns. E eu estava lá arranjando confusão com essas soldadas. Pra quem viveu tanto quanto eu, isto não foi nada sábio.

— Você quer pagar a quantia dela? Há, há. E acha que eu vou deixar você me dizer o que fazer seu homem fracote? — A capitã disse, com um sorriso no rosto debochando de mim.

Na rua os homens se assustavam e as mulheres se empolgavam por uma briga. Tudo era diferente neste lugar. A capitã continuava dizendo:

— Quem foi que deixou este imbecil entrar na minha cidade? Não estão vendo que ele está usando uma máscara? Desde que foi decretado que os Eternianos eram inimigos mundiais foi banido o uso de máscaras para entrar nas civilizações. Então, como foi que você entrou aqui? — Interrogou a guarda no meio de todos.

— Não se engane. Eu uso essa máscara de ferro, porque meu rosto tem uma enorme cicatriz de guerra. E eu entrei aqui explicando isso para as guardas que estavam no portão principal. Por favor, vamos apenas esquecer isso. Eu pago o resto que falta da quantia da mulher. — Eu falei, tentando me justificar.

— E deixar um homem se impor? Se eu deixar isso acontecer todos vão querer fazer o mesmo. Nós somos fortes o bastante para proteger vocês, não o contrário. Além do mais é crime usar uma máscara. Porém, se você realmente tiver uma cicatriz como diz eu até posso deixar passar. Vamos, mostre-me seu rosto eu já vi muitas coisas, não vai me impressionar.

"Todos conhecem os nossos rostos, estão estampados em cartazes de procurado a cada esquina do mundo. Eu não posso tirar a máscara, caso contrário as coisas ficarão muito complicadas aqui." — Pensei comigo.

— ... — Não disse nada. Apenas o silêncio se manteve perante a capitã.

Ela começou a se irritar, seus olhos que pareciam de uma tigresa faziam uma expressão de irritação, ela logo tirou a espada da cintura, e gritou em posição de combate:

— Tire esta máscara agora, HOMEM!

Mas o meu silêncio prevaleceu. Ela então correu em minha direção, com a intenção de me atacar. Não tive outra alternativa, não podia deixa-la retirar minha máscara, então resolvi lançar uma magia. Rapidamente abri o meu livro, e li um feitiço.

— Labefactum! — Exclamei com o braço levantado e uma rajada de vento disparou de minha mão, atingindo a capitã e a jogando longe o que a fez colidir em uma das casas. Todos os que assistiam o tumulto ficaram impressionados ao me verem lançar magia.

A capitã logo se levantou, irritada, dizendo:

— Mas quem diabos é você!? Isto é magia antiga!

— ... — Eu continuei em silêncio.

— Mas será possível...? Não pode ser... Seu maldito. Você por acaso é um Eterniano? — A capitã surpresa perguntou.

— ... — E mais uma vez, segui em silêncio.

— Não vai responder? Seu miserável! Guardas! Peguem ele! — A capitã já furiosa, ordenou as três guerreiras que estavam junto consigo. Aproveitando o momento de descuido das guardas a pobre mulher começou a fugir. Ao menos eu consegui salva-la, mas ainda tinha que me salvar também. Eu não podia continuar naquela confusão então decidi usar uma magia para desaparecer de vez, procurei rapidamente no meu livro, até encontrar a magia certa e dizer:

— Evanescentis! — E naquele momento eu me tornei invisivel. Todos que assistam a cena, ficaram impressionados, ao me verem desaparecer. Evanescentis trata-se de uma magia de invisibilidade. Graças a isso pude me evadir daquele lugar.

"O que aconteceu!?" "Ele desapareceu!" — Era o que as guardas de Rosengard diziam.

— Esse miserável usou outra magia antiga! Não tenho duvidas... Ele com certeza é um Eterniano. Avisem a rainha! Um Eterniano está em nosso reino! — A capitã ordenou as subordinadas.

Evanescentis é uma magia muito boa, mas que dura pouco tempo. Apenas trinta segundos. Consegui me distanciar da confusão e resolvi me esconder algum tempo dentro de uma taverna, e quem sabe conseguir alguma informação sobre o paradeiro de minha amiga Eterniana.

Ao entrar na primeira taverna que vi, os diversos olhares dos clientes se voltaram contra mim por alguns segundos, mas depois todos continuaram bebendo. Ao me sentar no balcão, logo pedi uma bebida. Abaixei o capuz e tirei parcialmente a máscara enquanto bebia, ninguém poderia ver o meu rosto. Me aproveitando da situação, perguntei ao senhor de idade que me serviu a bebida:

— Senhor, desculpe-me incomodar mas gostaria de lhe perguntar algo.

— Ora, pois não? Diga rapaz. — O senhor me respondeu de bom grado.

— O senhor por acaso já ouviu falar de alguma Aletha Evenfall? — Perguntei enquanto colocava a máscara de volta.

— Rapaz... Você por acaso disse... Aletha Evenfall? — Ele surpreso perguntou.

— Sim.

— Aletha Evenfall, a Eterniana? Que assuntos você tem com ela meu jovem? — Fez outra pergunta, ainda surpreso.

— Nada de mais. Me diga. Você a conhece não é? Não faria esta cara se não conhecesse. — Eu percebi.

— Sim, você tem razão. É claro que eu a conheço. O reino todo a conhece! Aletha Evenfall é simplesmente a general do exército de Rosengard! — Ele exclamou, mas logo de cara não pude acreditar.

— Não pode ser... Aletha, virou a general do exército de Rosengard? Isso é impossível. Ela não pode... Não pode ter se aliado a um dos reinos que ajudaram a matar os Eternianos... Aletha... No que está pensando?

Sem perder tempo dei duas moedas de ouro para o senhor e sai da taverna. Olhando para o castelo da rainha comecei a planejar uma maneira de me infiltrar e falar com Aletha a todo custo. Agora só tenho um objetivo. Vou falar com Aletha custe o que custar!


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Notas finais do capítulo

Muito obrigado por ler até o final! Espero que tenha gostado! Se realmente gostou da história, por favor deixe seu comentário e favorito! Incentiva o trabalho! Valeu! =)