The Dollhouse- HIATUS escrita por Zia Jackson


Capítulo 4
Capítulo 3 — Valentina "cry baby" Williams


Notas iniciais do capítulo

Olá,olá. Cap novo acabando se sair do forno ♥
Ele não ficou muito grande, mas juro que o próximo será maior ♥
Bjins, obrigada pelos reviews.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/651493/chapter/4

Uma semana havia se passado desde o dia em que Valentina avistara o garoto (ou, como ela chamava-o: Sr.Lindão). No momento, George e Melanie estavam fora de casa, o que deixava à Nathaniel a perfeita oportunidade para convidar seus amigos drogados para fazer uma visitinha à casa do prefeito.

— Ô Valentina, abre essa merda de porta. — Disse Nath, esmurrando a porta do quarto da garota. — Eu sei que você escondeu algo que é meu aí dentro.

A garota aumentou o volume da música que tocava em seus fones, sem dar atenção ao irmão.

— Valentina! — A voz dele era firme, embora soasse distante, como se fosse uma parte mal arranjada da canção.

— Abre essa porta, pirralha! — Gritou um dos amigos do rapaz. — Você é uma gracinha, mas essas atitudes me fazem desistir de você.

Valentina riu, um pouco enojada em imaginar que um dos amigos ridículos de Nathaniel a achavam uma gracinha. Os murros na porta e gritos persistiram por cerca de cinco minutos, depois cessaram de vez. Aliviada, a garota abandonou seus fones de ouvido e prostrou-se em frente às grandes janelas de seu quarto. Um clique na porta a fez virar sua cabeça.

— Achou que eu fosse burro, maninha? — Disse Nathaniel, balançando uma chave dourada em suas mãos.

Droga, ele tinha conseguido encontrar a chave que Valentina escondia atrás de um quadro na sala de estar.

— Finalmente conseguimos invadir o castelo da princesinha. — Falou um dos garotos atrás de Nath. — Por que não damos uma olhada no lugar? Nunca se sabe quando algo legal vai ser encontrado...

— Tem algo bem legal aqui, sabem? — A garota disse, deslizando a mão por baixo da cortina.

— E o que é? — O outro garoto disse.

— Isso! — Gritou Valentina, empunhando um pé de cabra na mão. — Saiam do meu quarto!

Os amigos de Nathaniel correram como duas zebras fugindo de leões, mas o garoto continuava apoiado no batente da porta.

— Acha que eu vou recuar? Faça-me o favor, Valentina. Enquanto você tem um pé de cabra medíocre, eu tenho acesso ao revólver de papai.

— Ele não tem um revólver, Nath. Pare de ser mentiroso.

— Só quando você parar de fingir que não sabe da existência da arma. A garota soltou um longo suspiro.

— E que diferença faz? Você não sabe e nem teria coragem de usar uma arma dessas. Além disso, se me machucasse, chamaria a atenção da mídia.

— Eu não ligo para a mídia.

— Liga para a cadeia, eu sei disso. — Zombou Valentina. — Vá fazer algo de útil e saia do meu quarto, eu estou realmente cansada e quero dormir.

— Não pense que eu desisti...

— Sai logo.

Encarando-a, ele saiu andando de costas, trombando assim na soleira da porta. Valentina gargalhou em alto e bom som, fazendo irmão ficar vermelho de raiva.

— E ainda acha que me intimida. — Murmurou em um muxoxo — Ridículo.

Ainda rindo, Valentina se deitou em sua cama.

* * *

Era cerca de cinco horas da tarde quando a garota ouviu passos e vozes alteradas no corredor. Curiosa, Valentina caminhou na ponta dos pés até a porta de seu quarto, deixando-a entreaberta.

— Eu sou maior de idade. — Gritava Nathaniel. — Faço o que eu quiser.

— Ora, cale a boca. — George falava, segurando o braço do filho. — Faz ideia de quanto dinheiro eu tive de dar para aquele jornalista?

— Você optou pelo suborno, pra mim tanto faz se ele me viu usando drogas ou não.

— Parem os dois! — Gritou Melanie. — Nathaniel, fique em seu quarto e não saia daí até amanhã. George, vá dormir, quem sabe assim esfria a cabeça.

— Você não manda em mim, Melanie! — Urrou o marido.

George agarrou a mulher pelo ombro, chocalhando-a como uma boneca de pano. Nathaniel, irado, colocou-se entre os dois.

— Não toque nela! — Gritou Valentina, saindo de seu esconderijo.

A cabeça de todos os membros da família se viraram, encarando a garota.

— O que disse? — Perguntou George.

— Eu disse para não encostar na mamãe. Ela não é uma de suas vadias.

O pai a encarou, vermelho de raiva.

— Quem você pensa que é, garota?

— Com certeza sou uma pessoa melhor que você, que além de trair a esposa ainda faz esse tipo de coisa. Ouse fazer isso mais uma vez e eu chamo a polícia.

— Pare de blefar, Valentina.

— Não estou blefando, adoraria ver o prefeito ser desmascarado.

George deu uma longa gargalhada.

— Ah, garota, se eu cair a família toda desaba junto.

— E daí? Acha que eu realmente me importo?

— Acho. O que seria de uma garotinha mimada e patricinha sem o dinheiro do seu paizinho querido?

— Vá dormir, só volte a me dirigir a palavra quando estiver em sanidade. — Valentina disse, em tom de ordem. — Mãe, você quer dormir no meu quarto?

Sem ter uma resposta, a garota se virou para onde sua mãe estivera minutos atrás. Obviamente, ela não estava ali, mas sim no quarto de Nathaniel

Era sempre assim: Ela enfrentava o pai, cessava as brigas e, no fim, a mãe sempre dava o crédito ao filhinho querido. Era como se Valentina fossa a bebê chorona e Nathaniel o grande salvador. E, mesmo que odiasse admitir, apenas a garota e seu pai reconheciam os verdadeiros papéis de cada um naquela casa.

Mas aquilo não iria ficar assim. Valentina conseguiria seus "quinze minutos"de fama com a mãe, ou não se chamava Valentina Helene Williams.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí,o que acharam?
Bjus *-*