The Dollhouse- HIATUS escrita por Zia Jackson
Notas iniciais do capítulo
Olá,olá. Cap novo acabando se sair do forno ♥
Ele não ficou muito grande, mas juro que o próximo será maior ♥
Bjins, obrigada pelos reviews.
Uma semana havia se passado desde o dia em que Valentina avistara o garoto (ou, como ela chamava-o: Sr.Lindão). No momento, George e Melanie estavam fora de casa, o que deixava à Nathaniel a perfeita oportunidade para convidar seus amigos drogados para fazer uma visitinha à casa do prefeito.
— Ô Valentina, abre essa merda de porta. — Disse Nath, esmurrando a porta do quarto da garota. — Eu sei que você escondeu algo que é meu aí dentro.
A garota aumentou o volume da música que tocava em seus fones, sem dar atenção ao irmão.
— Valentina! — A voz dele era firme, embora soasse distante, como se fosse uma parte mal arranjada da canção.
— Abre essa porta, pirralha! — Gritou um dos amigos do rapaz. — Você é uma gracinha, mas essas atitudes me fazem desistir de você.
Valentina riu, um pouco enojada em imaginar que um dos amigos ridículos de Nathaniel a achavam uma gracinha. Os murros na porta e gritos persistiram por cerca de cinco minutos, depois cessaram de vez. Aliviada, a garota abandonou seus fones de ouvido e prostrou-se em frente às grandes janelas de seu quarto. Um clique na porta a fez virar sua cabeça.
— Achou que eu fosse burro, maninha? — Disse Nathaniel, balançando uma chave dourada em suas mãos.
Droga, ele tinha conseguido encontrar a chave que Valentina escondia atrás de um quadro na sala de estar.
— Finalmente conseguimos invadir o castelo da princesinha. — Falou um dos garotos atrás de Nath. — Por que não damos uma olhada no lugar? Nunca se sabe quando algo legal vai ser encontrado...
— Tem algo bem legal aqui, sabem? — A garota disse, deslizando a mão por baixo da cortina.
— E o que é? — O outro garoto disse.
— Isso! — Gritou Valentina, empunhando um pé de cabra na mão. — Saiam do meu quarto!
Os amigos de Nathaniel correram como duas zebras fugindo de leões, mas o garoto continuava apoiado no batente da porta.
— Acha que eu vou recuar? Faça-me o favor, Valentina. Enquanto você tem um pé de cabra medíocre, eu tenho acesso ao revólver de papai.
— Ele não tem um revólver, Nath. Pare de ser mentiroso.
— Só quando você parar de fingir que não sabe da existência da arma. A garota soltou um longo suspiro.
— E que diferença faz? Você não sabe e nem teria coragem de usar uma arma dessas. Além disso, se me machucasse, chamaria a atenção da mídia.
— Eu não ligo para a mídia.
— Liga para a cadeia, eu sei disso. — Zombou Valentina. — Vá fazer algo de útil e saia do meu quarto, eu estou realmente cansada e quero dormir.
— Não pense que eu desisti...
— Sai logo.
Encarando-a, ele saiu andando de costas, trombando assim na soleira da porta. Valentina gargalhou em alto e bom som, fazendo irmão ficar vermelho de raiva.
— E ainda acha que me intimida. — Murmurou em um muxoxo — Ridículo.
Ainda rindo, Valentina se deitou em sua cama.
* * *
Era cerca de cinco horas da tarde quando a garota ouviu passos e vozes alteradas no corredor. Curiosa, Valentina caminhou na ponta dos pés até a porta de seu quarto, deixando-a entreaberta.
— Eu sou maior de idade. — Gritava Nathaniel. — Faço o que eu quiser.
— Ora, cale a boca. — George falava, segurando o braço do filho. — Faz ideia de quanto dinheiro eu tive de dar para aquele jornalista?
— Você optou pelo suborno, pra mim tanto faz se ele me viu usando drogas ou não.
— Parem os dois! — Gritou Melanie. — Nathaniel, fique em seu quarto e não saia daí até amanhã. George, vá dormir, quem sabe assim esfria a cabeça.
— Você não manda em mim, Melanie! — Urrou o marido.
George agarrou a mulher pelo ombro, chocalhando-a como uma boneca de pano. Nathaniel, irado, colocou-se entre os dois.
— Não toque nela! — Gritou Valentina, saindo de seu esconderijo.
A cabeça de todos os membros da família se viraram, encarando a garota.
— O que disse? — Perguntou George.
— Eu disse para não encostar na mamãe. Ela não é uma de suas vadias.
O pai a encarou, vermelho de raiva.
— Quem você pensa que é, garota?
— Com certeza sou uma pessoa melhor que você, que além de trair a esposa ainda faz esse tipo de coisa. Ouse fazer isso mais uma vez e eu chamo a polícia.
— Pare de blefar, Valentina.
— Não estou blefando, adoraria ver o prefeito ser desmascarado.
George deu uma longa gargalhada.
— Ah, garota, se eu cair a família toda desaba junto.
— E daí? Acha que eu realmente me importo?
— Acho. O que seria de uma garotinha mimada e patricinha sem o dinheiro do seu paizinho querido?
— Vá dormir, só volte a me dirigir a palavra quando estiver em sanidade. — Valentina disse, em tom de ordem. — Mãe, você quer dormir no meu quarto?
Sem ter uma resposta, a garota se virou para onde sua mãe estivera minutos atrás. Obviamente, ela não estava ali, mas sim no quarto de Nathaniel
Era sempre assim: Ela enfrentava o pai, cessava as brigas e, no fim, a mãe sempre dava o crédito ao filhinho querido. Era como se Valentina fossa a bebê chorona e Nathaniel o grande salvador. E, mesmo que odiasse admitir, apenas a garota e seu pai reconheciam os verdadeiros papéis de cada um naquela casa.
Mas aquilo não iria ficar assim. Valentina conseguiria seus "quinze minutos"de fama com a mãe, ou não se chamava Valentina Helene Williams.
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E aí,o que acharam?
Bjus *-*