I am the Target escrita por Hawtrey, KCWatson


Capítulo 21
Mais um Holmes


Notas iniciais do capítulo

Obrigada a quem comentou ♥ ♥ ♥



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Estava começando a achar que pedir uma semana comum era demais e pedir um dia comum era impossível. Joan realmente não viu a intimação com seriedade até o policial tirar as algemas do cinto e prender seus pulsos. Aquilo não era um pouco exagerado? Pelo menos havia provas contra ela? Bem, deveria ter. Não imaginava Capitão Gregson autorizando tudo aquilo sem um bom motivo e era esse motivo que a estava preocupando.

Pelo o quê, realmente, estava sendo intimada?

Estava na sala de interrogatório quando se deu conta de que não sabia a resposta para aquela pergunta, olhou para o vidro escuro a sua frente e imaginou quem estaria lá, olhando-a em anonimato, então ergueu um pouco as mãos e mostrou as algemas.

― Isso é realmente necessário? Capitão Gregson... sei que está aí...

A sala permaneceu em silêncio, mas àquela altura Joan estava irritada demais para se importar com a chance de ser ignorada. Simplesmente não seria ignorada. Olhou para o vidro escuro novamente, totalmente estupefata com a situação atual.

― Ei! Já vi psicopatas sanguinários entrarem nessa sala sem algemas, sabiam? Alguém pode me dizer do que estou sendo acusada? Tenho o direito de saber.

Finalmente a porta se abriu e ela se ergueu imediatamente. Capitão Gregson entrou ao lado de Detetive Bell, ambos sentaram a sua frente, inexpressivos e formais. Ela arqueou uma sobrancelha, achando-os estranhos. Não estava acostumada a vê-los assim, nem mesmo com criminosos.

― Fique calma. ― o Capitão avisou ― Se continuar assim não iremos soltar as algemas.

Joan se forçou a parar e respirar fundo, precisava ficar calma ou pioraria tudo.

― Se quer saber Joan ― Bell começou jogando uma pasta sobre a mesa ― Está sendo acusada de ser cúmplice de Hector Holloway.

― O quê? ― exclamou descrente ― É algum tipo de brincadeira?

― Uma senhora que mora ao lado da casa incendiada de Holloway disse que viu uma mulher asiática de cabelos pretos saindo da casa dele quase toda a noite ― Capitão Gregson informou ― E outra testemunha disse que o mesmo ocorria na casa do parceiro dele antes de ser morto, Jeremy Veiga, com a mesma mulher.

Joan mal conseguia acreditar que estava mesmo ouvindo aquilo e pior! Do próprio Capitão Gregson!

― Isso é ridículo! Sabe quantas mulheres asiáticas de cabelos pretos vivem em Nova York? Minha mãe é uma delas!

― Nós mostramos sua foto para essas duas testemunhas e ambas a reconheceram. É você Watson, a não ser que tenha uma irmã gêmea e queira nos contar agora.

― Capitão, isso só pode ser algum engano ― Joan insistiu começando a se desesperar com a possibilidade de permanecer ali ― Eu nem sabia da existência daquela casa até o dia em que apareci lá.

― Você tem álibi para todas as noites da semana anterior ao incêndio? ― Bell perguntou.

Os ombros de Joan caíram, junto com sua confiança. Claro que tinha álibi, passava quase todas as noites com Joshua ou Morland, até mesmo Forllet, mas como diria isso se não podia revelar onde estava sem a autorização deles?

Porcaria de acordo!

― Onde está Sherlock?

Gregson e Bell se entreolharam, em seguida Bell respondeu:

― Holmes está no corredor, mas ele negou que estava com você em qualquer dessas noites.

― Claro que negou ― Joan resmungou e decidiu enrolar ― São noites especificas? Ou quer mesmo saber sobre todas as noites?

Gregson crispou os lábios e empurrou a pasta para ela:

― Está tudo aqui. Boa sorte em negar os vídeos.

Joan franziu o cenho e abriu a pasta. Ali estavam os arquivos do caso envolvendo ela como culpada. Havia imagens de câmeras de vídeo da rua e os detalhes do testemunho de Sara Volkner, de 53 anos, e Marllo Javier de 37 anos. Ambos confirmando a mulher asiática de pele morena e cabelos negros em lugares suspeitos, como a porta da casa de Hector Holloway e a rua onde Jeremy Veiga morava, ambos a reconhecendo como Joan Watson. As imagens tiradas dos vídeos a mostravam de costas, atravessando a rua em direção à casa de Veiga dois dias antes de o encontrarem morto.

Só tinha um problema: a mulher nas imagens dos vídeos não era ela. Era uma verdade bem clara. A mulher era um pouco mais magra e um pouco mais alta, e Joan sabia que até o Capitão Gregson veria isso sem ajuda. Imediatamente ergueu a cabeça, pronta para contestar.

― Como pode ver ― Bell interrompeu inclinando-se para apontar algo no arquivo ― Essa é você nas imagens.

Mas Bell não estava apontando para alguma imagem, na verdade apontava para uma frase feita à mão bem abaixo de uma delas.

“Atue. Precisamos de tempo!”

Ela releu aquela frase duas vezes, só para ter certeza de que seus olhos não a estavam traindo. Então subitamente fechou a pasta e os fitou.

― Quero um advogado.

― Como? ― Bell se surpreendeu.

― Não vou falar mais nada sem um advogado ― Joan repetiu pausadamente para que ele compreendesse.

Um advogado sempre demorava a chegar, pelo menos era assim sempre que alguém pedia um. Com sorte ela conseguiria entrar em contato com Joshua, avisando-o de que algo estava errado... de novo.

― Podem tirar essas algemas? ― acrescentou ao se lembrar que ainda estava presa.

― Não ― o Capitão negou sem hesitar ― Precisamos mantê-la aqui dentro. Holloway pode tentar impedi-la de testemunhar.

Uma ruga se formou entre as sobrancelhas dela ao escutar aquilo.

― Até onde sei ele deve estar escondido em algum novo esconderijo ― retorquiu ainda sem entender.

― Pode ser, mas ele não está sozinho. Já vi criminosos oferecerem milhões para conseguir se livrar de alguém.

Finalmente entendeu. Capitão Gregson estava falando da recompensa que ofereciam por sua cabeça e pela de Sherlock. Mas qual era o plano dele afinal? Mantê-la presa até que a suposta ameaça sumisse?

― Espero que não seja o meu caso ― comentou sugestivamente ― Porque a História nos mostra que muitos prédios já caíram por bem menos que um bilhão.

Esperava alguma reação de Gregson ou Bell ao seu favor quando a porta foi aberta subitamente. O queixo de Joan quase caiu com a visão ao mesmo tempo em que sentiu todo o sangue fugir de seu rosto. Fitou o homem loiro começando a ficar apavorada como futuro que ele trazia consigo.

― Forllet?

― Senhora Holmes, sinto muito pela demora. Não imaginei que começariam sem mim ― ele lançou um olhar duro aos outros dois ― Quero alguns minutos a sós com minha cliente.

Por um breve momento Joan sentiu seu coração parar, o ar a sufocando aos poucos. Forllet estar ali, revelando a si mesmo, não era um bom sinal.

Capitão Gregson se levantou, olhando-o desconfiado.

― Quem é você?

― Meu nome é Albert Forllet, sou advogado da senhora Holmes.

― Senhora Holmes? ― questionaram em uníssono.

― Quero que a soltem ― Forllet exigiu.

― Mas ela está-

― Não está ― Forllet cortou em tom letal ― Ela não ficará aqui até que me apresentem provas concretas que sustentem alguma acusação.

― Forllet? ― ela tentou chama-lo novamente.

― Não se preocupe, o seu marido já está a caminho. Vamos resolver isso.

― O quê?

Ele a ignorou.

― Agora quero ter aquela conversa particular com minha cliente.

― As provas estão na pasta ― Gregson interviu.

― Já olhei aquilo, não passam de informações soltas e imagens banais. Onde estão os vídeos originais e as gravações das testemunhas? Suponho que tenha gravações, certo? Sem isso não pode prendê-la.

 Capitão Gregson respirou fundo e pegou a pasta de volta, parecendo irritado.

― Mas posso mantê-la aqui.

― Solte as algemas ― Forllet exigiu novamente, dessa vez em um tom mais grave.

Bell suspirou e deu de ombros, levantando-se para finalmente liberar Joan das algemas.

― Podemos conversar em outro lugar que não seja um lugar para suspeitos em potencial? ― Forllet pediu erguendo as sobrancelhas.

Capitão Gregson concordou e pediu que o seguissem. Joan imaginou se o Capitão tinha alguma ideia do que ia acontecer ao escolher um andar vazio para tratar daquela fase do caso. Ainda havia alguns policiais vagueando pelo andar, mas em quantidades significantemente menores. Ainda sim, Joan achava que a chance do prédio ser explodido ou invadido deveria ser considerada com seriedade.

O primeiro que viu ao sair da sala foi Sherlock, estava completamente ereto sobre os dois pés como quando ficava em alerta. Ele ergueu os olhos assim que ouviu a porta ser aberta e lançou um olhar indecifrável a ela. Joan se limitou a respirar fundo novamente, tentando controlar os próprios batimentos cardíacos, mas o olhar de Sherlock lhe causava agonia. Estava mais do que claro que ele não confiava mais nela, que Joan havia ultrapassado um limite na parceira deles, parceria já frágil e quase inexistente para ambos.

Abraçou a si mesma e parou no meio do corredor. Sentia todo seu corpo pulsar, como se seu coração estivesse batendo tão forte a ponto de senti-lo em todo lugar. De repente estava com medo... de tanta coisa ao mesmo tempo. Era uma mistura de sentimentos bem rara em sua vida, mas que odiava. Uma raiva que crescia cada vez que imaginava os motivos de tantos problemas ou quando se lembrava das coisas que fizera de errado, um medo irracional que a consumia toda vez que imaginava seus planos falhando.

Naquele momento Joan só queria chorar.

― Tudo bem? ― Sherlock questionou se aproximando.

Ela o fitou, temerosa. O que ele estava pensando agora?

 ― Parece que tenho muito a contar, não é?

Sabia que não passavam de palavras soltas. Não teria tempo de contar muita coisa.

― Parece que suas mentiras saíram do controle ― ele corrigiu sério, afastando-se em seguida.

O telefone de Forllet começou a tocar e Joan engoliu aquela vontade de chorar. Só duas pessoas poderiam ligar naquela hora e tinha certeza que não era Morland.

― Fique calmo senhor Holmes, está tudo sobre controle. Estamos um andar acima ― ele respondeu ao atender.

Instintivamente fechou os olhos e começou a rezar para qualquer deus ou anjo que a ouvisse. Pedindo ajuda. Não estava preparada para representar aquele papel. Era mais do que sustentar uma mentira, tratava-se de levar adiante algo que parecia simples, mas que era arriscado demais para conter erros.

― Seu sobrenome é mesmo Holmes? ― perguntou ainda sem acreditar.

Joshua riu suavemente e abriu a caixinha de veludo.

― A família de Morland não é única no mundo senhora Holmes ― garantiu enquanto pegava a aliança dourada e encaixava no dedo anelar dela.

Abriu os olhos e encontrou os olhos azuis de Sherlock a fitando, mesclados em desconfiança e confusão. Resmungou em um tom inaudível. E se tudo desse errado? E se eles simplesmente não acreditassem?

― Não devia ter avisado a ele ―  disse a Forllet lembrando que se não estivesse ali, presa à policia, seguiriam o plano original onde havia mais tempo para se preparar.

Forllet a fitou com descrença.

― Provavelmente sabe que não sou o informante, senhora Holmes.

Era irritante a maneira insistente dele de sempre a chamar assim, mais irritante do que isso só o fato de Moriarty ser a tal informante.

Continuou seguindo o Capitão como os outros até entrarem uma sala ampla que devia servir para reuniões, então ela esfregou o rosto de modo cansado e deixou o corpo bater contra a parede.

― Não se preocupe tanto ― Forllet sussurrou.

Ele sabia que ela não queria nada daquilo, que não queria levar adiante o maldito plano B.

Esse plano é arriscado demais... arriscado demais.

― Joan.

Virou-se imediatamente para a porta. Lá estava ele, Joshua, com a mesma aparência e mesmo terno caro que conhecia, mas com uma expressão completamente nova. Afinal, ele também tinha que cumprir um papel. Talvez fosse inconsciente, mas Joshua parecia mesmo um Holmes, incluindo o olhar superior. Um típico bilionário que não queria dar explicações a ninguém.

Só que ninguém o conhecia.

― Calma aí ― impediu Bell.

― Não pode me impedir de ver minha esposa ― Joshua devolveu com um olhar letal.

Bell arregalou ligeiramente os olhos e lançou um olhar confuso a Sherlock antes de pedir:

― Algum documento?

Joshua revirou os olhos, retirou a carteira do bolso interno e entregou.

― Joshua Holmes ― o Detetive comprovou ainda surpreso ― E companhia ― acrescentou ao ver os seguranças particulares.

― Eu cuido da minha segurança.

― E o da sua esposa?

― Por isso estou aqui. Vamos para casa Joan.

― O quê? Espera ― Capitão Gregson interviu realmente irritado ― Será que ninguém lembra que eu ainda não a liberei?

― Não a liberou? ― Joshua retorquiu entre dentes ― Não tem que liberar nada Capitão, porque não tem provas suficientes para fazer nada.

― Por favor senhor Holmes...

― Não. Já perdi muito tempo aqui e Joan também ― Joshua acrescentou, puxando-a pela mão.

― Vocês não são casados de verdade ― anunciou Sherlock, fazendo-os parar.

Joshua forçou um sorriso orgulhoso e lançou um olhar significativo para Forllet, então respondeu:

― Se quiser, podemos discutir a veracidade de um casamento mais tarde senhor Holmes. Mas o meu casamento não é da sua conta, obviamente.

― Então alguém me deve explicações, não é Watson? ― Sherlock impediu novamente ― Casar assim e não dizer a ninguém...

― Não devemos nada a você ― Joshua cortou.

― Importa-se de deixa-la falar?

― Sim, não a quero perto de você ou dos seus colegas.

― Somos parceiros e com certeza não inclui você na conversa.

Joan engoliu em seco, temendo que um briga feia se iniciasse ali. Joshua podia não ser incondicionalmente apaixonado por ela, mas nutria uma raiva pelo filho do chefe desde o momento que soubera de sua existência.

― Não vai haver conversa nenhuma ― Forllet se intrometeu ao se aproximar de Sherlock ― Você nem deveria estar aqui já que teve um relacionamento com ela.

― Relacionamento? ― Joshua ficou sério.

― Eles dormiram juntos.

Ah seu grande filho da...

Seu braço foi puxado bruscamente por Joshua e não conseguiu conter um resmungo de dor com isso. Havia um ferimento profundo ali ainda em fase de cicatrização, ele não lembrava?

― Joshua! Vai me machucar!

Ele continua a arrastando até encontrar outra sala vazia. Empurrou-a para dentro, trancou a porta e em seguida fechou as persianas.

Agora sim esconderiam os fatos.

― O que você fez Joan? ― sussurrou exasperado ― Eu avisei, não avisei? Quantas vezes avisei para não se envolver com ele? Olhe onde está agora!

― Aquele tiroteio não teve nada a ver com o que aconteceu ― Joan sussurrou em resposta ― E Sherlock não me acusou de nada! Não é culpa dele eu estar aqui.

Joshua fechou os punhos, irritado.

― Ainda não entendeu que tudo até agora é culpa dele? E se Holloway descobrir? O que fará com Sherlock quando descobrir que vocês transaram?

― Eu sei... eu sei.

Finalmente deixou que as lágrimas caíssem. Havia colocado Sherlock em perigo, à mercê da loucura de Holloway... por amor. Bêbada ou não, jamais dormiria com Sherlock sem isso.

Joshua respirou fundo, parecendo sobrecarregado.

― O que faremos? Como seguiremos o único plano firme que temos se estamos cegos? Não como saber se isso já chegou a Holloway, se ele está planejando alguma coisa...

― A prioridade ainda é Sherlock...

― Dane-se ele! ― Joshua gritou a assustando ― O que importa agora é o que pode estar acontecendo!

― Joshua...

― Não Joan ― ele cortou, mais calmo ― Isso vai além dele. Eles encontraram sua irmã.

Joan paralisou, seu cenho franzindo o tanto quanto possível.

― Como é? ― questionou completamente confusa ― Que irmã?

Viu Joshua engolir em seco e o forçou a encará-la, exigindo:

― Do que você está falando Joshua? Que irmã?

― A filha que seu pai teve com outra mulher.

Joan praticamente sentiu sua própria temperatura caindo, a sensação terrível do chão sumindo embaixo dos seus pés. Ela tinha uma irmã? Uma irmã de sangue?

― Descobrimos sobre ela um pouco depois de Holloway ― Joshua esclareceu com cautela ― Chama-se Lin Wen. Um pouco mais nova que você e na visão dele... um pouco parecida também.

A mente de Joan clareou, finalmente estava entendendo alguma coisa.

― É ela? É ela que está naquelas imagens que estão sendo usadas contra mim?

― Sim, mas ela garantiu que não está do lado dele.

― Então que estava fazendo lá? Como sabia onde ele morava?

― Não sei, mas Wen está vindo para esclarecer tudo. Por favor, fique calma.

Joan sentiu seu controle se despedaçando com tanta força, que por um momento pensou que mataria Joshua ali mesmo.

― Ficar calma? ― exclamou furiosa ― Eu sai do meu apartamento algemada, acusada de ser cumplice de um louco que está transformando tudo em um inferno. Ele tentou me envenenar, me cortou e por causa dele fui baleada, isso nem é tudo. Estou sendo mantida aqui sem prova nenhuma só porque alguém avaliou minha cabeça em meio milhão de reais, acabei de descobrir que tenho uma irmã e que de alguma forma ela está envolvida nisso. E o motivo nisso tudo? Ah, não sei. Posso estar passando por tudo isso por motivo nenhum, quem sabe? ― ela tremeu, descontrolada e o empurrou com força ― Holloway é louco e você quer que eu fique calma? Eu estou cansada de ter calma!

Joshua quase se desequilibrou, mas agora seu olhar estava tão furioso quanto o dela.

― Estou tentando, okay? ― gritou ― Estamos tentando de tudo para ajudar você Joan, mas isso não se trata mais de apenas loucura. Não é mais entre você, Sherlock e Holloway! Há muito mais pessoas envolvidas, muitas vidas sendo ameaçadas! Não sabemos mais da metade de tudo o que está acontecendo. Quer resolver as coisas corretamente ou quer ser rápida? Porque se quer ser rápida vai lá e se entrega a Holloway, aparentemente é só você que ele quer!

Joshua estava um pouco ofegante quando terminou e demorou mais que o necessário para compreender o que tinha acabado de falar. Mas era tarde demais, Joan já estava decidida quando, subitamente, levantou-se e saiu da sala. Joshua segurou seu braço novamente, parando-a no meio do corredor.

― O que pensa que vai fazer?

― Acabar logo com isso.

Ela tentou se soltar, mas o aperto dele estava bem firme.

― Não, você precisa se sentar e respirar fundo. Está completamente descontrolada!

― E do que isso importa? ― Joan questionou furiosa, tentando empurrá-lo novamente ― Essa é a minha vida e você não vai tomar decisões por mim.

Logo Sherlock estava ao seu lado, tentando afastá-la de Joshua.

― Solte-a imediatamente ― exigiu entre dentes.

― Você ― Joshua rosnou agarrando-o pela blusa ― A culpa é toda sua! ― então lançou o punho para trás e em seguido golpeou Sherlock com toda força que conseguiu.

― Sherlock! ― Joan correu até o parceiro e ajoelhou-se ao lado dele, notando a desorientação e o sangue escorrendo de sua boca. Estava pronta para rebater Joshua quando uma voz desconhecida interrompeu.

― É um momento ruim?

Levantou a cabeça e a viu, tinha quase os mesmos olhos puxados e os cabelos mais claros, sua mais nova irmã. Lin Wen.


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Notas finais do capítulo

Gente! Logo logo um capitulo muito esperado vai chegar hein?



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