I am the Target escrita por Hawtrey, KCWatson


Capítulo 19
Frustação


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, desculpem pelo atraso. Aconteceu muita coisa nesses últimos dias... acho que já perceberam que minha vida é um pouquinho agitada ne? Enfim, sinto muito novamente.

NOTA: Capítulo na visão de Sherlock, pode ficar meio confuso ou não (depende de quem lê), mas a ideia é que vocês percebam o quanto Holmes está PERDIDO nessa história toda!
Boa leitura.



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Era o terceiro copo que ele quebrava. Não era falta de raiva ou uma tentativa falha de se controlar, apenas achava que quebrando de um por um faria um maior efeito em sua fúria. Podia ser um belo exagero. Fúria. Não era bem o que sentia, mas era mais do que raiva. Era um desejo incontrolável de quebrar tudo e esganar a todos.

Finalmente Sherlock estava explodindo.

A culpada tinha um nome: Joan Watson. Não era uma raiva dela, mas por causa dela. Ele tinha que ficar repetindo essa frase para que a verdade nela se tornasse uma constante até que a visse novamente e pudesse, enfim, derramar todas as palavras acumuladas na presença dela.

Tinha aguentado demais, não tinha? Tantas mentiras, algumas discretas e outras tão claras e absurdas que praticamente o destruía, segredos que corroíam não só sua mente como também seu ego. Eram segredos ridículos, ele sabia, ou melhor, sentia. Segredos tão bobos que o faziam odiar a si mesmo mais a cada dia por não conseguir decifrá-los. Estavam ali, bem a sua frente! Então por que ainda não conseguia entende-los? Por que ainda continuava cego?

Todas as pistas estavam ali, dicas e mais dicas. As horas fora, os hematomas, o cansaço extremo, os papeis bem protegidos e claro, sem esquecer a estranha relação com seu pai, Morland Holmes. Ah seu pai... já tentara arrancar algo dele, é claro. Neste enxergava o que achava ser as mesmas mentiras, mas havia mais... havia algo que fazia os olhos do pai brilharem  como sempre ocorria diante de um possível oponente.

Isso significava que fosse o que fosse esse segredo, Sherlock poderia tentar matá-lo quando descobrisse. E era naquele momento que temia pela vida de Joan e isso o deixava ainda pior.

As batidas rápidas o despertaram rapidamente.

― Espera!

Foi só abrir a porta que sua raiva cresceu. Como isso era possível? Tendo Holloway bem a sua frente. Sua mente logo se acendeu, ideias para assassinatos perfeitos antecedidos de torturas medievais simplesmente surgindo como se a morte fosse uma arte que ele idolatrava.

Um click bem conhecido ressoou bem próximo a sua cabeça, interrompendo sua linha quase perfeita de raciocínio. Havia uma arma apontada para ele segurada por um homem que com certeza entrara pela porta dos fundos e que Sherlock nem ouvira.

Mais um ponto para sua distração.

― Espero que esteja surpreso ― Holloway comentou sarcástico ao entrar ― Foi difícil passar pelos policiais que deveriam estar vigiando a porta.

Sherlock fechou a porta com força e o fuzilou com o olhar, nem se importando em desconhecer o fato de que deveria haver policiais vigiando o Sobrado.

― O que faz aqui?

― Não é nada pessoal, eu prometo ― Holloway garantiu com indiferença ― Apenas vim pegar algo. Uma pasta marrom bem recheada, viu por aí?

Sherlock continuou calado, respirando com dificuldade. Nunca havia sentido tanta vontade de fazer mal a alguém como estava sentindo naquele momento.

― Vou olhar no antigo quarto de Joan se não se importa.

― Eu me importo ― respondeu de imediato, automaticamente avançando na direção de Holloway.

O homem ao seu lado o impediu puxando seu braço e ajeitando a arma para sua cabeça.

― Ela não mora mais aqui ― comentou Holloway ― Então não há com o que se preocupar, só vou dar uma olhada.

― Eu quero que vá embora agora antes que eu arrisque minha vida para matar você ― Sherlock ameaçou entre dentes.

― Ora, pensei que também queria descobrir o que Joan tanto esconde.

Sherlock o fitou, descrente. Então os segredos de Joan também estavam chamando a atenção de Holloway? Imediatamente se lembrou de uma das últimas imagens que tinha de Joan em mente, uma lembrança que o deixava confuso e dolorido. Os olhos dela estavam fechados e lágrimas molhavam seu rosto enquanto uma dezena de cadáveres passava a sua frente, quando ela voltou a abrir os olhos e encontrou os dele, Sherlock notou que havia mais. Não era só a descoberta dos corpos, não era só o luto repentino... era tudo, um conjunto de coisas das quais metade ele desconhecia.

E foi naquele momento, diante dos olhos esgotados de Joan, que ele sentiu toda a sua paciência esgotar e algo ruim e determinado assumir o lugar. Aquilo tinha que acabar. Não era mais uma questão de falta de paciência ou raiva, tratava-se da vida de cada um sendo sugada por um homem que fazia do inferno um jogo. Joan estava sofrendo e isso estava mais do que nítido, estava se afogando bem lentamente em uma rede de mentiras e segredos que por algum motivo foi obrigada a criar, e se Sherlock queria ajuda-la, se queria entender absolutamente tudo o que estava acontecendo ao seu redor e o motivo de estar tão cego a esses fatos, tinha que começar por algum lugar.

Um único ponto de origem e de encontro que, ao sumir, levasse consigo a maior parte dos seus problemas.

Determinado, Sherlock se inclinou para longe da mira da arma e rapidamente imobilizou o dono dela. O primeiro disparo atingiu a mesa a centímetros de Holloway que logo em seguida se afastou. Vendo sua chance se aproximar ainda mais da porta, Sherlock usou o cotovelo contra as costelas do desconhecido e correu em direção à porta onde seu alvo já estava.

Quando ergueu a arma na direção de Holloway, notou que o mesmo não estava tentando fugir, estava ali apenas para virar as chaves e trancar a porta. Sherlock franziu o cenho e lançou um olhar confuso para o sorriso torto do homem a sua frente.

Imediatamente disparou.

Deveria ser aquele momento que ficaria guardado em sua memória por anos acompanhado de um sentimento semelhante a satisfação. Atirar no homem que causara tantos problemas e sofrimentos, responsável por tantas mortes, dono de um amor possessivo que estava, lentamente, matando Joan. Vê-lo caindo e sua vida se esvaindo aos poucos seria uma lembrança que se repetiria inúmeras vezes todos os dias antes de Sherlock finalmente conseguir dormir em paz.

No entanto, tudo o que sentia se resumia a frustação. Uma enorme frustação. Deveria saber que aquele sorriso torto e debochado de Holloway significava alguma coisa, também deveria saber, considerando todo o seu método de trabalho, que a arma falharia porque havia uma única bala ali dentro. Bala que foi disparada contra uma mesa a meros centímetros de seu verdadeiro alvo.

Mais um ponto para sua distração e agora Sherlock teria que aceitar as consequências de mais uma falha.

― Quero que diga a Joan... ― começou Holloway, em tom indiferente ― Que nada do que ela faça resultará em uma salvação. Quero que ela entenda que está se jogando em um mar cheio de animais pré-históricos que sabem muito bem se proteger e que dentro desse mar ela nem se quer vai conseguir nadar, muito menos sobreviver.

Sherlock engoliu em seco e jogou a arma no chão.

― Acha que ela tem medo de você?

― Isso não importa, meu caro Holmes ― Holloway deu de ombros, sorrindo ― Eu sou apenas um e o mar é grande demais para uma única espécie ― e acrescentou antes de dar as costas ―Tente não se esquecer disso.

Então subitamente Sherlock sentiu sua cabeça explodir em dor e ganhou sua consequência, a escuridão.

***

Havia uma mão macia e leve acariciando seus cabelos. Uma cama fria sob seu corpo e um cobertor o mantendo aquecido. Sua cabeça latejava sem piedade e subitamente todas as lembranças voltaram a sua mente.

Sentou-se abruptamente, arquejando de dor logo em seguida.

― Tudo bem, você está bem agora ― reconfortou uma voz conhecida.

― Joan?

― É Watson, lembra?

Sherlock a ignorou completamente e a puxou para o beijo que poderia ser facilmente classificado como o mais esperado e desejado. Naquele momento ele era capaz de admitir e aceitar a infinidade de erros que estava cometendo com Joan, só não conseguia lembrar-se deles. Com os lábios grudados aos dela só conseguia compreender que necessitava ser perdoado.

Só percebeu que não receberia um perdão com tanta facilidade quando foi afastado.

― Sherlock... não podemos ― Joan disse suavemente.

― Ainda nem tentamos.

Leves batidas na porta o separaram rapidamente.

― Com licença ― Andreia pediu entrando sorridente ― Como se sente senhor Holmes?

Sherlock fez uma careta e engoliu sua frustação.

― Apenas Sherlock, por favor.

― Certo Sherlock, como se sente?

― Muito melhor ― ele respondeu com pressa ― Quando posso sair?

― Vou pedir mais alguns exames e se estiver tudo certo, estará liberado.

― Andreia, você é ginecologista ― Joan lembrou confusa.

― Sou mesmo ― a médica respondeu com um sorriso torto ― Mas o senhor Ricci disse que o paciente não estava colaborando e alguém soprou no ouvido dele que talvez esse paciente seja mais obediente comigo. O que acha Sherlock? Ele está certo?

― Acho que ele está completamente louco ― Sherlock respondeu convicto ― Não me lembro de desobedecer alguém nas últimas horas.

― A enfermeira lembra bem ― Andreia insistiu ― Joan, pode nos deixar sozinhos?

― Ela não precisa sair ― Sherlock impediu.

― Na verdade precisa ― Andreia lançou um olhar malicioso a Joan ― Porque tem um homem maravilhosamente lindo esperando por ela no corredor. Acho que o nome é Joshua... ou Josh.

Joan revirou os olhos e lançou um pedido silencioso de desculpas a Sherlock que apenas desviou o olhar. Quando a porta finalmente se fechou, deixando-os sozinhos, Andreia largou os papeis que segurava sobre a cama. Sherlock franziu o cenho, confuso, quando viu o sorriso dela sumir e um olhar furioso surgir em sua expressão.

― Algum problema?

― Se há algum problema?

Então ela se aproximou em passos rápidos e furiosos e o acertou com um tapa.

― Mas o que eu fiz? ― ele questionou assustado enquanto massageava o rosto quente.

― Não acha que já magoou Joan o suficiente? ― Andreia acusou em tom controlado ― O que quer mais?

― Eu não a magoei!

― Oh pelo amor de Deus! Você levou duas prostitutas pra casa no mesmo dia que dormiu com ela!

― Não foi intencional! Eu não queria magoá-la!

Andreia riu com escárnio.

― Você tem mesmo um cérebro Holmes? Pensou o quê? Que ela não se importaria com nada disso?

― Achei que ela nem voltaria para casa...

― Ótimo! E ia fazer o quê? Preferia esconder isso dela pra sempre?

― Eu ai tentar algo diferente! ― Sherlock gritou determinado ― Eu só ia tentar... reparar tudo. Tentar algo sério, pelo menos mais uma vez...

Andreia jogou os cabelos loiros para trás e suspirou de forma cansada.

― Ama o suficiente para isso?

Sherlock não respondeu, não sabia como fazê-lo. Amava? Conseguiria passar o resto da vida ao lado de Joan? Aguentaria finalmente estar preso a alguém por uma ligação tão forte quanto o amor? Saberia amar?

A médica virou-se para ele e lhe lançou um olhar sério.

― Ama Joan o suficiente para conseguir fazer isso?

Ele continuou calado, incerto sobre o que dizer. Era algo novo ou ao menos parecia ser, um campo pouco explorado e que poderia mudar sua vida para sempre.

― Só se aproxime dela novamente quando estiver seguro do que sente ― Andreia alertou em tom letal ― Joan está sofrendo Holmes, sofrendo com coisas que nem se quer pode imaginar, sofrendo o suficiente para ainda ter que lidar com sua incerteza. Magoe-a novamente e coloco fogo na sua casa com seus precisos bens dentro.

Sherlock franziu o cenho e nem ousou se mexer quando a viu sair. Andreia estava certa, ele havia magoado Joan a nível que ainda não compreendia, mas sabia que aquele erro dificilmente seria perdoado. Ser assim era um dos motivos que o fazia negar o amor, pois não conseguia compreendê-lo e muito menos lidar com ele.

― Olá papai.

Olhou na direção da porta e não conseguiu conter um sorriso. Aproximando-se da cama estava Kitty com um Arthur sorridente em seus braços.

― Vi uma médica sair um pouco irritada daqui ― ela comentou colocando Arthur sobre as pernas dele ― Fez alguma coisa?

― Acho que não fui obediente ― ele mentiu.

Encarou os olhos azuis da criança, tão parecidos com os seus, e sorriu novamente se lembrando da primeira vez que o carregara. Não queria fazê-lo, nem sabia como, mas lembrou que Joan estava esperando pelos dois e esperando por uma atitude realmente notável dele. Aceitar o próprio filho e carrega-lo já seria um bom começo para Sherlock.

― Ela não vai voltar, não é?

Kitty lhe lançou um olhar significativo, compreendendo-o.

― Não. Não sei o que está fazendo Sherlock, mas não está dando certo. É melhor mudar de tática.

― Mudar de tática?

― Todo mundo já viu que vocês se gostam e Joan costuma ser bem compreensiva, então eu acho-

― Que fiz algo muito errado ― completou Sherlock desanimado.

― Não ― Kitty negou chamando sua atenção ― Acho que não está fazendo nada certo.

― Nada?

― Nada. Se você tivesse feito algo errado ou muito errado, acho que Joan compreenderia. Ela vive com você há anos, conhece você melhor que qualquer outro.

― Mas ela está desistindo de mim.

― Isso significa você esgotou o estoque de paciência dela Sherlock e não fez nada para mudar isso.

***

Voltar ao Sobrado foi realmente um alivio, mas com certeza se sentiu muito melhor ao sentir um cheiro inconfundível de tempero e comida bem preparada.

― Joan avisou que vinha cozinhar ― Kitty anunciou lançando um olhar desejoso para a porta ― Acho que ela já chegou.

Sherlock caminhou em passos lentos até a porta e já estava quase a abrindo quando Kitty o impediu.

― Lembre-se de começar a fazer as coisas certas ― ela pediu em tom sério.

O consultor engoliu com dificuldade e acenou a cabeça levemente, concordando. Não tinha ideia de como faria isso, de como tentaria algo envolvendo um sentimento que se quer conhecia direito, mas estava cansado de ver pessoas – mesmo que raras – mudando suas próprias por causa dele. Joan estava entre elas e se ele tinha que mudar por alguém, seria por ela.

― Prometo conseguir dessa vez ― ele garantiu com firmeza.

― Isso é ótimo.

Kitty abriu a porta e o cheiro da comida aumentou exponencialmente. A Sra. Hudson foi a primeira pessoa que Sherlock viu, ela estava arrumando sua bolsa quando ergueu a cabeça e o olhou, sorrindo em seguida.

― Sherlock! Que bom que melhorou...

― Eu já estava bem Sra. Hudson, muito obrigado ― ele respondeu rapidamente ― É a você a responsável por esse cheiro maravilhoso?

― Oh, não. Eu já estou de saída, Joan é a responsável por isso.

Joan realmente estava ali e não o ignorando como ele pensara, e ainda estava cozinhando!

― Joan? ― Kitty chamou inclinando a cabeça para olhar na cozinha, logo começando a sorrir.

― Kitty, vem ― ouviu Joan chamar ― Preciso da sua opinião.

Sherlock se deteve no corredor, observando a Sra. Hudson fechar a porta enquanto lhe lançava um olhar encorajador antes de sair. Isso o fez pensar na clareza de seus sentimentos. Estava assim tão obvio o que sentia por Joan? Até onde notara muitos já haviam notado aquele sentimento antes dele mesmo, até Kitty disse que todos já sabiam. Isso significava que Joan era cega em relação a ele ou que simplesmente o ignorava?

E pela primeira vez o medo da solidão lhe atingiu com força. E se fosse, curtamente, rejeitado por Joan?

― Sherlock?

― Estou indo!

Caminhou apressadamente até a cozinha onde Kitty e Joan já estavam arrumando a mesa. Observou a última com cuidado e atenção. Joan estava, de algum modo discreto, diferente do habitual que expressava nas últimas semanas. Ainda parecia cansada e seus olhos ainda estavam um pouco baixos, mas ela se esforçava para mostrar que estava verdadeiramente feliz. Isso o confundiu.  

Então Sherlock percebeu que era a sua intuição querendo sua atenção, sua mente querendo força-lo a pensar em algo importante. Havia alguma coisa em Joan que deveria estar notando naquele momento, uma verdade que provavelmente estava estampada nos olhos e nos gestos dela. Uma informação crucial.

Mas ele não conseguia ver nada. Sentia que seu cérebro estava trancado e inacessível, sentia a agonia da incapacidade. E quando Joan se ergue e o fitou nos olhos ele só conseguiu notar uma informação: Joan Watson continuava sendo seu enigma particular.

― Sherlock, você precisa provar essa macarronada ― Kitty chamou sua atenção se servindo de um prato.

― E todo esse aroma vem de uma macarronada? ― ele se forçou a dizer ainda sem quebrar o contato visual.

― E não é verdade? Eu sinceramente não sabia que Joan conseguia fazer milagres na cozinha, mas com esse prato estou começando a achar que casaria com ela só pela comida.

Joan finalmente desviou o olhar e forçou um sorriso para Kitty:

― Tenho que começar a andar com um prato de comida então, talvez assim eu satisfaça minha mãe com um casamento.

Kitty ergueu os olhos, surpresa.

― Sua mãe quer que você case?

― Desde os vinte e cinco anos.

― Que coisa chata. E você Sherlock? Já pensou em se casar?

― Eu fui casado uma vez.

Kitty paralisou, os olhos arregalados pela revelação. Mas Joan apenas riu e comentou:

― Ele está mentindo, eu saberia se houvesse um casamento na vida de Sherlock Holmes.

Sherlock riu suavemente quando se sentou a mesa. Estava completamente mais calmo agora, sua mente finalmente estava seguindo algum ponto fixo. Uma pista.

― Acho que está muito confiante ao afirmar que conhece tudo sobre mim, Watson.

― Não é você que sabe tudo sobre todos? ― Joan devolveu no mesmo tom, sentando-se a frente dele ― Por que não posso me arriscar com essa afirmação?

― Obviamente porque não sou qualquer um, minha mente é um lugar muito bem trancado.

― Você está certo ― ela concordou indiferente ― Você não é qualquer um, você é o Sr. Sabe Tudo que no momento não está sabendo muita coisa sobre mim, a mulher que ficou ao seu lado mais tempo que qualquer outra.

E quando Joan sorriu, Sherlock sentiu que o próprio sorriso fora arrancado e colocado no rosto oriental dela. Ali estava o motivo de sua raiva, a verdade oculta sendo esticada bem aos seus olhos e ainda assim ele não a compreendia. Joan estava, claramente, ressaltando o fato de que ele nada sabia sobre o que ela estava fazendo ou o que estava acontecendo ao seu redor. Foi um fato que ela fez questão de esclarecer, não com todas as letras, mas com todos os gestos.

Sherlock Holmes não conseguia deduzir nada sobre Joan Watson e Joan Watson estava se aproveitando dessa inabilidade de Sherlock Holmes.

O que restava agora na mente singular de Holmes era uma questão obvia: por que Watson tinha tanto fervor em esconder até os detalhes insignificantes do que fazia e agora estava, silenciosamente, jogando pistas sobre a mesa?

O que havia mudado?


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Notas finais do capítulo

NOTAS: Para quem não notou, sim, houve mudança em Joan Watson. Não é BEM uma drástica, mas logo vocês vão entender e sim, houve motivos para essa mudança. Então muita calma quando forem perguntar algo kk

Mas então, o que acharam?

OBS: Se esse final ficou com palavras repetidas ou erros ortográficos, ignorem. Ele já estava pronto, mas tive que passar do caderno para o computador e é um pouco tarde, tô com sono... mas não queria deixar para de manhã pois estou com mendo de cair pedaços do céu em forma de chuva e a internet sumir.



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