Um Novo Inimigo? escrita por Tamao-chan


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

O que eu posso fazer? Minha imaginação não é boa para inventar títulos ¬_¬'



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Era mais um desses dias comuns para Dante. Nenhum telefonema, nenhum cliente, nenhum nada. Normal. Ele tinha acabado de sair do banho, e esfregava seus cabelos brancos com as mãos para, tentar, seca-los. O telefone em cima de sua mesa começou a tocar. Ele olhou para o mesmo e disse, como se o telefone pudesse responder:

 

-Barulhento...

 

Sua cadeira estava no chão, e como a preguiça é grande, ele simplesmente a chutou. Ela deu algumas cambalhotas no ar, antes de para no chão. Ele se sentou nela e apoiou os pés na mesa com força suficiente para fazer o telefone sair do gancho e ir até sua mão.

 

-Hum... Já vi isso em algum lugar – ele disse meio distraído.

 

Porém, o telefone pareceu se aproveitar dessa distração do nosso herói e acertou-lhe no queixo, o que o fez cair da cadeira. Ele se ergueu, aparentemente com raiva do pobre eletroeletrônico antigo, que agora parou de tocar. Ele deu um pisão na beira do telefone, que o fez subir e parou na mão de Dante, que estava posicionada para segura-lo. Ele o colocou na orelha, porém, seja lá quem tivesse ligado, já desligara.

 

-Eu não acredito que machuquei meu queixo por nada! – reclamou enquanto colocava o telefone novamente no gancho.

 

Ele chutou a cadeira novamente e se sentou nela. O telefone começou a tocar de novo. Dante o encarou com uma cara de deboche

 

-Ah, isso é um desafio? – ele perguntou zombateiro.

 

Ele novamente apoiou os pés com força na mesa, e o telefone voou novamente do gancho em direção ao queixo do herói. Ele simplesmente virou a cabeça para o lado e desviou do telefone desgovernado.

 

-Há, quem é mais esperto agora?

 

Porém, ele aparentemente esqueceu que atrás dele há uma parede e logicamente, o telefone bateu nela e quicou contra a cabeça de Dante. Ele já estava para destruir o telefone, mas antes, precisava saber o nome do ser energúmeno que estava ligando para ele.

 

-Alô? – Dante disse com um pouco de raiva, enquanto esfregava a mão na cabeça.

 

-.... Eu sei... – uma estranha voz gemia no telefone, macabra e fina – o que você fez... no verão passado...

 

-Ora, todo mundo sabe, é só jogar o jogo – Dante disse em uma simplicidade tremenda.

 

-... eu sei... o que você fez...  no verão futuro...

 

-Epa, mas eu ainda nem fiz nada – Dante estranhou – Calma, quem é?

 

- você tem.... 3 semanas.... de vida....

 

-Olha, se fosse para eu ganhar um dólar a cada pessoa que liga aqui e me ameaça de morte eu já estaria bilionário, ser das profundezas que eu não sei que é.

 

-Os sinais... irão começar.... 3 semanas.... – e logo após isso, o telefone foi desligado.

 

-Cara estranho –Dante jogou o telefone no gancho  

 

Ele se levantou da mesa e foi até sua mesa de sinuca. Jogar um pouco ia fazer o tempo passar. Quando ele estava pronto para acertar a bola branca, a porta da entrada foi escancarada por alguém e no mesmo momento um terrível raio caiu lá longe, e fez um barulho assustadoramente alto. Dante fincou o bastão do jogo de sinuca por dentro da mesa.

 

-Poxa, podia ter batido né?! – Dante disse retirando o bastão da mesa e olhando para a porta.

 

-Finalmente... te achei... Dante!! – a pessoa estava molhada, como se tivesse acabado de sair de baixo da chuva.

 

-Que bom né Vergil? – Dante se virou para a mesa de sinuca - Agora deixa eu voltar ao meu jogo e... – ele parou um momento, ele olhou para trás e viu Vergil, na porta da sua loja.

 

Eles ficaram se encarando.

Por alguns minutos.

Sem nenhuma fala.

 

-Zumbi – foi a palavra de Dante que quebrou o emocionante encontro dos irmãos.

 

-Idiota.

 

-Você não deveria estar morto?

 

-Deveria. Não faço a menor idéia do que estou fazendo aqui.

 

-Por que você ta molhado se nem ta chovendo?

 

-Eu não sei... Tem chá?

 

-Claro que não – Dante se virou novamente para sua mesa de sinuca.

 

-Bem, de qualquer forma – Vergil entrou na loja do Dante e se sentou no sofá que estava perto da mesa, onde estava o telefone.

 

-Posso saber o que você quer? – Dante pergunta acertando a bola branca, que fez as outras se dispersarem.

 

-Alguem muito estranho ligou para mim agora pouco – Vergil respondeu olhando o celular – não dá para rastrear o número do telefone, nem localizar via GPS.

 

-E o que eu tenho haver com isso?  - Dante pergunta sem interesse olhando a situação que sua primeira tacada lhe ofereceu.

 

-Ela falou exatamente essas palavras – Vergil dá um toque na tela do seu celular e ele começa a reproduzir uma voz.

 

Eu sei... o que você fez... no verão passado... eu sei... o que você fez... no verão futuro... você tem... 3 semanas de vida... os sinais... irão começar... 3 semanas... tu...tu....tu...

 

Dante olhava para seu irmão gêmeo perplexo. Vergil, segurando o celular apontado para Dante, pergunta:

 

-E então? O que me diz?

 

-Só uma coisa... – Dante pareceu sério por um momento – Onde você comprou um celular tão legal?

 

-Se concentra no caso, idiota! – Vergil, em um ato de raiva, tacou a primeira coisa que sua mão conseguiu segurar, e no momento, perto do sofá, tinha um abajur, e foi exatamente isso que ele jogou contra a cabeça do Dante.

 

E logicamente, como Dante parece estar em seus dias de azar, o abajur estourou contra sua cabeça. Ele pôs as mãos rapidamente sobre a cabeça e resmungou algo sobre nunca ter reparado que tinha um abajur enquanto esfregava o novo machucado do dia

 

-Be,bem – Dante disse se levantando ainda com uma das mãos no novo machucado – e você quer que eu faça o que?

 

-Você reparou bem na voz? – Vergil perguntou, colocando novamente o celular para reproduzir a mensagem. – não é voz humana.

 

-Então, você está sugerindo que, um demônio ligou para nós e nos ameaçou de morte? – Dante disse se sentando na cadeira na frente da mesa de novo.

 

-Exato... calma, para “nós”?

 

-É, esse aí também ligou para cá...   faz... nem cinco minutos...

 

-Estranho... – Vergil apoiou a cabeça em uma das mãos e o braço da mesma ele apoiou no joelho.

 

-Depois de dois meses sem telefonemas, ou pedidos, o primeiro que me vem é uma ameaça de morte – Dante reclamava enquanto pegava uma revista que estava em cima da mesa. – Pensei que finalmente os cobradores do telefone tinham desistido. Eles ficavam ligando para cá toda hora. Depois que eu parei de pagar eles finalmente param de me encher...

 

-Dante... você sabe que, quando se para de pagar a conta do telefone, ele não funciona né?

Dante encarou Vergil.

E Vergil o mesmo.

 

-Não... – foi a resposta para a pergunta de Vergil.

 

-Você é um tosco mesmo... me pergunto como você pode ser meu irmão... – Vergil leva a palma da mão ao rosto e suspira.

 

-Bem, pelo menos eles pararam de me encher – Dante volta a ler sua revista.

 

-Mas, como alguém... ou algo, pode ligar para você, se você não está mais com o telefone?

 

Logo após a observação de Vergil as luzes do cômodo começaram a piscar. Piscavam sem parar, era de dar dor de cabeça.

 

-Dante, você também deixou de pagar a conta de luz? – Vegil perguntou como quem não acreditava naquilo.

 

-Epa, eu paguei sim! Deve ser a fiação... – Dante disse olhando para a lâmpada piscando rapidamente.

 

De repente, a lâmpada explode, fato que assusta os dois presentes.

 

-Era só o que faltava... – suspirou Dante.


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