Capítulo 6 – A Noite em que tudo Começou – Parte 1

A Sala Secreta – 11 PM

Lya olhou para o coelho dourado. Bonnie estava desativado, como sempre. Fazia alguns dias que o coelho velho não ligava, e quanto mais tempo passava, mais Lya achava que o coelho não voltaria a se ligar. Levantou-se e pôs-se a parede que ela sabia que a porta encontrava-se. Já havia se acostumado com a escuridão, até podendo enxergar boa parte das coisas no escuro.

A gata passou a mão na porta, tendo poucas esperanças da própria se abrir.

—Olá Lya.

A gata vermelha e marrom virou-se para a figura. Sabendo que ele falaria com ela novamente.

—O que foi? Faz pelo menos alguns meses que você não vem aqui. Por que você voltou? – Seus olhos amarelos encararam o animatronic.

—A pizzaria está prestes a virar um caos, Lya. Necessitamos da sua ajuda.

Lya passou sua mão no rosto, encostando sua mão na cicatriz proveniente do nariz, que termina na lateral do queixo da própria.

—O que houve? – Lya questionou, não imaginava o motivo dele estar ali.

—Uma guerra está começando.

Game Area – 11 PM

BB ligou-se. Não conseguia se lembrar do que aconteceu para Jeremy o desligar, porém Balloon Boy conseguiu se religar. Era incrível a habilidade de alguns animatronics de religarem-se sozinhos e Balloon Boy era um dos únicos que fazia isso. Além da Puppet e Mangle.

Olhou em volta até parar em Clara. Mexeu-se até a coelha e a ligou.

—Hã? Olá crianças e bem-vindos há... – Clara parou e encarou Balloon Boy e olhou para todos os lados. – Onde eu estou?

—Bem-vinda há Freddy Fazbear Pizza! – Balloon Boy falou, e logo em seguida o relógio marcou meia-noite.

Show Stage – 12 AM

Toy Freddy foi o primeiro a ligar-se e pulou do palco se deparando com uma caixa à frente dele.

—Mas que porr* é essa? – Toy Freddy falou sozinho e desviou-se das caixas, até encontrar Balloon Boy falando com uma coelha.

—Balloon Boy?!

Área Principal* – 12 AM

Clara estava confusa. Quando olhou para o garotinho e o urso, não sabia o que estava acontecendo.

—Hã... Ah, oi Toy Freddy. – Balloon Boy falou, encarando ambos os animatrônicos.

—O que está havendo aqui?! – Toy Chica ligou-se, juntamente com o coelho azul. Ambos olharam para frente, vendo apenas um acúmulo de caixas, Toy Freddy, Balloon Boy e uma coelha estranha.

—Quem são vocês? – Clara questionou, e logo todos os Toys começaram a falar ao mesmo tempo.

—Silêncio! – Ninguém ouviu o garotinho dos balões, porém ouviram o outro animatronic que falou a mesma coisa que Balloon Boy.

Quando Mangle, pendurada na parede, gritou todos pararam em seus cantos, olhando para a Toy Foxy e Balloon Boy.

—Posso falar agora? – Balloon Boy perguntou para ninguém em especifico, então, ninguém o respondeu. – Vou levar esse silêncio como um ‘sim’. Bem... Freddy, Bonnie, Chica, Mangle, apresento Clara, a nova animatronic.

—Como assim? Vamos ser substituídos? – Toy Freddy questionou, encarando o robô.

—Não exatamente. – Balloon Boy falou, encarando os Toys. – O Sr. Fazbear comprou mais animatronics para termos mais atrações. Ele fez isso para ganhar mais atenção dos clientes.

—Então não vamos ser substituídos? – Toy Bonnie perguntou.

—Não. Vamos ter... Novos Toys.

—Por que vocês se chamam de Toys? – Clara questionou, encarando os robôs.

—Digamos que... Não somos os únicos Freddy, Bonnie e Chica. – Toy Freddy falou.

—Podemos parar de enrolação e vamos abrir essas caixas? – BB perguntou, claramente impaciente.

O Porão – 12 AM

Skar agarrou sua cauda-espada e olhou em volta. Hunter e o Endoesqueleto haviam sido legais com ele. Legais demais. Começava a achar estranho tudo aquilo. Não sabia o motivo daquilo e nem queria saber. Seus seis braços bejes escuros estavam parados, tendo apenas dois funcionais, por enquanto. Quando sentiu alguns fios soltando não sabia que eram os fios dos braços. Estava tentando consertar os braços mais parecia ser impossível. Precisaria de um especialista. Levantou e pôs-se a partir daquele lugar.

—Aonde você vai? – Hunter questionou o escorpião preto acinzentado. Os olhos vermelhos de Skar analisaram Hunter. O escorpião sorriu.

—Sobreviver.

Prize Corner – 12 AM

Puppet finalmente pôde sair da caixa de música. A melodia parou e a marionete teve novamente seus olhos ficando completamente negros. Marionete riu e saltou da sua casa-prisão. Seu corpo magro e fino esticando em meio à sala onde ela se encontrava, espreguiçando.

—Finalmente livre. – Marionete olhou para os lados, vendo se havia ou não alguém a espiando. Depois de ter certeza de que não havia ninguém ali, satisfeita, Marionete sentiu uma presença e logo falou para o animatronic que estava ali.

—Não tenho nada a mais para dizer, velho amigo.

—Eu sei. Mas não é por isso que estou aqui. – O animatronico disse.

—E por que está aqui? – Marionete questionou.

—Para ter certeza. – Ainda nas sombras, a figura misteriosa disse.

—Certeza de quê? – Marionete questionou.

—De que a guerra vai ou não começar.

Uma das caixas, Área Principal – 1 AM

O lobo abriu os olhos finalmente ativo. Parecia ter tido um delei. Ele se moveu no lugar fechado e apertado, tentando sair. O animatronic jogou seu corpo derrubando a caixa. Balloon Boy viu a caixa caindo e se aproximou, abrindo-a. Blake caiu de cara no chão. O robô se levantou e encarou Balloon Boy.

—Obrigado. – O lobo agradeceu o garotinho animatrônico, encarando-o logo em seguida. Surpreso, o recém-chegado encarou as caixas jogadas por todo o lugar, sendo incrível aquele amontoado de caixas.

—E você quem é? – Toy Freddy questionou.

—Eu não sei – O animatronic em formato de lobo respondeu.

—Blake – Balloon Boy disse, olhando para a tampa da caixa que o “Blake” saíra.

—Como sabe disso? – Toy Bonnie perguntou, desconfiado.

—Está na tampa. – Balloon Boy mostrou a tampa da caixa para Bonnie.

—É verdade, está mesmo escrito. – Mangle olhou agarrada ao teto para a caixa.

—Ah! Esqueci. – Toy Freddy encarou Blake. – Bem-Vindo a Freddy Fazbear Pizza! Um lugar má----

—Ok, Ok. Agora que conhecemos dois dos novos animatrônicos, que tal abrirmos as outras caixas? – Toy Chica sugeriu ao lado de Clara.

—É ela tem razão – Balloon Boy disse, separando outra caixa. – Hora de abrirmos estas caixas.

Continua...