Crônicas de um Jovem Rei escrita por MisuhoTita, Vanessa Sakata, TommySan, Sally Yagami


Capítulo 8
Uma triste notícia


Notas iniciais do capítulo

Sally mais uma vez trazendo um capítulo novo de crônicas.

Boa leitura!



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− Gregory, como está a Astrid? – a voz do rei zardreniano é pura ansiedade – Ela vai ficar bem?

As palavras de seu rei fazem com que uma profunda tristeza estampe a face do Conselheiro Gregory. Procura as palavras certas para dar a notícia... As palavras que façam com que esta dor se torne, nem que seja um pouco menor. Por mais que ele saiba que isso é muito difícil, é este seu desejo.

− Sua Graça. – Gregory finalmente encontra as palavras certas para dizer – Eu sinto muito mas, conforme sua Majestade já imaginava, eu não pude fazer nada para salvar o bebê. A rainha Astrid foi atingida no ventre, e, foi um corte muito profundo, ela sobreviveu por um milagre.

− Eu já imaginava, Gregory. – a voz de Cassius é de profunda tristeza – Mas, eu tenho a impressão de que você não me disse tudo o que queria dizer.

− Não, Sua Graça. – a voz do Conselheiro deixa claro todo o seu pesar – Sua Majestade, é com uma imensa tristeza que sou obrigado a dizer que Sua Majestade, a Rainha Astrid nunca mais poderá conceber um filho. O golpe da espada do Lorde alkavampiano foi fundo demais. Eu lamento, mas a rainha nunca lhe dará outro filho.

As palavras do Conselheiro Gregory são como uma facada no coração de Cassius e, ele sente amargas lágrimas querendo se formar em seus olhos. Fecha os olhos e os abre em seguida, a fim de reprimi-las. Não pode ser fraco agora, precisa ser forte por Astrid e também pelo Landon, que está em estado de choque, os dois precisam dele nesse momento e, precisa ser um o pilar que irá sustentar os dois.

− Gregory, posso entrar para ficar um pouco com a minha esposa?

− Certamente, Sua Graça. Mas, é meu dever avisar que ela está desacordada.

− Não importa, Gregory, pois eu quero apenas estar ao lado dela.

Gregory se afasta e Cassius adentra seus aposentos, fechando a porta atrás de si. Sem fazer barulho se aproxima da cama e se senta ao lado da esposa, que continua adormecida.

Vê o rosto anormalmente pálido de Astrid e uma pontada de dor invade o seu coração, ao mesmo tempo em que um grande sentimento de culpa invade seu coração. Se não tivesse perdido tempo lutando contra aqueles cinco Cavaleiros alkavampianos e ter ido defender a sua família, talvez o resultado disso tudo fosse diferente.

Mas, ao invés de ir defender sua esposa e seu filho, perdeu tempo em uma luta inútil e, Astrid foi quem defendeu Landon a custo não apenas do bebê que carregava em seu vente, como também a chance de um dia serem abençoados com outra criança.

E quanto a ele, sente que não honrou seus ancestrais. Sente no fundo de seu coração que envergonhou todos os grandes reis que regeram Zardren no passado, todos os seus antepassados devem se envergonhar dele neste momento.

Cassius de Zardren, neste dia, não cumpriu seu dever como rei, como marido e como pai.

Segura uma das delicadas mãos de sua esposa, enquanto a culpa continua a corroê-lo por completo, pois sabe que, jamais irá se perdoar. Por mais que Astrid o perdoe pelo que ele fez com ela, ele mesmo jamais se perdoará, essa culpa, carregará por todos os seus dias, enquanto viver.

Essa culpa é, para ele, a grande marca de seu fracasso e, por mais que digam que ele não tem culpa do que aconteceu, a verdade é outra... A verdade é totalmente diferente... A verdade é que neste dia, ele não honrou o título de rei do reino livre de Zardren...!

Aos poucos e de forma bem lenta, Cassius vai sentindo as mãos delicadas de Astrid se movendo, olha para o rosto de sua esposa e, percebe os belos olhos castanhos o encarando de forma triste.

− Como você está se sentindo, meu amor? – pergunta o rei zardreniano.

Cassius ajeita umas almofadas e em seguida ajuda sua esposa para se sentar, para que ela possa se recostar nas almofadas.

− Landon...? – a voz de Astrid é demasiado fraca – Onde está o Landon...?

− Não se preocupe, meu amor. O Landon está dormindo nos aposentos dele. O Gregory deu a ele um chá com algum tranquilizante para ele dormir, pois ele está em estado de choque.

− Ele está ferido...?

− Não, ele saiu ileso, Astrid.

A rainha zardreniana olha para seu ventre, o local envolvido por faixas, e, não consegue conter as suas lágrimas. Sabe o que aconteceu, não precisa que ninguém lhe diga. Depois do golpe que recebera, não é preciso adivinhar. Mas... Não se arrepende... Em nenhum minuto se arrepende do que fez... Porque Landon é mais importante... E, para uma mãe, não há nada mais importante do que o filho...

Landon é quase um bebê e precisa ser protegido... E ela, como mãe, tem o dever se proteger seu filho acima de qualquer coisa...

Sem pensar duas vezes, Cassius abraça a sua esposa, e, deixa que ela derrame as suas lágrimas, todas que ela quiser pois, ele ainda precisa dizer a ela a pior parte da notícia... Precisa dizer a ela que, o ventre dela nunca mais será capaz de gerar uma vida.

Mas como...? Como dar esta notícia a ela...? As palavras lhe faltam ao mesmo tempo em que sente as lágrimas de sua esposa molhando as suas vestes, mas não se importa, deixe que ela chore o quanto quiser.

Aos poucos, Astrid consegue se acalmar e, Cassius volta a segurar as mãos dela, sabe que a hora chegou e que, não pode esconder de sua esposa essa verdade.

− Astrid, minha querida, eu gostaria de lhe pedir perdão. Não fui capaz de proteger você e o Landon e, por este motivo, você teve que se sacrificar, assim como o nosso bebê que você esperava.

− Cassius, você não tem culpa nenhuma, meu amor. O que aconteceu foi uma facada do destino... Uma triste e cruel facada do destino... Faria de novo pelo Landon, pelo nosso filhinho... E, se os deuses forem bons, em breve poderemos ter outro bebê.

− Não Astrid... – por uma fração de segundo, as palavras faltam a Cassius – Meu amor, eu lamento muito o que vou te dizer mas, o Conselheiro Gregory me disse, o corte que você recebeu foi fundo demais e, infelizmente, o seu ventre jamais será capaz de conceber novamente.

Os olhos de Astrid se chocam ao mesmo tempo em que seu rosto perde a cor, ficando branco como um fantasma.

Mas, a rainha não tem tempo de esboçar qualquer reação, pois os dois escutam um forte grito infantil, seguido de um choro estridente vindo do quarto ao lado, ao qual os dois reconhecem imediatamente.


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Notas finais do capítulo

CONTINUA...



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