Marden e Robert se entre olham para, em seguida, encarar o olhar completamente furioso do príncipe zardreniano, que continua olhando para os dois furioso, segurando o sapo que assustou a sua noiva.

Imediatamente, o olhar do príncipe zardreniano vai para a caixa nas mãos de Robert e, ele o encara com seus olhos castanhos cheios de fúria. O príncipe zardreniano joga aquele sapo na caixa para em seguida dizer:

— Levem esse bicho pra longe daqui e não me apareçam hoje na minha frente, ou não sei o que serei capaz de fazer! E amanhã os dois engraçadinhos não me escapam! Saiam já da minha frente, é uma ordem!

Dizendo isto, Landon bate a porta de seus aposentos com força, e, volta para a cama, onde Catelyn está a sua espera. Ao ver sua noiva, Landon, mais uma vez, sente a sua face ficar rubra, principalmente depois do que seus dois amigos a fizeram passar.

— Peço que me desculpe pelo que acabou de acontecer, Catelyn. – Landon fala um pouco sem jeito – Prometo que aqueles dois não vão mais assustá-la.

— Não tenho o que desculpar de você, Landon. – fala Catelyn, sorrindo timidamente – Você não tem culpa do que aconteceu.

— Mas, mesmo assim, é meu dever me desculpar com você.

— Mas eu estou preocupada com você, Landon, tem certeza de que está bem? Tenho medo de que venha a ter um novo colapso.

— Não se preocupe, estou de repouso mais por precaução mesmo. Se tem dúvidas, pode perguntar ao Conselheiro Gregory que ele vai confirmar.

— Tem certeza?

— Absoluta. Quer que eu mande chamar o Conselheiro Gregory para você se tranquilizar?

— Não é preciso, Landon, pois a sua palavra é mais do que suficiente para mim.

Ao ouvir as palavras de sua prometida, Landon sorri. Com carinho, Catelyn ajeita uns travesseiros para que Landon se acomode da melhor forma possível e, em retribuição, o príncipe herdeiro zardreniano beija delicadamente a palma da mão de sua prometida.

*****

Na sala do trono do palácio real de Alkavampir, Daithi vê que, todo o alto escalão de todas as províncias do reino de Alkavampir já estão ali, prestando sua última homenagem ao rei alkavampiano.

Ao lado de Jeyne que, assim como ele, tem em seu rosto a expressão da dor da perda, ele sabe que já está na hora de, mais uma vez, incorporar o filho que está sofrendo a perda do pai.

O príncipe alkavampiano se aproxima do Conselheiro Kevan e, faz sinal para que ele sirva de arauto, pois é chegada a hora de dar seu discurso de despedida para o rei Ramsay de Alkavampir.

Ao sinal de seu príncipe, o Conselheiro Kevan toma o centro as Sala do Trono e sua voz se faz ouvir:

— Milordes, Miladies, senhores e senhoras de nascimento mais baixo, peço que façam silêncio por um momento, pois agora irá fazer seu discurso de despedida, o Príncipe Daithi de Alkavampir.

Daithi, ao lado de sua esposa toma o centro do salão e, ele limpa os olhos, antes de falar, sua voz embargada com falsa emoção e tristeza:

— Milordes, Miladies, Senhores e senhoras de nascimento mais baixo, neste trágico dia, todo o reino de Alkavampir se reúne para, pela última vez, prestarmos uma última homenagem a este grande homem, que foi Ramsay de Alkavampir e do qual eu tenho a grande honra de ser filho. Ao longo de toda a minha vida aprendi o que é ser um homem graças às valiosas lições que eu aprendi com este homem. Com ele, aprendi a ser um príncipe e fui preparado para o dia que o substituiria do trono, mas, não esperava que este dia chegaria tão cedo. Lamento muito a perda de meu pai e, sofro mais do que todos vocês. Hoje, não somente eu perco meu pai, como todo o reino de Alkavampir perde um homem de valor, um homem forte e determinado. O melhor rei que nosso reino já viu e, tenho certeza de que neste momento ele está ao lado de todos os nossos ancestrais, os orgulhando com sua gloriosa presença.

Após dizer o seu emocionado discurso, uma solitária lágrima escorre pelo rosto do príncipe alkavampiano e, imediatamente, Jeyne, em um gesto consolador, enxuga a lágrima de seu marido.

Um sinal de Daithi, as portas da sala do trono se abrem, e, o local é liberado para os plebeus prestarem sua última homenagem ao rei alkavampiano e, enquanto uma grande multidão adentra o local, o príncipe alkavampiano apenas observa, como uma estátua, a movimentação.

Fica ali uns dez minutos e depois se retira, a fim de ir a seus aposentos descansar um pouco. Durante todo o dia e toda a noite, o corpo de seu pai deverá ser velado por seus súditos e, ele não ficará mais ali, só irá aparecer na manhã seguinte para o enterro e seu último adeus ao pai.

Caminha até seus aposentos, seguido por Jeyne que, tranca a porta do quarto, a fim de não serem incomodados por ninguém. A princesa alkavampiana vai até uma mesinha, pega um vinho, enche duas taças e, entrega uma a Daithi, fazendo um sinal para que ele brinde com ela.

— Pra que isso? – questiona o príncipe alkavampiano.

— Brinde comigo. – pede Jeyne.

— Brindar a que?

— Aos futuros rei e rainha de Alkavampir, senhor meu marido? Seu pai está morto, você será rei e eu serei rainha. Temos que comemorar!

Com um sorriso, Daithi brinda com sua esposa e, os dois tomam o vinho com sorrisos triunfantes em seus lábios. Em seguida, o alkavampiano toma a esposa em seus lábios e a beija com ferocidade, é hora de comemorar sua futura coroação!

*****

À noite caí e, no palácio real zardreniano, Landon se despede de sua noiva, garantindo pela milésima vez para ela que está bem e que irá se cuidar. Conforme os protocolos, o príncipe herdeiro zardreniano deposita um delicado beijo na palma da mão de sua prometida, antes dela deixar os seus aposentos.

Ao se ver sozinho, Landon não consegue deixar de sorrir. Apesar da grande inconveniência causada por Marden e Robert, o seu dia não poderia ter sido melhor. Não esperava pela visita de sua prometida, mas, fora a melhor coisa que poderia ter acontecido.

Quando está com ela, sente que seu mundo está completo e, no momento em que se despede dela, sente como se uma pequena parte de si fosse com ela, pois um vazio toma conta do seu coração.

O Conselheiro Gregory adentra os aposentos do príncipe, acompanhado da rainha Astrid. O Conselheiro Mago zardreniano começa a examinar o jovem príncipe, sob o olhar atento de Astrid que quer saber se ele realmente está fora de perigo e não corre o risco de ter outro colapso.

— Não se preocupe, Sua Graça. – fala Gregory, a fim de tranquilizar sua Rainha – Sua Alteza, o Príncipe Landon já está em plenas condições de seguir com suas atividades.

— Isso quer dizer que amanhã não preciso ficar de repouso, certo? – quer saber o jovem príncipe.

— Exatamente, Sua Alteza. – responde o Conselheiro.

— Conselheiro Gregory, será que posso pedir um favor ao senhor? – pergunta Landon.

— Certamente, Sua Alteza. – responde Gregory.

— Por favor, encontre Marden e Robert e diga que eu ordeno que eles venham ter comigo imediatamente.

— Será feito conforme o desejo de Sua Alteza.