Crônicas de um Jovem Rei escrita por MisuhoTita, Vanessa Sakata, TommySan, Sally Yagami


Capítulo 37
Rendição


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, aqui é a Tita novamente, trazendo mais um capítulo de Crônicas.

Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/649800/chapter/37

O dia amanhece, trazendo não somente a luz do sol, como também um raio de esperança para o reino livre de Zardren. Em seus aposentos, Cassius se levanta, tomando todo o cuidado do mundo para não acordar Astrid e, vai até o quarto de dormir, trocando seu pijama por roupas nas cores vermelho e dourada, cores da casa real zardreniana. Calça e camisa vermelhas, com bordados dourados muito bem trabalhados, formando desenhos de pequenos grifos e, uma capa dourada por cima.

Em seguida, pega a sua espada, chamada “Sagrado Coração”, um legado de família, pois há mil anos esta espada é passada de geração em geração para cada príncipe zardreniano que assume o trono e se torna rei. A espada que futuramente pertencerá a seu filho Landon.

Após trocar de roupa, lava o rosto e vai para os estábulos. Não quer fazer o desjejum antes de partir, pois não sente um pingo de fome. Só consegue pensar em seu encontro com Ramsay e, em como não pode falhar... Precisará manter o rei alkavampiano distraído o maior tempo possível, para que Ferdinand e William possam resgatar Landon com toda a segurança possível.

Chega aos estábulos e, o alto escalão zardreniano, bem como cento e cinquenta cavaleiros da guarda real já estão prontos para a partida.

Com sua chegada, todos os homens fazem uma reverência em sinal de claro respeito. Em seguida, o rei zardreniano se encontra com os dois Grandes Lordes, com o Comandante Alexander e com o Subcomandante Rickon.

− Só estamos esperando suas ordens para a partida, Sua Graça. – anuncia o Comandante da Guarda Real.

Cassius está prestes a dar a ordem, mas então ele olha para trás e vê Astrid, o rosto anormalmente pálido, os olhos vermelhos devido às lágrimas e caminhando até ele com dificuldade. Sem perder tempo, o rei zardreniano se aproxima de sua rainha, segurando as mãos dela com carinho.

− Não se preocupe, Astrid. – a voz de Cassius é carregada de carinho – Quando eu voltar, será com o nosso filho em meus braços.

− Eu confio em você, Cassius. – a voz da rainha soa demasiado fraca.

Cassius deposita um rápido beijo na testa de sua esposa, soltando as mãos dela, pronto para partir. Em seguida, caminha até seu grifo, que já está pronto, mas, antes de montar a criatura alada, ele olha para seu conselheiro e diz:

− Gregory, por favor, cuide da Astrid.

*****

Mais uma vez, Landon volta do torpor da inconsciência, sem aguentar mais toda a dor que toma o seu corpo. Seus olhos derramam as lágrimas mais amargas que nunca se imaginou capaz de derramar, mas seu coração derrama lágrimas de sangue...

Não aguenta mais...

Não aguenta mais ser torturado desta forma... Não aguenta mais ser vítima dessas pessoas, especialmente do Daithi...

Lágrimas e mais lágrimas vertem por sua face sem parar, enquanto respira com dificuldade devido à dor de seus ferimentos... Não há uma única parte de seu corpo que não esteja ferida e, a dor é cada vez pior...

Será que seu pai vem...? Será que seu pai ainda vai encontra-lo com vida...? Porque sente que, se seu pai demorar mais um pouco a aparecer, vai encontra-lo morto... Porque seu pequeno corpo chegou ao limite... Não irá mais aguentar uma sessão de tortura de Daithi...

Mais e mais lágrimas vertem por sua face, enquanto ele é tomado pelo medo e pelo desespero, pois não aguenta mais... Não aguenta mais ser tratado como um animal... Não aguenta mais ver Daithi se divertir com sua dor...

− Mamãe... Papai... Eu não aguento mais... Não aguento mais... Eu quero ir pra casa...

*****

Dois Cavaleiros da Guarda Real ajudam a rainha Astrid a chegar até seus aposentos e também a se deitar em sua cama, pois a rainha zardreniana ficara fraca e doente após o colapso, que fora consequência da carta escrita pelo rei Cassius. Após ajudá-la, os dois Cavaleiros da Guarda Real fazem uma breve reverência e se retiram.

Ela olha para a janela, ao mesmo tempo em que sente um aperto em seu coração, e sabe que é Landon que está sofrendo. Coitadinho do seu menininho, o que ele estará passando neste exato momento nas mãos dos monstros alkavampianos?

− Landon... – sussurra a rainha zardreniana, ao mesmo tempo em que verte amargas lágrimas do mais puro sofrimento.

Gregory pede permissão para entrar e, após a devida reverência, se aproxima da cama e entrega para a rainha um vidrinho contendo uma poção.

− Esta poção fará com que Sua Graça se sinta melhor. – fala o Conselheiro.

− Obrigada, Gregory. – agradece Astrid.

A rainha zardreniana pega o vidrinho que seu Conselheiro lhe entregou e, toma todo o conteúdo dele em goles delicados, para, em seguida, entregar o vidrinho vazio a Gregory e voltar a sua atenção para a janela e o azul infinito do céu.

− Não se preocupe, Sua Graça. – fala Gregory, tentando de algum modo consolar sua rainha – Logo Sua majestade, o rei Cassius estará de volta e, com o Príncipe Landon são e salvo em seus braços.

− Eu rezo a todos os deuses de Emperius por isso, Gregory. Para que Cassius retorne com o meu filho.

− E tenha certeza de que todos os deuses irão ouvir suas preces de mãe, minha rainha.

− Gregory, eu estou com frio.

Gentilmente, o Conselheiro Mago de Zardren leva sua mão a testa de sua rainha, e, percebe que ela está febril.

− Sua Graça está com um pouco de febre. Mas, ela logo irá baixar, a poção que acabou de tomar a ajudará a baixá-la. Enquanto isso, tente manter a calma, majestade, pois este terrível pesadelo está perto de seu final.

*****

Cassius está voando sozinho, indo em direção ao descampado em que combinara com Ramsay para assinar sua “rendição” e ganhar o maior tempo possível, para que Ferdinand e William possam adentrar o palácio alkavampiano e salvar seu filho com toda a segurança possível.

Não demora muito e avista o local combinado, aterrissando o seu grifo e deixa o animal um pouco distante, caminhando em passos lentos e decididos para o local combinado com Ramsay.

O descampado ainda está deserto, mostrando que ele é o primeiro a chegar ali. Seu coração bate de forma rápida e descompassada em seu peito, seu rosto está molhado de suor enquanto espera pela chegada de seu inimigo.

Não demora muito e, ele consegue ver, se aproximando a uma grande velocidade, quatro imensos dragões, que aterrissam a uma distância segura. Quatro homens descem dos animais, o Conselheiro alkavampiano, os dois Grandes Lordes Alkavampianos e, na frente deles, Ramsay.

Os quatro caminham até estarem frente a frente com Cassius, os olhos dos dois reis se encontram deixando claro o ódio que um sente pelo outro.

O coração de Cassius bate de forma cada vez mais apressada, e, em sua mente e em seu coração, tudo o que tem é Landon, seu único filho.

Precisa desempenhar o seu papel pelo bem dele, e, o momento para isso é agora!

− Fico satisfeito que tenha cumprido a sua palavra e vindo assinar sua rendição, Cassius de Zardren. – a voz de Ramsay é de pura satisfação – Como testemunhas, estão aqui o Conselheiro Kevan e os Lordes Victarion e Lancel. A partir do momento em que assinar a rendição, o reino de Zardren deixa de ser o único reino livre de Emperius, para se tornar parte do reino de Alkavampir.

O Conselheiro entrega para o rei zardreniano um pergaminho, ao qual espera-se que Cassius assine. O rei zardreniano olha para aquele pergaminho e, em seguida, seus olhos frios como gelo encaram o rei alkavampiano.

Cassius então rasga o pergaminho em dois, sem tirar seus olhos de Ramsay.

− Sinto desapontá-lo, Ramsay, mas eu não vou assinar rendição nenhuma!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

CONTINUA...



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Crônicas de um Jovem Rei" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.