Astrid olha completamente apavorada para o filho, que, após colocar o pouco que comeu para fora, encara a mãe, com a face ainda mais pálida do que já estava. A rainha zardreniana não perde tempo e, toca o pequeno sino, a fim de chamar criadas para que limpem a sujeira.

Não demora muito e algumas criadas surgem para limpar a sujeira, enquanto a rainha zardreniana ajuda o filho a se deitar. Landon não diz uma única palavra, mas, o seu rosto e a verdadeira expressão da tristeza, do abatimento e da fraqueza.

— Landon... – fala Astrid, ao mesmo tempo em que cobre o filho, que começa a tremer devido à febre muito alta.

— Sinto muito frio, mãe... – fala Landon, a voz cada vez mais fraca – E muito enjoado... Estou me sentindo muito mal...

— Não se preocupe, Landon. – fala Astrid, tentando de alguma forma confortar o filho – O Conselheiro Gregory vai descobrir o que você tem.

Mas, quando ela olha para o rosto do filho, percebe que ele, novamente dormiu, e, suspira, preocupada, pois seja lá o que o seu filho tenha, isso o está enfraquecendo cada vez mais, a ponto de agora nem mesmo o pouco que ele come pare em seu estômago.

A rainha zardreniana observam as criadas deixando o quarto de seu filho e, seu olhar se volta novamente para Landon. O que será que está acontecendo com o filho para que ele seu corpo esteja se enfraquecendo assim?

Gostaria de ter a resposta e poder curar o único filho, mas, infelizmente, não tem esse poder. Infelizmente, a única coisa que pode fazer por Landon é ficar ao lado dele, enquanto o Conselheiro Gregory não descobre uma cura para a doença de seu único filho.

— Deuses, por favor, curem o meu filho... Seja lá o que o Landon tenham, guiem o Conselheiro Gregory até a cura, é uma mãe desesperada que implora...!

***

Marden termina de escrever a sua carta e, antes que possa selar o pergaminho, mostra a dita carta a Robert, que a lê dita carta que aprova, sorrindo para o amigo.

— Ficou ótimo. – aprova o jovem Lorde da Terra – Eu não conseguiria escrever melhor.

— Perfeito, então vamos pedir para o Conselheiro Gregory enviar para nós. – fala o Jovem Lorde da Água.

Os dois amigos deixam os aposentos de Marden e, caminham apressadamente até a sala de Gregory, que está com as portas abertas.

— Conselheiro Gregory, nós podemos entrar? – pergunta Marden, na porta da sala.

— Certamente, milordes. – fala o Conselheiro mago de Zardren.

Os dois jovens Lordes adentram a sala e, percebem o Conselheiro com um livro aberto, ao mesmo tempo em que está preparando uma poção.

— Está fazendo isso para o Landon? – questiona Robert.

— Isso mesmo, milorde. – responde o Conselheiro Gregory.

— Já descobriu o que ele tem? – Robert volta a perguntar.

— Infelizmente ainda não, milorde. – continua o Conselheiro – No momento, estou preparando um paliativo, para ministrar ao príncipe Landon.

— Espero que o Landon melhore. – Robert fala novamente.

— Se os deuses forem bons, o príncipe Landon irá se recuperar.

— Ele vai ficar bom. – a voz de Marden se faz ouvir – O Landon é mais forte do que aparenta.

Gregory sorri com a manifestação de amizade dos dois jovens Lordes para com o príncipe Landon pois, ali está uma amizade que é para a vida inteira. Uma amizade que a cada dia que passa se torna cada vez mais sólida.

— Imagino, milordes, que não estejam aqui somente para me perguntarem de Sua Alteza, o príncipe Landon.

— Tem razão, Conselheiro Gregory. – fala Robert.

O jovem Lorde da Água entrega ao Conselheiro o pergaminho, dizendo:

— Conselheiro Gregory, gostaríamos que enviasse essa carta o mais rápido possível.

***

Após uma reunião cansativa que durou algumas horas, Cassius observa os governadores deixarem a sala de reuniões e, fica ali, sentado ao mesmo tempo em que sente sua cabeça estourar de dor, pois, não consegue parar de pensar em Landon, que está piorando a cada hora que passa e, infelizmente, o Conselheiro Gregory não sabe o que o seu filho tem.

Os Lordes Ferdinand e William adentram a sala de reuniões e, se sentam ao lado do amigo, a fim de dar um pouco de consolo ao amigo.

— Cassius, como está? - pergunta o Grande Lorde da Água.

— Com um pouco de dor de cabeça. – responde o rei zardreniano – Essa doença do Landon, está me deixando muito preocupado. Ele teve uma piora muito grande, e foi de uma hora para outra. Nem mesmo o Conselheiro Gregory consegue entender o motivo dessa piora do Landon.

William anda até uma mesinha, pega uma jarra de água, um copo e, o enche com água, para depois voltar até onde Cassius está sentado e entregar o copo com água ao amigo de longa data.

— Tente manter a cabeça fria, amigo. – aconselha o Grande Lorde da Terra – E, se me permite um Conselho, peça ao Conselheiro Gregory que desmarque os seus compromissos para os próximos dias, até que o Landon esteja completamente curado, aí você poderá se dedicar a seu filho junto com a Astrid.

— William tem razão, Cassius. – fala Ferdinand – Você também precisa se cuidar, meu amigo. Por você mesmo, pela Astrid e, principalmente, pelo Landon, que, neste momento difícil, que ele está enfraquecendo a cada hora, precisa muito do pai ao lado dele.

— Desmarque todas as reuniões e fique com sua família, Cassius. Eles precisam de você neste momento.

Cassius encara seus dois melhores amigos e sorri, um pouco triste. Sabe que eles tem razão, que precisa se cuidar e que precisa ser forte por Landon e Astrid. Suspira pausadamente antes de dizer:

— Agradeço o Conselho, meus amigos. E, podem ter certeza de que vou ouvi-lo. Falarei com o Conselheiro Gregory, para que ele desmarque os meus compromissos pelos próximos dias.

Os dois Lordes sorriem para o rei, e, Cassius sorri tristemente de volta. O rei zardreniano está pronto para deixar a sala de reuniões mas, Lady Elise aparece ali, faz uma rápida reverência a Cassius e em seguida diz:

— Sua Graça, por favor, vá o mais rápido possível aos aposentos de Sua Alteza, o Príncipe Landon.

— O que aconteceu? – questiona Cassius, a voz carregada de preocupação.

— O Príncipe Landon está vomitando uma grande quantidade de sangue.