POV - Oliver
Não consegui entender muita coisa do que eles estavam conversando, aprendi a ler lábios, ele disse alguma coisa sobre algum quiosque e provavelmente estava convidando ela, às 15:00.
Quando ele se afastou de Felicity, caminhei até lá. A olhei com um olhar interrogativo, meus olhos estavam dizendo "O que você esta fazendo?"
–Oliver, é o Hawaii, a gente tem que se divertir. -Ela disse com um sorriso nervoso, torcendo para que eu não ficasse muito preocupado, retribui um sorriso nada bonito.
–O que ele falou para você? -Perguntei, olhando no fundo dos seus olhos.
–Para eu encontrá-lo às 15:00, ali naquele quiosque. -Apontou com o dedo.
–É um encontro? -Perguntei temendo a resposta.
–Não sei, mas eu acho que não.
–Por quê?
–Oliver, ninguém aqui vem para encontrar o amor da sua vida, só vem aqui para curtir. E é isso que nós, eu e ele, estamos fazendo.
–Se vocês queriam sexo, porque ele marcou à essa hora?
–Não podia se de noite, lembra quando você me convidou para ir naquele tal bar famoso, do Hawaii? -Lembrei de quando a convidei, e me senti um idiota de ter deixado esse cara entrar assim, na vida dela. Eu deveria ter ido lá e bater nele até a morte.
–O que você achou nesse cara? Ele não me parece ser legal.
–Ele é gostoso. -Disse e eu a olhei, ela ficou vermelha e depois tentou corrigir. -Não que você não seja. Porque você é. -Fechou os olhos e respirou fundo. -Ele é bonito, tem boa lábia e é só uma noite. Não sei o porque você está tão irritado.
–Não estou irritado. Estou... Chateado. Você merece alguém melhor.
_Bom, não fique chateado. Você é meu melhor amigo, eu sei que só quer meu bem. -Colocou a mão no meu braço, e eu fechei os olhos absorvendo a lembrança do seu toque na minha pele. Meu corpo reagiu com seu toque e eu a abracei.
Não sei onde estava com a cabeça, mas, meu corpo foi sem minha permissão.
–Só quero o seu bem. -Sussurrei no seu ouvido e a larguei a contra gosto, dei um beijo no topo da sua cabeça.
–Vou para casa. -Saí indo em direção a minha casa. Porque eu a convidei para a praia? A culpa é minha, sou um grande idiota. Claro que os caras iam notar seu corpo cheio de curvas e suas belas pernas, DROGA! Ao lembrar dessa cena com certeza fiquei excitado, corri para a casa e tomei um banho gelado, para tirar essa quentura do meu corpo, terminei o banho coloquei uma roupa e voltei para a praia, eu ia encontrar aquele desgraçado.
POV - Felicity
Okay. Oliver estava estranho, pensei que fosse ciúmes, afastei essa ideia. O que que foi aquele abraço? Aquele beijo? Quando ele sussurrou no meu ouvido, me arrepiei toda. Ainda lembro a sensação do seu hálito quente no meu ouvido. Lembro da sensação da sua pele, e seu abdômen sarado encostando em mim. De seus braços musculosos segurando minha cintura, lembro do seus cheiro de homem.
Ele é muito gostoso, eu tenho que admitir mas, nós não poderíamos ficar juntos, é impossível.
Voltei para casa, tomei um banho gelado, para tirar o fogo do meu corpo, mas isso não aconteceu, só de ficar do mesmo cômodo que ele... Okay! Eu tenho que parar com isso! Agora!
Pov - Oliver
Procurei esse merda por toda a praia e encontrei ele se agarrando com uma mulher, bonita, mas nem chegava aos pés de Felicity.
–Hey! Você! -Gritei, ele me olhou. -Você mesmo -Fui em direção a ele e dei um soco na sua cara, fazendo com que ele caísse no chão, me ajoelhei no chão e comecei a acertar sua cara com múltiplos socos. Ele consegui levantar e eu e ele lutávamos. Ele me deu um soco e senti o gosto metálico de sangue em minha boca me deu um outro soco e dessa vez o corte foi em cima da minha sobrancelha. Revidei com um soco na direita, depois esquerda. Dei um chute em sua perna fazendo ele ficar com uma perna apoiada no chão (como se tivesse pedindo alguém em casamento). Seu rosto estava completamente cheio de sangue. Dei um outro soco de cima para baixo em sua mandíbula e ele caiu no chão quase desacordado.
–Não chegue perto de Felicity! Eu te mato! Nunca! Mais! Chegue! Perto! Dela! -Disse e a cada palavra dava um soco em sua barriga. Ele gemia de dor.
–Okay, tudo bem, mano! Eu nunca mais chego perto dela! -Disse com a mão no rosto.
–Muito bem! -Saí de perto dele com passos pesados e com a mão no machucado no meu lábio inferior.
Ando uns 5 passos e vejo Felicity parada me encarando, com os braços cruzados. Merda!
POV - Felicity
Decidi ir para a praia, passear um pouco e conhecer, quando eu vi aquela cena, meu Deus! Eu não sabia o que eu sentia. Se era ódio ou tesão.
Quando ele disse "Não chegue perto dela" um arrepio subiu pela minha espinha. Não consegui sair do lugar, mas quando ele me olhou voltei andando com passos pesados e rápidos até a casa.
–Felicity! -Gritou correndo atrás de mim. Cheguei em casa e segurei a maçaneta da porta e ele já estava atrás de mim.
–Felicity! Por favor eu posso explicar! Só me escuta!
–O que Oliver, o que você vai explicar, por quase matar um cara que marcou um encontro comigo?! -Perguntei furiosa. Ele tocou meu ombro e eu recuei.
–Me deixe explicar. Por favor. -Pediu olhando para os pés descalços.
–Porque você fez isso, Oliver? Se estava tão incomodado, porque não falou alguma coisa?
–Eu não sei. Eu só não consigo mais.
–Não consegue o que?
–Nada, só me perdoe por favor. Eu te imploro. -Ele me olhou com aquele olhar de cachorro que se perdeu. Aqueles lindos olhos azuis, aquela boca. Depois que notei que ele estava bem machucado, olhei seu peito que estava com sangue e seus dedos que estavam feridos.
–Sim, eu te perdoo. -Seu rosto se iluminou com um grande sorriso. -Agora entra, precisamos limpar seus machucados.
–Eu estou bem. -Ele ainda estava sorrindo.
–Não, não está. Entra logo, antes que eu fique chateada com você de novo.
–Okay então -Entrou na casa ainda sorrindo.
–Sente-se ali -Apontei para o sofá que tinha no centro da sala.
–Tudo bem, mãe. -Bati no seu braço e percebi que ele não deve ter sentido nem cócegas. Ele se sentou no sofá e eu subi as escadas em direção ao banheiro para pegar o kit de primeiros socorros para limpar seus machucados.
Desci as escadas e ele ainda estava sentado. Ele era alto e eu baixinha, então ele sentado era minha altura em pé.
Limpei seus ferimentos, ele não precisava de pontos era só um arranhão, ele ficou me olhando o tempo inteiro e eu dividia a minha atenção entre limpar seus ferimentos e olhar para ele.
–A boa notícia é que você vai sobreviver, a má é que eu não tenho tanta certeza em relação ao outro cara.
–Ele está bem, eu nem bati nele tanto assim. -O olhei e ele me olhou de volta, sorri e virei para guardar as coisas.
–Então, Oli... -Quando me virei ele me puxou para seu colo me puxando para um beijo, fiquei em choque e não conseguia me mexer, depois que o choque passou retribui o beijo abrindo passagem para a sua língua, segurei sua nuca e acariciei seus cabelos, sua mão passeava pelas minha costas até para na minha cintura.