Vidas Cruzadas! escrita por Izabel Nascimento


Capítulo 7
Capitulo 7


Notas iniciais do capítulo

Oieee

pessoal, esse cap é um pouco triste, mas o final é super meigo! espero que gostem!

vamos ao sétimo cap!



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Pov Cato

Acordei com o celular tocando, vi que era só o despertador, levantei e fui para o banheiro, tomei banho, escovei os dentes e fui me vestir. Vesti uma camisa branca com mangas, uma calça jeans preta e um casaco preto, coloquei o tênis. Eu levantei uma manga do casaco e vi minhas cicatrizes, fazia um tempo que não me cortava mais, na verdade, desde que começou as aulas eu não me corto mais. Eu fui até a cozinha para tomar café, meu pai já havia ido.

Comi uma torrada e tomei um café rápido, então lembrei que Clove ia comigo, como pude esquecê-la? Peguei o celular e disquei seu numero.

Clove: alô?

Cato: vai hoje?

Clove: ah Cato, desculpe-me, irei sair com minha mãe! Você vai?

Cato: vou sim- falei um pouco receoso- eu trago suas tarefas, quando você chegar vem aqui e eu te passo...

Clove: ok! Cuidado hein! Tenta não ficar muito sozinho, vai que Marvel apronta uma!

Cato: tudo bem.

Clove: tchau!- ela desligou.

Eu terminei meu café e fui pegar minha moto, peguei-a e fui para o colégio. Chegando lá, o sinal ainda não havia tocado, eu fui pegar meus livros. Eu estava pegando os livros, quando escuto uma voz familiar e irritante...

Glimmer: oi Cato!- droga, quando não é o Marvel, é essa lerda.

Cato: o que é?

Glimmer: oh garoto, to sendo gentil! Mas já que partiu para a grosseria, cadê a sua namorada estranha?

Cato: ela não é minha namorada, somos apenas amigos- por mais que eu quisesse ela como minha namorada.

Glimmer: a ta!- ela chegou mais perto, mas eu recuei um passo- ela te ajuda com sua depressão?

Cato: não sou depressivo, garota!

Glimmer: perdeu sua mãe não foi?- ela falou provocativa, eu odeio ela.

Cato: cala a boca Glimmer!- falei fechando o punho.

Glimmer: sabe, acho que ela morreu por desgosto do filho!

Cato: para com isso! Ela morreu em um acidente!

Glimmer: como você sabe? Ela pode muito bem ter jogado o carro no poste!

Cato: não, ela...- ela me interrompeu.

Glimmer: não pode saber Catinho, ela se foi, e não vai mais voltar!- ela saiu.

Eu fiquei olhando, enquanto ela ria. Minha vontade era bater na cara dela, mas com minha mãe aprendi que não se deve bater em mulheres. Então eu fiquei pensando em minha mãe. O sinal tocou, fui para as três aulas, almocei e vim para casa, mas a imagem da minha mãe não saia da minha mente. Seus lindos cabelos loiros, lisos e longos, sua pele branca, olhos verdes... então lembrei de quando recebi a noticia de sua morte!

Flash back on

Eu estava em casa jogando vídeo game, minha mãe estava perto de chegar em casa, eu estava com minha avó. Então o telefone toca...

Vovó: alô?- ela dava pausas para que a pessoa do outro lado da linha falasse- o quê?- ela virou para trás e vi as lágrimas em seu rosto- mas, co-como? Não! Mas...- ela chorava muito.

Eu fiquei preocupado com ela, por que ela chorava tanto?

Cato: vovó?- perguntei chegando perto, ela colocou o telefone de volta no gancho.

Vovó: oi querido- ela falou ainda chorando.

Cato: o que houve?

Vovó: ai querido- ela me abraçou, sentia suas lágrimas descendo pelo meu rosto, então notei que eram minhas lágrimas.

Cato: diz pra mim vovó- perguntei já chorando.

Vovó: sua mãe...- meu coração bateu ainda mais forte, quase saia do peito.

Cato: o quê?- falei já preocupado.

Vovó: ela morreu, bateu o carro em um poste e ela...- ela chorou ainda mais, então eu desabei...

Ela havia ido embora. Para sempre. Eu sabia que ela não iria mais voltar... ela me deixou... ela se foi.

Flash back off

Eu estava na cama, chorando muito, Glimmer é uma idiota! Eu chorei muito, então lembrei de uma forma de acabar com meu sofrimento, não acabaria de vez, mas iria amenizar por um tempo. então fui até minha gaveta, abri-a e peguei uma caixinha pequena, peguei uma lâmina.

Eu levantei a manga do casaco e posicionei-a no lugar certo, a cada corte um pouco da dor física aparecia, então eu esquecia a do interior... fiz cinco cortes, olhei no chão e havia vários pingos de sangue, minha mão estava cheia de sangue e meu pulso pulsava sangue, a dor física começava a aparecer.

Eu fui até o banheiro e peguei um pano, limpei o chão e lavei o sangue do meu pulso e minha mão, então fiz um curativo, limpei a lâmina e estava guardando, quando...

Clove: Cato!- olhei para ela assustado- o que foi isso?

Cato: na-nada!- eu guardei rapidamente a lâmina.

Clove: deixa eu ver!- ela queria abrir a gaveta, eu forcei a gaveta a fechar, mas ela conseguiu abrir. Pegou a pequena caixinha e viu as lâminas- você se cortou?- os olhos dela encheram de lágrimas.

Cato: Clo- Clove! Olha...- ela se aproximou de mim e levantou a manga do meu casaco, retirou o curativo e viu os cortes.

Clove: tudo bem! Vai passar anjo!- ela falou alisando meu pulso- vai me contar o que houve?- uma lágrima escorreu de seu rosto e ela limpou.

Cato: sim! Tudo o que quiser saber- então lembrei, a porta estava fechada- como você entrou?

Clove: a porta estava encostada, te chamei muito, então vi que tinha algo errado, entrei e te vi aqui! Foi o Marvel?

Cato: não!- sentamos na minha cama.

Clove: quem foi?

Cato: Glimmer. Ela falou da minha mãe... ela me fez, lembrar da minha mãe...- comecei a chorar e Clove me abraçou.

Clove: vadia!- ela falou e eu ri- o que mais ela fez?

Cato: só isso, e o dia todo não consegui tirar a imagem da minha mãe da minha cabeça. Ela está aqui- apontei para minha cabeça- e toda essa dor, reflete aqui- mostrei meu pulso novamente.

Clove: juro que mato Glimmer!- ela pegou meu rosto- Cato, eu entendo bem o que você sente! Na verdade não entendo muito, pois nunca perdi ninguém, mas posso pensar no tamanho de sua dor! Uma hora, eu sei que passa!

Cato: quando ela vai embora da minha mente?

Clove: na verdade, ela não vai! Mas, você aprende a esquecer!- ela me abraçou novamente- agora me promete uma coisa.

Cato: o quê?- ela pegou a caixinha.

Clove: vai jogar isso fora!

Cato: mas...

Clove: Cato! Por favor! Por mim!

Cato: mas e quando eu quiser acabar com minha dor? Quando ela se apresentar novamente? E...- ela colocou o dedo indicador nos meus lábios.

Clove: eu vou está aqui! Sempre! Meu telefone sempre está carregado, e se não quiser falar por telefone, pode ir até minha casa!

Cato: obrigada Clove!- me senti mais leve.

Clove: eu estou sempre aqui Cato! Sempre!- ela falou e eu a abracei.

Cato: então, fez compras?- perguntei fugindo do assunto.

Clove: uhum! Eu até te mostraria, mas isso é coisa de menina!- nós rimos.

Cato: ok!

Clove: ah! Me lembrei!- ela pegou uma pequena sacola, eu ainda não tinha visto aquela sacola em sua mão- mandei fazer para nós!- ela e mostrou duas capinhas de celular, uma preta e outra rosa, as duas com um nome.

Cato: Clato?

Clove: é uma mistura de Clove e Cato, seu lerdo!- nós rimos- legal?

Cato: da hora!- nós rimos de novo.

Clove: pega!- ela me estendeu a rosa.

Cato: sério? Marrenta!- ela riu e me deu a preta.

Clove: estava brincando, claro que eu não quero que meu melhor amigo use rosa!

Cato: ui!- falei imitando voz de menina, ela riu.

Clove: sábado hein?

Cato: sábado!

Clove: ei, seu pai vai chegar de que horas?

Cato: a mesma de sempre, umas onze da noite!

Clove: minha mãe vai sair com umas amigas as duas da tarde e só volta amanhã, ela vai para o trabalho de lá! Meu pai também vai chegar só amanhã, pois vai para uma festa de um amigo e... enfim- eu ri- quer dormir comigo?

Cato: quê?

Clove: só se quiser! Aí podemos fazer uma festinha do pijama e... nossa! Esqueci que você é menino, você não curte isso!- nós gargalhamos.

Cato: eu topo!

Clove: sério?

Cato: claro! Por que não? Mas, só me promete uma coisa!

Clove: o quê?

Cato: não faremos unhas, nem hidratação na pele, nem muito menos coisa de cabelo!- nós gargalhamos ainda mais.

Clove: claro! Eu vou me tornar uma macho para te agradar!- ela falou e eu ri muito.

Cato: ok!

Clove: te espero as duas hein? Não esquece de mim! Tchau!- eu fui deixa-la na porta e ela foi.

Cato: eu nunca esqueceria de você!- sussurrei para mim mesmo.


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Notas finais do capítulo

:3
num falei!

espero que tenham gostado! beijos amores!



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