La Notte escrita por Zaria


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Yoo Minna~~ :3 sejam legais comigo e deixem um comentário pra titia Sakura-chan, onegaiii~ vocês vão pro céu por fazer boas ações, Deus tá vendo ♥ Enfiiim, enjoy, meus lindosos~~ ^3^ (outra coisa: apesar de a música estar no feminino e tals, é yaoi, meus amigos ♥)



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"Non basta un raggio di sole in un cielo blu come il mare

Perché mi porto un dolore che sale, che sale...

Si ferma sulle ginocchia che tremano, e so perchè..."

Estava sentado na sacada de minha casa, olhando para o céu azul, mas ao mesmo tempo não olhando. Pensava: "Azul... Azul como os olhos dele." Pensava no porquê de ele ter feito isso comigo. Conosco. Eu sabia que tinha uma resposta, mas ao mesmo tempo não tinha. Era como eu estava; olhando, mas não vendo realmente. Eu simplesmente não entendia. Eu odiava não entender. Eu odiava os motivos por trás daquelas lágrimas silenciosas que eu derramava, lágrimas que refletiam o que eu sentia e não deixava transparecer. Eu tremia, mas fingia não perceber. Não perceber a dor que sentia.

"E non arresta la corsa, lui non si vuole fermare,
Perché è un dolore che sale, che sale e fa male...
Ora è allo stomaco, fegato, vomito, fingo ma c'è"

"Eu... Eu vou me casar. Eu não queria me casar... Mas meus pais, eles..." - fechou seus olhos fortemente, mas logo depois os abriu para fitar os meus, que estavam incrédulos. - "Me desculpe. Eu... Você sabe que eu ainda te amo."
"Não, você não me ama. Se me amasse, não faria isso. Mas eu desejo do fundo do meu coração, sem sarcasmo nenhum, que você seja muito feliz com... Seja lá com quem for casar-se. Eu ainda te amo. Quero que saiba disso." - Baixei a cabeça. Não conseguia mais encará-lo. Aquelas orbes azuis eram sinceras, mas tristes. Ele podia dizer que me amava, e eu acreditava nele. Mas não me amava como eu o amava. Não, de jeito nenhum. Se fosse assim, ele desistiria de tudo, não é mesmo? Senti os joelhos fraquejarem. Não choraria na frente dele, nunca. - "Bom, eu tenho que ir embora. Não... Me procure mais." - Eu sinceramente não sabia o que me faria mais mal, vê-lo ou não vê-lo. Eu preferia não aumentar a ferida aberta em mim mesmo e deixar como estava. Já doía o bastante assim.

"E quando arriva la notte
E resto sola con me
La testa parte e va in giro
In cerca dei suoi perchè
Né vincitori né vinti
Si esce sconfitti a metà
La vita può allontanarci,
L'amore continuerà..."

Pensava em todas essas coisas ao mesmo tempo, e todas elas giravam em torno dele. O engraçado era que eu queria esquecê-lo e só ele me vinha à cabeça. Irônico.
Me veio uma súbita onda de enjôo, mas eu também fingi que não a sentia. Parecia que as coisas na vida aconteciam como o vôo de Ícaro; em um momento, parece promissor, mas em outro, você queima no sol ou cai de encontro à morte certa.

"Lo stomaco ha resistito anche se non vuol mangiare
Ma c'è il dolore che sale, che sale e fa male...
Arriva al cuore lo vuole picchiare più forte di me
Prosegue nella sua corsa, si prende quello che resta
Ed in un attimo esplode e mi scoppia la testa
Vorrebbe una risposta ma in fondo risposta non c'è"

"Ficar pensando assim faz mal", as pessoas ao meu redor diziam, preocupadas. "Já se passou quase um ano, pelo amor de Deus! Continue sua vida! Você nem come direito mais! Não parece mais o menino tão bonito que eu conhecia!" Parece que as pessoas não entendem o óbvio... É porque eu não sou mais eu mesmo. Eu sei que a vida continua, eu a deixo continuar. Só... Só não queria que fosse assim. É como se eu tivesse tudo pela metade. Tenho corpo, mas não tenho alma. Tenho sangue correndo nas veias, mas não um coração. Fico imaginando como seria se eu e ele ainda estivéssemos juntos. Se eu estaria assim, se eu estaria melhor, se ele me deixaria depois mesmo assim, se envelheceríamos e morreríamos juntos... Todos os 'se' possíveis. Esses 'se' faziam com que a minha cabeça quase explodisse.

"E sale e scende dagli occhi
Il sole adesso dov'è?
Mentre il dolore sul foglio è
Seduto qui accanto a me
Che le parole nell'aria
Sono parole a metà
Ma queste sono già scritte
E il tempo non passerà"

Agora, tanto tempo depois, ainda penso naquele que queria esquecer. Três anos. Será que ele ainda se lembra de mim? Se lembra de cada nascer e pôr do sol que vimos? Se lembra de quando nós sentávamos juntos, lado a lado? Agora, aquela dor incômoda que se acomoda junto à mim e me abraça, me faz sentir frio.
Parece que, realmente, o destino escreveu que deveríamos nos separar. E o fatídico e sarcástico destino também fez com que o tempo parecesse congelar e fez com que o dia em que ele me deixou ficasse mais vívido ao invés de apagar-se na memória. Em outras ocasiões, isso me faria rir.

"Ma quando arriva la notte, la notte
E resto sola con me
La testa parte e va in giro
In cerca dei suoi perchè
Né vincitori né vinti
Si esce sconfitti a metà
La vita può allontanarci,
L'amore poi continuerà..."

"Santo Deus! Você mais parece um cadáver, meu filho! Recomponha-se, meu amor! Você vai morrer assim, meu filho..." Minha mãe chorava. Eu a amava muito também, com certeza. Mas eu simplesmente não conseguia viver sem aquela pessoa cujos olhos claros roubaram meu coração. Agora, cinco anos depois, olhava para o céu estrelado da noite na sacada de minha casa, assim como fiz naquele dia, mas em horários diferentes. Sentia aquela dor mais forte, com certeza. O céu da noite me lembrava de seus cabelos negros, nos quais várias vezes meus dedos se afundaram. E agora, parecia que até a dor se sentia mal por mim. Me sentia patético, mas não podia fazer nada, o amava demais. Esse amor... Me deixava doente, mas me fazia seguir em frente, nem que fosse assim. Se eu não tivesse esse amor... O que seria de mim?

"Ma quando arriva la notte, la notte
E resto sola con me
La testa parte e va in giro
In cerca dei suoi perchè
Né vincitori né vinti
Si esce sconfitti a metà
L'amore può allontanarci,
La vita poi continuerà
Continuerà... Continuerà"

Mais anos se passaram. Parei de contar. Aquelas outras pessoas não insistiam mais em falar comigo e simplesmente me deixavam sozinho comigo mesmo e com aquela dor. Ela, sim, poderia ter me abandonado sem problema algum. A única coisa que eu queria era tê-lo de volta... O amava tanto, e a vida brincou conosco. Perdemos, mas ao mesmo tempo ganhamos esse jogo, porque eu ainda o amava. Entrei em minha casa, a varanda estava fria devido ao inverno. Alguém batia à minha porta freneticamente. Fui buscar meu celular para ver se alguma pessoa tinha ligado avisando que vinha, mas não havia nada. Já que eu não tinha olho mágico, abri a porta.

– Quem é...? - perguntei, a voz abatida, pele pálida, olheiras de anos.

– Edmond... É você?

Um sorriso formou-se em meus lábios, finalmente.


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Notas finais do capítulo

E aí, mores? O que acharam da minha fic original? Espero do fundo do meu coração que tenham gostado, sinceramente ♥ Beijo, beijo e até a próxima~ ^3^ P.S.: Eu quero comentários, okay? *cara de Hatsune em "World is Mine"* :3



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