Casada com Edward Cullen II escrita por Catiele Oliveira


Capítulo 37
Capítulo 36




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Capítulo 36

POV Edward

Isabella recuperou-se rapidamente, um sucesso os médicos ficaram surpresos com a melhora rápida que ela obteve em um pouco mais de uma semana. 

Bella recebeu alta pela manhã, seu obstetra e toda a equipe médica que cuidou dela durante todo esse tempo deram muitas recomendações, um repouso excessivo, nada de estresse, boa alimentação, muito líquido e o mais importante muito amor. Prontifiquei-me de que ela teria tudo isso e muito mais.

Dei instruções a George para organizar um grande almoço, especial já que os amigos de Bella viriam passar o dia com ela. Não estava muito satisfeito com uma pessoa em especial que viria, quando ela me disse ontem pela noite que convidaria Jared para ser o padrinho de Marie fiquei atônito sem ação, eu realmente queria protestar e dizer não, Jared como padrinho estava sempre veiculado junto a nós, teríamos um laço. Lizzie o teria como um segundo pai, uma pessoa para seguir o exemplo também, o ciúme de sempre que me tomava conta nunca deixou de surgir, nunca desapareceu.

O pior fora as exigências que Bella fez para que nosso casamento pudesse continuar:

Eu deveria tratar bem o Jared.

Sem bebidas.

Sem Happy hour.

Sem 'amigas'.

E outras muitas coisas, detalhes pequenos da minha personalidade que Bella não gostava, lógico que ela se aproveitou da oportunidade para fazer de mim o que bem entendesse.

A recepção do almoço fora calorosa, abraços e beijos por todos os lados, ambos sorriam felizes por ver Isabella bem e em casa, ela nem parecia que tinha ficado por tanto tempo no hospital, estava com ótima aparência, ótimo humor. 

Quando ela me contou que Marie mexeu pela primeira vez, que sentiu várias vezes a pequena cutucá-la eu fiquei repleto de harmonia, tentava sentir, mas nunca conseguia, ela só queria mexer para Bells.

— O almoço está servido.

George anunciou de supetão na porta da sala.

Eu que estava excluído num canto da sala batendo papo com Jasper observei quando o pessoal dirigiu-se animadamente para sala de jantar, Jasper grudado em Bella que já tinha o convidado junto com Alice para serem madrinha e padrinho, ambos aceitaram emocionados e com sorrisos fora a fora, Rosalie que não ficou enciumada e Isabella brincou dizendo que Marie poderia ter duas madrinhas, coisa que animou todos.

— Vamos propor um brinde a minha comadre

— Eu queria muito champanhe. — Bella choramingou e nós rimos.

— Suco de... — Rosalie ficou perdida olhando a diversidade de jarras e cores diferentes sobre a mesa. — Qualquer suco... Menos álcool. — Rimos. Servimo-nos com sucos diferentes e brindamos a volta de Isabella para casa.

— Sabe do que eu estava lembrando Bella? — Jared perguntou depois te um tempo em silêncio, ambos comíamos e fazíamos alguns barulhos quase inaudíveis pelo sabor gostoso da lasanha de berinjela.

— De que?

— De um mês atrás, seu humor instável e todas as coisas que você quebrou. — Ele disse sorrindo alto, todos esboçaram sorrisos breves inclusive Bella. — Ou então quando você tocava algo em mim...  — Sorriu alto novamente, me encarando como se estivesse me provocando por algo, meu sangue ferveu rapidamente.

— Ah... Desculpe-me Jared. — Isabella pareceu envergonhasse.

— Imagine... Eu gostava do seu jeito mandão... Depois melhorou muito! — Ele piscou malicioso e Alice engasgou-se me encarando, minha expressão era tranquila e meu silêncio incomum, continuava degustando tranquilamente minha lasanha, tudo para manter a aparência de um marido controlado, que confiava no seu “taco”.

— Não muito Jared, você continua sendo irritante pela manhã.

 Ela rosnou baixa e parecia estar bem incomodada com o assunto porque me dava olhadelas sutis fitando minha reação.

— E quando você irritou-se comigo porque quase quebrei o quadro do escritório do seu marido? Você tinha que ter visto Edward, como ela se zangou comigo... — Agora ele me fitou, sorrindo irônico. — Ah, esqueci. Você não estava aqui... Pena.

— Ah. Sei exatamente o que aconteceu depois. Bella o xingou, o mandou ir embora e ele foi. Sei que você nunca ficou sozinha, Jasper ficava na segunda, Renée na terça, Rosalie na quarta, Emmett na quinta, Jared na sexta... E hm... Na sexta vocês comiam pizzas? Hm... Alice no sábado e no domingo... Jared de novo, não entendia porque ele tinha que ficar dois dias da semana e ainda virem aqui todos os outros.

— Ficava preocupado. — Rosnou em resposta, seu rosto com uma expressão enfezada.

— Entendo...

 Murmurei voltando a comer, o clima chato já estava formado.

— Só quero que saiba Jared que sei todos os passos que Isabella dera o tempo que estive fora, cada frase e até mesmo quantas vezes ela piscou os olhos. Quantas vezes ela respirou, quantas vezes seu coração palpitou! Todos os detalhes! Sabe por quê? — Perguntei e ele não teve nenhuma reação, ficou apenas me analisando cético. — Porque eu nunca a deixaria por completo, cuidaria de Bella aonde fosse, mesmo ao inferno.

Qualquer comentário se tornou desnecessário, então todos comemos em silêncio profundo.

POV Bella.

— Sabe o que eu acho? Você está ferrada! — Alice cochichou.

— Preciso arrumar uma namorada para o Jared... — Cochichei também.

O almoço parecia um campo minado prestes a explodir a qualquer momento, Jared e Edward alfinetaram-se quase todo o tempo e Jared estava me forçando a escolher... Seria muito doloroso, mas sem duvidas escolheria Edward, primeiro por ser meu marido, pai da minha filha, por conhecer a mais tempo, nenhum erro se comparava a estas coisas, eu o amava e não tinha porque ficar brigada com ele ou aceitar alguma atitude inaceitável de um amigo.

Não querendo ser ingrata, Jared me ajudou quando estava sozinha, mas não poderei ser grata para sempre. Seria compaixão, dó e ele não merecia esses sentimentos, eu realmente queria que as coisas ficassem pacificas entre nós. 

Jamais poderia exigir uma amizade dos dois porque acho que antes de eu existir na vida de ambos eles já não se suportavam, ou melhor, se suportavam por causa de Marcus, mas agora nem isso está em opção.

Eu realmente tenho medo que as coisas não melhorem, mesmo querendo que elas fiquem bem.

Perfeição não existe, e eu já vivi tantos momentos conturbados que só quero um pouco de sossego e paz. Isso seria bom se viesse das duas partes.

— Está pensando em que? — Rosalie perguntou curiosa, despertando-me dos meus devaneios.

— Estou cansada... — Menti por tabela.

— Ai meu Deus, como somos egoístas. É verdade você precisa descansar! Pessoal, temos que ir. Bella precisa descansar

— Não exagera Alice.

— Fique bem, tome um banho e durma o resto da tarde! Edward? — Alice chamou por ele. Edward levantou batendo continência, rimos com o gesto bobo.

— Pode deixar comandante, farei com que a nossa Bellinha durma o dia inteiro.

— Bellinha? — Alice, Rosalie e eu perguntamos em uníssono. 

— Meu Deus... Que apelido horroroso. — Jared gargalhou, Edward olhou zangado para ele.

— Ainda está quase dois anos sem transar? — Sem se conter Edward perguntou, quase o fuzilando com o olhar, Jared voltou a sua postura séria e parecia não ter o que dizer.

— Eu adorei a visita! — Intervi ficando de pé e chutando a canela de Edward que gemeu involuntariamente. — Se essa barriga não pesasse de uma forma absurda até ficaria aqui por mais tempo... Mas sabem que são de casa? Não precisam ir.

— Sabemos. — Alice e Rosalie disseram e depois riram.

— Eu sei que realmente sou de casa, adoro atacar a geladeira de madrugada. — Emmett comentou sorridente. — Mas vamos deixar a casa só para vocês... Somente por hoje!

— Vou levar vocês até a porta então. — Disse e Edward se aprontou para vir comigo. — Você fique aqui. — Ordenei com a voz zangada. Todos riram e Edward ficou contrariado. 

Levei Emmett, Jasper, Rosalie, Alice e Jared até a porta me despedindo de todos e por ultimo Jared.

— Seu marido é um babaca. — Ele rosnou no meu ouvido em meio ao abraço.

— Hm... Você também. — Retruquei sorrindo. — Dê um tempo, por favor, não aguento, mas esse jogo de peteca.

— Vou tentar, mas ele é impossível. — Se defendeu.

Revirei os olhos sabendo que Edward falaria a mesma coisa, pareciam até crianças um empurrando a responsabilidade para o outro.

— Faça sua parte O.K? Edward fará a dele. — Pedi dando um beijo breve em sua bochecha. 

— Fique bem princesa. — Disse e saiu, sem olhar para trás.

Fechei a porta suspirando fundo, fitando a bagunça que minha casa se encontrava, Edward caminhou até a mim segurando minhas mãos. Seguimos para o quarto em silencio. 

Estava com saudades da minha casa, estava com saudades da minha cama e ainda mais de dormir junto com ele, abraçado e sentindo o calor da sua pele, seu cheiro gostoso ou até mesmo quando estávamos brigados e cada um dormia virado para um lado e no meio da madrugada nos encaixávamos perfeitamente, eu senti falta de Edward em cada detalhe que só ele preenchia, em cada parte do meu corpo que ele completava. 

Ele era tudo que eu tinha sonhado e um pouco mas, sorte de quem têm tudo que sempre quis, sorte minha. Por mais que ás vezes ele fosse infantil, chato e cabeça oca ele ainda era tudo que sempre sonhei e algo me dizia que sempre seria.

— Sabe Eddie... — Disse procurando uma roupa para vestir, no closet. Tudo que eu tinha já não cabia mais a mim, isso me fez lembrar que tinha que fazer compras, roupas novas e sapatos novos. — Estive pensando sobre o que você me disse... 

— O quê?

— Que poderíamos criar Mary na casa dos seus pais... Você realmente acha isso uma boa ideia? Digo... Você nunca nem me contou que a casa existia. — Edward me fitou com um sorriso tranquilo e levantou-se da cama onde estava deitado segurando minhas mãos com delicadeza.

— Tudo que eu queria era que pudéssemos criar nossa filha lá... — Murmurou.

Soltou minhas mãos e pegou o pijama da minha mão, delicadamente tirou meu vestido preto solto ao corpo deixou minha barriga de cinco meses exposta, passou sua mão por volta da grande extensão oval, sorridente. 

Parecia uma criança com seu novo brinquedo, sorriu várias vezes ao depositar beijos molhados. 

— Você vai adorar a casa do vovô Lizzie. — Eddie disse com o mais novo apelido da nossa filha. — Bem que você podia mexer para o papai? Tudo bem... Você deve estar dormindo... Vou pensar assim. — Nós rimos e ele depositou outro beijo antes de ficar de pé. — Vamos esposa, vou lhe dar um banho.

Edward e eu adentramos o banheiro, ainda estava com meu lingerie azul bebê de renda. Ele colocou a banheira para encher, observei como não tinha jeito para aquelas coisas, era totalmente dependente de uma ajuda feminina. Mas o deixei se virar sozinho, colocou os sais de banho, verificaram várias vezes a temperatura da água, pegou as toalhas e roupões deixando a disposição perto da banheira, depois de quase dez minutos com tudo pronto ele sorriu em alivio, tirou o resto das minhas roupas que sobravam e despiu-se completamente também, fazia muito tempo que não tínhamos um contato tão intimo, ele me abraçou carinhosamente e me ajudou a entrar na banheira, sentou-se e me colocou entre suas pernas a água cobriu perfeitamente todo nosso corpo, a espuma minava um cheiro gostoso de morango, menta, madeira, lilás... Outras coisas não identificadas, a temperatura da água ideal, os braços macios e fortes que ora me abraçavam ora me faziam massagem, os lábios que beijavam levemente meu pescoço e mordiscava o lóbulo da minha orelha, a risada gostosa que me causava arrepios e a esponja que também percorria meu corpo dando realmente um banho delicioso e confortante.

Uma imensa vontade de dormir me atingiu, Edward estava fazendo tudo perfeito e até começou a cantarolar, um episódio inédito já que quase não o ouvia cantando e quanto cantava eram músicas da sua época rebelde, fato que ele prefere esconder.

— Se eu dormir... Você me leva para cama? —Perguntei fazendo-o rir. 

— Claro que não, você ainda terá que tomar uma ducha para tirar o sabão. Fique acordada. — Pediu carinhoso e voltou a cantarolar.

Após encerramos o banho na hidro iniciamos um na ducha, rápido já que estava inebriada pelo sono.

— Você precisa deixar o Jared em paz... — Murmurei depois do banho.

 Edward me ajudava a colocar o pijama enrolado em um roupão preto, seus cabelos molhados jogavam água no espelho do banheiro. Senti sua respiração pesada ofegar, sinal de que ele estava estressado, fitei seu rosto com as rugas de expressões marcadas, o peito de Edward descia e subia com rapidez. Ele me olhou com compaixão e sorriu breve.

— A culpa não é minha Isabella.

 Rosnou baixo sem romper nosso contato visual, respirei fundo pensando na resposta não poderia ser injusta com Edward, mas também era egoísta por querer Jared por perto.

— Só... O deixe em paz, não responda suas investidas de uma discussão.

Edward virou o rosto numa posição que não conseguia fitar sua expressão, mas tive quase certeza de que estava zangado e revirando os olhos.

— Que seja. — Aceitou derrotado e me puxou lentamente para o quarto, penteei meus cabelos enquanto ele colocava roupas apropriadas para dormir.

Deitamo-nos junto, com dificuldade encostei minha cabeça no ombro uma de suas mãos acariciavam minhas costas e a outra se posicionou carinhosamente na minha cabeça depositando um cafuné, não sei ao certo quanto tempo ficamos com aquela troca de caricias porque acabei pegando no sono.

Acordei assustada por um pesadelo terrível, encontrei a cama vazia, nem sinal de Edward pelo quarto escuro. A janela aberta minava um vento frio, me levantei um pouco zonza pelo sono interrompido caminhei até a janela para observa-la o céu estava escuro com nuvens negras, não havia sinal da lua muito menos de estrelas. 

Um vento vindo do sul atingiu meus braços nus, meu corpo se arrepiou por inteiro rapidamente fechei as janelas e observei o quarto iluminado apenas por uma luz fraca do abajur da estante.

Caminhei até o banheiro com esperanças sinceras de encontrar Edward nele, mas não estava, voltei ao quarto e acendi a luz, a luminosidade agrediu meus olhos que lacrimejaram de imediato, fiquei um tempo tentando me acostumar com a claridade, quando enfim consegui fitei o relógio no criado mudo, passavam das duas da manhã.

Fitei a porta de saída do quarto, apanhei meu hobbie sobre os pés da cama e o vesti rapidamente, caíram perfeitamente no meu corpo. 

Caminhei pelo corredor escuro com passos rápidos, cheguei à escada da sala e comecei a sussurrar o nome de Edward, mas ele não respondia, ou seja, nenhum sinal dele no andar de baixo também.

O procurei pela sala de star e jantar, cozinha e escritório, banheiros no andar de baixo e dei uma rápida passada pelos jardins e nem sinal de Edward, já desistindo da procura optei pelo telefone, voltei para sala de star e disquei o numero do celular de Edward no telefone sem fio.

Chamou duas vezes e ele atendeu.

— Oi. — Disse num tom alto, ouvi barulho de vozes altas também e algumas sirenes de... Polícia? 

— Onde você está? — De início eu estava estressada mais por fim fiquei preocupada. 

— Você não vai acreditar amor... — Edward disse no mesmo tom, mas sua voz tinha um misto de raiva e tristeza. E também estava embargada, como quem iniciaria um choro. — Assaltaram a Torre um da Cullen Ltda. — Edward disse em uma voz triste e ofegou.

— O quê, mas como? — Sentei-me no sofá da sala um tanto chateada também, Edward parecia muito angustiado, tive vontade de abraça-lo.

— Desculpe-me por não avisar... Realmente achei que você não fosse acordar querida. Recebi um telefonema de Marcus, ele estava afoito, também pudera levaram todo o dinheiro que estava no cofre forte, toda a renda do projeto para a etapa final da obra do museu da cidade... — Edward disse cabisbaixo, a vozes em sua volta eram altas, quase não o compreendia. — Vou ter que avaliar o prejuízo e correr atrás de uma solução.

— Olhe amor, vou me trocar e encontro com você em meia hora! — Disse decidida e Edward falou mal do outro lado da linha.

— Isabella, quer me ajudar realmente? Volte para cama e me espere. Por favor. Preciso desligar; amo vocês. — Ressaltou e desligou, me senti impotente por não poder ajudar em nada.

Mas sabia também que ele estava certo, eu nada poderia fazer a não ser atrapalhar mesmo contra minha vontade teria que obedecê-lo e voltar contrariada e tentar dormir, uma coisa que foi totalmente frustrada.


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