I Hate You, I Need You, I Love You escrita por Fabi_M


Capítulo 3
Capítulo 2




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POV Bella 

 

         – Bells acorda – Charlie me chamou – Está na hora de ir para o colégio.

         - Mas já? – murmurei colocando o travesseiro em minha cabeça.

         - Sim, vamos lá! – ele tirou o travesseiro de meu rosto.

         - Ok – me sentei e esperei Charlie sair de meu quarto.

         Suspirei, finalmente Edward havia me notado.

         Quando eu perdi todas minhas esperanças ele surge do nada.

         Sorri abertamente, me levantei e fui tomar um banho.

         Ele havia pedido ajuda, e eu o ajudaria. Edward havia mudado muito desde a morte de sua irmã que abalou todo o colégio, ele pensava que eu não percebia, mas era obvio que eu estava atenta a ele.

         Antes Edward era um galinha, fútil e daqueles típicos brutamontes do time de futebol. Mas mesmo assim era o garoto mais lindo do colégio. E a maioria das garotas morreria por sua atenção, eu sabia, eu ouvia os comentários.

         Mas tudo isso mudou radicalmente depois da morte de sua irmã, ele se isolara de tudo e de todos, entrava na sala de aula e não falava com ninguém exceto a professora quando chamava sua atenção. As garotas ainda suspiravam por ele, mas a maioria sabia que ele nem as via quando passava no corredor, ou na sala.

         Ele tinha aquele olhar vazio e desatento, todo aquele brilho e até mesmo arrogância haviam sumido. Ele terminara com sua namorada Tanya e desde então tem estado só.

         Me sequei rapidamente e fiz o mesmo com meus cabelos.

         Eu sabia que estava sendo tola por esperar algo de Edward, mas eu não conseguia refrear a ansiedade que fazia meu estômago se contorcer incessantemente.

         Afinal eu já fora apaixonada por ele, como a metade da população feminina do colégio, eu havia superado tudo isso e até mesmo a esperança de ser algum dia notada por ele, então quando isso finalmente acontece eu não podia recusar um convite como aquele.

         Coloquei uma calça jeans preta, uma camisa verde de manga cumprida, meu suéter preto por cima e uma jaqueta xadrez azul por cima. Hoje estava mais frio que ontem e eu não poderia pegar um resfriado a essa altura do campeonato.

         Arrumei minhas coisas e desci apressadamente.

         Vi que apesar do frio fazia um belo dia de sol.

         - Tome seus remédios filha – Papai me passou aqueles detestáveis comprimidos.

         Eu os engoli com um copo de água, comi um pouco de cereal e logo papai levantou.

         - Acho que eu vou andando hoje pai.

         - Bells... – Ele falou naquele tom depreciativo – Você sabe que está abusando da sorte fazendo isso.

         - Pai, não foi você que falou pra eu viver um dia de cada vez? Não é como se eu fosse morrer amanhã afinal.

         - Isabella! – ele me repreendeu – O médico ainda não falou nada sobre prazos.

         - Mas você sabe que... – suspirei – Vou andando ok? Tchau, bom trabalho.

         Dei um beijo em sua bochecha e sai mesmo com ele protestando.

         Sorri ao sentir o sol aquecer minha pele, ao sentir os músculos de minhas pernas se aquecerem, coloquei meu fone de ouvido ligando em uma das minhas músicas preferidas.

 

Pov Edward

 

Eu estava dirigindo meu carro como fazia todas as manhãs, indo para o colégio.

         Mas hoje, por incrível que pareça eu sinto algo, uma animação que eu não sentia a incontáveis tempos, um frio na barriga que me fazia parecer um garoto de doze anos.

         Eu sabia que Bella tinha grande parte nisso, mas eu não conseguia saber o quão intensa poderia ser, ela nunca teria sido o tipo de garota que eu olharia antigamente, mas hoje, na minha situação tudo me atraia nela, a sua fragilidade e sensibilidade, seus olhos misteriosos que me prendiam toda vez que me fitavam daquele jeito, como se quisesse me decifrar.

         Virei a esquina e freei rapidamente quase atropelando uma garota que atravessava a rua desatentamente.

         - Presta Atenção! – gritei para a guria louca, que me fitou no instante em que berrei.

         Meu deus, era a Bella.

         Eu parei ao seu lado deixando outro motorista apressado passar.

         - Hey – sorri – Desculpa, não sabia que era você.

         Ela tirou o seu fone.

         - O-Oi – gaguejou – É han, eu tava ouvindo musica.

         - Entra, eu te dou uma carona pra escola – continuei a sorrir – Não aceito não como resposta.

         Ela sorriu e entrou sentando timidamente a meu lado.

         Nós começamos a conversar e ela corava constantemente, eu me peguei preso as suas respostas e reações, notei que tínhamos varias coisas em comum apesar de tudo.

         E assim nós entramos no colégio e ela se calou por um instante ao notar que todos nos olhavam, mas eu não ligava. Eu sabia que seria assim, sabia que falariam que o Edward estava de volta, Mas eu pouco me importava com todos eles, eu só conseguia me concentrar nessa garota de aparência delicada que falava constantemente.

 

Pov Bella 

 

Eu me senti um pouco constrangida quando notei que todos nos olhavam, as garotas com aquele olhar típico de inveja e os garotos com um misto de surpresa e algo desconhecido, como se aquela fosse a primeira vez em que realmente me notassem.

         Era estranho, totalmente estranho.

         Edward continuava a querer saber quase tudo de mim, o que me fazia corar na maioria das vezes, ele me perguntava coisas como, ‘Quais são seus maiores sonhos?’, ‘Sua cor favorita?’, ‘Por que eu não tentava mais falar com minha mãe?’ e por ai vai.

         Quando eu tentava perguntar algo ele se esquivava e retornava com outra rodada de perguntas.

         Nós só paramos de conversar quando a aula começou e agora ele sentava ao meu lado no lugar de Alice que fazia uma cara de quem iria querer saber tin-tin por tin-tin do que falávamos.

         As aulas passaram praticamente voando com Edward a meu lado, com seu cheiro para me distrair e a eletricidade que percorria entre nós, pelo menos eu conseguia senti-la.

         O sino do recreio tocou e ele se levantou calmamente.

         - Senta comigo hoje? – ele perguntou com um sorriso torto que levou todo o meu fôlego.

         - Sério?

         - Claro, por que eu brincaria? – ele tocou minha mão rapidamente e eu senti meu rosto esquentar.

         - Tudo bem. – Respondi simplesmente.

         Nós seguimos para o refeitório e novamente todos nos olhavam, Edward começou a encher sua bandeja e eu peguei apenas uma fruta e uma garrafa de água, eu me sentia ansiosa e sabia que se enchesse meu estômago agora poderia quem sabe ter uma indisposição mais tarde.

         - Você só vai comer isso? – ele sorriu – Não me diz que está fazendo dieta.

         Meu sorriso espelhou o seu, era incrível como seu sorriso era deslumbrante.

         - Não, eu só estou sem fome. – murmurei enquanto pegava minha carteira.

         - Não – ele tocou minha mão – Eu pago, pode deixar.

         - Mas...

         - Você ainda não aprendeu mesmo que eu quase nunca aceito não como resposta? – ele brincou – Vai lá pegar uma mesa pra nós.

         - Ok – murmurei sorrindo.

         Me sentei em uma mesa meio afastada do centro do refeitório, procurando ao máximo fugir daqueles olhares interrogativos.

         Edward sentou ao meu lado e nós retomamos nossa conversa, dessa vez ele respondeu mais minhas perguntas e novamente me senti presa a qualquer informação que eu poderia ter dele, qualquer coisa que saciasse minha curiosidade sobre sua personalidade agora misteriosa.

         Percebi que apesar tudo nós tínhamos algo em comum,

Percebi também que Edward tinha carência de alguém que o ouvisse como sua irmã fazia, que tudo que ele queria era desabafar um pouco, eu sabia que estava rompendo a barreira que ele havia colocado entre ele e o resto do mundo.

Eu podia sentir que aos poucos ele me contava mais de sua própria história e de como se arrepende de não ter aproveitado, mas que precisa infelizmente olhar para a frente e tentar viver.

Por que eu sentia que nossa situação era a mesma?

         A semana foi passando assim, Edward agora me dava carona até o colégio e nós conversávamos mais abertamente sobre tudo, eu e quem o observasse poderia ver a mudança nele.

         Quem realmente convivesse com ele poderia notar que ele sorria mais que o normal agora, ele até ria por vontade própria, coisa que eu não via ele fazer a um longo tempo. Eu ficava deslumbrada diversas vezes por seu rosto, seu sorriso torto e seu cheiro inebriante, mas apesar de eu me sentir atraída por ele, eu sabia que isso partia de mim.

         Aquilo me deixava triste, eu não poderia negar. Mas só de estar perto dele, de poder conversar e ouvir o que ele tem para desabafar eu já me sentia melhor, eu sentia que eu poderia ajudá-lo.

         - Então até segunda, eu acho – ele murmurou enquanto parava o carro em frente a minha casa.

         - É. – sorri tentando não soar desanimada.

         - Você tem celular? Sabe para o caso de eu querer conversar com alguém... – ele sorriu sem graça.

         - Sim – passei meu numero para ele.

         - Então até segunda – dei um beijo em seu rosto – Obrigado.

         - De nada – ele murmurou meio espantado, eu acho, com minha atitude.

 

Pov Edward        

 

Toda vez que eu deixava Bella aqui e seguia para minha casa eu me sentia...

         Vazio.

         Como se todo o espaço que ela preenchesse quando estava comigo, abrisse com força total me fazendo arfar.

         Nessa semana Bella me ouviu mais do que qualquer garota exceto Rose, havia ouvido, eu podia sentir seu interesse, ela não me olhava com aquele típico olhar de pena que eu tanto odiava, ela me olhava como se me entendesse.

         Como se ela passasse por algo semelhante, eu estava colando os cacos que restavam de minha vida e finalmente havia achado alguém que poderia me ajudar, que poderia me ajudar a recomeçar depois de minha grande perda, que me faria olhar o passado sem sentir dor, que me ajudasse a superar meus medos, minhas barreiras e voltar a vida.

         Não minha vida anterior, mais uma nova. Uma em que o vazio e a constante solidão não me apanhassem mais.

         Eu tentava achar em Bella a minha cura.

         Eu queria apostar que ela poderia suprimir esse buraco que atormentava meu peito e que não me deixava dormir a noite, eu podia sentir a dor da perda irradiar por todo meu corpo.

         Eu podia fechar meus olhos e lembrar de Rose com seus cabelos loiros caindo em cascata por suas costas, de seu doce rosto me falando o quanto eu estava errado por alguma coisa.

         Rose, você não sabe o quanto me faz falta. Suspirei deixando as lagrimas correrem por todo meu rosto, deixando a angustia tomar conta de todo o meu corpo tirando todos os vestígios da felicidade.

         Deixei o monstro que me assolava surgir com força total, fazendo-me fraquejar sobre meus joelhos, eu sentia toda aquela maldita dor como se fosse ontem que ela se fora, era como se eu houvesse regredido no tempo.

         Por que quando eu era criança eu teimava que havia um bicho papão em meu armário ou até mesmo em baixo da minha cama, quem ia lá mandar os monstros embora era Rose, mas agora era o monstro da angústia que me perseguia, que me lembrava toda hora que Rose não estava mais ali, e que poderia ter sido diferente.

         Eu poderia ter evitado isso.

         Aquele maldito monstro gostava de repetir isso várias e várias vezes, que eu podia ter salvado ela, que eu podia ter agido com a cabeça de cima e não com a de baixo e ter levado ela para depois transar com a vagabunda da Tanya.

         Ele conseguia esmagar meu coração e me atirar em um abismo de escuridão, me mandando para as mais profundas angustias e dores que um ser humano poderia ter.

         Por que a morte, a morte era irreversível, era certa, absoluta.

         Não havia um jeito, não havia volta, era um ponto final marcado a sangue, a tinta mais profunda tecida pela dor e sofrimento dos que ficaram para trás.

         Uma vida interrompida, uma vida perdida.

         E não havia nada, absolutamente nada que eu poderia fazer a não ser construir muros em volta do meu coração.

         Barreiras que impediam-me de amar alguém de verdade, que deixava quase impossível de alguém se aproximar de mim novamente.

         Meu céu era negro, uma imensidão negra onde tudo parecia confuso e sem sentido.

         Isabella era um ponto fraco de luz, como um cometa visto de longe.

         Era isso, eu esperava na verdade que ela tivesse paciência. Mas eu jamais poderia oferecer a ela algo solido, inteiro.

         Tudo que eu podia dar era o meu coração em pedaços, partes inúteis de mim.

         Eu queria mais que tudo que ela não desistisse. Mesmo quando eu mesmo havia desistido.

 

 Pov Bella

 

 - Bella, com quem você tem ido e voltado todos esses dias? – Sue me perguntou.

         Eu gostava dela, Sue era a segunda esposa de meu pai. Ela sempre se mostrou útil e eu via meu pai feliz ao seu lado, eu sabia que eles cuidariam um do outro quando o inevitável acontecesse.

         - Com um amigo – respondi simplesmente.

         Ela sorriu e me passou mais um prato para eu secar.

         - Um amigo é?

         - É... – sorri.

         Bem que eu gostaria que ele fosse mais que isso, só que eu sabia o que ele estava sofrendo, eu podia ver o espiral de tristeza em seu olhar quando ele fitava o nada em especial. Eu não poderia exigir nada dele, eu não seria capaz. Se ele quisesse uma amiga, ele teria, eu não pediria nada em troca eu apenas o aceitaria incondicionalmente.

         - Por que será que eu tenho a sensação que você queria ser mais que uma amiga dele? – ela sorriu com cumplicidade.

         - Ah Sue – dei um sorrisinho amarelo – Ele nunca iria querer nada comigo, eu sou tão... Sem graça.

         Ela me olhou com repreensão.

         - Se esse garoto acha isso, é por que na verdade ele não te merece Bella, você é uma moça linda e doce, nem um cego poderia negar isso.

         - E você é gentil demais – apertei sua bochecha depois que enxuguei o ultimo prato.

         - Só falo a verdade. – ela sorriu.

         - Vou adiantar minhas tarefas e dormir, ok? – dei um abraço nela – Boa noite Sue.

         - Boa noite Bella, durma com os anjos.

         Fui para sala e murmurei um boa noite para papai que via a liga de basquete totalmente animado.

         Entrei em meu quarto e me joguei na cama preguiçosamente.

         Eu sabia no que estava me metendo quando aceitei a carona de Edward, mas que mal poderia ter? ele queria uma amizade, alguém que o ouvisse e eu sentia que poderia ajudá-lo.

         Na verdade, eu queria ajudá-lo. Eu queria poder mostrar para ele que Rose ainda continuava com ele e até mesmo nas pequenas coisas ao seu redor, por que se na verdade existe um céu e se Rose está lá ela estaria com certeza olhando por Edward e sofrendo junto com ele.

         Eu me lembro de admirar os dois, por que geralmente todos os irmãos brigam e não se dão bem, mas era totalmente diferente com os irmãos Cullen, eles eram grudados e tinham uma amizade admirável, e mesmo não tendo conversado muito com Rose eu percebia que ela tinha uma boa personalidade, que ela era boa e se importava com os outros ao seu redor.

         - Bells – Charlie bateu na porta – Seu celular estava tocando lá embaixo e eu atendi...

         Eu abri a porta de imediato.

         Seria Edward me ligando? Meu coração pareceu inflar.

         - Ah, eu esqueci lá – peguei de sua mão – Quem era?

         - Não sei, ele desligou quando eu atendi... Talvez seja o menino dos Black, o Jacob. – papai arqueou uma sobrancelha.

         Revirei os olhos. Será que ele não entendia que Jake era só um bom amigo?

         - Ok, boa noite – eu fechei a porta de meu quarto.

         Meu coração parecia que ia saltar a qualquer instante de meu peito.

         Será que Edward sentia a mesma falta de mim, como eu sentia dele?

         Sorri antes de ativar o celular.

         Eu havia esperado tanto por um momento como esse, para que ele me notasse, para que ele gostasse de mim, mesmo que fosse como amigo.

         Olhei o visor e estava numero restrito.

         Mas eu sentia que era ele, e pela primeira vez eu decidi ser ousada. Ou não tanto por que amigos poderiam ligar um para o outro não poderiam?

         Eu disquei o numero que ele havia me dado, respirei fundo e apertei no botão verde.

         Ele me atendeu no segundo toque.

         - Bella? – pude ouvir sua voz ofegante.

         - Sim sou eu – murmurei – Você me ligou?

         - Eu... – ele hesitou – Na verdade sim.

         - O que foi? Aconteceu algo?

         - Sim – ele respondeu naquele mesmo tom ofegante.

         - O que Edward? Você está bem? – eu falei preocupada, minhas voz subindo as oitavas.

         - E-Eu... – ele suspirou e ficou em silencio.

         - Edward, você sabe que pode contar comigo. – falei em tom de promessa – Eu posso estar sempre a seu lado se você quiser.

         - Obrigado Bella – ele falou em um tom de compaixão – Eu só não consigo dormir e é nessas horas que eu mais...

         - Sente falta dela – completei.

         Pude ouvir seu suspiro.

         - Sim. – ele fungou – Eu já pensei em varias coisas Isabella, até suicídio.

         Era a primeira vez que ele falava tão abertamente comigo, eu senti meu coração inflar e rapidamente voltar ao normal quando ele falou a palavra suicídio.

         - Não! Você não pode fazer isso Edward! – murmurei em meio a agonia.

         Eu sabia que ele não era meu, mas só de pensar em ver Edward frio... Em uma daquelas caixas metálicas minha garganta se fechou.

         - Você é louco? A muitas pessoas que amam você, que se importam com você! Jamais cogite essa idéia novamente ok? Você não pode.

         - ok – ele murmurou no mesmo tom choroso.

         - Prometa para mim.

         - Tudo bem Bella, eu prometo que não vou fazer nada desse tipo. Está mais feliz agora?

         - Sim – falei colocando a mão em meu coração.

         Era tão bom ouvir sua voz, mesmo que através daquele aparelho estúpido, era bom saber como ele estava.

         - Você sabe que não pode ficar assim Edward, sabe que Rose não iria querer te ver assim.

         - Mas ela não pode mais me ver Bella – ele fungou de novo – E tudo isso é minha culpa.

         - Não, não pense assim. – falei tentando amenizar – Deus tem planos para todos nós Edward, se foi é por que tinha que ser, mesmo havendo o profundo sofrimento, você tem que deixá-la descansar em paz.

         - Mas...

         - Não Edward – eu o interrompi – Eu acredito que há um paraíso, um lugar para todos nós lá em cima. E se isso for verdade Rose está lá, olhando por você e toda sua família, e além disso ela está nas pequenas coisas. Coisas ao seu redor que as vezes você nem se dá conta. Mas ela está ali, orando por você, prezando por sua melhora. Pense assim, e quando você sentir saudade não deixe que a angústia te sufoque, pense nos momentos bons que você teve com ela a seu lado e bastará. Pois além de estar em sua memória, ela sempre vai existir em seu coração.

         Eu pude ouvir seu choro da outra linha, e eu queria enxugar suas lágrimas, abraçá-lo e dizer que tudo iria ficar bem. Que ele não estava sozinho.

         - E-Eu nem s-sei como te agradecer – ele fungou – Eu acho que o jeito mais fácil é não te iludir.

         O que ele queria dizer com aquilo?

         - Han?

         - Eu sou como um cristal quebrado Isabella, eu não tenho muito a te oferecer, mas tenho muito a exigir. – ele falou agora um pouco mais sério – Eu vou entender se você se cansar de mim, se você quiser me ignorar. S-Só me avise.

         - Eu nunca faria isso – murmurei – Não estou pedindo nada em troca Edward, nunca vou pedir.

         - Você é um anjo Isabella. – pude sentir a ternura em suas palavras.

         Aquelas palavras me deram esperança. Esperança que Edward poderia se recuperar. Que poderíamos descobrir juntos a felicidade.

         - Já está tarde... – eu desconversei meio constrangida.

         - Não, por favor, não desligue. – ele pediu – Converse comigo, eu preciso ouvir sua voz.

         - O-Ok.

         Nós começamos a conversar os mais variados assuntos, de nossa infância, Edward me contou que se arrependia por ter namorado Tanya, e por ter sido um grande idiota no passado. Entre varias outras coisas. Depois de algum tempo ele bocejou e eu sorri ao ver que ele estava com sono. Nós nos despedimos e ele falou que me ligaria amanhã.

         Eu havia esquecido completamente os exercícios que eu tinha que fazer. Mas na verdade eu não ligava muito para isso agora. Tudo que eu conseguia pensar no momento envolvia Edward, o garoto dos meus sonhos.


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Notas finais do capítulo

deixemmm seus reviews galeraa