1989 escrita por Juliane Bee


Capítulo 2
All You Had To Do Was Stay.


Notas iniciais do capítulo

Hello there!!
Gostaria primeiramente de agradecer o carinho que tiveram comigo no capitulo anterior :) Fiquei muito feliz com o resultado final, e honestamente, adorei ouvir que minha interpretação foi diferente do esperado. Confesso que fiquei apreensiva, mas assim como o primeiro capitulo, essa oneshot de hoje também foi pensada enquanto eu escutava 1989, mais precisamente AYHTDWS. Eu gostei muito desse capitulo. MESMO. E espero que vocês curtam Vicente, nosso protagonista, e que se emocionem com a história dele.
Deem play, e curtam a fic!
Uma boa leitura!
Beijão~
PS: Espero conversar com vocês de novo nos comentários :)



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People like me are gone forever

When you say goodbye.

(...)

— Vicente! - Fitei o telefone branco em minha mesa bufando. Apertei a tecla 03 para que ele também me ouvisse.

— Sim, senhor. - disse firme. Eu precisa me impor, essa situação já estava passando dos limites.

— Está na hora do meu café, por que você ainda não o trouxe? - ótimo, ele estava mais irritado que o normal - Já demiti duas pessoas hoje, mais uma não vai ser problema.

— Mas senhor, essa não é minha função. Eu estou terminando um projeto da campanha de Natal desse ano para apresentar..

— Eu até posso ouvir mais sobre - me interrompeu - mas somente depois do meu café. Não quero desculpas, Vicente. Quem paga seu salário sou eu. - e desligou.

Respirei fundo.

Depois de todo esse tempo eu já deveria ter jogado a toalha, me demitido. É uma chance única na vida ter uma campanha lançada em uma agencia desse nível, é como ganhar na loteria duas vezes.

Deixei minha sala me dirigindo até a área de convivência. Will do RH estava com suas olheiras ainda maiores, mas mesmo assim eu o invejava. Ele pelo menos trabalha de verdade, faz alguma coisa além de servir café.

— Não esqueça que meu tio gosta do café bem quente,Vicente. - Theo fez graça de novo.

— Cada vez mais sua criatividade me espanta, talvez seja esse o motivo pelo qual seu tio te contratou como estagiário. - sorri irônico.

— Pelo menos não sou eu quem serve de garçonete para o chefe.. - deu de ombros - Você está aqui há quanto tempo? Um, dois anos? - continuei em silencio. Dois anos e sete meses - Já teve alguma ideia levada a sério? - abri a boca para argumentar, mas ele me impediu - Não. Continue servindo café que você vai longe, quem sabe consiga servir os donuts da próxima vez.

— Chega! - apertei o copo de plástico com força imaginando a cabeça de Theo em seu lugar. - Eu to fora! - virei as costas.

Eu não fiz 1 ano de cursinho para entrar em um federal por nada. Eu já sou formado, não sei por que ainda aguento isso todos os dias com medo de ficar desempregado. Eu posso viver da minha arte - literalmente.

Andei pelo corredor com uma segurança que jamais imaginei que pudesse ter. Nunca fui do tipo impulsivo, mas essa ideia já estava aflorada em minha mente faz tempo.

Abri a porta sem bater.

— Isso é jeito de entrar na minha sala, Vicente? - falou com a voz rouca.

— Eu.to.fora. - falei pausadamente.

— O que? - riu fraco - Para com isso! Entregue meu café e volte ao trabalho, vou fingir que não escutei seu blefe.

— Que trabalho? - balancei a cabeça - Eu trabalho nessa agencia há dois anos e sete meses, e nunca trabalhei em um projeto sério. Não me formei na faculdade para servir cafezinho a você, que parece mais um idoso. - ele abriu a boa em espanto - Você tem só trinta anos, por favor! Se quiser um café é só ir lá buscar!

— Agora é eu que te quero na rua! Você está demitido! - sorri satisfeito. Aquela seria a última vez que o encontraria de novo como seu empregado. No futuro vamos estar competindo pelos mesmos clientes, tenho plena certeza disso. Saí da sala deixando que ele falasse sozinho - Por justa causa,Vicente! Justa causa!

Alguns colegas levantaram de suas mesas assustados, já outros estenderam os punhos para cima como se estivessem torcendo por mim. Eles tinham sido vingados.

Assim que voltei até minha sala peguei todos os meus objetos pessoais e coloquei em minha mochila. Eu não tinha nenhuma material, mas minha cabeça estava fervendo com muitas ideias.

— Com licença. - a moça que trabalha na recepção bateu em minha porta - tem uma mulher lhe aguardando na entrada, Sr.Vicente.

— Quem é ela? - se fosse Luísa ela nem teria sido anunciada.

— Ela se apresentou como Melissa, mas não disse o sobrenome.

— Obrigado. - assenti.

Peguei minha pasta e alguns papeis. Dei uma última checada para ver se não tinha esquecido nada.

Pronto. Uma etapa da minha vida tinha se encerrado.

Saí da sala sabendo que a partir de hoje minha vida mudaria radicalmente - para melhor, tenho certeza.

Desci as escadas pensando em que Melissa era essa. Colega de trabalho não era, muito menos de faculdade. Dos tempos de colégio, talvez?

Assim que as portas do elevador se abriram meus olhos foram de encontro a mulher de longos cabelos negros sentada na recepção. Eu lembrava muito bem dela. A agencia fez uma campanha para uma grife famosa no ano passado, e ela era uma das modelos que foi escalada.

Andei até onde Melissa estava notando que ela também já tinha me visto. Se levantou, e estendeu os braços para que eu a abrasasse.

— Melissa, quanto tempo. - ela riu.

— Um ano e dois meses na verdade. - me soltei dela.

— Nossa, você tem uma memória boa.

— Nem me fale! - voltou a rir - Será que podemos conversar?

— Claro.. - falei desconfiado. Porque eu ainda não havia dito que tinha uma namorada, e pior, que ela é ciumenta?

Segurei a porta da entrada para que ela passasse, mas antes de sair parou aonde estava e pegou uma bolsa branca do chão. Tinha um carrinho de bebe ao seu lado, mas pensei que fosse da mulher sentada próximo a ela.

— Seu filho? - falei um pouco surpreso. Não imaginava.

— Não.. - sorriu - Nosso.

Eu não imaginava mesmo.

— O que? - não consegui conter meu espanto.

— Era sobre isso que eu queria falar com você. Vamos? - saiu andando como se nada tivesse acontecido.

Caminhei ao seu lado sem saber para onde estava indo. Mil pensamentos rodeavam minha cabeça.

Esse filho não pode ser meu, nós nos protegemos. E se fosse? Eu agora estava desempregado e tinha um filho para sustentar. Não pode ser.

Entramos em um bistro francês que ficava a algumas quadras dali. Já entrei pensando no dinheiro que gastaria só para tomar um simples café. Agora eu não tinha mais salário, tudo que me restou foram algumas notas na carteira e um cartão sem valor.

— Eu lembro de você quietinho, mas nem tanto. - ela riu balançando o carrinho. Fez sinal para que a garçonete trouxesse um expresso, enquanto eu só mexi a mão negando.

— Esse bebe, ele.. - gaguejei.

— Sim, ele é seu filho. - tirou um papel da bolsa.

— Isso é um exame de DNA? - a encarei chocado.

— Aham. Paguei um estagiário que trabalha com você para me entregar um pertence seu. - Theo. Aquele babaca. - Parabéns, Papai! - empurrou o carrinho cinza em minha direção.

Ainda tremendo olhei para baixo dando de cara com o bebe mais bonito que já vi na vida. Ele dormia tão sereno. Quer dizer, ela.

— É uma menina. - sorri encarando a garotinha que dormia enrolada em um cobertor cor de rosa. - Qual é o nome dela?

— Ela não tem. - bebeu um gole - Não sou o tipo de mãe convensional como pode ver, então a chamo de monstrinha.

— Isso é horrível. - quem ela pensa que é? A Malévola? - Por que você me procurou só agora? - continuei fitando a menor mão do mundo - e também a mais delicada.

— Eu vou ser rápida por que não tenho lá tanto tempo. - fitou seu relógio de pulso - Descobri que estava gravida aos sete meses, não engordei muito, pensei que estava com vermes, sei lá. - deu de ombros - Por sorte tinha recém voltado da Indonésia, então disse para todo mundo que tinha contraído um tipo de vírus e que precisava ficar de quarentena.

— Por que fez isso? Você deveria ter me falado.. - ela gargalhou.

— Eu sou uma modelo no começo de carreira, você acha que tudo ficaria normal se soubessem que eu estava grávida? Claro que não! Ninguém quer uma garota pelancuda! Pior, cheia de estrias por conta da barriga. Eu nunca quis ser mãe, nem passou pela minha que eu estava grávida, mas.. - soltou o ar - Aconteceu, e aí está o resultado.

— Melissa, isso é surreal.. nós nos falamos apenas 1 vez na vida e você me aparece com um bebe falando que é minha filha? - apoiei minha mão na cabeça. Estava me sentindo tonto.

— Eu tenho que estar no aeroporto em 1 hora, e antes de leva-la para adoção pensei em..

— O que? - a interrompi - Você quer dar minha filha para adoção? - aproximei o carrinho ainda mais de mim.

— Viu só? Eu sabia que você se apegaria. - sorriu - Então deixo em suas mãos a decisão. - tirou mais papéis da bolsa - Eu nunca quis ser mãe, Vicente, e não vou abandonar meu sonho por causa de uma criança que é só metade minha. Aqui está a guarda dela, e um documento passando todos os direitos para você. - encarei o envelope - Se não quiser é só.. - peguei a caneta em sua mão e assinei.

— Eu não vou abandonar minha filha. - levantei da cadeira pegando a bolsa branca do chão. - Seja feliz, Melissa. - empurrei o carrinho saindo de lá.

— Espera.. - correu em minha direção. Naquele instante pensei que ela tinha desistido dessa ideia, mas me enganei. - Você esqueceu de devolver minha caneta.

Peguei-a do meu bolso e estendi a ela, olhando seu rosto pela última vez. O que eu falaria para minha filha sobre a mãe dela? Contaria a verdade?

Eu agora sou pai.

Pai.

Peguei um dos primeiros táxis no ponto e logo de cara passei um aperto. Como eu colocaria o carrinho dentro do carro? Peguei a bebe em um dos braços, aquela foi a primeira vez que segurei uma criança, mas não consegui achar um jeito de fazer entrar.

— É seu primeiro filho, não é? - o taxista desceu do carro para me ajudar.

— Muito obrigado. - agradeci imensamente.

— Eu tenho três filhos, sei bem como é isso. - riu - Eles não nascem com um manual de instruções, temos que decifra-los na marra.

— E como...

O que eu vou fazer?

Pensei nela, em Fred meu colega de apartamento que é uma criança, em minha mãe que deveria estar rindo dessa situação no céu, e em Luísa. O que ela vai dizer sobre isso?

Na descida ele também me ajudou com o carrinho.

— Obrigado, de verdade. - entreguei as notas a ele.

— Ela puxou ao senhor. - brincou com a mãozinha dela - Os olhos são azuis como os seus.

— Você tem razão. - sorri. Não tinha percebido que ela se parecia demais comigo.

Ao chegar na porta do apartamento resolvi alertar minha filha.

— Peço desculpas pela bagunça, mas não sabia que receberíamos visita. - ela fez uns barulhos que não tenho a menor ideia do que sejam - Bem vinda a casa do.. papai. - Era tão estranho falar isso, não parecia real. Deixei o carrinho na porta, e sentei no sofá com ela no colo. Afundei na almofada e ela pareceu achar graça.

— Eu escutei.. - Fred apareceu só de toalha - Uou, uou! O que.. quem.. - me encarou.

— Fred, coloque uma roupa antes de se dirigir a minha filha. - ele arregalou os olhos.

— Filha? Vicente? Voce? - assenti. Ele correu até o quarto colocando uma roupa. - Eu não sabia que a Luísa estava grávida.

A campainha tocou.

— Luísa! - levantei sem reação - Ela ficou de vir aqui em casa hoje, ahn.. - peguei a bebe e estendi a ele.

— O que? Eu não sei pegar no colo. - se afastou.

— É como pegar um cachorrinho, só que tenha mais cuidado. - ele estendeu os braços - Por favor, cara. Eu não quero que ela fique sabendo desse jeito, tenho que falar com calma.

— Ah, e comigo não precisava, né? - a campainha tocou mais uma vez.

— Eu limpo o apartamento pelo mês inteiro, agora vai.. - ele levantou a sobrancelha.

— Tá. - saiu de lá segurando ela sem jeito.

Respirei fundo, e abri a porta.

— Oi, Vi. - Luísa me beijou. - Tá tudo bem? - franziu o cenho.

— Mais ou menos.. - ela se acomodou no sofá.

— Se for sobre a sua demissão eu já sei, a Felipa já me contou que você saiu da agencia. - sorriu - Eu fico muito feliz por você, amor. Sabe muito bem que não era valorizado como merece.

— Pois é.. - eu estava suando frio -Lu, eu preciso te contar uma coisa..

Um barulho vindo do quarto de Fred me fez levantar.

— É outra mulher? Ela tá aqui? - levantou já se dirigindo aos quartos.

— Desculpa, cara. - Fred apareceu na sala com a bebe no colo, que agora chorava. - Eu não sei o que fazer para que ela pare.

— O que é isso, Vicente? De quem é essa criança? - me encarou.

Peguei-a no colo.

— Pronto, pronto. - balancei meu corpo - Eu to aqui, filha.

Luísa ficou estática.

— Eu.. o que? - se agarrou na parede.

— Lu, eu posso explicar.. - ela se afastou.

— Explicar o que? Que você teve uma filha com outra mulher e não me disse nada? - gritou fazendo a bebe chorar mais ainda - Nós estávamos juntos por acaso? Você me traiu? - ela ficou em silencio - Pela aparência dessa criança sim, nós já estávamos juntos. Meu Deus, como você pode fazer isso!

— Pare de gritar, por favor! - a neném estava descontrolada.

— Não me diga o que fazer, Vicente! - ela estava vermelha.

— Foi antes de eu te conhecer, eu juro. Eu era solteiro, foi coisa de uma noite..

— E cade a mãe dessa criança? - dei de ombros.

— Ela não tem mãe. - Melissa não faz jus a esse título.

— Meu Deus! E eu achando que a gente iria casar, ter filhos - me encarou - Os nossos filhos..

— Eu não tive outra opção, Lu. Sei que tínhamos planos, eu ainda espero realiza-los, mas, me desculpa. Eu não pude simplesmente escolher, já esta feito, não posso fazer mais nada.

Ela ficou em silencio.

— Mas eu posso. - pegou a bolsa no sofá.

— Não, Lu. Por favor, eu amo você. - fiquei parado em sua frente.

— Eu não tenho cabeça para isso agora, Vi. Não dá, eu.. sinto muito. - balançou a cabeça.

— Eu preciso de você, preciso que fique. Me ajuda, por favor.. - implorei.

Senti meus olhos embaçados.

— Peça ajuda para mãe dela. - se limitou a olhar para mim.

— Lu - segurei sua mão - Por favor, fica. Fica comigo, com a gente. - encarei a bebe - Ela não tem culpa de nada.

— Muito menos eu. - puxou o braço - Não dá, me desculpa mas não vou conseguir olhar para ela sem imaginar você e a mãe dela transando.

— Luísa.. - mas ela já tinha fechado a porta.

— Nossa, isso foi intenso. - Fred se aproximou, estendendo os braços para pega-la do meu colo. Agora a pequena já estava em silencio, mas quem gritava internamente era eu.

Em menos de 12 horas tive muitas coisas tiradas de mim. Meu trabalho, minha liberdade e meu amor.

Eu não tinha mais nada.

A pequena resmungou, e Fred a devolveu para mim.

— Mentira. - sorri encarando aqueles olhos azuis gigantes - Eu tenho você, Júlia.

A garotinha mexeu as perninhas como se estivesse comemorando o fato de agora ter um nome.

Ela não tinha ganhado apenas um nome, tinha ganhado um pai.

Uma família.

****

— E quais foram suas inspirações para escrever seu primeiro livro “Como Ser Um Pai de Primeira Viagem Sem Passar Vergonha”? - a jornalista me encarou. Se cada vez que eu respondesse essa pergunta ganhasse um real, eu já estava rico.

— Bom, - sorri - Tem uma frase que usei no livro que define muito a situação que passei, “um filho é o melhor motivo para seguirmos em frente custe o que custar.” Foi exatamente isso que aconteceu, eu me vi desempregado, sozinho, e com uma filha para criar. - Fred me encarou sério - Minto quando falo que estava sozinho, sem meu colega de apartamento e padrinho da Juju, eu não teria conseguido passar por certos perrengues. Ele me ajudou com as despesas no começo, e acendeu a faísca em minha mente para começar a escrever o livro. Assim como eu muitos pais não sabem nada sobre bebes até se verem com uma criança no colo. - as pessoas riram - Minha ideia sempre foi a de ajudar esses pais de primeira viagem com as pequenas coisas do dia a dia, e agora que Júlia esta ficando maior, pretendo continuar narrando essa experiência da paternidade em outras fases. - fitei o chão - Uma pessoa uma vez me falou que os filhos não nascem com um manual de instruções, nós temos que decifra-los na marra, e ele estava certo. Todos os dias vou aprendendo uma coisa nova com ela, e honestamente, ela é a pessoa mais importante na minha vida. - A plateia suspirou, enquanto Fred - que segurava Júlia no colo - revirou os olhos. Em todos os lançamentos eu repetia isso, mas é a verdade, sem ela minha vida não seria nada.

Ao terminarmos o bate papo me dirigi até uma mesa para assinar os livros, e tirar algumas fotos.

— Olá, em nome de quem? - Peguei uma das canetas na mesa para assinar o primeiro.

— Luísa Vasconcellos. - virei para encara-la - Vicente, eu..

Peguei o livro em suas mãos e assinei rapidamente, entregando a ela.

— Por favor, me escuta. - ri fraco.

— Eu liguei para você todos os dias depois que você saiu porta afora e você nunca me retornou. Fui até sua casa e você não abriu a porta, fingiu que eu não existia. - ela fitou o chão - Eu soube por terceiros que você esta noiva do Theo, meus parabéns.

— Eu estava. - mostrou a mão sem aliança - Eu sinto muito por ter feito o que fiz, eu fui burra, impulsiva. - pegou em minha mão - Vicente, eu quero voltar.

Puxei minha mão.

— Você saiu da minha vida há muito tempo, Luísa. Tudo que eu mais queria era que você tivesse ficado, mas não foi o que aconteceu. - ela agora chorava - Eu não quero dividir minha vida com uma pessoa que vai olhar para minha filha com desprezo. Você fez sua escolha quando me deixou, e eu fiz a minha. - levantei da mesa fazendo sinal para que os produtores me dessem alguns minutos. - Fico com a minha filha.

Deixei Luísa para trás como ela tinha me deixado meses antes. Não tinha mais espaço para ela em meu peito, Júlia vem preenchendo cada pedacinho da minha alma todos os dias.

E eu não poderia me sentir mais feliz.

Hey, now you see you want it

Back, now that it's just too late

Well, it could've been easy

All you had to do was stay.


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Notas finais do capítulo

E aí? Curtiram?
Não esqueça de deixar seu comentário que me ajuda pra caramba! Hahaha
Um final de semana maravilhoso,
Se cuidem!
Até o próximo capitulo!
Ju.