Nossa Canção escrita por Day Marques


Capítulo 23
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

Hey cookies, aqui estou. Atrasada só algumas horas, é que estava terminando o capítulo para poder postar. Pois bem, deixa eu falar uma coisa aqui: Como eu já falei, e acho que já falei outras vezes, meu objetivo com essa fic era que ela fosse pequena, no mínimo até o capítulo 15, e vejam só onde estamos, indo para o 23. Pois bem, eu só tinha escrito a fic até o capítulo 12 ou foi 13, mas foram surgindo novas e mais novas ideias na minha cabeça e a fic foi crescendo. Só que daí, foi necessário que eu começasse a escrever mais. Então, tudo o que escrevo, é de última hora, quando tenho tempo para sentar em frente ao notebook e começar a "dedilhar" as letras. Não vou mentir e nem falo isso para que vocês fiquem me elogiando, mas tem vezes que não fico 100% satisfeita com o que escrevo, mas posto mesmo assim porque sei que a partir daquele momento que finalizei o capítulo, eu não vou ter mais "culhões", digamos assim, para fazê-lo melhor. Então, eu tento caprichar no próximo. Só que então vocês vêm com suas palavras maravilhosas, e me deixam muito feliz e motivada a continuar. As coisas não estão fáceis, estou trabalhando, saiu de manhã, chego quase 20:00 da noite, e o tempo que resta eu sento para estudar para uma prova de curso que vou fazer. Para conseguir uma bolsa para o ENEM, então está tudo uma loucura. Mas não quero que isso seja obstáculo para me impedir de escrever, porque amo fazer isso. Então, todo o apoio de vocês está sendo incrível e maravilhoso. Sou realmente muito grata a Deus por ter colocado vocês aqui e por vocês serem como são. Eita, vamos parar por aqui que já está ficando longo demais hahaha. "Simbora ler"!



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Amanheceu um pouco ensolarado, dando as boas-vindas ao Ano Novo, caramba, ainda sinto como se estivéssemos no começo de 2015, o ano passou tão rápido, eu nem acredito.

 

Tantas coisas aconteceram em poucos dias, que fico me perguntando se tudo é real.

 

Você deve estar se perguntando como está tudo. Pois bem… Não, eu e Esme não viramos melhores amigas, não sentamos no final da tarde e ficamos tricotando e contando várias histórias sobre nós duas e muito menos passamos mais tempo juntas. Está uma convivência como antes, só que agora mais tranquila. Não existe mais aquela paranoia de ficar uma investigando a outra, nem dando alfinetadas. Estamos bem, fora ontem de manha, quando ela pediu que eu fosse recolher os ovos das galinhas mais uma vez e tive que lavar o cabelo três vezes por causa das cagadas, literalmente, que me aconteceram. Fora isso, eu não pensei mais em socá-la.

 

 

A casa está ficando lotada, quer dizer, não muito. Mas é que como eu já tinha comentado, a família do Edward é pequena, então a Esme e Carlisle acabam convidando os vizinhos mais próximos. Se eu pudesse, estaria dormindo, ajudei em tudo o que podia nessa casa, a Esme sempre dá folga ao pessoal nesse dia. Daí, nos ferramos para fazer tudo.

 

Graças a Deus que o pessoal, pelo menos, deixou a casa totalmente limpa antes de partirem, não sei se daria conta de limpar tudo isso.

 

A avó do Edward foi a primeira a chegar. É um amor de pessoa, fechada por ser uma mulher um pouco sozinha, perdeu o marido a alguns anos atrás, mas está sempre disposta a conversar ou ajudar em algo. Ela é a Margareth, Mareth para os mais íntimos. É mãe do Carlisle, pois os pais da Esme já são mortos. Diferente da Esme, ela já foi me tratando super bem. Desejou-me as boas-vindas a família, disse que estava muito feliz por Edward ter me conhecido e tudo o mais.

 

Ver todo esse povo reunido, me fez perceber o quanto estou sentido falta da minha família. Aqui é tudo tão diferente, tirando o Jazz, eles são tão certinhos, tão “quietos”. Estou acostumada com barulho, bagunça e muita conversa maluca. Vocês devem me entender. Mas, mesmo assim, está sendo uma experiência deliciosa.

 

A festa começou mais cedo do que estou acostumada, às 15:00 a casa já estava lotada. A piscina estava aberta para os corajosos, por mais que a água estivesse aquecida, preferi me manter longe.

 

— Baby, vem aqui. Quero te apresentar a uma velha amiga – Edward sai me puxando da cozinha em direção ao jardim. Dou uma arrumada rápida na minha blusa de manga comprida vermelha, ajeito meu cabelo e ponho um sorriso no rosto. O que não sustentei por muito tempo.

 

— Bella, essa é a Tanya, minha amiga de longa data. Ela é a vizinha mais próxima, lembra aquela casa que você achou magnífica? É a casa dela – Sorri. Tanya sorriu para mim, um sorriso caloroso, que fez eu me sentir acolhida. Seu sorriso é tão lindo quanto todo o seu resto: loira, torneada, magra como uma modelo, mas não tão magricela assim. É o tipo de mulher que os homens quebrariam a espinha para não ter que deixar de olhar se passasse por eles.

— Oi, Bella, é um prazer te conhecer – Sem rodeios, me dá um abraço.

— É um prazer também, Tanya – Sorriu.

— Essa é a Victória, minha amiga de trabalho – E então, pessoal, esse ser é o motivo do desmancho de meu sorriso. Como uma pessoa, numa frieza dessas, consegue vestir uma saia, miniblusa e só para dizer que não estava desprotegida, usava um sobretudo vermelho, de couro? Querer chamar mais atenção, impossível. Ela não se preocupa em disfarçar suas olhadas sobre o Edward e ele parece não perceber, ou se faz que não percebe. Não sei, homem é tudo safado.

— Isabella, acredito que esse seja seu nome – Fala com uma voz nada agradável.

— Acertou em cheio – Não faço o menor esforço para corrigi-la e mandar me chamar apenas de Bella. Não quero nenhum tipo de intimidade com essa garota. Se pudesse, ela já estaria no puteiro, de onde ela nunca devia ter saído.

 

Ela se aproxima e me dá um abraço forçado, não sinto animação, nada de bom vindo dela. Quando nos afastamos, ela sorri para Edward e o abraça.

 

— Edward, senti sua falta. Esse lugar nunca é o mesmo quando você se vai – Ela não se afasta quando para de abraçá-lo, mantém seus braços ao redor dele e Edward olha para baixo para poderem se falar.

— Não seja boba, Victória, há sempre coisas legais para se fazer aqui. Nem devem reparar em minha ausência.

— Não mesmo, você é maior mané, não sei como ainda te suporto – Tanya caçoa dele e eles riem.

— Eu sempre sinto sua falta, você sabe disso – Ela piscou para ele ou foi impressão minha?

— Será que podemos ir procurar a Rose, amor? - Puxo ele de perto dela e vejo que me olha de cara feia. Engula essa, piranha. Ele é meu!

 

Passo meu braço pela sua cintura e saímos atrás da Rose. A encontramos no quarto dela, falando ao telefone. Tudo o que podemos ouvir antes dela nos avistar foi um “Eu sei, ursinho, vamos nos ver logo” e depois só seu rosto ficando uma brasa. Estreito meus olhos em sua direção e ela fica mais vermelha ainda. Eu sabia! Sabia que ela e meu irmão ainda mantiam contato um com o outro. Sempre suspeitei, principalmente quando escutei uma conversa duvidosa ao entrar em seu quarto sem bater uma vez.

 

— Rose, você pode ficar lá embaixo comigo? O Ed está ajudando sua mãe a recepcionar as pessoas, até mesmo o Dior arrumou companhia.

— Claro, cunhadinha – Pisca para mim. Edward me dá um beijo e pede licença, precisava ajudar a mãe com o resto do serviço da cozinha. Hoje sei que vai ser bem complicado pararmos juntos por muito tempo, está um dia bem atarefado. Rose e eu descemos e caminhamos para o jardim, pegamos uma mesa vazia e sentamos na mesma.

 

— Bella, faz um tempo que quero te fazer uma pergunta.

— Pode mandar.

— Eu sei que tem ou tinha, já não sei mais, algo errado com você e minha mãe. O que realmente aconteceu ontem a noite? - Suspiro já me sentindo derrotada. Eu sei que não posso e nem quero esconder nada da Rose.

— Não podemos esquecer isso?

— Desembucha, você sabe muito bem que não – Desisto que acabo contando tudo, desde o dia que chegamos até ontem a noite. Ela, assim como o Edward, não parece muito surpresa com muita coisa.

— Sabe, minha mãe é uma pessoa bem complicada. Ela é uma mãe coruja, ciumenta, principalmente com o cabeção. Mas, ela também é uma ótima pessoa, Bella, acredito em mim.

— E acredito – Sorriu solidária – Acredite também que não fiquei com raiva, nem sequer um pingo de remorso. Eu pude perceber que ela é uma pessoa boa, só ciumenta demais. Até já sei de onde o Edward puxou.

— Tem razão, ele é mesmo impossível às vezes, mas também não é lá uma má pessoa – Caçoa e rimos – Cunhadinha, fico feliz que no final tenham se resolvido, odiaria te perder mais uma vez. Sério, não vejo mais minha vida sem você – Foi gay? Foi, mas me derreti toda. Segurei sua mão por cima da mesa e lhe soltei um beijo.

— Idem, querida, idem – Ela, de repente, olha por cima do meu ombro e bufa desagradada com algo. Sigo seu olhar e vejo umas quatro garotas vindo em nossa direção, duas dela são Tanya e a Victória. A terceira era a Alice e logo depois a irmã dela.

— O Ed tem muitas amigas vadias, assim?

— Ah – Gargalha – Vejo que já conheceu a Vic. É, não vou mentir, houve um tempo que eramos amigas, mas, então, seu comportamento começou a me irritar a ponto de não conseguir mais ficar perto dela. Hoje, só falamos o básico uma com a outra – Ela se acala antes que as meninas chegassem.

— Podemos sentar com vocês? - Pergunta Alice.

— Claro – Falo. Tanya pega uma cadeira na mesa perto de nós e senta perto de mim. Para meu azar, a Victória senta bem de frente a mim. Alice logo puxa assunto e engatamos em uma conversa bem animada. A irmã da Alice, Freya, também é uma boa garota. Nos afeiçoamos uma pela outra e conversamos bastante. A única coisa que estava começando a me incomodar era as olhadas que a Victória dava sempre o Edward aparecia em nosso campo de visão.

 

— Então, Victória, o que você faz da vida ultimamente – Rose solta uma risada baixa.

— Ah, bem, no momento estou casada com um homem maravilhoso, rico, que me dá de tudo. Então, não vejo necessidade de me envolver com alguma coisa – Tento disfarçar minha surpresa ao ouvir que a maldita é casada e ainda fica se insinuando para o MEU namorado. Alguém está pedindo para morrer hoje, só digo isso.

— Mas não se sente presa, depender de uma pessoa?

— Claro que não bobinha, por que acha que casei com ele? - Jesus, só piora.

— Vic é assim, Bella, nem tente entender – Tanya tenta amenizar o que a amiga falou – Maluquinha – Força uma risada e sorriu para não deixá-la constrangida.

— Qual o problema, Isabella, já está tendo pensamentos sobre mim?

— Como assim? - Junto as sobrancelhas.

— Pensa que sou alguma coisa por casar com um homem rico? - Arregalo os olhos. Dizer ou não dizer a verdade? Eis a questão!

— Imagina, Victória, todos somos livres para casar com quem quisermos – Continua me encarando por mais uns segundos e volta a se encostar na cadeira.

— Então, quando você e Edward vão dar o próximo passo? - Ela ergue uma sobrancelha com olhar de malícia – Ele ainda manda bem para caramba na cama?

— O quê? - Só era o que me faltava. Sério que o Edward já trepou com isso?

— Vic, já chega. Acho que bebeu demais – Tanya se levanta rapidamente e segura a amiga pelo braço – Vamos, já deu a nossa hora.

— Eu sei muito bem quando é minha hora – Puxa o braço da mão dela e sai andando.

— Bella, sinto muito por isso. Não dê atenção para ela, é perturbada da cabeça. Desculpe-me – Fala sem graça a e sai atrás da amiga.

— Caramba, não são nem 22:00 da noite e o drama dos “bebarrões” já começou – Rose vira seu copo de uma vez – Depois dessa, vou precisar beber mais um pouco.

— Pode deixar, eu pego – Levanto e ela me passa seu copo vazio – Também estou precisando de uma boa dose para aguentar o resto da noite.

 

 

Chego na cozinha e pego um copo limpo, encho e já viro tudo, sentindo a garganta queimar e os olhos lacrimejarem. Encho o copo da Rose e ponho mais no meu, viro tudo e ponho mais.

 

— Nossa, o que te deixou tão desesperada para querer beber desse jeito – Edward chega perto de mim e toma meu copo.

— Devolve – Dou um passo em sua direção e minha cabeça gira um pouco. Ok, acho que bebi rápido demais. Respirei fundo e tentei não demonstrar sinal de embriaguez.

— O que foi?

— Nada – Suspiro – Só preciso disso para me manter firme durante o resto do dia.

— Noite – Ele me corrigi com um sorriso – Acho que alguém já está “altinha”.

— Não estou nada, para com isso – Dou um passo nada confiante em sua direção e passo os braços por seu ombro – Só estou muito cansada. E isso vai me ajudar a não matar sua ex vadia.

— Como é?

— Qual é, Edward, eu já sei que você trepou com a Victória – Sinto seu corpo ficar tenso e me afasto – Ai, que droga, então é mesmo verdade – Afasto-me.

— Bella, não seja absurda.

— Quando pretendia me contar? - Ponho a mão na cintura, mas logo estico o braço e aponto para o lado de fora pela janela – Sério, aquilo? Qual o seu problema.

— Não é como se eu ficasse conversando com minha namorada sobre fodas passadas.

— Argh – Sinto repulsa ao ouvir isso. Eu nunca tive que lhe dar com uma ex de ex meu, quem dirá ter que conviver com uma. Ainda mais ela sendo vadia daquele jeito.

— Ela é uma boa pessoa.

— É uma vadia, isso sim – Consigo roubar o copo dele e tomo toda a dose.

— Bella! - Repreende-me.

— Edward, ela deu em cima de você desde que eu cheguei aqui embaixo. E ela já devia estar fazendo isso a muito tempo. Meu Deus, e ela é casada!

— Você está vendo coisa, ela não está dando em cima de mim – Bato os braços na lateral do meu corpo e bufo.

— Não se faça de cego, muito menos de idiota. Você sempre busca ver o lado bom das pessoas, mas eu não sou obrigada. Eu percebo a realidade, meu filho. E a realidade é que ela quer que você foda ela mais uma vez!

— Acho que alguém precisa parar de beber.

— Não me diga que estou bêbada – Odeio quando as pessoas ficam me dizendo isso.

— Não estou – Levanta as mãos em sinal de paz.

— Hey, achei você – Ah não, o mundo só pode estar gozando com a minha cara. O que esta miserável está fazendo aqui?

 

Ela surge da porta dos fundos e caminha na direção do Edward, me ignorando completamente. Como se ela tivesse tropeçado, coisa que eu sei que não aconteceu, ela “caí” nos braços dele e o idiota ainda a segura.

 

— Ops, tropecei – Os dois ficam com o rosto bem próximo.

— Ah, vai se foder – Falo bem alto e saiu em passos pesados.

 

Rose franze a testa ao me ver caminhando a bufos em sua direção.

 

— Que cara é essa, criatura? E cadê a minha bebida?

— Desculpe, tive um estresse e esqueci.

— Estou ouvindo.

— Eu estava na cozinha, buscando sua bebida e bebendo um pouco… - Conto todo o ocorrido com maior voz de tédio.

— Menina, eu já teria mandando ela para a casa do diabo.

— Era…

— Bella, será que podemos conversar? - Escuto a voz do Edward.

— Claro – Sorriu falsa – Mas só porque hoje é Ano Novo.

— Tecnicamente ainda é Véspera.

— Você entendeu, Rose, não enche – Dou-lhe uma leve fuzilada com o olhar e ela ri.

— Vem – Segura em minha mão e me mantem junto a ele.

— Sexo de reconciliação é maravilhoso – Rose grita, fazendo algumas pessoas nos fitar de lado.

 

Lembrem-me de matar essa loira oxigenada depois.

 

Edward me leva para nosso quarto, longe de qualquer barulho e fecha a porta logo em seguida. Vira para mim, que já estou sentada na cama, com os braços cruzados, e faz o mesmo.

 

— Aproveitou a “conversa” - Faço aspas exageradamente – Com sua ex-foda?

— Isso é sério, vai mesmo deixar essa besteira arruinar nossa noite?

— Besteira? Edward, essa mulher dá em cima de você na maior cara dura e tudo o que você diz é que ela é uma boa pessoa? Você quer me ferrar?

— Desculpa, ela realmente estava dando em cima de mim – Faço cara de falso espanto.

— Não me diga, pobrezinho. Demorou muito para deduzir isso sozinho? - Revira os olhos.

— Estou tentando consertar as coisas aqui, hello! - Bufo.

— Tudo bem, desculpe – O puxo para perto – É só que eu nunca tive que lhe dar com alguma ex na vida – Ele ri.

— Eu já dei um jeito nela, mostrei seu lugar – O fito com ar de riso – Você fica tão linda e engraçada com ciúmes, sabia? - Gargalha.

— Não abusa – Bato em seu peito.

— Sabia que a Rose tem razão?

— Sobre?

— Sexo de reconciliação, é mesmo muito bom.

— Mas a gente nem brigou – Me faço de desentendida.

— Cala boca e vem logo aqui – Joga-me de costa na cama e começa a beijar o vão do meus seios. Fecho os olhos e permito que ele assuma o controle.

 

Sua mão passa por toda parte do meu corpo, até chegar em minha parte íntima, a parte que eu mais anseio senti-lo. Ele desabotoa minha calça e sem perder o contato visual, levanto meu quadril e ele desliza minha calça e calcinha junto. Eu já me encontrava totalmente excitada só em pensar no que estava por vir.

 

Suas roupas já tinham sumido de seu corpo e eu estava quase tendo um ataque cardíaco. Volta a beijar meu corpo, agora descendo cada vez mais, brincando com meus seios e logo beijando e lambendo, lentamente, minha barriga. Não reprimo meu gemido quando sinto sua respiração perto da minha amiguinha.

 

Não demora muito e logo ele se encaixa entre minhas pernas, preenchendo-me de uma forma lenta e tortuosa.

 

Ele se apoio e em quanto se movimenta, não desvia o olhar, o que me deixa ainda mais louca. Seu olhar é intenso, selvagem, amoroso… Não dá para definir, pois mal consigo manter os meus abertos. Quando chegamos ao nosso limite, abraço o Edward forte e mordo seu ombro para evitar um grito prazeroso. Já ele geme alto, pela mordida e por ter gozado.

 

Descansamos por um momento, até rolarmos cada um para seu lugar. A noite já ficava mais fria pelo fato da madrugada estar se aproximando. Aconchego-me perto dele e puxo o edredom para agasalhar nós dois.

 

— Bella, eu queria te contar uma coisa.

— Amo quando você conta suas histórias – Sorriu – Pode começar – Ele parece bem sério, o que eu estranho. O Ed está sempre contando suas histórias com um sorriso no rosto.

— Lembra quando estava brigando com minha mãe e disse que você meio que salvou minha vida? - Não lembro exatamente de suas palavras, mas me recordo que falou algo do tipo.

— Na verdade eu também fiquei pensando nisso, achei tão estranho o modo como você falou.

— Bella, você realmente me salvou. Fazia um bom tempo que eu já não me sentia bem, me fazia de forte para os outros, mas, por dentro, eu estava em pedaços, sozinho, gritando por ajuda. Minha vida toda, depois da Gail, eu só me preocupei com minha carreira, mal visitava minha família, sai da casa em que morava eu Rose. Foi tudo tão maluco. Toda a companhia que tinha era do meu pessoal, mas não era o suficiente para mim. Comecei a me isolar, meio que a felicidade dos outros me incomodava bastante. Até que cheguei em um nível que passei a duvidar da minha vida. Se eu tinha feito a escolha certa, em que momento eu errei. Se faria diferença se eu ainda estivesse no mundo…

 

 

Ele deixou a frase morrer e meu coração acelerou ao entender o que ele quis dizer com aquilo.

 

 

— Edward, que horror. Sua família te ama tanto, como pôde achar que estava sozinho?

— Sabe aqueles momentos da vida em que por mais que você esteja no meio de uma multidão, elas passam e voltam ao seu redor, conversa vai e conversa vem, maior barulho, e mesmo assim você se sente como se fosse apenas você? - Suspira – Eu nunca quis fama, esse nunca foi meu propósito. Eu só queria cantar, fazer o que realmente eu amava. Mas tudo tem seu preço. Tudo mesmo. Você nunca sabe quando as pessoas se aproximam de você pelo que você é ou se é pelo seu dinheiro. Nunca sabe se eles são mesmo seus amigos ou apenas farsantes. É tudo tão confuso, tão paralelo, você nunca sabe até que ponto tudo vai. Até que você já não sabe de mais nada.

 

Meus olhos enchem de lágrima e imagino um Edward sozinho, indefeso…

 

— Até você aparecer, naquela noite, como quem não quer nada – Seu olhar passa de vazio para um poço de vida – Eu agradeço a Deus, todo santo dia, por você ter aparecido na minha vida. Eu sinceramente não sei onde estaria hoje se não fosse isso. Por isso, Bella, eu vou fazer de tudo, vou lutar para te manter para sempre comigo. Você é meu campo de força particular, se alguém te desliga, te tira da minha vida, não funciono mais. Tudo em mim para – Ergo minha cabeça, as lágrimas já saltando de meus olhos e aliso seu rosto.

— Oh meu amor, isso é tão triste e tão lindo ao mesmo tempo – Beijo-o suave – Eu estou muito aliviada de ter entrado em sua vida quando mais precisava. Fico feliz de tê-lo aqui comigo, ao meu lado, pois eu também preciso de você. Minha mãe tem o costume de dizer que quando conhecemos um homem, não importa para que ele vai nos servir, ele vai sempre trazer um novo sentido para nossa vida. Uma nova cor, uma nova lareira sendo acesa para aquecer nosso coração e iluminar nossa vida. Não gosto de planejar e muito menos pensar no futuro, tenho medo de que tudo o que eu vi não aconteça. Prefiro viver um dia de cada vez – Sorriu e vejo que ele também está emocionado – Mas eu espero que esses dias futuros não planejados da minha vida, inclua você em cada segundo deles. Porque eu te amo e me sinto bem assim.

— Eu também te amo – Ergue sua cabeça e me beija apaixonadamente. Ao longe, escutamos o pessoal começar a contagem regressiva para o romper de ano. Meu Deus, as horas voaram!

— 5...4...3...2...1 – Eu e ele contamos juntos, um sussurrando perto da boca do outro e no final voltamos a nos beijar.

— Feliz Ano Novo, meu amor – Fala.

— Seja bem-vindo a mais um ano da minha vida – Sussurro, antes de montar em cima dele e começarmos a fazer amor mais uma vez.

 

 

 

 

 

 

Descemos para encontrar o resto do pessoal e Rose foi a primeira a nos avistar.

 

 

— Eu disse que sexo de reconciliação é sempre bom – Caçoa.

— Não fizemos sexo de reconciliação – Mostro-lhe a língua.

— Mas treparam – Ri – É óbvio pela sua cara – Alisa meu cabelo – E pelo seu cabelo – Rapidamente passo a mão sobre meus cabelos e tenta ajeitar seja lá o que esteja bagunçado.

 

Demos início aquele velho hábito de abraçar todos que estiverem na festa, sempre desejando feliz Ano Novo e blá, blá, blá.

 

Dior grudou em mim, para onde eu ia, ele estava me seguindo.

 

— Tia Bella, vem aqui – Dior sai me puxando para uma área que está bastante gente concentrada.

— Dior, o que está acontecendo?

— Bella, corre aqui – Esme me toma do Dior e me carrega para uma cadeira, onde existem mais cinco cadeiras e nelas cinco garotas.

— O que é isso? - Pergunto quando ela me faz sentar.

— É uma tradição que eu adquiri para a família – Sorri toda animada e vai para o meio de todos que nos cerca. Ok, isso é bem bizarro, o que está acontecendo aqui e porque Edward e Rose estão me olhando desse jeito?

 

— Pessoa, como todos vocês sabem, eu sempre gosto de fazer essa tradição/superstição quando rompemos para um novo ano. Hoje eu escolhi essas 6 garotas para tal coisa. Para quem não conhece, eu vou explicar como tudo funciona. Bem, em Belarus eles têm várias tradições, uma delas é pegar algumas garotas, fazer uma pilha de milho em frente delas e soltar um galo no meio disso tudo. A pilha que ele escolher, será a garota que irá se casar primeiro – Meus olhos quase saltam do rosto.

— Sério, eu não quero brincar disso – Manifesto-me – Estou bem, alguém pode vir no meu lugar – Começo a me levantar, mas Esme me empurra de volta.

— Não seja bobinha, Bella. Relaxe e aproveite a brincadeira – Mas eu não quero casar! Choramingo por dentro.

 

Ela mais as outras mulheres dão início a construção da pilha de milho a nossa frente. Qual mal educado seria se eu chutasse a minha por “acidente”? Avisto Carlisle se aproximando e em seus braços está o galo maldito, aquele que sempre me coloca para correr. E é bem certo, talvez seja da minha cabeça, mas acho que ele está me encarando.

 

— Terminamos – Levanta e bate a mão uma na outra – Pronto, amor, já pode soltar o galo.

 

Ele o solta delicadamente na frente das seis garotas, incluindo eu, claro, e o galo fica parado por um tempo, apenas estudando o campo a sua frente.

 

De repente, como se ele tivesse visto a pilha de milho pela primeira vez, posso até ver seus olhos brilharem, ele levanta a cabeça e começa a “cócorar”. Olha de um lado para o outro, pensando em que direção seguir. Então, ele começa a andar em minha direção. Sobe-me um frio na barriga.

 

Não me interessa se essa droga de superstição é verdade ou não, não quero correr o risco, não quero que ele me escolha.

 

— Sai, sai para lá – Falo baixinho – Aquela pilha é maior, vai para ela – Tento mexer o pé para assustá-lo e acabo chutando minha pilha, fazendo a mesma se desfazer toda e voar milho para tudo quanto é lado. O galo se assusta, quando já estava seguindo para o outro lado, e anda em minha direção.

 

— Droga – Resmungo baixo. Ele já está devorando meus milhos.

— Olha só, ele escolheu a Bella – Esme fala e todos aplaudem.

— Não valeu, eu derrubei minha pilha – Tento argumentar.

— Querida, não tem problema, ele te escolheu, é o que importa.

— Mesmo a pilha derrubada? Eu acho muito injusto com as outras garotas – Faço-me de inocente.

— Tudo bem, elas superam – Dá-me um abraço e me empurra para o Edward.

— Olá, noivinha – Seu sorriso é de puro zombamento.

— Não enche – Até sinto calafrio só em pensar.

— Não esquenta, baby, é só uma brincadeira boba.

— Vai saber, né – Faço movimentos de cima do meu ombro para baixo, como se estivesse tirando qualquer coisa que estivesse ali. Só por precaução. Rose já está se curvando de tanto rir da minha cara, ela conseguiu se safar, sempre consegue. Disse a mãe que estava com dor de barriga e se safou.

— Anota essa para a próxima vez – Fala. Maldita traidora!

 

Todo mundo volta aos seus lugares de antes e logo está cada um envolvido em seu próprio grupo.

 

Edward me puxa para uma mesa para que possamos ficar a sós, e me senta em seu colo.

 

— Qual o seu problema com casamentos?

— Nenhum – Dou de ombros – Desde que ele fique lá e eu bem aqui – Edward faz uma careta, mas solta uma risadinha.

— Você é maluca, sabia?

— Edward, você acha que aquele galo me odeia? - Mudo de assunto rapidinho.

— Como é? - Ele segue meu olhar e percebe que eu e o galo estamos nos encarando. E eu falo sério, estamos mesmo.

— A gente devia fritar ele, amanhã – Edward gargalha e me abraça de lado. Pensar em frango frito, fez meu estômago revirar e eu sentir um leve enjoo. Pego a água que o Edward estava bebendo agora a pouco e dou um grande gole. Seguro a água por um tempo na boca e vou engolindo aos poucos. Respiro fundo e espero. Não, meu estômago não está se acalmando!

 

Minha boca começa a salivar, muito, e sei que é melhor eu procurar um banheiro e ficar bem próxima a ele. Dou um pulo do colo do Edward e saiu correndo para dentro de casa.

 

— Bella! - Ele me chama, mas não posso correr o risco de abrir a boca. Continuo correndo escada a cima e só paro quando acho o primeiro banheiro do corredor. Abro a porta e fico encarando o vazo sanitário.

— Bella, o que deu em você para sair correndo assim? - Vira-me de frente para ele – Jesus, você está pálida. Está tudo bem? - Tarde demais. Abro a boca para respondê-lo e tudo o que faço é decorar os sapatos do Edward com toda a comida que comi ao longo do dia.

 

Droga!


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Notas finais do capítulo

Mas uma vez agradeço a todos pelo grande apoio e carinho. Comentem sempre e recomendem com frequência, vocês não tem ideia do bem que isso faz para uma pessoa que escreve. Beijokas e bom final de semana, cookies