Twilight Saga- Vale das Lamentações escrita por Evellyn e Clarissa
Notas iniciais do capítulo
Bem, depois do ultimo cap lindo que a Clarissa fez, vou postar aqui um conto fantástico que eu fiz a alguns anos e que deu ideias para essa fic. Beijos, espero que tenham curtido a fic.
O fim de tarde envolveu-se em um crepúsculo assustador. O céu era de um vermelho intenso nunca antes visto, parecia que Zeus estava se distraindo pintando-o com o sangue das inocentes que se foram.
Eu estava recolhendo as roupas do varal durante o pôr-do-sol avermelhado quando notei que haviam olhos em mim. Procurei ao meu redor quem me espreitava, mas encontrei apenas o olhar do maior corvo, que eu havia visto, fixo em meu rosto. Taquei uma pedra em direção a ave maldita esperando que, assim, a desconfortável sensação de estar sendo observada fosse embora com ele. No momento em que a pedra o acertou e ele levantou vôo, um vento frio passou por mim trazendo uma mensagem de mau agouro que congelou meu coração. Ignorei a sensação e levei as roupas para dentro de casa.
Quardei tudo o mais depressa que pude e, sob os protestos de minha mãe, sai para visitar uma amiga que estava doente e morava do outro lado do vale. Minha mãe temia que eu fosse morta como as outras garotas. Ela dizia que a criatura que as matou gosta de sangue inocente e puro assim como o meu. Mas era tudo bobagem. Como todo mundo, eu não sou inocente e, além do mais, o lugar nem era tão longe assim.
A noite chegara e com ela o seu esplendor. Resolvi pegar o caminho mais longo para contemplar toda a beleza da noite. Andei distraída por horas. Só percebi que estava perdida após passar três vezes pelo mesmo tronco caído na estrada de terra. Passei mais duas horas tentando achar o caminho de volta, mas eu sempre acabava no mesmo lugar. Eu conhecia o vale como ninguém, não havia nenhum sentido eu nunca ter percebido aquele local antes. Exausta de tanto caminhar em círculos, sentei perto das raízes de uma árvore e decidi esperar pelo amanhecer. Foi então que eu o vi.
Aquele maldito corvo estava me olhando acima de outra árvore que estava à minha frente. Ele abriu suas asas majestosamente e, enquanto pousava na minha frente, ele se transformou num belo homem de cabelos pretos e pele alva que refletia a luz da lua cheia. O seu olhar parecia vasculhar cada canto de minha alma.
- Como se chamas?
- Diga o seu que te direi o meu.
Com um sorriso largo e presunçoso, ele respondeu galantemente.
- Me chamam de Hades.
-Pois sou Perséfone. Pode me dizer o que é você?
- Eu sou aquele que irá te apresentar à noite eterna se você for a escolhida. Mas se não for, te apresentarei à própria morte.
- E como vou saber se sou eu a escolhida?
- Basta apenas sobreviver.
Neste momento um fantasmagórico vento frio agitou as folhas secas. Tudo ficou turvo durante o beijo profundo que eu recebia em meu pescoço, um líquido grosso e vermelho se esvaia de minhas veias. Era o próprio Hades arrastando abaixo a bela Perséfone para o reino invisível e condenando-a a uma eternidade de escuridão.
Fim.
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