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Eles fizeram uma roda ao redor de mim. Todos estavam presentes e curiosos sobre o que eu tinha para contar. Eu não sabia por onde começar.

-         E então...

-         Calma ai Ian! Deixa eu ver por onde eu começo.

-         Do começo ué.

-         Cala a boca Emmet, deixa ela conta.

-         O que foi amor? Eu num fiz nada!

-         Shhh.

-         Bem, eu só posso te explicar o porque eu salvei vocês se eu começar a contar a partir de 1.500 a.c.

-         Meu Deus!

-         Calma Bella, eu não vou contar tudo não, só o essencial.

-         Não é isso, é só que... é muito tempo! Quantos anos você tem?

-         Parei de contar a partir dos 3.000, mas isso não vem ao caso...

-         Não vem ao caso?!? Como você...

-         Kristal eu sugiro que você fique de boca fexada se você não quiser que eu arranque a sua língua.

-         Credo!

-         Como eu dizia, foi mais ou menos em 1.500 a.c que eu e o Hades estávamos passeando pela Assíria...

-         Ela quiz dizer matando.

-         Eowyn! Eu sai dessa vida ok?

-         Saiu ou está tentando?

-         Ah! O que eu posso fazer? Velhos hábitos são difíceis de morrer... você sabe dessa história?

-         Mais ou menos, só sei as partes ruins. Minha mãe fez questão de me contar todos os seus podres.

-         Ah! Que bom hein? Como eu dizia a gente tava matando, atormentando, massacrando uma vila que tinha na Assíria. Estávamos nos divertindo a bessa, até eu topar com os irmãos Mekah Volture e Natsir Volture.

-         Espera...

-         Espera digo eu, calma que eu vou explicar. Mekah era um amigo de infância, ele e seu irmão eram espíritos da floresta. Eles estavam de passagem na Assíria e aproveitamos para conversar. Hades não gostou muito da idéia e resolveu continuar com a sua diversão. Passamos noites conversando, rindo, cantando, foi bem divertido. Enquanto isso Hades passou noites dizimando vilas. Eu tinha que ter encontrado com ele duas noites antes quando ele foi atrás de mim. Ele estava furioso. Mekah tentou falar com ele, dizer que tinhamos perdido a hora, Hades não perdoou a sua intromissão. Enquanto eu gritava e chorava por Mekah, Natsir tentava sair de fininho. Típico dele. Ele não ligava pro irmão, era um egoísta, ou melhor, ele ainda é. Mas Hades viu que um estava faltando e foi atrás dele. Ele o matou e depois foi até mim. A gente era recém casado na época, então ele se arrependeu do que fez e admitiu que foi por puro ciúme. Eu, idiota e iludida, aceitei suas disculpas com a condição de que ele deveria trazê-los de volta. Ele disfarçou, mas eu vi que ele não gostou muito. Ele foi ao mundo inferior e pediu para eu esperar no bosque. Depois de algumas horas ele voltou apenas Natsir, mas ele não era o mesmo. Natsir havia voltado em sua forma material permanente, ele não era mais um espírito. Ele era um corpo morto com olhos vermelhos. Reconheci que ele refletia a fúria que eu e Hade apresentava em nossos acessos de raiva. Eu perguntei ao Hades o que era isso e aonde estava Mekah. Ele disse que a alma de Mekah estava trancada e sendo preparada para reencarnar, Natsir era o único que ainda estava vagando  e que sua nova forma era fruto de nossa energia. O seu espírito havia absorvido toda energia da nossa raiva, ódio, tristeza, ciúme e sede de vingança. Fiquei feliz pelo Mekah, ele teria uma chance de viver e ele nunca mais iria crusar o nosso caminho, eu nunca mais iria arruinar a sua vida muito menos o Hades. Mas por outro lado eu estava furiosa com Hades, se Natsir estava naquele estado então ele não deveria ter trazido ele de volta, de desgraça para a humanidade já basta a gente. Hades me chamou de ingrata e disse para Natsir que ele estava livre. Eu tentei detê-lo, mas Hades disse que não tínhamos nada a ver com isso e que estava na hora de ir embora. Eu fiquei mais de cem anos trancada no castelo. Quando ele finalmente me deixou livre eu fiquei sabendo através Hermes que Natsir havia trocado de nome. Seu nome significava vitorioso, e, segundo ele, como ele já havia conseguido a sua vitória ele iria se chamar Aro agora, líder na língua que estava para dominar as Europa dentro de séculos, o latim.

-         Eu não acredito... é o mesmo Aro...

-         Cala a boca e escuta a história Carlisle.

-         Desculpe-me

-         Que seja. Natsir havia se estabelecido na Europa e ele havia criado filhos. Alguns leais, outros não. Causaram o caos que tanto queriam. Que tanto Hades queria. Foi ai que eu descobri, foi tudo proposital. Era um acordo entre Hades e Natsir. Natsir queria ser poderoso, não gostava da idéia de ser um simple espírito da floresta, pediu para Hades que concedeu o pedido, mas disse que haveria conseguências, ele as aceitou. Mekah não concordou e disse que contaria tudo pra mim. Ele sabia que eu não ficaria muito feliz com Hades se ele concedesse um pedido tão absurdo. Nós deuses já temos um grande problema em controlar a nossa natureza, imagina um espírito? Se as coisas continuassem como estavam, a população humana acabaria em meses. Combinaram de matar Mekah então, Natsir traíra o próprio irmão. Fizeram parecer um “acidente” para que eu não desconfia-se. Eu fui tirar satisfação com Hades e ele acabou confessando. Ele disse que queria causar o caos e apenas isso. Eu não aceitei a sua justificativa e exigi que ele fosse colocar ordem em Gaia, na Terra como vocês dizem. Na época ele ainda tentava me agradar, então ele foi fazer o que eu pedi. Quando ele voltou ele disse que estava tudo em ordem agora. Ele havia conversado com Natsir e ele disse que o forçou a colocar tudo em ordem. Em duzentos anos foram criadas normas que valiam para todos os filhos de Natsir, assim surgiu os Volturi. Foi daí que surgiu a expressão vampiro que foi dado a todos os filhos de Natsir. Ele formou uma armada que estava responsável em eliminar aqueles que saíssem de linha. Natsir ficou se sentindo cada vez mais poderoso pois agora era temido. O resto da história dos Volturi não convém, o que convém agora é eu contar o que o Ian está tanto querendo saber.

-         Aleluia! Achei que você não ia falar nunca!

-         Cala a boca Kristal! Mas que merda! Eu deveria é ter te deixado morrer isso sim sua chata.

-         Vai...

-         Calada! Bem, aonde eu estava? Ah sim! Eu estava passeando na Irlanda com a Macária e com a Celestas. Estava acontecendo uma batalha e isso é um parque de diversão para a deusa da boa morte e da destruição. Elas estavam entretirdas no campo de batalha quando eu avistei dois vampiros fugindo de um grupo de vampiros usando capas pretas.  Era o Ian e a Kristal fugindo dos Volturi. Eu vi na mente de um deles que eles iriam ser mortos por se exporem aos humanos que estavam no campo de batalha. Estavam cansados de persegui-los por isso chamaram Jane e Alec, que não demoraram a chegar. Natsir estava com eles, ele estava de férias com a sua esposa na Irlanda e aproveitou para checar quem eram os desobedientes. Quando ele viu Ian ele ficou sem reação, assim como eu...

Flash Back on

-         Esperem!

-         O que foi meu senhor?

-         Quer dar um fim neles com suas próprias mãos, mestre?

-         Alec, Jane, porfavor, fiquem quietos. Ora essa, mas o que temos aqui? Como vai meu irmão? Achei que não voltaria tão cedo.

Quando Natsir disse isso eu tive a certeza de que era ele. Ian o olhava confuso, o que seria a reação mais óbivia. Não é permitido ao reencarnado se lembrar de suas vidas passadas.

-         Desculpe-me, mas porque me chamou de irmão?

-         Ah, mas como eu sou tolo. É claro que você não se lembra não é? Mas sendo ele ou não você descumpriu a lei. E não podemos deixar que você e sua...

-         Irmã. Eu sou a irmã dele.

-         Interessante. Mas, como eu ia dizendo, não podemos deixar que você e sua irmã saiam impunes, não é verdade?

Alece, Jane e os outros 3 vampiros que estavam com ele sorriram maliciosamente. Estava na hora deu intervir.

-         Se eu fosse você não ficaria tão animado assim Natsir.

-         Ora, ora, mas que bela surpresa! O que te trás aqui minha rainha? Veio ao encontro de seu amigo apenas para salvar-lhe a vida? Temo que você venha a falhar novamente.

-         Não precisa temer Natsir, eu não vou falhar.

-         Eu não sou mais um espírito frágil como você já sabe...

-         E como você já deve saber, eu de frágil não tenho nada. Há apenas dois seres superiores a mim, e você não está entre eles.

Natsir vinha em minha direção determinado a demonstrar que ele havia ficado mais poderoso do que eu. Tolo. Os únicos que são mais poderosos do que eu são Zeus e Hades. Lembro de tê-lo enforcado e jogado os outros vampiros a metros de distancia. Foi bem divertido.

-         Como você pode ver, você ainda continua o mesmo verme fraco.

-         O seu marido não gostará nada de saber que você interveio na minha decisão.

-         E porque não? Você não é nada para ele.

-         Mas Mekah significa algo, não é? E isso irá incomodá-lo bastante.

-         Ele é só um amigo e nada mais.

-         Sim, de fato. Mas nós dois sabemos que por pouco ele não se torna o teu amante.

Flash Back off

-         Amante??? Se deu bem hein maninho!

Iiixi, falei de mais.

-         Isso foi apenas intriga do Natsir. Ele utilizou esse argumento para convencer Hades a matar o irmão.

-         É, você continua o mesmo azarado e inutil de sempre.

-         Cala a boca Kristal!

-         Só falei a verdade.

Isso, continuem pensando assim que isso evitará um monte de problema.

-         Voltando ao assunto...

Flash Back on

-         Você não faria isso.

-         E porque não?

-         Por que você sabe que eu o mataria.

-         Hades a prenderia no castelo.

-         Mas mais cedoi ou mais tarde eu iria sair dele. Você sabe que ele não me prende por muito tempo.

Natsir parou para refletir um pouco. Olhou para os seus discípulos e depois para Ian.

-         Tudo bem, mas antes quero que me faça algo para mim.

-         Não está querendo de mais?

-         Eu só quero que você apague as memórias de meus filhos. Eu não quero que eles lembrem da minha humilhação e percam o respeito por mim.

-         Tudo bem, isso eu faço. Afinal, você tem que manter a ordem neste caos que você causou.

Eu fiz o que ele me pediu e os observei ir embora. Quando me virei, Ian e Kristal já haviam ido embora.

Flash Back off

-         Culpa da Kristal! Ela saiu me arrastando de lá. Eu queria saber quem você era, o que tinha acontecido direito, mas a Kristal não me deixou. Eu não pude resistir a ela. Ela estava cheia de sangue humano e eu não. Eu havia acabado de conhecer Carlisle e Edward e estava começando a virar um adepto da sua filosofia de vida. Ao contrário da Kristal que continuava, e continua, bebendo sangue humano. Eu a estava tirando de cima de um soldado que estava em campo quando os Volturi apareceram. Ela que nos colocou em encrenca. Se ela tivesse esperado até a hora certa... mas não! Ela tinha que que fazer o máximo para chamar a atenção! Matar um homem em um campo de batalha em plena luz do dia diante de todos!

-         Eu estava com fome!

-         Isso não justifica!

-         Você disse que tinha me perdoado!

-         E eu perdoei!

-         MENTIROSO!

 Kristal virou a cara e fez um beicinho. Parecia que ela iria chorar a qualquer momento.

-         Eu perdoei.

-         Então porque está brigando comigo por causa disso de novo?

-         Não é isso que me deixou chateado.

-         Então o que foi?

-         Nada, esquece.

-         Ah, não. Agora você vai me falar seu viado!

-         Não vou não! Não quero e você não vai me obrigar!

-         Você parecem duas crianças sabiam? Se vocês me dão licença eu vou embora.

-         Por que?

O olhar do Ian era de desespero. Um olhar que eu conhecia bem. Era igual ao que o Mekah fazia quando eu falava que eu tinha que ir embora.

-         Já está de noite e eu estou meio cançada. Estressada seria a palavra certa.

-         Mas eu ainda tenho tantas coisas para perguntar!

-         Quem sabe um outra hora?

-         Venha amanhã

-         Tá, que seja. Boa Noite.

-         Hey! Eu vou com você!

-         Se você acha que eu vou te dar carona, Ewyn, se enganou. Eu vim a pé.

-         Que saco!

Me despedi de todos e fui embora pra casa. Tomei um banho e fui logo me deitar. Levante cedo e decidi voltar lá. Eu tinha que ajudar a Artêmis na sua recuperação de memória. Apesar desse ser o motivo principal, eu não voltava só por causa dela.