Pode ter sido o jeito como ela andava, como mexia no seu cabelo, os seus olhos... Pode ter sido qualquer coisa, mas foi só olhar para ela que tudo veio na minha mente, como um flasback. Aquela mulher é inesquecível.

Estávamos em uma festa qualquer, eu com meus amigos e ela com os delas. Estava tudo bem até que começou uma música rápida e todos foram para a pista de dança. Então, lá estava ela.

–Está sozinha? –cheguei e perguntei

­–Ai que susto! –falou botando a mão no peito

–O que foi? Eu sou tão feio assim?

–Nossa, bastante. –disse, e eu não consegui segurar uma risada

–Mas, você está sozinha?

–Claro que não. Eu estou com você.

–Então já sou oficialmente sua companhia?

–Sim.

–E se eu sair?

–Eu fico sozinha de novo até vir outro otário vir falar comigo.

–E sou só um otário também?

–Enquanto eu não souber seu nome você é sim.

­–Niall Horan.

–Georgia Rose. Pronto agora você evoluiu de “otário” para “Niall”.

–Bom saber.

Então nós começamos a dançar e conversar sobre tudo e nada ao mesmo tempo. E percebi que aquela garota estava andando direto para o meu coração, como se já fosse dona dele.

–Então Georgia, posso te dizer uma coisa?

–Fale.

–Você roubou meu coração. Pode me devolvê-lo?

–Nunca, nem nos seus sonhos mais loucos.

E começou a melhor música. Aquela que sabíamos cada verso e agora eu não consigo mais lembrar, e começamos a cantar e dançar feito loucos.

–Niall...

E bastou ela pronunciar meu nome para fazer com que eu a beijasse, acabando com a sede que tinha pelos seus lábios. Posso estar enganado, mas parece que ela estava tão desesperada para me beijar quanto eu.

–Posso te levar para minha casa? –disse interrompendo o beijo

–Nunca, nem em seus sonhos mais loucos. –falou voltando a me beijar.

...

E aqui estou eu dois anos depois olhando para seus olhos de novo.

Ela sabe, eu sei que sabe, que eu nunca a esqueci. E eu sei, ela sabe que eu sei, que ela também não se esqueceu de mim. E espero que se lembre de como dançamos.

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