Capítulo 32- Nada na vida é como desejamos

"Edward se eu não tivesse te conhecido, se não houvéssemos lutados contra sua doença juntos...
Eu não teria sido capaz de conhecer tanta felicidade, tanta gentileza , tantos sentimentos calorosos ao finalmente me tornar uma enfermeira"

Edward recebeu permissão para ficar fora do hospital por três dias e ele prometeu me levar aonde eu quisesse, fazendo até uma de suas típicas piadas.

Naquele dia um pouco mais tranqüila, eu fui dormir em casa e acordei logo cedo para preparar uma cesta de pic-nic, minha mãe levantou logo depois vindo para me ajudar e dizendo o quanto estava feliz pela melhora do Edward.
Um pouco depois ele foi me buscar na escola e de quando cantou aquela música no festival de cultura para mim, depois fomos andar pelos corredores do colégio e como ele me disse :

—Isso trás memórias, no entanto não são memórias dos estudos.

—Quando nós nos separamos, eu sentia quando você passava pelo corredor.

—De alguma forma eu também sentia sua presença sempre que você estava por perto.

Nós entramos em uma das salas e eu me recordei de algo que um dia me fez chorar, mas que depois trouxe o meu sentido de viver.

—Aqui foi a primeira vez em que você me beijou de repente.

—E você ficou tão brava!

—É claro.

—Mas então nós começamos a namorar e você ainda está comigo.

Depois fomos para o lugar onde tudo começou realmente.
A biblioteca, relembramos os detalhes de quando ele perdeu o celular e eu concertei o strap.
E também relembramos das brigas ocorridas ali.

—De alguma maneira é misterioso, embora naquela hora tenha doido muito, quando me recordo delas agora, são todas boas memórias.

—Mas... não vamos brigar nunca mais.

—Claro que não.

Nos beijamos e quando eu cortei o beijo para tomar ar, encontrei a pequena lousa da biblioteca desmontada em um canto, a coloquei no lugar e para minha surpresa, ainda estava com a mesma coisa que eu havia escrito da última vez que eu a vi.

"Você foi feliz?"

—Você escreveu isto não foi Ed?

—Então foi você mesma quem respondeu.

Ele afirmou me iluminando com seu sorriso, e depois acrescentou a minha resposta, pegando vestígios de giz e colocando na frente do "muito feliz" a palavra "sou".

E repetiu em voz alta, eu fiz a mesma coisa e escrevi logo a baixo.

"também sou muito feliz."

Depois fomos ao jardim de recordações do nosso bebê e ele se desculpou por não ter ido no último natal.
Nós oramos, eu principalmente para que nós dois JUNTOS pudéssemos ir lá até estarmos bem velhinhos e por último fomos até a clareira para nosso "almoço-pic-nic"
Ele até brincou dizendo que minha comida estava melhor que a do hospital e eu me fingi de ofendida.

Um pouco depois ele fez uma coroa de margaridas trançadas e pos em mim.

Depois ele me questinou para onde ele iria quando morresse, não foi um assunto que me agradou mas ele continuou.

—Quando eu morrer, daqui a muitos anos é claro, eu quero me tornar o céu e tomar conta de você sempre.

—Então quando eu olhar para o seu lembrarei de você.

Como se eu já não fizesse isso a anos.

—Quando o céu estiver claro, saberei que você está de bom humor, quando chover significa que você está chorando, quando o sol se por significa que você está corando, e o céu da noite significara que você está me abraçando.

Ele pegou a minha mão e continuou.

—E para lhe compensar por este anel barato, eu lhe darei todas as estrelas do universo.

—Mas ao contrário do céu e das estrelas, me serve apenas você, mais do que qualquer outra coisa.

—Eu sei, eu também quero ficar ao seu lado sempre, porque eu te amo.

"Eu sabia que todos os desejos se tornarem realidade era apenas um sonho.
Mas os sonhos tornam nossa vida mais agradável."

Passamos o dia vendo o por do sol até as estrelas chegarem, testemunhando o nosso amor.
O dia passou e com ele nós tivemos que voltar ao hospital.

Fim do Capítulo 32