Eu, filho de Severus Snape? Nunca! escrita por AFM


Capítulo 9
A visita


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal! Agradeço à todos que leem e também aos que leram e comentaram o último capítulo: "Maylaila Black", "sakurita1544", "Taw", "Hinamori Amu", "Anne Marrie Vroengard" e "fantasminha". Adoro os comentários de vocês, engradecem muito a minha história. Bom, aí vai mais outro capítulo, espero que gostem!!!



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Harry estava parado no meio da sala da mansão de Severus, quando resolveu ir até a cozinha. Esta era incrivelmente grande para apenas um morador. Assim como a parte externa da casa, a cozinha também apresentava a cor verde.

–Oi -disse Harry à pequena elfa que estava em cima de um banquinho lavando a louça.

–Olá senhor -disse descendo do banco e se curvando.

–Não... não, não precisa se curvar.

–Claro que precisa senhor. A mãe de Winky ensinou à ela que ela sempre precisa que se curvar aos bruxos.

–Ah, então seu nome é Winky. É um nome muito bonito -disse o garoto sorrindo e se abaixando para ficar da mesma altura da pequenina.- Prazer, meu nome é Harry! Harry Potter!

–Harry.... Pot...ter? -disse gaguejando.- Mas foi o senhor que livrou nosso do Lorde das Trevas.

–Me chame de você.

–Winky não quer parecer intrometida, mas o que o senh.... você está fazendo na casa do senhor Snape?

–É uma longa história. Então, você sempre trabalhou aqui?

–Desde que nasci.

–Não me parece muito justo.

–Imagina, senhor, é um prazer servir aos mestres -disse sorrindo.

–O Snape trata você bem?

–Trata sim. Ele é um excelente mestre! Mas por que você está perguntando isso?

–Eu não sei... Se fosse comigo..., bom eu não gostaria de nascer com o destino já traçado, sem ter chance de escolher para quem eu queria servir ou se queria servir à alguém.

–Você é uma pessoa muito boa, senhor Potter -disse sorrindo.- A maioria dos nossos mestres, senão todos, mal nos olham, quanto menos conversam conosco como você está fazendo.

–O que você está dizendo? O fato de não serem bruxos, não quer dizer que não podem ter sentimentos -Harry falou com um enorme sorriso no rosto.- Eu mesmo sou muito amigo de um: Dobby, conhece?

–Você é amigo de um elfo doméstico? -perguntou impressionada, arregalando mais ainda seus enorme olhos.

–Sou sim e se você deixar, também quero ser seu amigo!

Os olhos da pequena Winky se encheram de lágrimas e ela começou à chorar desesperadamente, se debatendo no chão.

–O Dobby também tinha esse problema -falou olhando para a pequena se debulhar em lágrimas-, uma vez eu convidei ele para sentar e ele inundou meu quarto.

–Você convidou um elfo doméstico para sentar? -indagou parando de se debater no chão para encarar os olhos de Harry.

–Foi.

Winky voltou a se debater no chão, agora com mais força, com um barulho de choro ensurdecedor.

–Mas que escândalo é esse? -perguntou Snape entrando na cozinha irritado com o barulho.

–Ela está tendo um momento difícil -Harry respondeu.

–Winky! -gritou Snape.- Pare de chorar! O barulho está me perturbando.

Winky na mesma hora parou de chorar e se posicionou acuada no canto da cozinha.

–Perdão, mestre. Não era a minha intenção perturbá-lo, vivo apenas para servi-lo.

–Que seja! -esbravejou Snape voltando para seu escritório, sendo seguido por Harry.

–O que é que você quer, garoto? -perguntou pegando uma folha de papel dentre a pilha que se encontrava em cima de sua mesa.

–Que você era insensível eu e a escola toda já sabíamos, mas desumano? Por que você trata a Winky desse jeito?

–Ainda com o discurso moralista?

–Isso é cruel!

–Mas o senhor Wesley não consegue acertar uma questão por inteiro! -disse Snape olhando para o papel, o qual continha uma prova feita por Rony.

–Sabe, ninguém tem o direito de fazer isso! -Harry continuou à falar.

–São menos cinquenta pontos para Grifinória pela burrice do Weasley -falou anotando no papel com uma pena.

–Ei! -chamou Harry.- É possível que não estejamos falando do mesmo assunto? -perguntou irritado ao perceber que o homem não prestava atenção no que falava.

–Como vou saber? Não estava ouvindo você.

–O fato de eu ser criança, não quer dizer que a minha opinião não tenha importância!

–Se tivesse o senhor não estaria nesta casa comigo. Agora, se me der licença, eu tenho mais o que fazer do que discutir a situação de um empregado.

–Escravo, você quis dizer.

–Até mais tarde, disse empurrando Harry para fora da sala e fechando a porta.

Harry ficou encarando a porta fechada com raiva e na hora que resolver voltar à entrar no escritório, ouviu-se o barulho do sino na porta.

–Pois não? -disse Winky abrindo a porta à um ruivinho.- O senhor deseja algo?

–Sim -respondeu Rony.- Aqui é a casa do professor Snape?

Antes que Winky tivesse a chance de responder, Harry apareceu na sala.

–Rony! -exclamou surpreso, mas feliz em ver o amigo.

–Oi Harry! -disse também sorrindo.

–Pode deixar ele entrar, Winky, ele é meu amigo.

A elfa deu passagem para o ruivo entrar e se retirou da sala, mas antes dizendo que se precisassem de algo, era só chamar.

–Então, você agora tem uma criada?

–Ela não é a minha criada! -respondeu Harry aborrecido.

–Tá, calma.

–O que você veio fazer aqui? Aconteceu alguma coisa? -Harry quis saber, curioso.

–Logo depois que você saiu, a minha mãe chegou, então eu expliquei a sua situação e ela disse que eu podia vir ver se você estava bem. Ah, sim, ela mandou isso pra você! -disse mostrando uma cesta de pãezinhos.

–Ah, obrigada !-agradeceu pegando a cesta.- Por que você não avisou que vinha?

–Eu resolvi vir de última hora, até procurei você, mas já tinha ido embora. Pensei em mandar o Errol, mas aquela coruja está velha e sem senso de direção. Estou atrapalhando?

–Não, não. Muito pelo contrário! Já estava ficando entediado de ficar aqui. Como acertou o caminho?

–Eu não acertei, pelo menos não de primeira. Primeiro eu fui naquela casa que seguimos o Snape no outro dia, mas o empregado me disse que ele não morava mais lá, apenas o pai dele. Então, eu perguntei à ele se sabia onde Snape morava e ele me deu o endereço dessa rua, mas eu fui parar lá no fim do quarteirão.

–Por quê?

–Porque eu tava procurando uma casa velha e mal-assombrada e tem uma assim no fim da rua, mas logo percebi que era a casa errada. Nem me pergunte o que tinha lá -disse uma expressão de medo ao se lembrar.- Como não achava, resolvi perguntar à uma senhora que estava passeando com o cachorro e ela me disse que Snape morava aqui. Estranho, não? A casa é tão bonita e colorida! Achei que ele morasse em um castelo abandonado.

–Eu também tive a mesma sensação -disse Harry sorrindo.- Vem, vamos sentar.

Harry e Rony estavam conversando na sala quando Snape entrou.

–Ah..., oi professor Snape -cumprimentou Rony.

–Weasley..., o que faz aqui?

–Só vim dá um oi pro Harry.

–Eu acho que o senhor veio ver se eu não o tinha matado ou algo parecido.

–Claro que não.... -disse Rony sem graça, surpreso do homem ter falado exatamente aquilo que estava pensando.

O sino da campainha tocou novamente e Winky veio da cozinha atender.

–Pois não?

–Olá, aqui é a casa do professor Snape? -perguntou Hermione no pé da porta.

–Pronto, chegou a comitiva! -disse Snape não muito feliz com o tanto de gente que se aglomerava em sua casa.

–Aqui, Hermione -disse Rony acenando.

–Rony? -disse a garota entrando.- O que você faz aqui?

–Vim ver se estava tudo bem com o Harry -respondeu o ruivo.

–Parece que tivemos a mesma ideia. Ah..., oi professor -cumprimentou notando a presença do homem na sala.

–Ele está vivo e inteiro -disse Snape apontando para Harry-, então a senhorita já pode ir embora!

–Desculpe, professor, mas eu não vou! Pelo menos não agora. Passei um tempão para achar essa casa.

–Você também foi na casa do Tobias achando que era a do professor Snape, não é? -perguntou Rony.- Eu também fiz a mesma coisa!

–E quando eu perguntei ao empregado onde ele morava, fui parar numa casa muito esquisita no final do quarteirão.

–Eu também! -disse Rony.

–O que aquele gato estava fazendo não era normal! -exclamou Hermione.

–Mas que casa é essa que vocês tanto falam? -perguntou Harry curioso.

–Nem queira saber! -avisou Hermione.

Os três conversavam entre si, sem nem lembrar da presença de Snape, até que este não parou de encará-los, conseguindo a atenção dos garotos.

–Algum problema? -perguntou Harry.

–Você já mencionou que esteve na casa de meu pai e quando eu perguntei, mudou de assunto. Agora o senhor Weasley e a senhorita Granger disseram a mesma coisa. Mas, olha que engraçado, vocês não poderiam saber porque eu nunca comentei nada do assunto com vocês e muito menos os levei até lá, então como sabem?

Os três garotos, agora todos de pé, se entreolharam, percebendo que falaram demais.

–Droga! -cochichou Harry.- Já é a quarta vez que deixamos escapar essa informação.

–Nós... fomos visitar uma tia minha que mora lá perto e vimos a casa do seu pai -disse Rony gaguejando.

–É um bairro nobre, Wesley! Como alguém da sua família poderia ter a posse de um imóvel naquela área?

–Bom..., ela é a ovelha negra da família -disse com um riso frouxo.

–Mas isso não explica como vocês foram parar na casa do meu pai.

–Nós -começou Hermione- estávamos passando por lá e achamos ele muito parecido com o senhor, então fomos até ele e perguntamos se eram parentes. Ele é um senhor muito adorável -disse com um tom de segurança na voz, tentando fazer com que a história parecesse verídica.

–Abordaram um estranho na rua só para perguntar se ele era meu parente?

Harry, Hermione e Rony confirmaram nervosos com a cabeça.

–Por que vocês tentam não fazer barulho, fingindo que não existem, enquanto eu vou para meu escritória fingindo que não sei que me contaram uma mentira deslavada?

–Sim senhor! -disseram os três ao mesmo tempo, enquanto Snape dava as costas, indo para seu escritório.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem e deixem suas opiniões nos comentários, OK?