–Adeus, Yuu.

Apontou a arma para o lugar certo e puxou o gatilho.

Um barulho surdo chegou ao seus ouvidos e a garota acordou.

Sua visão estava embaçada e seu coração batia muito rápido. Seus olhos cristalinos olharam rapidamente em volta, franziu o cenho ao perceber que estava na sala do Conselho Estudantil e sentada no sofá.

Nao passou uma mão por sua franja e respirou fundo. O que raios...?

–Tomori?

Ela olhou para cima e encontrou o moreno a encarando, conseguiu perceber um brilho preocupado em seus olhos vermelhos.

–Yu-! - E pôs a mão sobre a boca no momento certo antes de fingir um tossido. - ...Otosaka?

Ele piscou e arqueou uma sobrancelha.

–Sim? Tá tudo bem?

–Tomori-san? - Seguiu com o olhar na direção da terceira voz e encontrou Yusa parada em frente mesa do conselho, Takajo estava ao lado dela e também a encarava.

–... É lógico que eu tô. - E se ajeitou no sofá. - Foi só um pesadelo.

–Ah, entendo... - A outra respondeu um pouco mais alíviada.

–Deve ter sido o stress com o trabalho do conselho. - O garoto ao lado dela assentiu.

–Ou aquele filme estúpido de zumbis que vocês inventaram de assistir ontem à noite. - Yuu interveio, uma gota descendo por sua testa.

Nao piscou.

–Iiih! Nem me lembre. - Yusa segurou seus braços e balançou a cabeça. - Foi tão horrível!!

–Tudo bem, Yusarin!! Podemos assistir uma comédia da próxima vez e você nunca mais vai ter que lidar com zumbis! - Os olhos de Takajo brilhavam enquanto falava animadamente para a sua ídolo.

–E-eh! Ah, obrigada!!

A loira estreitou os olhos enquanto encarava as expressões exageradas do seu colega de conselho e provavelmente soltaria outra de suas exclamações de "Que decepção!!" caso não tivesse sido interrompida.

–Quer que eu pegue uma água pra você? - A garota voltou sua atenção para o moreno, surpresa.

Antes de responder, observou que o pescoço dele estava livre de qualquer bandagem, sua pele não tinha nenhum sinal que estava começando a apodrecer e os olhos dele continuavam com o seu brilho vivo de sempre.

Ela pode até perceber - o que a fizera um tanto quanto feliz, mas não admitiria em voz alta - o leve tom de vermelho que se espalhou pelas bochechas dele quando lhe dirigiu um pequeno sorriso.

–Seria bom, na verdade. Obrigada.