Que horas eram? escrita por Fósforo ambulante


Capítulo 13
Capítulo 13 - Reunião depois da escola


Notas iniciais do capítulo

Demorei um tempão né? -.-'
Bom, agora que estou de férias (grito de alegria) irei postar bem mais! Vou ficar escrevendo o tempo todo pra depois que as aulas começarem eu continuar postando!
Eu tinha me programado todinha pra escrever durante uma viagem que eu ia ter, mas acontece que não vou mais viajar, então... Não preciso me preocupar com isso e posso escrever o dia todo! *O*
Boa leitura!!!



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         >> - cala a boca.- Cacá retrucou ríspida.

~ 14:12 ~

— Morre! Morre! Isso é apelação! Vai embora!- Cacá gritava batendo com um caderno nas costas de Alana, que ria muito.

Fernanda olhava estava olhando para as duas com curiosidade. Estavam na casa dela, no quarto dela. E as duas só se matando ali no canto. Ela pegou delicadamente sua mochila de perto delas e reclamou:

— fala sério! Fiquem longe das minhas coisas! Podem se matar aqui, mas, de boa, não amassem minhas coisas com esse peso todo aí, suas gordas!

Cacá soltou o caderno e pegou o livro. Levantou-o para bater na loira, mas ela rolou pro lado no último segundo e ficou de barriga pra cima.

— há, há! Errou!- Alana provocou. Cacá atacou de novo, mas Alana, com um espírito repentino de ninja, rolou pra frente e levantou. Pegou um outro livro e ficou em posição de esgrima. As duas começaram a duelar com os livros. Fernanda, que estava sentada na cama, teve que abaixar para não levar um livrada na cara e logo depois virar para a esquerda, depois pra direita, depois pra baixo de novo, depois para trás, tipo uma ginástica.

"Como elas conseguem brincar disso aqui?" Ela se perguntou. "Meu quarto é minúsculo!"

Nesse instante, Felipe abriu a porta. Alana virou para olhar e levou uma livrada cabulosa na cara. Voou e caiu de bunda no chão, e enquanto caia, soltou o livro que saiu voando bateu na cara da Fernanda. Ela caiu para trás na cama e ficou lá, deitada. Cacá olhou para os lados e sorriu vitoriosa.

— Double kill! - ela riu.

— certo...- Felipe disse.- acho melhor eu voltar outra hora...

— não! Não precisa!- Alana murmurou se levantando com dificuldade.- ai... Quié?!

— ann...- ele resmungou franzindo a testa. - que droga! Eu esqueci! Foi toda essa muvuca aqui! Por que vocês não fazem coisas de gente normal?!

— porque não somos do tipo "normal"!- Cacá respondeu.

— vamos jogar War?- Caio apareceu atrás do Felipe.

— de onde você surgiu, criatura?- Fernanda perguntou do lado dele. Como ela tinha chegado lá tão rápido?- você por acaso tá morando aqui? Toda vez que olho pro lado vejo essa sua cara feia.

— ah, cala boca, miss beleza! - ele retrucou.- e aí? Vamos? Partiu War?

— NÃO!- todos disseram.

— ah, qual é! Nem teve dever de casa! Vão ficar aqui sem fazer nada? Claro que não! Vamos?

— NÃO!- Alana disse.- War não. Sei lá, pode até cara-a-cara, mas War não.

— ah, vamulá! War é legal!

— NÃO! - dessa vez foi Cacá.- mano, não. Ninguém quer.

— todo mundo quer.

— NINGUÉM quer.- Felipe disse.

— okay... O que então?- Caio cedeu.- jogo de tabuleiro?

— tá, pode ser. Que tal xadrez?- Alana perguntou.

Todos concordaram. Fernanda pegou o tabuleiro de xadrez e pôs no chão no meio da sala. Foi na cozinha e pegou um baralho para jogar com as pessoas que não jogariam xadrez.

— por que o baralho tava na cozinha?- Felipe perguntou enquanto Fernanda entrava no escritório, que na verdade não era escritório, porque só tinha uma mesa de uns dois metros e uma outra mesinha no canto com alguns livros. Ela voltou com alguns pacotes de biscoito recheado e um bolo.- e por que tinha comida no escritório? Isso tem quantos dias?

— ah, desde ontem à noite.- Fernanda respondeu.- eu tava quase dormindo em pé aí o idiota do Caio chegou em mim e disse que se por acaso a cozinha explodisse ele tinha colocado comida no escritório. Eu não tava ouvindo nada, mas aí ele ficou me balançando e me fez repetir aquilo umas dez vezes. Por um segundo eu achei que a cozinha ia explodir. Depois ele foi embora e eu fui dormir. Pois é... Essa família doida que tenho...

— por que você fez isso? - Felipe perguntou a Caio. Ele estranhou a pergunta.

— ann... Porque se a cozinha explodisse tinha comida no escritório... ?

— mas por que a cozinha explodiria?

— sei lá. Alguém ia explodir. Cozinhas não explodem sozinhas...

— mas e se explodissem o escritório e não a cozinha?

— por isso eu só peguei um pouco de comida. Tem comida nos dois lugares.

— mas se explodissem a cozinha e o escritório?

— por que explodiriam os dois?

— sei lá. Por que explodiriam a cozinha?

— não explodiriam dois cômodos. Não se explode dois cômodos.

— não se explode nada. E se fossem explodir a cozinha, explodiriam logo é a casa inteira!- Felipe finalizou e Caio se calou por algum tempo. Depois concluiu:

— tem razão.- ele cruzou os braços.- o melhor mesmo é colocar a comida no quintal...

Todos ficaram quietos por alguns minutos. Só se ouvia Alana preparando o tabuleiro de xadrez e Fernanda embaralhando as cartas do baralho.

— depois dessa esclarecedora conversa, podemos jogar? - Alana perguntou.

— beleza. Eu vou no xadrez.- Caio disse.

— ah, cala a boca! Você não tem direito a mais nada!- Felipe falou.- vem na minha casa, pela a minha comida e coloca em outros lugares? Quem você pensa que é?

— sou sei primo, aê! - Caio o enfrentou.- sou seu brother, mermão!

— só tem um jeito de resolver isso!- Felipe disse arregaçando as mangas.- no xadrez!

Caio e Felipe começaram a jogar, Caio com as brancas e Felipe com as pretas. Alana, Fernanda e Camilla formaram uma rodinha.

— ah, poxa... Eu queria jogar xadrez...- Alana resmungou.

— você joga com quem ganhar.- Cacá disse.- vamos jogar o que?

— que tal pif-paf? Ou buraco? Ou pôquer?- Fernanda sugeriu.

— pôquer não. Eu prefiro pif-paf.- Camilla pegou as cartas da mão da prima e começou a embaralha-las.

— eu também!- Alana disse.

Camilla distribuiu as cartas, nove pra cada uma. Alana olhou em volta e percebeu que ambas garotas tinham muita habilidade nesse jogo. "Hum... Acho que vou perder..." Ela pensou. Fernanda pegou as cartas delas fez um leque com cara de profissional. Cacá pegou as dela, deu uma olhadinha e depois virou de cabeça pra baixo no chão. "Me ferrei."

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~ 15:12 ~

Depois de três rodadas de pif-paf, todas com Camilla ou Fernanda ganhando, as meninas se entediaram. Caio e Felipe não terminariam nunca?

— Pelo amor! Acabem logo essa droga!- Camilla exigiu.

— nada a ver!- Caio disse.- não pode impedir o jogo de gênios.

— xadrez é o jogo.- Felipe concordou.- um jogo pode durar dias! Não impeça o raciocínio de alguém! Nunca!

— okay, seus jumentos! - Camilla retrucou.- agora vamos logo com isso.

Dez minutos depois e nada. Alana teve a ideia de fazer um castelo de cartas. Ela se concentrou totalmente nessa atividade durante os próximos minutos. Pegar carta, equilibrar carta, pegar carta, equilibrar carta, pegar carta, equilibrar carta, pegar carta. A vida dela virou um ciclo vicioso. Depois de vários minutos ela levantou a cabeça. Ficou boquiaberta.

— fala sério!- ela gemeu. O castelo de cartas dela deve ter caído umas vinte vezes e agora estava feliz porque tinha conseguido o segundo andar (com três "triângulos"), mas vendo os das amigas, desanimou. Fernanda estava no quinto andar, colocando o terceiro "triângulo" desse andar (de três) e Camilla estava no sexto, colocando o primeiro (de dois).- acho que desisto.- disse ela com voz de choro.

— xiu.- disseram juntas.

Alana cruzou os braços. Começou a prestar atenção no jogo dos meninos. Felipe estava com um bispo e dois peões a mais, mas estava com uma torre a menos. Caio estava tentando dar um xeque-mate com a rainha, o bispo e uma torre. Felipe mexeu o rei pra trás, evitando a torre. Caio mexeu o bispo e depois de algumas jogadas, ele sorriu.

— acho que é xeque-mate...- disse. Felipe pensou um pouco então pôs o rei do lado do bispo e na diagonal da torre. Caio desfez o sorriso.- okay...

Depois de várias jogadas, Caio acabou ganhando.

— revanche!- Felipe gritou arrumando suas peças para um revanche. Fernanda praticamente pisou em cima dele.

— mas nem que... O que você tá pensando? É claro que você agora vai ali para aquelas cartas e vai me deixar jogar xadrez, certo? Revanche uma ova! Se você insistir nisso não sei o que pode acontecer com você...

Alana olhou para os castelos de cartas das amigas e viu que estavam completos e bem altos.

— tá bom, tá bom...- Felipe disse indo em direção aos castelos. Enquanto Alana ainda os admirava, Felipe chutou-os indiferente. Dessa vez foi Camilla que o agrediu.

— seu idiota!- disse batendo nele.- demoramos um tempão pra fazer isso! Seu chato! Olha só como ficou! Tava pensando o que? Hunf!

— ai...- Felipe gemeu.- batam no Caio também! Olha só ele!

Caio estava, inocentemente, embaralhando as cartas. Alana estava se levantando para ir jogar xadrez, mas Fernanda e Camilla foram mais rápidas. Sentaram uma de cada lado do tabuleiro e terminaram a arrumação do Felipe.

— poxa... Eu queria tanto jogar xadrez!- Alana resmungou alto para que as duas ouvissem.

— e o problema é de quem?- Camilla perguntou irônica.

— quem mandou não chegar antes?- Fernanda também perguntou.

Alana deu língua para elas e se virou para jogar baralho de novo. Caio entregou as cartas e pôs uma virada para cima no meio. 4 de ouros. O jogo da Alana estava péssimo: ás de paus, dois de copas, cinco de paus, seis de espadas, nove de copas, dez de espadas, valete (J) de ouros e rei (K) de paus.

— eu começo!- Caio disse. Pegou uma carta do bolo e colocou no seu leque. Abaixou três cartas e pôs um 5 de copas no bolo de descarte. Alana pegou a carta. Olhou para todas as cartas. Daria qualquer uma, menos o 5 de paus. Suspirou. Tirou o rei e colocou-o no bolo de descarte.

"Nunca vou ganhar esse negócio..." Alana pensou.

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~ 15:28 ~

— uhu! Ganhei!- Alana gritou jogando as cartas no chão, se levantando e dançando uma dancinha estranha.

— uhum... Sei...- Felipe falou rindo silenciosamente da situação da outra.

— meu querido, morra de inveja!- Alana parou de dançar e mostrou as costas da mão pra ele como se fosse para ele beijar.- eu ganhei e ponto final.

— hum...- Caio gemeu, caiu para trás e começou a gritar.- eu desisto! Desisto do jogo! Desisto da minha vida!

— tem razão nessa escolha. Você é um caso perdido!- Felipe se intrometeu. Caio o ignorou e continuou a gritar.

— alguém me mata, por favor!- ele fez drama.

— com prazer!- Felipe respondeu. - Alana, vem cá me ajudar! Você segura ele enquanto eu o mato, okay? - e foi pegar alguma coisa no quarto.

Alana hesitou, mas foi. Pegou os punhos do Caio e o prendeu no chão, só que, Caio era mais forte. Ele facilmente sentou sob os protestos da Alana. Ele se virou para ela e, girando a mão, conseguiu se soltar e ainda segurar os punhos da outra. Alana se sentiu humilhada pela facilidade que o jogo virou.

Então, o celular dela tocou no bolso da calça jeans. Olhou pro Caio dizendo claramente: "para de me segurar que agora a brincadeira acabou!" Pegou seu celular logo que Caio a soltou e atendeu quem quer que fosse.

— oi! E aí?- Ela falava se afastando.- aham... Também, eu também... Isso... Aham...- pausa.- Okay. Mas explica melhor.- pausa.- uhum... Uhum... Okay...- pausa.- ann?- pausa.- O que?! Não! Explica direito, tudo...- super pausa.- para. Repete.- pausa.- hum... Quem é?- pausa.- uhum, uhum, uhum... Quero o currículo dela completo até amanhã, tipo, todas as informações que conseguir dos pais dela, uma ficha mais completa que conseguir de todos os membros da família dela, até os primos de 3º grau e, tipo, se tiver, a ficha criminal dela. Quero uma lista com todos os lugares que ela já morou, que, tipo, já estudou e que já chamou atenção. Quero saber o que ela faz nas horas vagas, e, tipo, me dê o endereço dela. Deixe-a sem privacidade. Aperte-a por todos os lados e não deixe nada escapar. E quando chegar em casa, eu farei, tipo, um interrogatório com ela. Pode deixar comigo. Tchau.- pausa.- Okay. Tchau, beijo.

Ela desligou e olhou os amigos de cima a baixo.

— que foi?- perguntou inocentemente.

Fernanda e Cacá se entreolharam.

— hã...- Fernanda começou.- tirando o fato de você ter parecido uma detetive procurando um assassino? Afinal, quem é ela?

Alana sentou em uma cadeira e suspirou. Esperou alguns segundos e fez suspense. Respirou fundo para falar.

— sabe, lembra, tipo, quando eu disse que tinha irmãos? Então, a Soraia, o Rodrigo e o Ian... Pois é... A Soraia tem 18 anos e namora há, tipo, um ano. O Rodrigo... Bem, depois eu falo. E o Ian... Ele ainda é muito novo pra gostar de alguém. Sem contar que se ele conseguir uma namorada antes que eu consiga um namorado... Cara, que vergonha! Ele é dois anos mais novo. Pra mim, isso é questão de honra. Agora voltando ao Rodrigo...

— agora, o momento que todos esperavam...- Felipe, que tinha chegado durante a ligação, disse.

Alana suspirou profundamente e fechou os olhos.

— o meu irmão, Rodrigo, ele...- ela parou.

Alana respirou fundo e abriu os olhos.

— ele arrumou uma namorada.


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Notas finais do capítulo

Eu já tinha feito esse capitulo faz tempo, e como já tinha feito outros depois, nem pude mudá-lo. Ele ficou meio desnecessário e repetido, foi mal ;-; Eu não gostei muito dele. Mas me digam o que acharam dele nos comentários!
Até mais! ;-D



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