Meio cachorro, meio coelho.

Um peixe em fase de entalho.

Tão belo o seu nome.

Tão simples o seu sobrenome.

Tal não possuía, pois sabia um atalho.

Para um lugar longínquo, dava para quebrar um galho.

Fugir para lá sem um alarme.

Sem pessoas que desafiem ou afirme.

Que ande pelas águas desse mundo.

E vá onde lhe der vontade.

Além do poço, bem além do mar, sem fundo.

Um lugar que lhe dê autenticidade.

Mas você me puxou, já moribundo.

E eu sem saber, fui com dificuldade.

Você me mostrou um mundo.

E eu era seu cúmplice.

Para os crimes cometidos pela beleza.

Ou pelos anjos da realeza.

No inferno ficar junto.

Estando simplesmente sem assunto.

Tão fofo de olhos grandes.

Andando sob a água, correndo por um estante.

Eu não o alcanço, vai para onde?

Esse belo mundo viajar, vamos, avante.

Eu não mais consigo me aproximar.

Então acho que está na hora de me deixar.

Mas para onde irei?

Uma ponte construirei, e por ela a observarei.

Está na hora de minha partida?

Temo que já passou da hora de ires.

Não que seja uma fingida.

Mas tem que continuar com sua vida.

Mas ela não é válida!

Toda vida possui sua dívida.

Pague-a com a sua partida.

E por que me trouxe aqui?

Você queria ir embora, para um lugar além do mar, não deixaria.

Você veio da cavalaria?

Eu sou de algum lugar daqui.