Antes :

- Shi....shi...fica calma, vai dar tudo certo, você e o nosso filho ficarão bem, porque eu estou aqui, e vou proteger vocês. - Dean encostou a cabeça de Anne o mais próximo possível, e dando um beijo na sua testa, e repetindo o que havia dito - Eu estou aqui, e eu prometo, tudo vai ficar bem, eu estou aqui e farei tudo, escuta, tudo o possível e o impossível para proteger vocês

Agora

 A polícia chegara no hospital o mais rápido possível, recolhera o corpo do Jeffrey, Anne estava sentada na ambulância, nada de grave aconteceu com ela, apenas alguns arranhões e pequenos cortes.

- Recomendo que você descanse um pouco. - Disse a paramédica que logo terminou de costurar o ferimento e foi em direção ao corpo de Jeffrey

- Tudo bem. - Anne respondeu e olhou para Dean que conversava com os policiais, sabia que, provavelmente ele mentiria, tudo o que aconteceu lá, só acreditaria quem visse.

- ...E foi isso que aconteceu. - Dean terminou de explicar, os policiais apenas anotaram e foram embora, pareciam ter acreditado. - Então, está melhor?

- Estou sim. - Anne respondeu  - O que aconteceu

- Você quase foi sequestrada, mas deu tempo de eu evitar. - Dean respondeu, contar a verdade para ela ainda não estava em seus planos

- Você está mentido. - Anne respondeu - Porque não me conta a verdade?

- Porque essa é a verdade. - Dean respondeu

- Não acredito que depois de todos esses anos, você ainda mente para mim. - Anne retrucou, queria respostas e sabia o meio de consegui-lás- Se aproximou de Dean e o encarou no fundo de seus olhos, Dean abaixou o seu olhar para o chão, pegou as chaves do Impala.

- Você vem comigo?  - Ele apenas disse isso, e estendeu a mão

- Sim. - Anne estendeu a sua mão de encontro com a de Dean

 No meio do caminho, o silêncio dominava dentro do Chev Impala 1967, apenas escutava-se Wanted Dead or Alive do Bon Jovi, vários momentos flashbacks passavam na cabeça de Dean e Anne

Flashback ( Anne)

 Dean arrumava as malas, teria que ir " trabalhar" com seu pai de novo, nunca perguntei o que ele fazia, e se tentasse perguntar o que ele fazia, era um simples " você é muito curiosa" seguido de uma piadinha de mal gosto.
 Desci as escadas, abri a porta e fiquei esperando encostada no Impala, se uma coisa que eu tinha certeza que ele morria de amor, essa coisa seria esse carro. Enquanto ficava acariciando o carro, Dean aparecera no carro com a mala pronta.

- Vai chover, você acariciando o meu carro? - Ele disse rindo - Então, eu tenho que ir - ele envolveu seus braços em minha cintura, passei as minhas mãos por debaixo da sua camisa, parando em suas costas e fazendo pequenos arranhões, senti seu corpo todo se arrepiar, e as suas mãos descerem - Acho que meu pai pode esperar um pouco - Seu celular começou a tocar, era seu pai, perguntando se ele já havia saido - Anne, eu queria ficar e terminar esse " assunto" mas eu tenho que ir. - ele beijou a minha testa e foi pegando as chaves do carro no bolso
- Eu te amo. - Puxei seu rosto de encontro ao meu e disse em seu ouvido, ele apenas me beijou suavemente e me encarou, pegou as chaves do carro e foi embora. Sei que Dean nunca foi homem de demonstrar sentimentos e sei que aquele beijo e aquele olhar, teve o mesmo significado de Eu Te Amo

Fim do Flashback

Anne solta um leve sorriso ao se lembra disso, agora tudo era diferente, ela não confiava tanto assim nele, e ainda sentia um pouco de raiva,

- Do que você está rindo?  - Dean perguntou abaixando o som

- Nada não. - Anne apenas respondeu

Flashback ( Dean)
- Você tem que para com essa mania. - Estavamos discutindo fazia a uns 10 minutos, se ela não cedia, eu também não iria ceder.
- Desculpa, se eu quero te abraçar em público. - Respondi irritado
- Eu te conheço, não era  por isso que você estava me abraçando- ela retrucou - tinha alguém de olho em mim.
- Claro que não...- ela me lançou um olhar - tá bom, tinha um mané de olho em você, eu só queria demonstrar que você estava acompanhada
- Me abraçando e me beijando de 2 em 2 minutos?  - ela respondeu
- Você reclama quando eu não te abraço e reclama quando eu te abraço, afinal o que você quer? - Estava realmente confuso
- Quer saber, esquece. - Ela se virou e foi em direção a cozinha
- Volte aqui mocinha - Disse
- O que você quer? 
- Te fazer feliz, se você ficar feliz, eu também vou ficar feliz, e muito. - Respondi com um sorriso
- Viu?   Você só pensa em você...- ela disse, mas do que estamos discutindo agora? 
- Deus, do que estamos discutindo?  Antes era pela minhas demonstrações de carinho, agora é porque eu penso só em mim?  Eu estou confuso, você está com raiva de que agora? 
- Sem cometários. - ela respondeu, agora nós vamos resolver isso de um modo ou de outro
- Anne, me escuta.  perto de você eu sinto que nunca vou ser bom o suficiente, desculpa, se eu te abraço muito ou se eu te abraço pouco, é que eu tento ser o melhor para você e além do mais...
- Dean...- ela tentou me interroper, mas eu a interrompi
- ... e além do mais você me deixa maluco, Anne, eu fico maluco, você me excita como ninguém, eu perco minha cabeça, garota, você me deixa maluco, maluco por você.- ela me abraçou, levantei seu queixo e coloquei sua boca de encontro com a minha boca, nos beijamos, pior que tudo o que disse era verdade, essa garota me deixa maluco, nos brigavamos por besteira....

Fim do Flashback

- ...mas eu sempre soube que tudo ia acabar bem - Disse Dean em voz alta, Anne levara um susto

- O que ia acabar bem? - Anne perguntou

- Nada. Só estava pensando em algumas coisas.

- Dean, onde nós vamos?  - Anne perguntou, estava descansando encostada no vidro, mas devido ao grito de Dean, perdera todo o sono.
 
- Já estamos chegando. - Respondeu

POV Dean

 Depois de uns 10 minutos, chegamos, era um dos meus preferidos em Nova Jersey, o ponto alto da cidade, dava para ver tudo dali de cima, e acho que se ela quer saber a verdade, esse era o lugar certo.
 
- Dean...o que estamos fazendo aqui? - ela me perguntou, abri a porta e abri a porta dela, encostamos no Impala

- Anne, se você quer saber a verdade, então é a verdade que eu vou te contar. - Disse. - Eu nasci no Kansas, filho mais velho, minha mãe, Mary C. Winchester, morreu num incêndio demoniaco no quarto do bebê, quando eu tinha 4 anos e meu irmão o Sam, 6 meses, desde então, eu e meu irmão fomos criados por meu pai, que desde a morte de minha mãe, vivia caçando o demônio que a matou... - Via o medo nos olhos dela

- Demônios? - ela perguntou, apenas fiz um " sim " com a cabeça - olha, se você se não quer me contar, não tem problema...

- Eu preciso te contar...- respondi - Anne, quando eu disse que ia "trabalhar", era isso o que eu fazia, ajudava meu pai a caçar alguns fantasmas e tentar  localizar Azazel, que matou a minha mãe...- Dei uma pausa, engoli a seco estava chegando numa parte em que eu tinha que falar.

- Então era isso o que você fazia?  - Ela perguntou

 -Sim...- Respondi - Anne... Quando se vira um caçador existe algumas regras, mais a principal, era é que se você gosta de alguém, então você tem que se afastar dela, e eu quebrei essa regra quando eu te conheci, e o tempo que eu fiquei com você, foi um momento em que eu senti que tive uma família, e quando você engravidou, eu...eu não estava preparado para assumir tamanha responsabilidade...- Vi os olhos delas se encheram d'água, era difícil, mas eu tinha que continuar - ...e quando eu te aban...abandonei, eu fui me encontrar com o meu pai...a partir daquele dia, eu e papai seguimos caminhos diferentes, ele foi caçar um criatura sozinho e fazia duas semanas que não ligava e não dava sinal de vida, fui atrás do Sam na faculdade de Stanford pedir ajuda, não nos viámos fazia 4 anos, e ele foi comigo, mas infezlimente não achamos o papai e sua namorada Jéssica foi morta do mesmo jeito que a minha mãe morreu. - Uma lágrima caiu dos meus olhos

- Dean...- Anne não sabia o que dizer

- Desde então passei a seguir na estrada com o Sam, até que as visões de Sam nos levaram para Salvation

- Visões?  - Anne perguntou

- Sim, visões. - respirei - e encontrei meu pai, e tinhamos a Colt em nossas mãos, ou seja, as visóes de Sam, levou ele, eu e nosso pai, para Salvation, onde iria ocorrer o ataque de Azazel, mas felizmente conseguimos evitar, quando tudo parecia dar certo, Azazel possuiu o papai, e Sam teve que escolher entre matar papai e Azazel ou apenas tira-lo do corpo do papai, e foi essa escolha que ele fez, deu um tiro na perna do papai e ele saiu...estavamos seguindo para a estrada quando um aci...

- Acidente envolvendo um caminhão e um Impala na rodovia, Pai e filho mais novo conseguem sair com vida, mas o filho mais velho, tem sério risco de vida.

- Como você sabia? - Perguntei

- Essa notícia deu na televisão, eu...reconheci você e o seu carro, naqueles dias pedi tanto para que tudo desse certo. - Ela respondeu, lágrimas rolavam de seus olhos - eu fiquei com medo que você morresse e eu fui lá ver você...no hospital

- Vo...você estava lá ? 

- Eu fui lá, e fiquei com você durante uns 2 dias, e fui embora, seu irmão acordou e já tinha alta, achei que não precisaria mais de mim, continua se você quiser...

- Mas tudo deu certo, pois meu pai, vendeu a alma dele e a Colt para Azazel em troca de minha vida, e então voltamos a caçar, e aquele ano foi o pior de todos, o portão do inferno foi aberto, conseguimos matar Azazel mas o  Sammy foi morto, eu troquei a minha alma pela alma dele, a demônia da encruzilhada me deu apenas 1 ano de vida, desde aquele ano, passamos a procurar a Colt que estava desaparecida, quando conseguimos, uma vadia chamada Abby ou como preferia que a chamassem Bela Talbot, a roubou de nós, o que era inevitável de acontecer, aconteceu, eu fui para o inferno. - Ao lembrar-me daquela dor era horrível...

- Inferno? 

- Sim - respirei e continuei- passei 4 meses, 40 anos no inferno, fui torturado pelo mesmo demônio que está atrás de vocês, Alastair, e fiz coisas horríveis mas depois  fui libertado por Castiel, um anjo - Tirei meu casaco e mostrei a marca da queimadura da mão do Castiel - mas mal sabia eu, que tudo o que eu passara me levara ao apocalipse...

- Eu não sei o que te dizer...

- Eu fui o recepatáculo de Miguel e Sam o de Lúcifer - Pude ver o medo em seus olhos - Foi um ano terrível...quando tudo acabou, fui procurar Lisa, e passei a viver durante alguns meses com ela e seu filho, Ben... - Vi uma lágrima descer do seu olho, era dificil para mim, mas tinha que dizer toda a verdade

- Então porque saiu de la? - ela estava com raiva, sabia

- Porque o pai verdadeiro do Ben apareceu, e eu resolvi sair de lá, voltei para a estrada com o Sam, até que Meg, uma outra demônia, que sequestramos, disse que Alastair viria atrás de você e do Jamie, eu não pude evitar e vim correndo para cá...- Terminei

- Porque você voltou? Porque estão atrás de mim e do meu filho?  - Ela estava com raiva, e não estava errada

- Eu saí da casa da Lisa, porque eu sentia que faltava algo, eu tinha uma "família", mas não era a mesma coisa com você, e quando aquele caminhoneiro voltou, eu sai, achei a desculpa perfeita para sair,  ela pediu para eu ficar, mas não quis, eu não me sentia completo...- Estava dizendo a verdade.

- Porque estão atrás de mim e do Jamie? 

- Porque, hoje em dia, qualquer demônio faria tudo para ter a minha cabeça numa bandeja de prata, e a melhor forma, seria você e o Jamie...- me aproximei do seu rosto - Eu sei que o que eu fiz com você, não poderá ser apagado, mas por favor, me dá outra chance, eu prometo fazer tudo certo, eu voltei por você, sempre foi aqui que eu me sentia feliz, e eu prometo que vocês vão ficar bem

- Dean, esse Alastair, você acha que consegue acabar com a raça desse filho de uma vadia?  - Anne perguntara

- Acabar?  Eu vou mandar ele pro lugar que nunca deveria ter saido. - Respondi

 Anne me beijou,  eu nunca me esqueci a forma que ela me beijava, doce e sensual, eu senti que ela estava confiando em mim para protege-la e proteger o Jamie, e eu não vou quebrar essa promessa.