Burning Love escrita por Yumenaya


Capítulo 27
Necessidade




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- Solte ela! – a voz foi seguida por um grunhido de raiva.

Abri os olhos assustada. Jacob me pôs atrás dele, com as mãos trêmulas. Seu corpo inteiro tremia violentamente, me deixando ainda mais assustada.

***

- Sanguessuga idiota. Saia. Daqui. Imediatamente – Jacob falou pausadamente, ainda tremendo dos pés a cabeça. Mas ele tentava se controlar, para não me machucar.

- Edward! – gritei assim que percebi que era ele. Sua aparência indicava que não estava numa situação melhor que a de Jake. Ele estava agachado como se estivesse prestes a atacar.

“Acalme-se Aya, ele não vai te machucar.” Ele tentou aparentar estar calmo, mas não obteve sucesso algum.

- Eu não tenho medo dele, Edward. Jacob é meu amigo. – murmurei enquanto revirava os olhos, ele só estava preocupado com minha segurança, sempre tolo super protetor. Edward ao escutar isso pareceu ficar um pouco mais tranquilo, mas ainda assim estava preocupado que Jacob se transformasse. – Jake, por favor, acalme-se. Está tudo bem. - afaguei o seu rosto delicadamente, ele pareceu relaxar sobre meu toque.  Mas a presença de um vampiro ainda o incomodava - Edward, nos deixe a sós, por favor.

- Mas nem pensar! – ele exclamou e me puxou para perto dele.

Jacob começara a tremer de novo.

- Largue ela. Agora! – disse exaltado. Suas mãos se fecharam em punhos cerrados devido a raiva que ele sentia. Seu corpo tremia tanto, que parecia que ele estava tendo uma convulsão.

Tentei me soltar dos braços gelados de Edward, mas era impossível. Nunca seria tão forte quanto ele. Eu ainda era metade humana.

Suspirei derrotada.

- Vamos para casa, Aya. – Edward me puxou para seu colo, e se virou para começar a correr em direção a casa. Apesar de não adiantar nada, eu me debatia sob seus braços de pedra.

- Largue ela! – Jake indagou novamente. As palavras começavam a falhar e suas têmporas latejavam, pois ele se sentia ameaçado pelo inimigo o que o instigava a explodir em outra forma.

Como Edward ignorou-o, Jacob reagiu, ultrajado, jogando a cabeça para trás com um rosnado, vibrando violentamente.

- Aya para trás! – Edward me alertou e me empurrou para trás de si protetoramente.

Nesse momento Jacob pulou para frente, com o som de um rasgo, as tiras de tecido do seu short voaram pelo ar, e pelos brotaram da pele dele. Quando ele aterrissou na terra, não era mais o Jake, era um lobo marrom-avermelhado gigantesco, avançando na direção de Edward.

- Edward, não! Pare! – gritei em pânico quando vi Edward avançar para cima do lobo-Jake. Agarrei-o pelo braço, aterrorizada. Ele me olhou por um segundo – Por favor, Edward, não. Por favor! – implorei para ele – Lembre-se do trato, não podemos quebra-lo.

Edward percebeu o medo estampado em seu rosto e recuou dois passos, me puxando junto consigo, assim que recobrou o controle.

- Está bem. Então venha comigo. – ele pediu.

Olhei em direção ao lobo-Jacob e ele estava com os dentes à mostra. Ele me olhou nos olhos e eu ainda pude ver a profundidade nos seus olhos.

- Eu irei com você – nesse instante o lobo-Jake grunhiu – mas, você deve me deixar conversar sozinha com ele. Um minuto.

- Não. – ele disse frio. – Ele pode te atacar. Ele está fora de controle, não consegue ver? Ele pode te atacar a qualquer momento, Aya.

Nunca iria machuca-la.” Jake pensou com raiva.

- Então o que você me diz sobre essa sua transformação inesperada? Já pensou se ela estivesse perto o bastante...? O que poderia ter acontecido?

O lobo-Jake abaixou a cabeça, constrangido.

- Está tudo bem, Jake. Eu estou bem – murmurei baixo e dei um passo para frente, Edward me segurou pelo braço. – Pelo menos me deixe despedir! – disse irritada. Receoso, ele relutou em me soltar, mas o fez.

Aproximei lentamente do lobo e lhe dei um beijo na testa.

“Nos vemos em breve, Jake” coloquei o pensamento em sua cabeça. Ele se assustou, mas logo se recuperou. “Eu juro que arranjarei uma forma de vir visita-lo. A não ser que não queira, eu irei respeitar. Mande lembranças aos outros.”

“É óbvio que você sempre será bem-vinda, Aya. E eu estarei te esperando, por favor, não demore. Demorei tanto para te encontrar... Preciso te ter ao meu lado.” Ele pensou devastado.

Dei-lhe um forte abraço, antes de ser puxada para longe do meu melhor amigo.

Uma semana e meia havia se passado desde aquele dia. Os Cullens preocupados com a minha segurança me pediram para que eu tomasse cuidado e que os avisasse da próxima vez que encontrasse com eles. Como se eu tivesse a oportunidade de vê-los.

Rose, finalmente concordou algo com Edward. Ambos estavam dispostos a me impedir de ir para La Push. Eu sempre era acompanhada no trajeto de casa para a escola todos os dias. E quando eu começava a me irritar, Alice e Rose me puxavam para fazer compras, tentando me distrair. Momentaneamente, a raiva passava, mas depois ela voltava ainda mais forte. Nessas horas Jasper sempre estava por perto para me tranquilizar. E isso me deixa ainda mais irritada, como se fosse possível. A cada dia que se passava eu ficava mais temperamental.

Aquela sensação de ser uma prisioneira havia voltado novamente. Só que ao invés de ter Alec e Jane me distraindo, eram todos os Cullens.

- Eu não aguento mais tudo isso! – gritei me levantando da minha cama, Alice estava fazendo a unha de Bella. – Alice, eu não aguento mais ficar presa aqui. – falei chorosa, desabafando.

Ela veio ao meu lado numa velocidade a Lá Vampírica, largando a Bella sentada na cama assustada com o sumiço repentino dela.

- Hey, você não está presa aqui. Nada te impede de sair e...

- Ha há, faça-me rir Alice – falei num tom irônico, interrompendo-a, e em seguida bufei pesado – Se Edward não está por perto, Rose sempre está. Já cansei de ouvir “é para seu próprio bem”, “eles são perigosos” e blá blá blá. – um grunhido saiu pela minha garganta.

Edward estava caçando junto com Emmett, Jasper e Carlisle na reserva no norte da Califórnia, enquanto Rose estava na sala lendo alguma revista de beleza e, me vigiando. Ela só não estava junto conosco porque Bella estava, vai lá entender, a mente dela era muito confusa. Já Esme estava cuidando do seu jardim impecável, tentando nos dar alguma privacidade.

- Você está muito estressada, Aya. Que tal se hoje fizermos uma noite de só de garotas? Bella também poderá participar, hein? – Alice sugeriu esperançosa numa voz vibrante e cantarolada.

- Não estou a fim de trancafiá-la ainda mais aqui conosco, Alice. – entediada falei, percebendo o rumo desesperado dos pensamentos de Bella. Ela já passava grande parte do seu dia no meio de vampiros. E Edward também a impedia de se divertir, de viver. Porque era perigoso demais. Arght! Do que serve a vida se não para se divertir?

Ela sorriu em agradecimento para mim.

- Aya, você não quer passar a noite lá em casa? – ofereceu Bella, querendo retribuir o favor de alguma forma.

- Não quero incomodar. – falei automaticamente.

- Você não iria me incomodar. E, aliás, Charlie ficará feliz em saber que não estou passando o tempo todo com Edward. – ela sorriu sincera.

- Seria bom ter uma noite totalmente humana. – também sorri – sem nenhum vampiro por perto.

- Ei, magoo – Alice fez biquinho.

- Não me leve a mal Alice, você sabe que gosto muito de vocês, mas é que eu acho que preciso disso. Passar um tempo sem pessoas que são capazes de saber o que estou sentindo, ou prestes a fazer, ou sempre me protegendo e vigiando... Você me entende, não é?

- Mas porque não aqui em casa? Temos tudo que precisamos! – Alice exclamou, com humor alterado. – Além do mais, Esme resolveu tudo com Charlie para que Bella passasse duas noites conosco.

Bella arregalou os olhos, enquanto trincava os dentes.

“Alice não perca Bella de vista um segundo se quer. De Aya, Rosalie pode cuidar. E eu lhe darei seu querido Porsche como presente.” A voz séria de Edward ecoou na mente de Alice.

- Eu não acredito nisso! – gritei assustando Bella e Alice. – O Edward é um chantagista! Isso não é impossível! Como ele pode fazer uma coisa dessas?

- Desculpe – disse Alice, sem parecer nenhum pouco arrependida – Edward me pediu para que cuidassem de ambas.

- Pediu? – sibilei com os dentes trincados.

- Bem... Ele me pagou por isso. – ela admitiu envergonhada, depois pareceu mais animada – Ele me deu um Porsche. Idêntico ao que roubei na Itália.

Droga! Se eu soubesse disso... Como pude deixar isso passar? Não havia captado nada em relação ao suborno na mente de ambos na última semana. Não havia desconfiado de nada em relação ao novo carro de Alice, porque ninguém melhor do que eu sabia que vampiros não passavam necessidades, e possuíam grande quantidade monetária para poder desfrutar com o que quiser.

- Mas Aya poderia passar a noite lá em casa. – Bella tentou argumentar.

- Para que complicar ainda mais as coisas? Se ambas forem passar a noite lá, alguém ficaria fora as vigiando... Daria na mesma – ela suspirou.

- QUANTAS VEZES EU TEREI QUE DIZER QUE EU SEI ME PROTEGER? – gritei alterada.

Nesse momento Rosalie apareceu no quarto, me olhando preocupada.

- Aya, posso falar um minuto com você? A sós? – pediu me lançando um olhar com segundas intenções.

- O que foi Rose? – perguntei bufando enquanto a seguia porta a fora de casa.

- Eu queria que você compreendesse um pouco sobre essa minha proteção sobre você. – ela disse suavemente. Os raios do sol refletiam em sua pele, fazendo com que sua pele brilhasse como se fosse um diamante. Absolutamente lindo. Ela deu um sorriso triste quando percebeu que eu admirava-a. – Só para constar ser uma vampira é detestável – ela abriu um sorriso.

Rosalie hesitou antes de continuar, seu rosto maravilhoso parecia inseguro.

- Sabe, Aya, antes de eu me tornar uma vampira, tinha uma vida perfeitamente perfeita. Era feliz e a garota mais bonita de toda Ronchester, por onde eu passava, roubava a atenção dos homens. Apesar de sempre ter o que desejava, me faltava uma coisa que minha amiga Vera tinha.

“Vera havia se casado com um homem pela qual era completamente apaixonada e era correspondida. Eles emanavam amor e carinho. Até aí, tudo bem. Mas quando ela teve um filho, minha inveja cresceu ainda mais. Sempre desejei ter um filho. Uma criança pela qual eu pudesse cuidar, e dar todo o meu carinho e amor.”

Rose abriu um sorriso, envolvida com a sua história.

- Acho que é por isso que tenho tanta afeição por você, Aya. É como se fosse uma filha que nunca tive. Uma garota pela qual posso dar carinho e amor. Apesar de você ter a mesma idade aparentemente que eu, eu via através de você, um sonho se realizando. Ser mãe. Uma pessoa protetora e que sempre deseja o melhor possível para seu filho. Por fora, você pode parecer uma mulher forte e decidida, mas eu sei que por dentro, você é apenas uma garota frágil e sensível. – ela me puxou para um abraço forte.

Correspondi o seu abraço e fiz careta.

- Obrigada pela preocupação, mas eu realmente...

- Aya, – ela me interrompeu - eu gosto tanto de você. Por favor, me deixe cuidar de você. Não sei o que aconteceria comigo caso algo de ruim acontecesse a você. Prometa-me que irá pensar muito bem antes de fazer alguma coisa. Que pensará muito bem antes de tomar qualquer decisão.

- Eu também gosto muito de você, Rose. Nunca tive uma mãe, mas se tivesse gostaria que ela fosse parecida com você. – ela abriu um sorriso enorme nessa parte – Só que não fosse tão obcecada com a minha segurança. Eu sei me proteger, de verdade.

- Aya, eu só quero te ver feliz.

Ela olhou fundo nos meus olhos, e eu pude encontrar sinceridade verdadeira neles.

- E é o que eu estou procurando Rose, a minha felicidade. – refleti comigo mesma se eu deveria lhe falar sobre os meus sentimentos com Jake. Mas achei melhor não, só diria algo quando eu tivesse absoluta certeza sobre o que eu sentia realmente. Mas como ela havia aberto a coração para mim, sussurrei – E talvez ela esteja em La Push.

Os olhos dourados de Rosalie me observavam curiosa.

“Como assim?” a pergunta veio automaticamente à mente.

- Quando for à hora certa você saberá.

“Ainda não tenho certeza de nada, mas se algo acontecer, você será a primeira a ter conhecimento sobre tudo, Rose.” Coloquei este pensamento em sua cabeça, não querendo que ninguém escutasse tal coisa.

- Aya... Saiba que independente do que for você poderá contar comigo. Eu sempre estarei ao seu lado. – ela me lançou um meio sorriso e me deu um abraço forte – Sempre.

Depois de alguns segundos nos abraçando, lhe perguntei uma coisa que há muito tempo não saia da minha cabeça.

- Rose, porque tanta implicância com a Bella? – perguntei prestando muita atenção na sua fisionomia alterando numa rapidez incrível.

- Depois do incidente em Volterra, Bella colocou a sua imortalidade em votação. Ela queria ser uma de nós, uma vampira – suas mãos se fecharam em um punho – Ela tem tudo o que eu desejo, é humana, tem uma vida perfeita em frente, e quer jogar tudo fora. E também... – ela hesitou antes de continuar, rindo nervosamente – no inicio eu tinha ciúmes dela por Edward querer a ela e não a mim.

Suas palavras me pegaram desprevenida, nunca pensei escutar ela falando sobre aquilo. Ela tinha inveja de Isabella? Mesmo sendo uma pessoa – ou melhor, uma vampira – totalmente linda e maravilhosa? É parecia que a incomodava Bella ter conseguido chamar a atenção de Edward, sendo que nem a mesma havia conseguido.

Uma sonora risada me escapou da boca, mas me silenciei ao notar que Rose estava constrangida.

- Hey, você tinha ciúmes dela? – perguntei incrédula - Rose, do mesmo modo que você foi feita para o Emmett, Bella foi feita para Edward. – murmurei.

- Eu sei Aya, eu sei. – ela sacudiu a cabeça, parecendo ainda mais constrangida por ter admitido tal coisa em voz alta. – Mas é que como eu disse antes, todos os homens me desejavam. E Edward não ficou interessado em mim, isso me ofendeu. Ainda mais que depois de ser transformada eu tinha me tornado ainda mais bela, e ele nunca me desejou – revirou os olhos – eu sou muito fútil.

Rosalie dessa vez riu, e eu acompanhei-a.

- Sim, você é fútil e completamente boba. – eu ri de novo – Como é possível que você tenha se sentido ofendida por não ser desejada por um homem? Sabe, Bella se sente acuada com você. Ela acha que você não gosta dela, e vive se questionando o porquê disso tudo. Hoje mesmo, enquanto estávamos no quarto, ela se questionava o porquê de você não estar por perto, e também se martirizava por te afastar dos outros os Cullens. Acho que você deve uma explicação para ela, não acha? – lhe olhei nos olhos.

- Aya, eu sinceramente acho melhor não. – sua voz lhe indicava que estava insegura.

- Rose, vá lá, e acabe com toda essa situação desagradável. Explique-a o porquê ela deve continuar humana...

- Vou lhe dar alguma privacidade – Alice sorriu vendo a decisão de Rose em conversar com Bella ficar clara em sua mente – Vejo você de manhã.

Abri um sorriso vitoriosa. Rose apenas revirou os olhos e me deu um beijo no alto da testa.

- Agora preciso ir conversar com a humana. – ela disse rabugenta, então sorriu para mim - Acho melhor você também ir dormir minha criança.

- Sim, mamãe. – lhe respondi ironicamente, vendo-a revirar novamente os olhos, mas notei que havia um brilho diferente em seus olhos.

Na manhã seguinte, fui acordada por uma Alice irritante saltitando pelo quarto animada. Durante todo o caminho para escola, Bella olhava mal-humorada pelo para-brisa. Ela estava irritada por ser vigiada constantemente.

- Esta noite vamos a Olympia ou outro programa assim – prometeu Alice – Vai ser divertido, não é?

- Por que não me tranca num porão – sugeriu Bella – e deixa a bajulação para lá?

Alice franziu a testa, e eu fingi não estar escutando nada.

- Ele vai pegar o Porsche de volta. Não estou fazendo um trabalho muito bom. Você devia estar se divertindo.

- Alice, Edward não teria coragem de faze isso. – me intrometi – Além do mais, se isso acontecer lhe darei outro, que tal?

Alice deu um sorriso triste, não gostava de falhar no que prometia.

- A gente se vê no almoço. – Bella se despediu de nós, indo em direção a sua primeira aula.

Assim que a sineta tocou, segui para o refeitório, entediada. Durante o meu caminho vi Bella e Mike conversando. Como ele ainda podia ter esperanças que ela lhe daria bola? Não estava na cara que Bella era louca por Edward?

- Não posso. Tenho uma festa de pijama – Bella resmungou.

Nesse instante Alice apareceu ao meu lado, observando atentamente Bella conversando com Mike.

- Deixe-a em paz Alice. Ela não vai fugir... – a minha frase foi interrompida quando um rugido alto surgiu de frente de nós no estacionamento. Meu olhar voou para a moto preta e barulhenta que parava cantando pneu na borda de concreto, o motor roncando. O cheiro amadeirado inundou minha mente, me deixando levemente intoxicada.

Jacob acenou para Bella com urgência.

- Corra, Bella! – a voz dele atravessou em cheio meu peito. Ele estava ali para buscar o seu amor, para resgatá-la de sua prisão.

Alice fez menção de sair correndo em direção a Bella, mas mesmo desejando que a fuga de Bella desse errado, a segurei. Jacob parecia feliz, o seu sorriso parecia rasgar seu rosto.

- Alice, não. – minha voz saiu num sussurro, mas ela me escutou e refletiu que chamaria atenção dos outros. Seu olhar focou em Bella. Os seus olhos cintilava de fúria, e o lábio estava retorcido, deixando seus dentes perfeitos à mostra.

- Segure-se – gritou Jacob, e ela enterrou seu rosto nas costas de Jacob, provavelmente inalando o cheiro maravilhoso que ele exalava. Então sumiram da nossa vista.

As gotas da chuva estavam escorrendo pelo meu rosto, aliviando a minha tensão. Mas nem mesmo assim pareceu melhorar, eu precisava urgentemente parar de pensar em Jacob, de lembrar do nosso beijo, das suas mãos em mim. Pare de pensar nisso, Aya, ele ama a Bella! Coloquei as mãos no rosto para espantar a frustação.

- Aya, você está bem? – Alice perguntou preocupada.

Tentei reconstruir a minha expressão, não queria que ninguém visse a dor dilacerante que eu sentia.

- Sim, Alice, está tudo bem. Vamos? – comecei a caminhar até o refeitório, disposta a fingir que nada havia ocorrido. Para minha completa sorte, Alice não falou mais nada sobre o incidente.

Depois que voltamos para casa, me tranquei no meu quarto e pedi que ninguém me incomodasse.

Precisava ficar um tempo sozinha. Precisava esquecer Jacob. Precisava ignorar o sentimento que crescia dentro de mim a cada dia que se passava. Precisava urgentemente ver Jacob. Não! Isso não. Ele gostava de Bella, e precisava dar uma oportunidade para que ele fosse feliz. Ele precisava dela. E eu precisava vê-lo feliz, nem que para isso fosse preciso que meu coração ficasse machucado.

Algumas lágrimas teimosas desceram sob meu rosto retorcido, enxuguei-as imediatamente, mas não adiantou nada, pois logo caiam outras. Fechei os olhos, e a sua imagem veio imediatamente. Só de imaginar seu hálito quente queimando meu rosto me deixou com água na boca. Respirei fundo tentando recobrar o controle. Isso não podia estar acontecendo. Eu estava completamente apaixonada por Jacob Black.

- Aya? Minha filha, por favor, saia do quarto, você precisa comer algo. – a voz maternal de Esme soou preocupada. “Já faz horas que está trancada neste quarto.”

“Não estou com fome, Esme. Obrigada” coloquei este pensamento em sua cabeça. Não queria que ela escutasse minha voz falhando.

- O que há com ela, Alice? – Rose perguntou.

- Não sei, ela ficou assim depois de Bella fugir com Jacob. – Alice murmurou tristonha.

- Aquele cachorro sarnento... – Rose grunhiu. – Ele fez alguma coisa com a Aya? – a sua voz era ameaçadora.

- Não, acho que ele nem percebeu a presença.

Ele nem percebeu minha presença. Ele só tinha olhos para Isabella, para ninguém mais. “Imprinting é quando você descobre sua alma gêmea. É muito mais forte que amor, não tem o que separe você dessa pessoa, do seu Imprinting. Ela passa a ser o centro do seu universo.” O pensamento de Embry inundou minha mente. Será que Jacob havia sofrido Imprinting com Bella? Se ele tivesse sofrido Imprinting com Bella, eu não teria nenhuma chance.

Mas será que eu tinha alguma chance? 

***

Hey, leitoras, como estão?

Espero que gostem desse capitulo, apesar da demora, enfim ele saiu.

Várias garotas me mandaram e-mails me perguntando se eu havia abandonado esta fanfic. A resposta é: NÃO! Eu nunca faria isso, pois de alguma forma eu me sinto conectada com essa história, de modo que eu não vou abandoná-la antes de termina-la.

Vou explicar o meu sumiço. É que bom, em primeiro lugar isso se deve ao meu querido e amado computador que dava erro e não ligava. Segundo, depois de dois dias concertado, quando teve um temporal enquanto eu estava no meu curso, ele queimou. Sim, queimou. Tive que gastar quase quatrocentos reais para concertá-lo, por isso a demora. E terceiro ­– mas não menos importante – porque eu tenho que prestar Vestibulinho, para fazer curso técnico. Por isso não estarei postando nada até semana que vem, pois tenho que me dedicar muito aos estudos nesta última semana. Torçam por mim, por favor! *-* Preciso muito passar, é o sonho dos meus pais que eu me dê bem nessa prova, e se eu não passar... Ah, acho que vou ficar um bom tempo sem poder entrar na internet D:

Mas que seja, senti muitas saudades de todas. Um beijão à todas!

E nos vemos em breve, espero eu.


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