— Lucy Cullen! – falei bufando saindo da charrete com Billy rindo. Não pude ir atrás dela, duas senhoras sorridentes vieram até mim me cercando e fechando minha visão.

— Senhora Cullen, que prazer tê-la na cidade. Veio visitar sua mãe?

— Eu... – eu estava tentando ver para onde essa menina tinha ido, mas a senhora Stuart abriu a sua sombrinha e fechou a minha visão.

— Soubemos que o Prefeito de Boston virá visitar seu pai, isso é verdade?

Como elas sabiam disso? Eu respirei fundo, pedi desculpas e fui atrás de minha menina. Doze anos depois e tudo que podíamos imaginar tinha mudado nesta cidade e em nossas vidas. Tínhamos agora mais comércio que antes, a estrada de ferro estava realmente praticamente no final e parcialmente funcionando o que nos trouxe muito mais movimento do que antes. Construíram um hotel digno de qualquer cidade grande para receber as pessoas que vinham e mais dois restaurantes que nos proporcionavam algum movimento familiar muito bom além das festas.

Respirei fundo olhando para casa da minha mãe, será que ela tinha ido para lá ou para loja do senhor Tuker? Depois que mamãe e papai viram Lucy não conseguiram mais resistir, mas depois ainda um ano e meio até sua mudança para nossa cidade. Mamãe queria construir uma casa digna dela e por isso contratou quase todos os construtores locais e de Boston, depois dela acho que algumas senhoras não queriam ficar atrás e foram reformando suas casas antes que a de mamãe ficasse pronta seguindo os padrões que as fofocas diziam. Eu não posso dizer que isso foi algo ruim, a cidade agora tinha casas bonitas e não apenas casas, móveis finos foram trazidos de todo país e todos queriam que suas lojas, comercio ou até mesmo o salão ficasse mais refinado e respeitoso. O xerife não queria brigas ou encrenqueiros, todos queriam manter o padrão Swan-Cullen.

— Senhora Cullen, não sabia que viria para a cidade hoje.

— Sua benção padre. – beijei sua mão respeitosamente.

— Nós temos que marcar uma missa na fazenda agora que a capela ficou pronta, soube que...

— Padre, estou atrás de Lucy, estou com pressa. Trate disso com Edward por favor, ele que sabe o melhor dia para receber as pessoas na fazenda.

— O inverno está chegando senhora Cullen.

Sorri com a menção do inverno. Isso me levou a uma época em que eu e Edward éramos apenas dois estranhos em uma casa por causa de um inverno.

— Padre, o inverno sempre chega. – falei rindo e indo até a casa de minha mãe, mas no caminho eu vi Edward segurando a mão de Tony e indo para casa de minha mãe. Ele parou e me olhou, mas não sorriu, eu sei que ele não sorriria. Ele veio com Tony o mais rápido que pode.

— Você deveria estar em casa. – disse sério.

— Mamãe! – Tony era um doce de menino, tinha apenas quatro anos e era um verdadeiro fazendeiro.

— Ele deveria estar com minha mãe. E Lucy deveria estar tendo aulas em vez de correr para a cidade atrás de você.

— Sue disse que esse bebê. – ele apontou ara minha barriga – Pode nascer e você vem para cidade.

— Lucy...

— Eu cuido disso amor, vai para casa, vou pegar ela, Josh e Tony e deixar com seus pais. E você vai com Billy para casa.

— Nós temos muitos filhos. – falei rindo.

— E teremos mais um! – ele disse animado.

— O padre...

— O padre vai esperar, vou conversar com Lucy e você vai para casa descansar.

Ele me deu um longo beijo que fez Tony rir e pedir um longo também. Nós realmente não pretendíamos ter tantos filhos, mas depois de Lucy veio Josh e Edward queria mais um, então eu cedi e nosso Tony chegou brindando a nossa casa de alegria. Lucy os amava, era uma irmã protetora demais. E esse bebê, ele definitivamente não tinha sido programado, mas nós amamos a notícia junto com meus pais e os pais de Edward.

— Eu disse que o senhor Cullen não iria gostar da senhora vindo na cidade.

Billy estava rindo quando eu me sentei na cadeira. Olhei para a cidade e vi como eu era feliz e como nós tínhamos ajudado a todos. Agora tinha uma escola grande e bonita que nossos filhos frequentavam junto com os filhos de uma nova geração que surgia junto com os filhos de Alice e Rose e de tantas outras mulheres que casaram depois que perceberam que eu e Edward éramos um casal de verdade.

Respirei fundo sentindo os movimentos do bebê e me sentindo tão feliz e completa como possível. Edward voltaria mais tarde ou assim que conseguisse acalmar nossos filhos na casa dos avós e teríamos uma noite ou uma última noite sozinhos antes do bebê nascer.