Not leave me here escrita por Mira Maddox


Capítulo 41
Me salva


Notas iniciais do capítulo

Oláaaa!
Passando para deixar mais um capítulo para vcs! Obg pelos comentários!
Boa leitura, preparem o core♥



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Pov Tris

Me viro e vou andando até ele que parece não estar notando que estou me aproximando pois está olhando para a vitrine do outro lado.

— Ei! - George surge na minha frente e eu me assusto - Você não vai fazer isso - ele cruza os braços e então tento passar por outro lado mas ele para na frente novamente.

— George! E o que a gente combinou hoje de manhã?

— Em nenhum momento combinamos que seria você a correr atrás dele se valoriza mulher! Tu é linda demais pra ter que se rebaixar. Ele está com raiva, e se te rejeitar ali? - concordo com ele e por cima de seus ombros vejo Tobias nos encarar como quem não quer nada. Claro que é uma farsa dele, obviamente está todo mordido. Ou eu espero que esteja. 

— Tá bom, me abraça então. Quero que ele sinta o mesmo que senti hoje de manhã. Por mais que eu não tenha sentido na hora, agora eu sinto - George sorri sem graça e então nós nos abraçamos.

Voltei pra perto das meninas e nem olhei pra Tobias. Ai que droga, isso já está ficando um saco.

— O que foi aquilo? - perguntou Marlene.

— Ele é um gato! - disse Christina.

— Eu shippo. Mas prefiro o Tobias - Lynn disse revirando os olhos e eu sorri.

— Você é mega bipolar. Vamos logo assistir o filme.

Terminamos de assistir o filme, o qual nem era tão assustador assim e fomos pro estacionamento, as duas fogosas queriam se despedir dos namorados w tivemos que esperar por eles. 

Encostei no carro e Lynn ficou ao meu lado mexendo no celular. Logo os meninos chegaram mas não tive coragem de olhar para eles então continuei lá parada olhando para o celular de Lynn. 

— Não vai ir lá falar com ele? - cochicha Lynn sem tirar a concentração do aparelho.

— Qual é a sua em? Uma hora voce apedreja ele, outra quer que a gente fique juntos... - cochicho no mesmo tom

— A minha parte é plantar discórdia. Mas sei que vocês se gostam e acho que... deveriam ficar juntos - olho para o outro lado e vejo Tobias andar para longe. Eu não quero ficar assim com ele, é horrível! Eu amo ele, por mais que eu tenha conseguido ficar o verão todo sem pensar na gente, agora com Tobias tão perto de mim eu não vou conseguir.

Vejo Christina e Will tão sorridentes, tão felizes juntos assim como Marlene e Uriah. Podia ser a gente, mas que droga, você não colabora Tobias! E eu também não.

— Eu vou embora - digo por fim

— Espera, eu te levo em casa - Lynn limpa a garganta e fala bem alto: deixa essas duas terminarem com a melação que te levo em casa Beatrice! - Não consigo não sorrir. Os quatro olham pra gente também sorrindo

— Pode levar ela Lynn, as meninas já tem carona! - grita Uriah 

— Que bom! - ela responde rabugenta - Vamo Tris. 

Entramos no carro e Lynn colocou bem alto a música The hills. Ela não dirige muito bem, é uma louca no volante e eu nem consegui relaxar até que ela parou o carro do nada.

— Vem cá, você quer mesmo ir pra casa? - perguntou sem mais nem menos e antes que eu pudesse responder ela indagou - Porque desse ponto até sua casa é a mesma distancia daqui pra a casa do Tobias - dá de ombros. 

— Lynn... - digo sem graça- O que eu vou fazer lá?

— Tudo bem, é pra lá que nós vamos - ela arranca de uma vez e eu vou rezando para chegar viva.

De repente um surge um frio na minha barriga quando vamos nos aproximando da casa dele e sinto minhas mãos tremulas. 

— Ai Lynn...Eu não vou não, de jeito nenhum eu vou aparecer lá na casa dele! - digo desesperada.

— Não, não vamos voltar porque já chegamos. Vai logo lá, qualquer coisa eu ligo pro seu pai e falo que voce está dormindo lá em casa. 

— Eu vou voltar pra casa tá? Safada - Abro a porta do carro e desço - Não Lynn! - me arrependo.

— Tchau Tris! - diz travando a porta e arrancando mais uma vez.

— Droga! - passo a mão no rosto e respiro fundo - Já estou aqui mesmo, vou subir. 

Vou andando sem jeito até a portaria com as mãos tremendo e com as pernas quase travando. Dou boa noite para o porteiro que já me conhece e subo de elevador. Não estou mais ligando para o que George disse. Nem para o que Tobias vai dizer. Só estou tentando pela ultima vez.

O elevador abre e então saio lá de dentro, fecho os olhos e caminho até o apartamento dele no final do corredor, tentando não surtar e simplesmente sair da lá. Quando abro os olhos vejo várias malas e acho estranho, logo vejo Marcus e reviro os olhos.

— Boa noite desgraçada— diz gentil e então me enfureço.

— O único desgraçado aqui é você !

— Olha como você fala comigo sua loira mal educada - ele se aproxima e então cruzo os braços.

— Não tenho medo de você Marcus .

— Mas deveria - diz sorrindo com satisfação e se aproximando - Você sempre soube que aquela maldita estava aqui e que ela é mãe do Tobias né? - ele grita me sacudindo pelos braços.

— Me solta! - digo no mesmo tom.

— Te soltar? - Ele agarra meu pescoço bem forte e eu tento tira-las de mim, ele aperta cada vez mais. Tento gritar mas é inútil - Eu deveria te matar! A culpa é toda sua! Você é uma vadiazinha e estragou minha vida, por culpa sua ela me achou, descobriu sobre o idiota do Tobias! - diz alto 

Me larga - digo quase sem voz. Mal consigo respirar ou falar, suas mãos grandes e fortes me torturam mas eu nada posso fazer, ele é mais forte e eu fico cada vez mais fraca.

— Você me paga! - Ainda com as mão grudadas no meu pescoço ele bate minha cabeça na parede e então sinto meus olhos pesarem. Logo suas mãos são tiradas de mim e então começo a tossir e respirar com dificuldade, caio no chão imediatamente com uma forte dor na cabeça e desconforto no pescoço. Tento manter meus olhos abertos e então vejo Tobias socar ele com bastante raiva, eu deveria deixar que ele o matasse, mas não posso. Tobias seria preso e teria que conviver com um peso enorme na consciência.

— Tobias! - Tento gritar o mais alto que consigo mas minha voz é interrompida pela tosse - Para por favor, Tobias! - ele olha para trás e se assusta. Logo deixa Marcus no chão e então corre para me ajudar. 

— Tris - ele me ajuda a levantar todo cuidadoso e me segura pela cintura - Eu vou matar ele, olha o que fez! - diz nervoso olhando para o meu pescoço e passando o dedo delicadamente.

— Não vai - começo a tossir ainda mais - Tobias por favor não faça mais nada com ele - Tobias me abraça e eu agarro seus braços, meu porto seguro. Ele passas a mão no meu cabelo enquanto respira ofegante, como eu senti saudades disso.

— Você está bem? - concordo com a cabeça - Eu não vou matar ele, só porque você pediu - diz olhando nos meus olhos - Seu pescoço está ficando roxo - diz preocupado passando os dedos nele - Você quer ir pro hospital? 

— Não, eu já estou bem - dou um sorriso forçado.

— Vou ligar pra policia. 

Tobias pediu que eu entrasse na sua casa e ficasse lá, minha cabeça estava explodindo e então eu aceitei. Droga, eu não devia ter vindo pra cá. Mas que merda. Lynn me paga.

Uma hora se passou, já era quase meia noite e minha cabeça ainda doía. Meu pescoço estava entre o vermelho e o roxo, é uma droga ser branca. Me encontrava deitada no sofá olhando pra cima quando meu telefone tocou, era meu pai.

**********

— Filha? Onde você está? Já é quase uma da manhã e você não chegou!

— Pai ainda vai dar meia noite. Eu estou bem, estou ... Estou com Tobias - Ouço a porta abrir mas não ligo

— Tobias!?

— É pai, aconteceu uma coisa mas eu estou bem, quando eu chegar te explico.

— Beatrice estou indo te pegar, agora!

— Não pai! Eu já estou indo pra casa. Xau. 

**********

Desligo o celular e respiro fundo. 

— Eu não devia ter vindo aqui, desculpa - digo me levantando meia tonta com a dor.

— Marcus não devia estar aqui, você não tem culpa Tris. Ele acabou de ser levado, você não foi a única que ele machucou. Se quiser não precisa dar depoimento. 

— Não quero - olho pra ele - Eu já vou. 

— Eu te levo.

— Não precisa...

— Não precisa? - diz indignado - Você é minha responsabilidade,  ainda está machucada e um pouco zonza. Eu deveria te levar no hospital!

— Não, para de exagero - digo e ele Cruza os braços.

— Eu vou te levar em casa seu pai vai querer explicações. Evelyn me contou o que aconteceu na sua casa e fico feliz por você ter se acertado com ele - diz dando um sorriso e retribuo com outro. 

— Tudo bem. 

Tobias me levou até a minha casa e durante o caminho não trocamos nenhuma palavra se quer, apenas olhares. Ele estacionou o carro na frente do prédio e então pressionei minhas mão em meu rosto quando senti uma pontada na cabeça.

— Ei - disse colocando as mãos em cima das minhas e então eu as tirei do rosto. Olhei pra ele que estava com seu olhar preocupado de sempre e meu coração acelerou - Está doendo ainda? Quer ir no hospital? - perguntou todo fofo e cuidadoso. Aneeem,Tobias, porque você faz isso?

— Já passou - digo suave. Olhei para ele e ele me olhou, ficamos em silêncio profundo até que eu abri a porta do carro. Subi até a portaria, ele me seguiu.

Entramos no elevador novamente em silencio até que decido quebrar o silêncio, mas Tobias decide o mesmo na mesma hora.

— Pode falar primeiro - diz.

— Não, era besteira, fala você 

— Tá. O que você foi fazer lá em casa? - abro a boca várias vezes mas nada sai então sinto minhas bochechas esquentarem.

É, eu deveria ter falado em vez dele. A porta do elevador abre e então saio apressada, ele me segue e quando paro na frente da porta de casa ele segura meu braço.

— É o que eu estou pensando? - pergunta abrindo um quase sorriso. Meu coração acelera e então quando estou prestes a dizer tudo que tenho entalado na minha garganta a porta abre e meu pai surge furioso.

— Beatrice! Porque desligou o telefone na minha cara?

— Eu... Eu...

— Eu esbarrei no braço dela e... - Tobias interfere.

— E esse pescoço? - ele arregala os olhos e depois olha para Tobias - Filho da...

— Não pai, não é nada disso que você está pensando! - Entro na frente de Tobias

— Olha pai, já está tudo resolvido. Mas eu vou te contar e preciso que você não se estresse.

Contei pra ele com a ajuda de Tobias tudo o que aconteceu e ele ficou mais nervoso ainda, decidiu que ia na delegacia prestar depoimento e quebrar mais ainda a cara de Marcus, eu e Tobias não conseguimos impedir. No fundo, Tobias nem ligou, ele queria o mesmo. 

Andrew saiu e deixou a gente sozinho, ele estava tão neurótico quem nem se preocupou em deixar a protegida dele sozinha com um cara.

— Pois é, você me salvou, de novo - digo entregando uma xícara de café pra ele.

Ér - diz virando a xícara na garganta e fazendo careta - Esse seu café é horrível - Abro a boca ofendida e ele sorri.

— Pelo menos eu sei fazer café - dei de ombros e me sentei ao seu lado.

— É a mesma coisa que nada, admita ele é ruim. Toma um pouco pra você ver - Ele me entrega a xícara e tomo um pouco. Sinto o gosto amargo e horrível do meu café.

— Tá, você venceu é bem ruim - ele sorri.

— Você está melhor? - perguntou pela milésima vez naquela noite.

— Sim, Tobias. Não precisa se preocupar comigo.

— Sua cabeça ainda dói? Seu pescoço não está mais tão marcado, só um pouco vermelho.

— Eu já disse que estou bem - sorri suave tentando tranquilizar ele.

Um silêncio brotou e então ficamos bem calados por um longo tempo até que ele se manifestou.

— Você é bem chata e orgulhosa às vezes, mas não quero ficar brigado com você.

— É, você também é bem orgulhoso e babaca mas eu também não quero que a gente fique brigado - suspiro e ele dá um sorrisinho.

— Amigos de novo? - Abro a boca mas nada falo.

— Sim. Amigos de novo - respondo fingindo estar satisfeita. É CLARO QUE EU NÃO QUERO SER AMIGA DELE, QUERO MUITO MAIS QUE ISSO! Mas se é assim, tudo bem, melhor que inimiga. Aff Tobias, tão imprevisível.... 


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Notas finais do capítulo

Quanta coisa hein? Mas nada de beijo ou reconciliação hahah
Acalmem-se, ainda tem umas coisas pra acontecer... hum hum
Esse foi o cap de hoje, espero que tenham gostado!!!
Beijos amores, até maisss♥♥♥