Not leave me here escrita por Mira Maddox


Capítulo 22
Voltando a viver


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura, espero que gostem♡



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Pov Tris
Passei o resto da semana sem ir à aula. Não tive mais contato com ninguém, meu celular estava sem bateria e eu não o carregava desde segunda, não tive paciência pra isso.
Estive muito ocupada também arrumando minhas coisa e as da minha mãe. Muitas roupas e sapatos que eram dela peguei pra mim, ela tinha o corpo com as mesmas medidas que o meu o que nos fazia trocar as coisas. As outras que eu não quis separei para doar.
Também pedi ao porteiro do prédio que falasse para qualquer um que viesse me procurar que eu tinha mudado de casa, que não estava mais morando lá e de certa forma ele teria que dizer isso quando eu realmente não estivesse mais lá. Fiz isso pois eu não tinha cabeça pra nada, nem pra receber visitas.
Tia Clary ofereceu sua casa para que eu morasse com ela e com Tori, mas não me senti confortável então preferi ir com a Evelyn para o apartamento, longe de todas essas lembranças que não vão me ajudar a ficar melhor. Ela é como uma mãe pra mim, sempre foi bem doidinha da cabeça e fazia tempo que eu não a via, estava com muitas saudades. Tia Clary já tem seus vários problemas com a filha, acho que não seria muito confortável ficar com elas, me sentiria um peixe fora d'água.
– Pronta? - diz Evelyn colocando minha última mala no porta-malas de seu carro. Concordo com a cabeça e ela sorri pra mim - Vai ficar tudo bem. Sei que é chato ouvir isso toda hora mas depois da tempestade sempre vem a bonança minha flor.
Entro no carro com ela e seguimos até o apartamento.
Foco no " depois da tempestade sempre vem a bonança." Será que pra mim isso vale? Ou será que pra mim depois da tempestade sempre vai vir outra tempestade?
Entramos no estacionamento subterrâneo e tiramos as malas do carro, levamos elas até o apartamento pelo elevador.
Quando chegamos, Evelyn abriu a porta e entrou. Eu a segui e fiquei boquiaberta.
O chão era tão branco que dava até dó de pisar; as paredes também eram perfeitamente brancas. As janelas de vidro iluminavam por completo o lugar que era muito bem decorado e bonito.
– Gostou?
– É... lindo!
– Sabia que iria gostar. Agora venha, vou te mostrar seu quarto. Deixe as malas aí, depois chamo alguém para pegar.
Sigo ela pela escada e vou olhando cada detalhe da casa. O apartamento é bem maior do que o que eu morava, é bem mais bonito. Não sei se vou me sentir confortável aqui como me sentia na casa da minha mãe, mas eu vou tentar me adaptar.
Evelyn para em frente à uma porta enorme marrom. E abre um sorriso.
– Entre, esse é seu novo quarto.
Faço o que ela pede e abro a porta, que revela um lindo quarto. Fico encantada com a decoração, parece mais um quarto de princesa, eu não acho que tinha tanta necessidade de ter um quarto assim mas já que ela fez questão, vou ser muito grata.
– É... realmente encantador. Evelyn, foi você?
– Não, não. Foi um amigo meu quem fez isso - ela pisca - Vou deixar você aqui para explorar seu novo quarto e vou sair para comprar comida. Ainda não fiz compras e então não temos o que comer - ela sorri - Você se importa em ficar aqui?
– Não, claro que não. Pode ir tranquila.
Ela sai do quarto e eu permaneço lá olhando para todos os cantos. Ele é bem maior do que o meu antigo, tem um closet perto de uma porta que abro e percebo que é um banheiro.
Volto ao quarto e me sento na cama. Fico olhando para a porta de vidro que separa o cômodo de uma varanda e penso na minha mãe. Onde será que ela está agora? Será que encontrou com a Julie? Será que meu pai sabe o que aconteceu? Onde será que ele está? Será que ainda se lembra que eu existo? Será que ele sabe que teve uma outra filha e que ela morreu antes de completar um ano de vida?
Desço e pego minhas malas na sala e levo para meu quarto. Pego meu celular na bolsa e decido colocar ele na tomada, deve ter muita gente atrás de mim. Faz dias que sumi sem dar notícias e pretendo ir à escola só na próxima semana.
Fiquei andando pela minha nova casa e me senti mais desconfortável ainda. Eu não sou digna de tanto luxo. Acho que só aceitei mesmo vir pra cá por que Evelyn insistiu muito e também porque ficar naquela casa não iria me ajudar em nada.
Meia hora sozinha no apartamento e então Evelyn chegou com a comida e eu a ajudei a arrumar as coisas quando acabamos a refeição, não quero bancar a folgada já que estou morando aqui de favor.
– Tris querida, precisamos conversar sobre algumas coisa. Já que nós vamos morar juntas, quero ter uma relação de confiança com você, não quero que existam segredos entre a gente.
– Tudo bem - Me sento na poltrona de frente para ela.
– Bom, vamos começar pela parte em que eu tenho um filho - fico um pouco surpresa - Bem, eu não o conheço e nem sei seu nome. Pelos meus calculos ele deve ter uns 22 anos.
– Você abandonou ele?
– Não, não. Jamais abandonaria um filho meu. Mas aconteceu que o pai dele me disse que ele morreu no parto, ele inventou toda uma história e depois pediu divórcio dizendo que eu não era uma boa esposa, que eu não podia dar filhos à ele. Foi então que eu fui morar na sua casa com sua mãe e seu pai, fiquei lá por bastante tempo e quando você tinha seus 5 anos eu fui embora pra São Francisco. Mas eu sempre voltava pra visitar vocês.
– Mas como ele conseguiu esconder isso de você...? - pergunto confusa.
– Pois então, à alguns meses atrás eu descobri que era tudo uma farça do meu ex marido, ele escondeu o meu filho de mim e disse que ele havia morrido. Eu já estava com planos de voltar pra cá quando descobri e então quando sua mãe morreu eu vim imediatamente pra ficar com você e pra tirar essa historia a limpo. Porque querendo ou não você também é minha filha e eu não poderia te deixar sozinha.
– Então você está me dizendo que o seu filho que morreu... na verdade já tem 22 anos? Madrinha, você deve estar... Eu. Eu não sei o que te dizer.
– É. Eu fiquei louca quando soube. Mas eu vou correr atrás do meu filho, se esse demente acha que vai conseguir nos enganar o resto da vida, ele está muito enganado.
– Você está certa Evelyn. Mas tem que tomar cuidado, esse homem parece ter sérios problemas para ter feito o que fez.
– Sim ele tem. Não duvido nada que deve ter contado para o menino que já deve ser um homem, que eu o abandonei - diz cabisbaixa.
– Ei - me aproximo dela e cubro suas mãos com as minhas - Vai dar tudo certo, eu vou te ajudar - ela sorri.


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Notas finais do capítulo

Não deixem de comentar, beijões e até o próximo!



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